PORTAS

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Nenhuma religião teve uma história tão sangrenta quanto o Cristianismo. [Terão existido, na História das Religiões, momentos mais desgraçados do que, por exemplo, o tempo das cruzadas e o período da inquisição?] Os filósofos despojados, os neoplatônicos e os gnósticos foram anatematizados diariamente pela Igreja em todo o mundo, durante longos séculos. E o próprio clero cristão utilizou a feitiçaria durante séculos. [In: Isis Unveiled: A Master-Key to the Mysteries of Ancient and Modern Science and Theology (em português, Ísis sem Véu: Uma Chave-Mestra para os Mistérios da Antiga e Moderna Ciência e Teologia), Helena Petrovna Blavatsky.]

 

 

Pedro, o Eremita

Iluminura Francesa (cerca de 1.270)
(Pedro, o Eremita, mostrando o caminho de Jerusalém aos cruzados1)

 

 

 

 

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da intolerância

– que leva ao desespero –

e a Porta da Condescendência

– que leva à Unifraternidade.

 

 

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da Era de Piscis

– que leva ao fideísmo –

e a Porta da Era de Aquarius

– que leva à Transracionalidade.

 

 

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta do preconceito

– que leva à heresia da separatividade –

e a Porta da Consolação Amorosa

– que leva à Unimultiplicidade.

 

 

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da xenofobia

– que leva à desinteligência –

e a Porta da Alegria

– que leva à Refulgência.

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da indiferença

– que leva à isolação –

e a Porta da Solidariedade

– que leva ao Compromisso.

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta do fanatismo

– que leva à matamorra –

e a Porta da Acolhimento

– que leva à Vinculação.

 

 

 

 

Eu vou... Eu vou...
Terrorizar por aí eu vou...
Eu vou... Eu sei que eu vou...
Eu vou... Eu vou...
Degolar uns-aí eu vou...
Eu vou... Eu sei que eu vou...

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da ignorância

– que leva à superstição –

e a Porta da Conhecimento

– que leva à Liberdade.

 

 

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta do Manipura

– que leva à descensão –

e a Porta da Sahasrara

– que leva à Ascensão.

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta das miralusões2

– que leva ao agrilhoamento –

e a Porta da Transnoesis,

– que leva à Illuminação.

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da imoderação

– que leva ao samsara

e a Porta da Sannyasinato

– que leva à Transmutação.

 

 

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta do petrolão

que leva à Lava Jato

– e a Porta da Probidade,

que leva à Dignificação.

 

 

Fui acusado de ser ladrão.
É mentira! É mentira! É mentira!
Eu sou só um bom ratão,
digno Prefeito eleito de Sucupira!

 

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da perversidade

que leva à Oitava Esfera3

– e a Porta da Irmandade

– que leva ao Deus do nosso Coração.

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da estreiteza dogmática

– que leva ao fetichismo –

e a Porta da Percepção Espiritual

– que leva à Iniciação.

 

Somos livres para escolher,

mas, somos responsáveis pela escolha

entre a porta da desordenação

– que leva à cavernidade –

e a Porta da Desapegamento e do Serviço

– que leva ao Logos Solar.

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Pedro, o Eremita ou Pedro de Amiens (1053 – 1115), chamado Pierre l'Ermite ou Pierre d’Amiens em francês e Petrus Eremita em latim, foi um monge francês e um dos principais pregadores da Primeira Cruzada (proclamada em 1095 pelo Papa Urbano II com o objetivo duplo de auxiliar os cristãos ortodoxos do leste a libertar Jerusalém e a Terra Santa do jugo muçulmano). Pedro liderou a componente não-oficial desta expedição, a malograda Cruzada Popular ou Cruzada dos Mendigos, e foi um dos seus poucos sobreviventes. Depois de se juntar à Cruzada dos Nobres, conseguiu cumprir o seu voto de cruzado de visitar o Santo Sepulcro em Jerusalém. Morreria somente alguns anos mais tarde, em solo europeu.

 

Pedro, o Eremita

Pedro, o Eremita

 

2. Miralusões = Miragens + Ilusões.

3. A Oitava Esfera é uma espécie de resto ou sobra proveniente da antiga Lua (3ª Esfera) derivada de seu desenvolvimento como antecessora da Terra, e, portanto, (ainda) tem alguma relação com a Terra. O termo decorre do fato de existirem sete esferas conhecidas há muito tempo: Saturno, Sol, Lua, Terra, Júpiter, Vênus e Vulcano. O diagrama esquemático abaixo (o original é de autoria de Rudolf Steiner) pretende dar uma idéia do que seja essa Oitava Esfera, que se situa fora (do eixo evolutivo dos estágios de desenvolvimento seqüencial) das sete esferas anteriormente citadas (que, concertadamente, deveriam ser desenhadas uma dentro da outra). A Oitava Esfera, segundo Steiner, só pode ser atingida pela clarividência imaginário-imaginativa. Ela é uma etapa tardia do desenvolvimento da Lua, ou seja, algo que foi deixado para trás pela Terceira Esfera de sua substancialidade e retido pelas entidades luciféricas e arimânicas. Lúcifer e Arimã, segundo o Fundador da Antroposofia, estão ininterruptamente empenhados em arrancar da Terra e do homem tudo o que possa ser incorporado e escravizado à Oitava Esfera, até o dia em que, vibratoriamente, a Terra possa se desprender ou se desligar desta influência, quando esta Oitava Esfera percorrerá caminhos próprios com Lúcifer e Arimã no comando, e a Terra, vibratoriamente, se dirigirá em direção a Júpiter para mais um ciclo evolutivo em uma dimensão superior e mais refinada. A luta Daqueles que Podem e Sabem tem sido efetivada no sentido de evitar que o desenvolvimento da Humanidade se esvaia no seio da Oitava Esfera e tome outro curso. Mas, infelizmente, isto não será possível para o conjunto da Humanidade. Muitos já se entregaram ao domínio de Lúcifer e de Arimã, e outros ainda se entregarão. Todavia, aqueles que permitem que o Princípio do Amor (presente na reprodução e na hereditariedade) norteie seus pensamentos, suas palavras e seus atos nada têm a temer, pois, as entidades luciféricas e arimânicas nada podem contra o Amor. Associativamente ao Princípio do Amor está vinculada a Liberdade de Querer, que não havia em Saturno, no Sol e na Lua. Foi apenas no Período Terrestre que ela se manifestou. Logo, Amor e Liberdade são as chaves efetivas para que o homem possa fazer valer sua vontade e seu discernimento, e não ceder aos apelos magnetizantes e escravizantes das entidades da Oitava Esfera. Como explica Rudolf Steiner, continuamente, Lúcifer e Arimã estão ocupados em comprometer o livre-arbítrio do homem e em simular uma porção de coisas, para depois arrebatar-lhe o que haviam simulado, fazendo-o desaparecer na Oitava Esfera. E também: Todas as vezes que os homens se entregam ao fatalismo, ao invés de se decidirem a partir de sua força [interior] de julgamento, mostram uma inclinação para a Oitava Esfera. Dante Alighieri (1265 – 1321), no Canto I do Inferno da Divina Comédia, que reproduz as concepções cosmológicas e teológicas da época, escreveu: Lasciate ogne speranza, voi ch'entrate! Deixai, ó vós que entrais, toda a esperança! A natureza intrínseca da Oitava Esfera é contra o progresso e a evolução espiralar, e as ações luciféricas e arimânicas, por este motivo, desenvolveram e vêm desenvolvendo sua maior força no ponto mais vulnerável do ser humano: a cabeça e o intelecto. É por isto, como foi dito acima, que só o Amor pode fazer frente a esse conjunto de forças, e só o Amor poderá transformar o homem em seu verdadeiro e único senhor, pois ele, o Amor, é o passaporte universal e insubstituível para Júpiter. Isto que acabou de ser dito foi definitivamente impresso na consciência humana pela manifestação na Terra do Cristo e com o Supremo Sacrifício de Jesus, recusado, aviltado e fantasiado por muitos nos dias que correm. Uns estão presos ao passado; outros admitem que o futuro começa apenas no presente. O Princípio Crístico veio unir, por meio do Amor Universal, os dois ilusórios e impossíveis extremos. Logo, ficar preso ao antes significa estar a serviço das forças luciféricas, e pensar que o depois começa apenas e a partir do agora é estar submetido às forças arimânicas, ainda que seja aqui e agora que esse inexistente, fictício e utópico futuro deva ser construído. Contradição? Não. Tudo é UM. Eu só desejo duas coisas aos seres-no-mundo: Paz e Compreensão. A Paz harmoniza; a Compreensão liberta. Mas, não poderá haver Paz sem Compreensão.

 

Oitava Esfera

 

Música de fundo:

Somethin' Stupid
Compositores: Clarence Carson Parks II
Interpretação: Paul Mauriat e sua orquestra

Fonte:

https://mp3cc.biz/m/35639-paul-mauriat/2784549-somethin-stupid/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://fansdscj.blogspot.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro,_o_Eremita

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cruzada

https://www.nasa.gov/

https://www.ebay.co.uk/

https://yusra.myportfolio.com/freedom

http://www.theglutenalarm.com/

https://missiontoastmasters.wordpress.com/

https://dribbble.com/

https://www.chamada.com.br/

https://www.amazing-animations.com/

http://celticheroesfanatics.wikia.com/

https://gfycat.com/

https://edoc.site/queue/isis-sem-veuvoliiihpblavatsky-pdf-free.html

https://www.tumblr.com/search/doors%20gif

 

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