Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo

 

 

uito resumidamente, a radioatividade   (ou radiatividade) é um fenômeno natural ou artificial (induzido) pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos – denominados elementos ou isótopos radioativos, radioelementos, radionuclídios ou radioisótopos – são capazes de emitir partículas e/ou radiações, os quais têm, entre outras, as seguintes propriedades: impressionam placas fotográficas, ionizam gases, produzem fluorescência, atravessam corpos opacos à luz ordinária e causam danos extraordinários ao meio ambiente e aos seres em geral quando são artificialmente produzidos e despejados irresponsavelmente na biosfera. As mais conhecidas e principais partículas e radiações emitidas pelas substâncias radioativas são as partículas alfa, as partículas beta e a radiação gama.

Este estudo tem por objetivo examinar sucinta e didaticamente o que é e quais são as conseqüências daquilo que é conhecido com a denominação de poluição radioativa. Todas as páginas da Internet e todos os websites consultados estão listados ao final do texto. Informo, ainda, que as animações Fissão Nuclear e Reação de Implosão no Núcleo de uma Bomba Atômica, editadas e transformadas em flash, não são de minha autoria, mas as páginas de onde foram retiradas estão citadas em Páginas da Internet e Websites consultados.

 

 

Radioatividade

 

 

A radioatividade encontra-se no nosso meio natural, desde os raios cósmicos que bombardeiam a Terra provenientes do Sol e das Galáxias de fora do nosso sistema solar, até alguns isótopos radioativos que fazem parte do nosso meio natural. A radioatividade pode ser: a) natural (aquela que se manifesta nos radioisótopos que se encontram em a natureza); e b) artificial ou induzida (aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais).

 

Partículas Alfa

São fluxos de partículas carregadas positivamente, compostas por 2 nêutrons e 2 prótons (núcleo de hélio). São desviadas por campos elétricos e magnéticos; são muito ionizantes, porém, pouco penetrantes. Quando um radioisótopo (que possui núcleo instável) emite uma partícula alfa, seu número de massa (A) diminui 4 unidades e o seu número atômico (Z) diminui 2 unidades.

 

 

Alfa

 

 

 

Partículas Beta

São fluxos de elétrons (ß ou ß+) resultantes da desintegração de nêutrons do núcleo. São desviadas por campos elétricos e magnéticos. São mais penetrantes, porém, menos ionizantes do que as partículas alfa. No decaimento ß, um nêutron é convertido em um próton, com emissão de um elétron e de antineutrino (a antipartícula do neutrino).

 

n —› p+ + e + antineutrino

 

No decaimento ß+, um próton é convertido em um nêutron, com a emissão de um pósitron e de um neutrino:

 

p+ —› n + e+ + neutrino

 

 

Beta  ou  Beta+

 

 

 

Radiações Gama

São ondas eletromagnéticas muito penetrantes. Não apresentam carga elétrica e não são afetadas pelos campos elétricos e magnéticos. A radiação gama é muito perigosa aos organismos vivos, pois é mutagênica e cancerígena. É produzida geralmente por elementos radioativos em processos subatômicos como a aniquilação de um par pósitron-elétron. Este tipo de radiação tão energética também é produzida em fenômenos astrofísicos de grande magnitude, como em explosões de supernovas ou núcleos de galáxias ativas. O lado bom desse tipo de radiação altamente penetrante é que ela, entre outras aplicações, é usada nos exames da medicina nuclear, nomeadamente nas Tomografias por Emissão de Pósitrons (PET)1, podendo ser detectável com uma câmera gama. Em medicina, os radiofármacos ainda são empregados em diagnóstico do infarto agudo do miocárdio, em estudos circulatórios e em cintilografias renal, cerebral, hepato-biliar, pulmonar, óssea e de placenta. Já na terapia de tumores, emprega-se a energia emitida por uma fonte de isótopos radioativos para destruir células cancerosas. Para o tratamento de tumores, usam-se, além das fontes de cobalto radioativo, os aceleradores lineares de elétrons. Outra utilização benéfica da radioatividade é a conservação de alimentos. Os alimentos irradiados conservam por muito mais tempo as suas propriedades nutricionais, pois, pela irradiação, as bactérias e possíveis fungos existentes são eliminados. Na agricultura, é possível acompanhar, com o uso de traçadores radioativos, o metabolismo das plantas, verificando o que elas precisam para crescer, o que é absorvido pelas raízes e pelas folhas e onde um determinado elemento químico fica retido. Na indústria, a aplicação de radioisótopos mais conhecida é a radiografia de peças metálicas ou gamagrafia industrial. A datação com carbono-14 é um outro exemplo do lado bom da energia nuclear, pois pode ser usada para estimar a idade de documentos, materiais etc.

No final do meu curso de licenciatura em Química, como bolsista da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), eu tive a oportunidade de estagiar por quinze meses sob a orientação do Dr. Mozart Ferreira D'Azevedo, no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), Seção de Radioisótopos, e trabalhar com aplicações médicas desse tipo de radiação em radioterapia e diagnósticos de disfunções tireoidianas (captação radioativa e tireograma) e renais (nefrograma).

 

 

Gama

 

Quando um átomo radioativo emite uma partícula alfa, como foi dito, o número de massa do átomo resultante diminui em 4 unidades e o número atômico diminui em 2 unidades. Já quando o átomo radioativo emite uma partícula beta, o número de massa do átomo resultante não varia e o seu número atômico aumenta em 1 unidade. Quando um núcleo excitado emite uma radiação gama não ocorre variação nos seus número de massa e número atômico, porém ocorre uma perda de uma certa quantidade de energia (hf). Disso se conclui que quando um átomo emite uma partícula, alfa ou beta, transforma-se em outro átomo de um elemento químico diferente. Este novo elemento pode ser radioativo, transformando-se em outro, e assim sucessivamente, dando lugar às chamadas séries radioativas. Desse modo, a emissão de partículas pelos núcleos dos átomos instáveis muda seus números atômico e de massa, transformando-os em outros elementos. O processo de desintegração nuclear só termina com a formação de átomos estáveis.

Na fissão (ou cisão) nuclear, um átomo de um elemento é dividido heterogeneamente produzindo dois átomos de menores dimensões de elementos diferentes. A fissão de urânio-235, por exemplo, liberta uma média de 2,5 nêutrons para cada núcleo dividido (dois ou três nêutrons, dependendo da reação). Por sua vez, esses nêutrons vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão, por sua vez, libertar mais nêutrons, e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões nucleares, às quais se dá o nome de reação em cadeia, resultando em contínua libertação de energia. Exemplos didáticos de fissões nucleares com produção de 3 e de 2 nêutrons, respectivamente, são:

 

n1 + 235U —› 142Ba + 91Kr + 3 n1 + energia

n1 + 235U —› 97Rb + 137Cs + 2 n1 + energia

 

 

Fissão Nuclear


Na fusão nuclear, dois ou mais núcleos atômicos se juntam e formam um outro núcleo de maior número atômico e de maior número de massa. A fusão nuclear requer muita energia para acontecer, e, geralmente, liberta muito mais energia do que consome. O principal tipo de fusão que ocorre no interior das estrelas é a fusão de átomos de hidrogênio em hélio, na qual quatro prótons se fundem em uma partícula alfa, liberando dois pósitrons, dois neutrinos e energia. Mas dentro desse processo ocorrem várias reações individuais e secundárias, que variam de acordo com a massa da estrela. Para estrelas do tamanho do Sol ou menores, a cadeia próton-próton (p-p) é a reação dominante. Desconsiderando-se os pósitrons, os neutrinos e a energia liberada (o que não está inteiramente correto e tampouco completo), pode-se, didaticamente, resumir este processo de fusão nuclear da seguinte forma:

 

1H + 1H —› 2H

2H + 1H —› 3He

3He + 3He —› 4He + 2 1H

 

Portanto, o resumo de uma reação de fusão é:

 

4 1H —› 4He + outras partículas + energia

 

 

Fusão Nuclear

 

Em estrelas mais pesadas predomina o ciclo CNO (Carbono, Nitrogênio e Oxigênio). No ciclo CNO, 4 átomos de hidrogênio são transformados em 1 átomo de hélio (4He), com o carbono, o nitrogênio e o oxigênio funcionando como catalisadores das reações (catalisador é uma substância que acelera a velocidade de uma reação, mas emerge do processo inalterada). Considerando-se apenas o processo catalítico (o que também está incorreto e incompleto), tem-se:

 

12C + 1H —› 13N

13N —› [13C] (excitado)

13C + 1H —› 14N

14N + 1H —› 15O

15O —› [15N] (excitado)

15N + 1H —› 12C + 4He

A Física contemporânea admite que os elementos químicos que hoje observamos nos diversos sistemas físicos foram formados basicamente por três grandes classes de processos: a nucleossíntese primordial, a nucleossíntese estelar e a nucleossíntese interestelar.

Como este estudo não é propriamente um trabalho científico, estando destinado particularmente a pessoas que não são especialistas em energia nuclear, acredito que esta resumidíssima síntese do que é a radioatividade seja suficiente para que se possam compreender os efeitos danosos e perigosíssimos da poluição radioativa. Afinal, não posso perder a oportunidade de mais uma vez sublinhar: somos todos responsáveis. Por tudo!

 

 

Poluição Radioativa

 

 

 

 

A pior, a mais desastrosa e a mais devastadora forma de poluição é a poluição radioativa (ou nuclear), pois pode provocar morte imediata, deformações congênitas e câncer, dependendo da distância e da intensidade da fonte e também do tempo de exposição à radiação. É mais do que medonha porque, depois que o acidente ocorre, dependendo do radioisótopo poluidor, poderá durar séculos ou milênios para que a atividade do local atingido possa retornar a níveis de background (radiação ambiente) compatíveis com a vida. Os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki – as duas cidades do Japão sobre as quais foram lançadas bombas nucleares (Little Boy e Fat Man) pelos Estados Unidos em 1945, como desforra pelo ataque a Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941 – são as testemunhas mortas e vivas daquele 'meteorizador' horror. Eu nem posso imaginar como será que os que mandaram jogar aquelas bombas e os que cumpriram as ordens compensarão e/ou já estão compensando aquela tragédia. A mesmíssima coisa vale para os conflitos que ocorrem hoje, por exemplo, no Iraque e no Afeganistão. Eu, que ainda não consegui domar inteiramente meu demônio interno, sei que terei minha cota-parte para compensar. Eles? Nem quero pensar.

Como fontes principais do flagelo nuclear podem-se citar as experiências com armas nucleares na atmosfera nas décadas de 50 e 60, sob patrocínio das grandes potências, e a manipulação de rejeitos radioativos oriundos dos reatores nucleares envolvidos na geração de energia elétrica comercial nos 375 reatores nucleares espalhados pelo mundo, assim como dos reatores destinados à propulsão naval. Para todos os casos, tanto na fase de obtenção do combustível nuclear como na de operação deste tipo de máquina, são produzidas enormes quantidades de resíduos radioativos inservíveis, com meias-vidas relativamente longas (meia-vida é o tempo necessário para que se reduza à metade da inicial a quantidade de átomos radioativos presentes em uma amostra radioativa), os quais acenam com graves perigos potenciais para a contaminação ambiental e para a vida na Terra. É o caso, por exemplo, do elemento Plutônio com meia-vida igual a 24 mil anos, ainda que passados mais ou menos 40 anos a maioria dos resíduos do combustível nuclear perca 99,9% de radiação.

 


A poluição radioativa, enfim, é o aumento dos níveis naturais de radiação (radiação ambiental) por meio da utilização de substâncias radioativas naturais ou artificiais. A poluição radioativa tem como principais fontes:

substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no subsolo e que acompanham alguns materiais de interesse econômico (commodities), como petróleo e carvão, que são trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio de atividades mineradoras;

substâncias radioativas artificiais: são as produzidas em reatores nucleares e em aceleradores de partículas para utilização em medicina, na indústria , em pesquisa etc.

A poluição radioativa provém principalmente de indústrias, medicina, testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, petróleo, minerações, energia nuclear, acidentes radiológicos e acidentes nucleares. Um dos maiores desafios tecnológicos da atualidade refere-se à eliminação ou contenção, com a necessária segurança, dos produtos radioativos provenientes das usinas nucleares. Há alguns anos, a imprensa internacional veiculou informações relativas ao gravíssimo acidente ocorrido com o submarino nuclear russo Kursk nas águas geladas do mar de Barents, em 12 de agosto de 2000, quatro meses após a posse do presidente Vladimir Putin, que, imediatamente, tentou corrigir a imagem de indecisão e de incompetência deixada pelo acidente. A embarcação, equipada com dois reatores nucleares para propulsão, foi a pique com 118 tripulantes a bordo, permanecendo a 108 metros de profundidade. Um perigo iminente para o meio ambiente, envolvido com naufrágios deste tipo, está na possibilidade do vazamento de material nuclear, oriundo dos reatores, com a conseqüente contaminação da vida marinha e suas implicações para a cadeia alimentar.

Já uma guerra nuclear, além da morte imediata de inúmeros seres humanos e dos efeitos da radiação ao longo das gerações, propiciaria mais uma trágica conseqüência: o inverno nuclear. A poeira levantada pelas explosões nucleares, aliada à fuligem e à fumaça dos incêndios, impediria a penetração de luz na atmosfera, bloqueando por alguns anos a fotossíntese e fazendo a temperatura cair vários graus. Com isso, poderia ocorrer o desaparecimento definitivo de numerosas espécies, inclusive a extinção do próprio homem. Assim, o inverno nuclear designa o ápice de uma série de fenômenos meteorológicos provocados por uma guerra nuclear total entre as potências nucleares. Estudos feitos na década de 1980 mostraram que a queima das cidades e posterior emissão de milhões de toneladas de fuligem na atmosfera resultariam em uma pequena era glacial que duraria alguns anos, matando, por isso, grande parte dos animais e dos vegetais existentes. Esses estudos contribuíram para as campanhas pacifistas e de desarmamento entre os EUA e a Ex-URSS.

A poluição radioativa compreende mais de 200 radionuclídeos, sendo que do ponto de vista de impacto ambiental destacam-se o césio-137 e o estrôncio-90, devido às suas características nucleares (alto rendimento de fissão e meia-vida longa). Nos processos biológicos, o césio e o estrôncio, semelhantes quimicamente ao potássio e ao cálcio, tendem a acompanhá-los, depositando-se parcialmente nos músculos e nos ossos, respectivamente. Por exemplo, o estrôncio-90, radioativo, liberado por vazamentos ou explosões nucleares pode causar sérios problemas quando assimilado. Uma vez na corrente sangüínea, ele é bioquimicamente confundido com o cálcio (por causa de sua posição na tabela periódica dos elementos), sendo absorvido pelo tecido ósseo, onde será fixado. Fazendo, então, parte dos ossos, ele emite sua radiação característica e acabará por provocar sérias mutações cancerígenas nos tecidos formadores do sangue encontrados na medula óssea. Também, como afirma o Dr. Völker Zahn, grande parte da poluição radioativa atinge principalmente o cérebro – quer se trate de irradiações naturais, de acidentes nucleares, do lançamento de bombas atômicas ou de testes nucleares. Diversas vezes, foram comprovados, nas proximidades de usinas atômicas, casos de danificação dos cromossomos e de problemas intelectuais.

 

Principais Acidentes Nucleares:

 

 

• Em 1957, escapa radioatividade de uma usina inglesa situada na cidade de Liverpool. Somente em 1983 o governo britânico admitiria que pelo menos 39 pessoas morreram de câncer em decorrência da radioatividade liberada no acidente. Documentos secretos recentemente divulgados indicam que pelo menos quatro acidentes nucleares ocorreram no Reino Unido em fins da década de 50.

• Em setembro de 1957, um vazamento de radioatividade na usina russa de Tcheliabinski contamina 270 mil pessoas.

• Em dezembro de 1957, o superaquecimento de um tanque para resíduos nucleares causa uma explosão que libera compostos radioativos em uma área de 23 mil km². Mais de 30 pequenas comunidades, em uma área de 1.200 km², foram riscadas do mapa na antiga União Soviética e 17.200 pessoas foram evacuadas. Um relatório de 1992 informava que 8.015 pessoas já haviam morrido até aquele ano em decorrência dos efeitos do acidente.

• Em janeiro de 1961, três operadores de um reator experimental nos Estados Unidos morrem devido à alta radiação.

• Em outubro de 1966, o mau funcionamento do sistema de refrigeração de uma usina de Detroit causa o derretimento parcial do núcleo do reator.

• Em janeiro de 1969, o mau funcionamento do refrigerante utilizado em um reator experimental na Suíça inunda de radioatividade a caverna subterrânea em que este se encontrava. A caverna foi lacrada.

• Em março de 1975, um incêndio atinge uma usina nuclear americana do Alabama queimando os controles elétricos e fazendo baixar o volume de água de resfriamento do reator a níveis perigosos.

• Em março de 1979, a usina americana de Three Mile Island, na Pensilvânia, é palco do pior acidente nuclear registrado até então, quando a perda de refrigerante fez parte do núcleo do reator derreter.

• Em fevereiro de 1981, oito trabalhadores americanos são contaminados, quando cerca de 100 mil galões de refrigerante radioativo vazam de um prédio de armazenamento do produto.

• Durante a Guerra das Malvinas, em maio de 1982, o destróier britânico Sheffield afundou depois de ser atingido pela aviação argentina. De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, o navio estava carregado com armas nucleares, o que põe em risco as águas do Oceano Atlântico próximas à costa argentina.

• Em janeiro de 1986, um cilindro de material nuclear queima após ter sido inadvertidamente aquecido em uma usina de Oklahoma, Estados Unidos.

• Em abril de 1986 ocorre o maior acidente nuclear da história (até agora), quando, por erro no projeto da usina e imprudência de operadores, explode um dos quatro reatores da usina nuclear soviética de Chernobyl, lançando na atmosfera uma nuvem radioativa de cem milhões de curies (nível de radiação 6 milhões de vezes maior do que o que escapara da usina de Three Mile Island), cobrindo todo o centro-sul da Europa. Metade das substâncias radioativas voláteis que existiam no núcleo do reator foram lançadas na atmosfera (principalmente iodo e césio). A Ucrânia, a Bielorússia e o oeste da Rússia foram atingidos por uma precipitação radioativa de mais de 50 toneladas. As autoridades informaram, na época, que 31 pessoas morreram, 200 ficaram feridas e 135 mil habitantes próximos à usina tiveram de abandonar suas casas. Esses números se mostrariam depois absurdamente distantes da realidade.

• Em setembro de 1987, a violação de uma cápsula de césio-137 por sucateiros da cidade de Goiânia, no Brasil, mata quatro pessoas e contamina 249. Três outras pessoas morreriam mais tarde de doenças degenerativas relacionadas à radiação.

• Em 7 de abril de 1989 o submarino soviético K-278 Komsomolets afundou a cerca de 100 milhas náuticas a sudoeste de Bjørnøya. O derrame de materiais radioativos do reator, ou das armas nucleares que tinha a bordo, ainda não é um problema grave, mas no futuro pode causar poluição séria das águas vizinhas.

• Em junho de 1996 acontece um vazamento de material radioativo de uma central nuclear de Córdoba, Argentina, que contamina o sistema de água potável da usina.

• Em dezembro de 1996, o jornal San Francisco Examiner informa que uma quantidade não especificada de plutônio havia vazado de ogivas nucleares a bordo de um submarino russo, acidentado no Oceano Atlântico em 1986. O submarino estava carregado com 32 ogivas quando afundou.

• Em março de 1997, uma explosão em uma usina de processamento de combustível nuclear na cidade de Tokai, Japão, contamina 35 empregados com radioatividade.

• Em maio de 1997, uma explosão em um depósito da Unidade de Processamento de Plutônio da Reserva Nuclear Hanford, nos Estados Unidos, libera radioatividade na atmosfera (a bomba jogada sobre a cidade de Nagasaki na Segunda Guerra mundial foi construída com o plutônio produzido em Hanford).

• Em junho de 1997, um funcionário é afetado gravemente por um vazamento radioativo no Centro de Pesquisas de Arzamas, na Rússia, que produz armas nucleares.

• Em julho de 1997, o reator nuclear de Angra 2, no Brasil, é desligado por defeito em uma válvula. Segundo o físico Luiz Pinguelli Rosa, foi um problema semelhante ao ocorrido na usina de Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979.

• Em outubro de 1997, o físico Luiz Pinguelli adverte que estava ocorrendo vazamento na usina de Angra 1, em razão de falhas nas varetas de combustível.

• Em 12 de agosto de 2000 naufragou, no mar de Barents (Ártico), o submarino nuclear Kursk.

 

Lixo nuclear

 

Lixo nuclear é todo resíduo resultante da utilização de elementos e substâncias químicas radioativas, que são aqueles formados por isótopos radioativos. Consideram-se lixos nucleares as sobras de materiais radioativos que não mais serão utilizados e tudo o que estiver contaminado por eles, ou seja, tudo o que entra em contato com material radioativo e o próprio material radioativo que não for mais útil é lixo nuclear, como, por exemplo, os resíduos de mineração, os resíduos da preparação de substâncias químicas radioativas, os encanamentos por onde passaram as substâncias químicas radioativas e as vestimentas impregnadas de radioatividade usadas pelos trabalhadores.

Tipos de Lixo nuclear:

• Lixo nuclear de alto nível de periculosidade: resíduos, intensamente radioativos, que contêm produtos gerados durante o processo de fissão. A radioatividade destes resíduos degenera-se com relativa rapidez no início, no entanto continuará perigosa durante muitos milhares de anos devido ao seu conteúdo actinídeo (os materiais actinídeos possuem uma radioatividade menos intensa, mas têm uma meia-vida muito longa). Parte deste lixo funde-se em uma massa vítrea ou de caráter rochoso que é fechada em barris estanques. Estes barris são posteriormente armazenados definitivamente em grandes armazéns no subsolo, à grande profundidade.

• Lixo nuclear de nível intermediário de periculosidade: produzidos em vários processos envolvendo materiais radioativos, apresentam menos periculosidade do que os resíduos de alto nível.

• Lixo nuclear de baixo nível de periculosidade: produzidos por hospitais, laboratórios, indústrias e centrais nucleares, podem ser manuseados com alguma precaução. Na Grã-bretanha, no passado, chegaram a ser lançados grandes volumes deste lixo no mar.

 

 

Bombas Atômicas (Nucleares)

 

 

Reação de Implosão no
Núcleo de uma Bomba Atômica

 

Uma bomba atômica (bomba nuclear) é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear em cadeia e tem um poder destrutivo imenso – uma única bomba é capaz de destruir uma cidade grande inteira. Bombas nucleares só foram usadas duas vezes em guerra, pelos Estados Unidos contra o Japão nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares por vários países. Muitos confundem o termo genérico bomba atômica com um aparato de fissão. Por bomba atômica, entende-se um artefato nuclear passível de utilização militar via meios aéreos (caças ou bombardeiros). Por ogivas nucleares, entende-se as armas nucleares passíveis de utilização em mísseis. Já os artefatos nucleares não são passíveis de utilização militar, servindo, portanto, somente para a realização de testes, como foi o caso do artefato de Trinity (o primeiro detonado) ou o caso do artefato nuclear norte-coreano testado em 9 de outubro de 2006. As potências nucleares declaradas são os EUA, a Rússia, o Reino Unido, a França, a República Popular da China, a Índia e o Paquistão. Por sua vez, considera-se que Israel já tenha bombas nucleares, embora se negue a divulgar se as possui ou não. Também se supõe que a Coréia do Norte possua um reduzido número de ogivas nucleares.

As bombas nucleares são normalmente descritas como sendo apenas de fissão ou de fusão com base na forma predominante de liberação de sua energia. Esta classificação, porém, esconde o fato de que, na realidade, ambas são uma combinação de bombas: no interior das bombas de hidrogênio, uma bomba de fissão em tamanho menor é usada para fornecer as condições de temperatura e pressão elevadas que a fusão requer para se iniciar. Por outro lado, uma bomba de fissão é mais eficiente quando um dispositivo de fusão impulsiona a energia da bomba. Assim, os dois tipos de bomba são genericamente chamados bombas nucleares.

As bombas de fissão nuclear são as que utilizam a chamada fissão nuclear, onde os pesados núcleos atômicos do urânio ou do plutônio são desintegrados em elementos mais leves quando são bombardeados por nêutrons. Conforme já foi explicado, ao se bombardear um núcleo produzem-se mais nêutrons, que bombardeiam outros núcleos, gerando uma reação em cadeia. Estas são as historicamente chamadas Bombas-A, apesar de este nome não ser preciso pelo fato de que a chamada fusão nuclear também é tão atômica quanto a fissão.

As bombas de fusão nuclear baseiam-se na chamada fusão nuclear, onde núcleos leves de hidrogênio e hélio combinam-se para formar elementos mais pesados e liberam neste processo enormes quantidades de energia. Bombas que utilizam a fusão são também chamadas Bombas-H, bombas de hidrogênio ou bombas termonucleares, pois a fusão requer uma altíssima temperatura para que a sua reação em cadeia ocorra.

A bomba de nêutrons é uma última variante da bomba atômica. Em geral, é um dispositivo termonuclear pequeno, com corpo de níquel ou cromo, onde os nêutrons gerados na reação de fusão intencionalmente não são absorvidos pelo interior da bomba, mas se permite que escapem. As emanações de raios-X e de nêutrons de alta energia são seu principal mecanismo destrutivo. Os nêutrons são mais penetrantes do que outros tipos de radiação, de tal forma que muitos materiais de proteção que bloqueiam os raios gama são pouco eficientes contra eles. A bomba de nêutrons tem ação destrutiva apenas sobre organismos vivos, mantendo, por exemplo, a estrutura de uma cidade intacta. Isso pode representar uma vantagem militar, visto que existe a possibilidade de se eliminar os inimigos e apoderar-se de seus recursos. Uma verdadeira beleza construída pelos demônios de sempre! Como se nada disso bastasse, oficialmente, a mais poderosa bomba detonada foi de 57 megatons – conhecida como Tsar Bomba – em um teste realizado pela URSS em outubro de 1961. Esta bomba tinha mais de 5 mil vezes o poder explosivo da bomba de Hiroshima, e maior poder explosivo que todas as bombas usadas na II Guerra Mundial somadas (incluindo as 2 bombas nucleares lançadas sobre o Japão).

 

 

Radiobiologia: Radiólise da Água

 

 

Para concluir este estudo, rapidamente abordarei um tema pouco conhecido das pessoas: a radiólise da água (H2O). Sabe-se que a molécula de água é a mais abundante em um organismo biológico, praticamente participando de todas as reações metabólicas desse organismo. Na espécie humana, há aproximadamente 2 x 1025 moléculas de água por quilograma, o que permite que se conclua que, em caso de exposição às radiações, as moléculas atingidas em primeiro lugar e em maior número são as moléculas de água, que acabam sofrendo radiólise (decomposição estrutural induzida por radiações ionizantes). As radiações ionizantes podem agir de forma indireta ou direta sobre as moléculas de água. Os efeitos indiretos (que correspondem a 70% dos efeitos biológicos das radiações ionizantes no tecido vivo) resultam da formação de radicais livres, geralmente modificações das moléculas de água que constituem os meios extra e intracelular. Os efeitos diretos (que correspondem a 30% dos efeitos biológicos das radiações) são produzidos quando a energia da radiação é absorvida diretamente por moléculas que são importantes para os diversos metabólitos das células, como as enzimas e o DNA. Os efeitos das radiações podem ser somáticos, quando se manifestam no próprio indivíduo, ou genéticos, quando se manifestam nos seus descendentes.

A radiólise da água, portanto, é a modificação estrutural da molécula de água causada pela radiação ionizante. Esta pode levar as moléculas de H2O a um estado muito excitado ou então propiciar a formação de radicais do tipo H3O+, OH, H2O+ e H2O, os quais, por serem instáveis, podem levar à formação de radicais livres do tipo H e OH, que se caracterizam por serem muito reativos e por não possuírem carga elétrica. Em virtude disso, esses radicais livres podem interferir com o metabolismo das proteínas, dos lipídios e dos carboidratos. Entre outras, algumas possibilidades reacionais intracelulares e extracelulares são:

 

 

Início da Radiólise da Água

 

 

H2O + radiação ionizante —› [H2O]*

[H2O]* —› H2O+ + e

H2O+ —› H+ + OH

H+ + H2O —› H3O+

OH + OH —› H2O2

H2O2 + e—› OH + OH

 

H2O + radiação ionizante —› [H2O]*

[H2O]* + e —› H2O

H2O —› H + OH

H + H —› H2

H + OH —› H2O

2 [H2O]* —› H3O+ + OH

H+ + OH —› H2O

H3O+ + OH—› H2O

 

Sendo formas altamente reativas, os radicais livres derivados da radiólise da água interagem quimicamente entre si ou com moléculas próximas a eles. Como conseqüência, novas moléculas do organismo vivo podem ser danificadas, passando a disputar elétrons com o meio. Portanto, há uma infinidade de reações que podem acontecer in vivo como decorrência de exposição às radiações ionizantes, dentre as quais estão incluídos os próprios raios X para diagnóstico, que se encontram na região entre 10 e 10–2 nanômetros, e podem causar mutação genética e carcinogênese. Para uma melhor compreensão dessa matéria, recomendo uma visita ao excepcional trabalho Como Atuam as Radiações Ionizantes no Organismo Vivo de Daniela Figueiredo Pinto Ferreira, disponibilizado em:

http://cfhr.epm.br/download/
aulas/grad/rad_org_vivo.pdf

 

A liberação dos prótons hidrogênio reduz o pH do meio alterando as cinéticas das reações bioquímicas, levando, conseqüentemente, à desnaturação das proteínas e à morte celular. Também, através das radiações ionizante, podem ser formados radicais hidroperóxidos (HO2), H2O2 e radicais orgânicos, além de outros radicais prejudiciais à saúde que podem interagir com os sistemas biológicos de formas citotóxicas. A célula responde à radiólise da água de um modo que vai desde a completa recuperação das lesões moleculares até a morte celular.

As células vivas possuem mecanismos de defesa contra os efeitos deletérios das radiações. A catalase, a superóxido dismutase (SOD) e a peroxidase são enzimas que atuam defendendo o organismo. Também os antioxidantes naturais, como as vitaminas C e E, neutralizam a ação dos radicais livres. Existem ainda os sistemas de reparação do DNA. As células que apresentam grande atividade mitótica, bem como as mais indiferenciadas, são mais sensíveis às radiações ionizantes, por isso, os sistemas hematopoiético e reprodutivo são mais agredidos durante uma exposição às radiações ionizantes do que o tecido nervoso. Logo, de maneira geral, as células neoplásicas são mais sensíveis do que as células normais, podendo, assim, ser tratados alguns tumores cancerosos por radiações ionizantes.

 

 

Reflexões Místicas

 

 

Ralph Maxwell Lewis, 2º Imperator da AMORC para este 2º Ciclo Iniciático, certa vez escreveu: É um insulto às faculdades que o místico desenvolveu considerá-lo impotente e mudo no ambiente terreno e pensar que ele deveria se refugiar em algum retiro montanhoso para escapar das realidades da vida.

Eu, por outro lado, recentemente escrevi e divulguei o soneto Deixapralá:

 

Deixapralá...

A violência acaba mesmo minorando.

Deixapralá...

O zé-povinho acaba se acostumando.

 

Deixapralá...

Tudo acaba entrando nos eixos.

Deixapralá...

Os rebotos acabam virando seixos.

 

Mas é uma grande sacanabilidade2

não atalhar a intempestividade

e sacanabilmente deixarpralá.

 

E é uma tremendíssima indevardia3

fingir não ver a anarquia

e indevardemente deixarpralá.

 

Da mesma forma que todos nós sentimos frio ou calor quando muda a temperatura, de alguma maneira todos nós somos afetados quando nasce, sofre ou morre um ser no Universo. Podemos não perceber isso, mas não quer dizer que não soframos microabalos com esses e outros acontecimentos. Logo, como tenho sistematicamente escrito, assassinar é suicidar e suicidar é assassinar. Quando um ser qualquer comete ou é assaltado por uma desarmonia, tudo e todos nós somos enfraquecidos e debilitados em um certo grau. A coisa é mais ou menos como os cinco dedos de nossa mão: eles são cinco e são a própria mão. Não há individualidades no Universo no sentido de que essas individualidades sejam totalmente independentes e que não interajam entre si. Quando compreendermos e realizarmos que somos todos um e que o Universo é unitário, seremos realmente livres, fraternos e solidários. Antes, não. Por esse motivo (e por outros) a paz global nesta Dimensão é impossível. Por isso as bombas, os canhões, os massacres, as desigualdades, a fome, as doenças, as sobrevalias et cetera. Por isso os seres (ainda) sem alma! Por isso a Oitava Esfera. Por isso os necessários Ciclos de Transformação. Por isso o Teclado Universal. Por isso a evolução espiralar. Por isso tudo o que ainda não compreendemos...

Então devemos viver deixandopralá? Então devemos viver mudos e refugiados em algum retiro montanhoso para escapar das realidades da vida? Mil vezes não. Se água mole em pedra dura tanto bate até que fura, e se somos todos um, hipoteticamente fazendo pelo outro estamos fazendo por nós. Porém, um comportamento hipotético desta natureza é absolutamente sei-lá-o-quê, mistura de medonho com atroz, execrável, revoltante, perverso, cruel, amoral, imoral, terrível, hediondo, desagradável, insuportável, detestável, indecoroso, vergonhoso, desgraçado, sobre-horrendo, terrificante, terrível, torvo, tremebundo, tremendo, tristonho etc. Todos sinônimos. Eu não sei bem explicar o como e o porquê de se fazer o bem e de nos esforçarmos para sermos representantes conscientes e instrumentos do Svmmvm Bonvm. O que eu sei é que em um dado momento algo acontece no interior do ser-aí, e, desse momento em diante, sem retorno, ele passa a ser ascensionalmente uma expressão do Bem e da Beleza universais.

Mas isso não acontece de araque ou por milagre. Temos que nos esforçar para alcançar essa compreensão. Não por medo ou por desejo de sermos premiados, não para agradarmos a um presumido deus e não para depois de morrermos recebermos em sei-lá-onde as recompensas por nossos bons atos aqui praticados. Isso é simples e infantilmente ridículo. O que a mão direita faz, a esquerda não deve saber, e ninguém tem nada com isso. Nem mesmo nós, por incrível que possa parecer. Tudo isso é mais ou menos como o nosso coração, que trabalha sem parar recebendo o sangue das veias e o impulsionando para dentro das artérias sem pedir nada em troca. Logo, a regra é: fazer porque precisa ser feito, é necessário que seja feito. Portanto, um Místico não se refugia em algum retiro montanhoso para escapar das realidades da vida, não se esconde, não finge que não vê e não deixapralá...

Agora, como fazer, quando fazer, porque fazer e se realmente deve ser feito, cada um deverá descobrir em Silêncio e em seu próprio Coração. Isso não pode ser ensinado por nenhuma Escola Iniciática e nem por quem quer que seja.

 

 


 

 

 

 

Para Meditar Muito
(Tudo Tem a Ver com Tudo)

 

A carne de vitela é muito apreciada por ser tenra, clara e macia. O que pouca gente sabe é que o alimento vem de muito sofrimento do bezerro macho, que desde o primeiro dia de vida é afastado da mãe e trancado em num compartimento sem espaço para se movimentar. Esse procedimento é para que o filhote não crie músculos e a carne se mantenha macia. Baby beef é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados.

O mercado de vitelas nasceu com o subproduto da indústria de laticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras.

Veja como é obtido esse produto: assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suas crias. Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso, alimentação que consiste de substitutos do leite materno.

Um dos principais métodos de obtenção de carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação tornando-o anêmico e fornecendo o mineral somente na quantidade necessária para que ele não morra até o abate. A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo pode ser feito de metal ferruginoso, pois eles entram em desespero para lamber esse tipo de material.

Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral. Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobre um ripado de madeira, onde os excrementos possam cair em um um piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso.

A alimentação fornecida é líquida e altamente calórica, para que a maciez da carne seja mantida e os animais engordem rapidamente. Para que sejam forçados a comer o máximo possível, nenhuma outra fonte de líquido é fornecida, fazendo com que comam mesmo quando têm apenas sede.

Com o uso dessas técnicas, verificou-se que muitos filhotes entravam em desespero, criando úlceras pela sua agitação e descontrole no espaço reduzido. Uma solução foi encontrada pelos produtores: a ausência de luz; a manutenção dos animais em completa escuridão durante 22 horas do dia, acendendo-se a luz somente nos momentos de manutenção do estábulo.

No processo de confinamento, os filhotes ficam completamente imobilizados, podendo apenas mexer a cabeça para comer e agachar, sem poderem sequer se deitar.

Os bezerros são abatidos com mais ou menos 4 meses de vida de uma vida de reclusão e sofrimento, sem nunca terem conhecido a luz do Sol. E as pessoas comem e apreciam esse tipo de carne sem terem idéia de como é produzida.

A criação de vitelas é conhecida como um dos mais imorais e repulsivos mercados de animais no mundo todo. Como não há no Brasil lei específica que proíba essa prática - como na Europa - o jeito é conscientizar as pessoas sobre a questão. Nossa arma é a informação. Se souber o que está comendo, a sociedade que não mais tolera violências, vai mudar seus hábitos. Podemos evitar todo esse sofrimento não comendo carne de vitela ou baby-beef e repudiando os restaurantes que a servem.

O consumidor (assim como o eleitor) tem força e deve usar esse poder escolhendo produtos, serviços e empresas que não tragam embutido o sofrimento de animais inocentes.


(Fonte: Instituto Nina Rosa - Projetos por Amor à Vida)

 

 

 

 

 


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Notas:

1. Na técnica de Tomografia por Emissão de Pósitrons (TEP), um nutriente é necessário para o funcionamento das células cardíacas. Por exemplo, é marcado com uma substância que emite partículas radioativas chamadas pósitrons e, em seguida, é injetado através da via intravenosa. Em poucos minutos, quando o nutriente marcado atinge a área do coração que está sendo examinada, um detector examina a área e registra os locais com maior atividade. Um computador produz uma imagem tridimensional da área, revelando quão ativamente as diferentes regiões do miocárdio estão utilizando o nutriente marcado. A TEP produz imagens mais nítidas do que os demais estudos de medicina nuclear.

2. Sacanabilidade = sacanagem + irresponsabilidade. O advérbio correspondente é sacanabilmente.

3. Indevardia = indecência + covardia. O advérbio correspondente é indevardemente.

 

Páginas da Internet e Websites consultados

http://pt.wikipedia.org/wiki/Inverno_Nuclear

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1806-37132005000100011

http://mendeleiev.cyberscol.qc.ca/
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http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/rad_ion.pdf

http://radio_teleterapia.vilabol.uol.com.br/
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_at%C3%B4mica

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomografia_
por_emiss%C3%A3o_de_p%C3%B3sitrons

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http://www.profcupido.hpg.ig.com.br/
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ppoeys/poluicao_radioativa.html

http://www.rc.unesp.br/eureka/afisicavida.htm

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http://pt.wikipedia.org/
wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_gama

http://pt.wikipedia.org/wiki/Catalisador

http://reactor.engr.wisc.edu/fission.htm

http://www.epsic.ch/pagesperso/
schneiderd/Divers/dico/P_fission.htm

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http://br.geocities.com/
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http://www.if.ufrgs.br/
~thaisa/fis2004/interiorest.htm

http://www.astro.iag.usp.br/
~maciel/teaching/artigos/elementos.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fus%C3%A3o_nuclear

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fiss%C3%A3o_nuclear

http://pt.wikipedia.org/wiki/Radioatividade

 

Fundo musical:

Fantasy

Fonte:

http://web2.airmail.net/aars1/Midi/Universe/