POR QUÊ
JAMIR?
(É tudo uma questão de afronia)
Rodolfo Domenico Pizzinga
Afronia do Poder
— Por que rosnas tanto assim, Jamir?
Chega, já é demais.
É por causa da ? Ela não irá falir.
Os sem-picas precisam mais.
— Por que petas tanto assim, Jamir?
Basta, isto lotou.
É por causa da COVID? Deves acudir,
e dar um fim nesse show.
— Por que tramas tanto assim, Jamir?
Isto é um mau anelo.
É por causa do isolamento? Deves aderir,
e parar de combatê-lo.
— Por que bufas tanto assim, Jamir?
Santa Cloroquina?
Será um filme de terror o devenir:
um caixão em cada esquina.
Santa Cloroquina
— Se hoje estás delirando,
foste tu que semeaste assim.
E, quanto mais tu vais blefando,
mais longe fica o sem-fim.
— Não crês, conforme suponho,
no que
eu falo de Coração.
(Com o meu Coração Espiritual.)
Mais cresce o teu modo bisonho,
mais gargalha o teu dragão.
— Nesta quadra da tua vida,
o teu eixo bebe-o-vento.
Mas, como fechará a ferida,
se tu és o rei do fermento?
— O que digo todos sabem;
nisto não há segredo.
Sempre coisas que descabem,
sempre ameaço e medo.
— Como no Inferno, de Dante,
só choro e desesperança.
Lá-aqui, a dor é lancinante...
Lasciate ogni speranza...
— Não estou de dedo em riste;
foste tu o construidor.
Se há Alguém muito triste,
é o teu Deus Interior.
— Ele quer se aproximar,
mas, tu, vaidoso, te aleixas.
Ele quer te Illuminar,
mas, tu, teimoso, não deixas.
— Todavia, não és o único;
a maioria vive assim.
Como poderá um afrônico
deixar de ser chinfrim?
Afronia Nazista
Afronia
Brasileira
(Ditadura
Militar no Brasil)
Afronia Chilena
Afronia Argentina
Afronia Espanhola
Afronia Soviética
Afronia Ugandense
Afronia Caligulense
— Mas, é possível mudar?
Sim, meu irmão, claro.
É só deixar a Luz entrar,
e largar mão de ser amaro.
— Portanto, meu caro Jamir,
aprende esta lição:
o arco-íris do devenir
depende do sim e do não.
— A Lei da Causa e Efeito
não escolhe quem corrigir.
Corrige candidato e eleito,
e corrige, portanto, Jamir.
Lei da Causa e Efeito
— Ninguém Dela está isento:
nem papa nem padreco,
nem papa-léguas nem lento,
nem picão nem dente-seco.
— Por vaidade e ignorância,
eu mesmo já cortei um dobrado.
Mas, hoje, sinto a fragrância
do meu uadrado transmutado.
— Finalmente, peço e insto:
muda já o rumo da prosa.
Torna-te um Jamir distinto!
Deixa desabrochar tua Rosa!
Dente-seco
Música de fundo:
É Bom Parar
Compositor: Noel Rosa e Rubens Soares
Intérprete:Francisco Alves
Páginas da Internet consultadas:
https://historiador.com.br/idi-amin/
https://educador.brasilescola.uol.com.br/
https://www.causaoperaria.org.br/
https://historiandonanet07.wordpress.com/
https://www.bol.uol.com.br/noticias/
https://twitter.com/lftofoli/status/1240758374607859715
https://gfycat.com/advancedmeanhawk
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