Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

Água de um
Rio Poluído
Cristal de Água Puríssima
(Masaru Emoto)

 

 

Todo mundo já ouviu falar em poluição, e, só de olhar o jeitão horrético de uma água e de sentir o seu cheiro de podre, sabe muito bem o que é uma água pútrida e encagalhada, e que, certamente, não é água de beber.

 

 

ÁGUA PÚTRIDA E ENCAGALHADA

 

 

O que nem todo mundo sabe, entretanto, são as minimizações e as múltiplas conseqüências que o desperdício de água e a poluição hídrica vêm causando efetivamente às pessoas e ao nosso Planeta Azul, minimizações e conseqüências que certamente serão maximizadas e crescerão geometricamente nos próximos anos, caso não sejam tomadas as providências adequadas, urgentes e necessárias. Portanto, ninguém deverá ficar nem um pouco espantado se, de repente, no limite, começarmos a fabricar guerras e a nos matarmos uns aos outros por causa de água potável.

Seja como for, um ser humano pode deixar de comer por várias semanas, porém não é capaz de passar mais do que quatro ou cinco dias sem beber água, isso se não tiver antes graves problemas hepato-renais. Como o corpo humano é constituído de aproximadamente 70% de água, a perda de 1% a 5% de água causa muita sede, pulso acelerado e fraqueza; a perda de 6% a 10% de água causa dor de cabeça, fala confusa e visão turva; e a perda de mais de 10% de água causa delírio, língua inchada e morte. É necessário que se saiba ainda que, em média, o consumo de água dobra a cada 20 anos, e que cerca de 1,2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável; outras 1,8 bilhões não contam com saneamento básico adequado. Esses números mostram a espantosa cifra de 3 bilhões de seres humanos que não vivem com um mínimo de decência e dignidade, isso se somarmos os dois dados anteriores, o que não é absolutamente correto porque falta de água e ausência de saneamento andam de mãos dadas. De qualquer maneira, eu não tenho certeza absoluta se esses últimos dados que estou citando estão atualizados, isto é, se refletem a realidade mundial de março de 2007; se não estiverem, a coisa toda é muito pior. O que é incontestável é que falta de água provoca redução da oferta de alimentos e proliferação de doenças infectocontagiosas. Logo, não é mesmo improvável – se a coisa alcançar o limite do absolutamente insuportável – que venhamos a nos destruir por causa da água, principalmente porque nos últimos 15 anos a oferta de água limpa disponível por habitante diminuiu em torno de 40%. E se o consumo de água dobra a cada vinte anos, aonde iremos parar?

Isso tudo é absolutamente inquietador. Nesse sentido, este estudo examinará brevemente alguns aspectos do irresponsável desperdício da água, da desajuizada poluição hídrica e os conseqüentes efeitos deletérios por eles causados. Todas as páginas da Internet e Websites consultados estão listados ao final do estudo.

 

 


Fonte:
http://paginas.terra.com.br/
lazer/staruck/agua.htm

 

 

 

Algumas Propriedades da Água

 

 

 

 

A água (hidróxido de hidrogênio, monóxido de hidrogênio ou ainda protóxido de hidrogênio) é uma substância líquida, incolor a olho nu em pequenas quantidades, inodora, insípida e essencial a todas as formas de vida, sendo sua molécula (polar) composta por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio (H2O). É uma substância abundante na Terra, cobrindo cerca de três quartas partes da superfície do planeta, encontrando-se, principalmente, nos oceanos e nas calotas polares, mas também em outros locais em forma de nuvens, água de chuva, rios, mananciais ou gelo. O Brasil – que em 1998 permitiu que 36 crianças morressem em cada grupo de 1000 crianças, em muitos casos devido a diarréias e outras doenças disseminadas pela água contaminada – detém entre 12% e 15% da água doce do Planeta, e cerca de 80% dessa reserva estão concentradas na Amazônia; os 20% restantes estão distribuídos desigualmente pelo País, atendendo desigualmente a 95% da população brasileira de desiguais. Isto é: dos 113 trilhões de m³ disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões de m³ foram reservados ao nosso País. Enfim, se a Terra é, por assim dizer, o Planeta Água, não é exagero se considerar o Brasil como a sua capital. Agora, enquanto ainda prevalecerem, em muitos lugares, o voto de cabresto, os currais eleitorais, a compra de votos, os votos fantasmas, a troca de favores, as fraudes eleitorais, a corrupção, o desinteresse federal, estadual e municipal e a violência, entre outros absurdos, a questão da água – como todas as outras mazelas nacionais, e entre elas a desinformação – não será solucionada a contento, particularmente no nordeste brasileiro. O Brasil pode ser o país que mais água tem, mas sei lá quantos brasileiros ainda morrem de sede e de desnutrição todos os anos. Isso é simplesmente abominável e intolerável.

A água possui muitas propriedades incomuns que são críticas para a vida: é um bom solvente (é considerada o solvente universal) e possui alta tensão superficial (0,07198 N.m-1 a 25ºC). A água pura (destilada) tem sua maior densidade em 4 ºC (~ = 1,00 kg/m³), e tem valores de densidade menores acima e abaixo dessa temperatura, explicando, assim, a mistura de águas e a recirculação de nutrientes, e o porquê de a camada de gelo ficar acima da água quando os lagos e os rios congelam. Confira, no quadro abaixo, a variação da densidade da água entre 0 e 37 ºC.

 

Temperatura (ºC)
Densidade (kg/m³)
0
999,87
1
999,93
2
999,97
3
999,99
4
1000,00
5
999,99
6
999,97
7
999,93
8
999,88
9
999,81
10
999,73
37
993,36

 

 

Como uma molécula polar estável na atmosfera, desempenha um papel importante como absorvente da radiação infravermelha, crucial no efeito estufa da atmosfera. A água também possui um calor específico (número de calorias necessárias para elevar a temperatura de 1 grama de água de 14,5 °C para 15,5 °C) peculiarmente alto (1 cal/g°C), que desempenha um grande papel na regulação do clima global.

A água dissolve vários tipos de compostos polares e apolares facilitando a interação química dessas substâncias, o que possibilita determinados metabolismos complexos. Apesar disso, algumas substâncias são imiscíveis com a água, como por exemplo óleos e outras substâncias hidrofóbicas. Membranas celulares, compostas de lipídios e proteínas, tiram vantagem destas propriedades para controlar as interações entre seus conteúdos químicos externos. Isto é facilitado pela tensão superficial da água.

 

Distribuição
Volume (%)
Água salgada
97,4
Geleiras polares e glaciais
2
Água doce subterrânea
0,29
Água doce profunda
0,3
Água doce superficial
0,01


Distribuição da Água na Terra

 

A água potável, aquela que pode ser consumida sem risco para a saúde, tem de atender a determinados requisitos de natureza física, química e biológica. O tratamento de água visa reduzir a concentração de poluentes até o ponto em que não apresentem riscos para a saúde pública. As principais etapas do tratamento da água são: coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação (por ser arbitrária e opcional, essa prática costuma causar certa polêmica, devido ao fato de que, em cerca de 20% dos casos, causa algum tipo de fluorose infantil) e correção de pH.

A água, para atender aos requisitos físicos de potabilidade, deve: a) ser inodora; b) ser incolor (isto é, sem cor, quando em pequena quantidade, e azulada, quando em grande quantidade); c) ter sabor indefinível (mas que permita distingui-la de qualquer outro líquido) e d) ser fresca (sensação que depende da temperatura ambiente).

A água, para atender aos requisitos químicos de potabilidade, necessita: a) ser arejada (isto é, conter certa quantidade de oxigênio); e b) conter, em pequena quantidade, sais minerais, como cálcio e magnésio, e não conter nenhum sal tóxico.

A água para atender aos requisitos biológicos de potabilidade não pode conter microorganismos patogênicos, ou seja, causadores de doenças infectocontagiosas. A alteração biológica da potabilidade da água, denominada de contaminação, é causada pela presença de agentes patogênicos vivos, isto é, vermes, bactérias etc.

 

 

Carta Européia da Água
(Proclamada pelo Conselho da Europa
Estrasburgo, 6 de Maio de 1968)

 

 

1. Não há vida sem água. A água é um bem precioso e indispensável a todas as atividades humanas.

2. Os recursos hídricos não são inesgotáveis. É necessário preservá-los, controlá-los e, se possível, aumentá-los.

3. Alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos que dela dependem.

4. A qualidade da água deve ser mantida em níveis adaptados às utilizações e, em especial, satisfazer as exigências da saúde pública.

5. Quando a água, após ser utilizada, volta ao meio natural, não deve comprometer as utilizações que dela serão feitas posteriormente.

6. A manutenção de uma cobertura vegetal apropriada, de preferência florestal, é essencial para a conservação dos recursos hídricos.

7. Os recursos hídricos devem ser objeto de um inventário.

8. A eficiente gestão da água deve ser objeto de planos definidos pelas autoridades competentes.

9. A salvaguarda da água implica em um esforço muito grande de investigação científica, de formação técnica de especialistas e de informação pública.

10. A água é um patrimônio comum cujo valor deve ser reconhecido por todos. Cada um tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado.

11. A gestão dos recursos hídricos deve inserir-se no âmbito da bacia hidrográfica natural e não no das fronteiras administrativas e políticas.

12. A água não tem fronteiras. É um bem comum que impõe uma cooperação internacional.

 

 

Poluição da Água

 

A poluição hídrica (natural ou antropogênica, como todas as outras formas de poluição) pode ser definida como a introdução em um corpo d’água de qualquer matéria ou energia [lançamento de esgotos residenciais ou industriais não-tratados] que venha a alterar as propriedades dessa água, afetando, ou podendo afetar, por isso, a 'saúde' das espécies animais ou vegetais que dependem dessas águas ou com elas tenham contato, ou mesmo que venham a provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais contatadas. Fertilizantes agrícolas em quantidade demasiadamente alta também prejudicam a qualidade da água. É preciso, portanto, distinguir o que são contaminantes e poluentes propriamente ditos. A poluição altera as características da água, enquanto a contaminação pode afetar a saúde do consumidor da água. Assim, uma água pode estar poluída sem estar contaminada e vice-versa.

Um aspecto interessante nessa matéria é o que se poderia classificar como poluição rica e poluição pobre. Como afirmam Sônia Lúcia Modesto Zampieron e João Luís de Abreu Vieira, a poluição de águas nos países ricos resulta da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é o resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida. De que adianta o progresso se não há qualidade de vida? Progredir para adoecer? Se o ritmo de crescimento da poluição continuar acompanhando o da população, a Terra, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), poderá perder 18. 000 km2 de águas doces até 2050, equivalente a quase nove vezes o volume total usado a cada ano em irrigação no mundo. Ainda segundo a ONU, os pobres são, como é e sempre foi óbvio, os mais afetados pela poluição. Metade da população de países em desenvolvimento está exposta a mananciais poluídos. O quadro é particularmente grave na Ásia, onde os rios têm três vezes mais bactérias originárias de esgotos do que a média mundial. Além disso, os corpos de água asiáticos apresentam taxas de enxofre até 20 vezes superiores às de países ricos. As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos, formados por cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e os inorgânicos, que têm composições diferentes. Os resíduos orgânicos normalmente têm origem animal ou vegetal e provêm dos esgotos domésticos e de diversos processos industriais ou agropecuários (voltarei a esse assunto um pouco mais à frente). Os resíduos orgânicos são biodegradáveis, ou seja, são transformados de forma gradual in natura por microorganismos. Entretanto, esse processo de degradação acaba consumindo a maior parte do oxigênio dissolvido na água, o que pode comprometer a sobrevivência de organismos aquáticos. Já os resíduos inorgânicos vêm de indústrias – principalmente as indústrias químicas e petroquímicas – e não podem ser decompostos naturalmente. Entre os mais comuns estão chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e níquel. Conforme sua composição e concentração, os poluentes hídricos têm a capacidade de intoxicar e matar microorganismos, plantas e animais aquáticos, tornando a água imprópria para o consumo ou para o banho.

Fazendo um parêntese, a legislação brasileira, particularmente a Lei nº 9.605, de 12/02/98, dispõe sobre o crime de poluição hídrica, tipificado no artigo 54 e seu parágrafo 2º e inciso III prevendo as respectivas sanções penais e administrativas para os poluidores ambientais, Lei que foi regulamentada pelo Decreto nº 3.179, de 21/09/99. Acho que vale a pena dar uma rápida conferida nisso.

 

Lei nº 9.605 - Seção III

Da Poluição e outros Crimes Ambientais

Art. 54 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortalidade de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Parágrafo 1º - Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo 2º - Se o crime:

I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

Parágrafo 3º - Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

 

Decreto nº 3.179 - Seção I (Das Sanções Aplicáveis às Infrações Contra a Fauna)

Art. 18

Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:

Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas, quem:

I - causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público;

II - explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente; e

III - fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.

Decreto nº 3.179 - Seção III (Das Sanções Aplicáveis à Poluição e a Outras Infrações Ambientais)

Art. 41

Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), ou multa diária.

§ 1º Incorre nas mesmas multas, quem:

I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos; e

VI - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

§ 2º As multas e demais penalidades de que trata este artigo serão aplicadas após laudo técnico elaborado pelo órgão ambiental competente, identificando a dimensão do dano decorrente da infração.

 

 

Uma das principais fontes de poluição das águas são os efluentes industriais (esgotos) despejados sem tratamento adequado em rios, lagoas ou outros tipos de reservatórios, pois predominam agentes químicos e substâncias tóxicas que podem acarretar sérios riscos para a saúde da população. A poluição provocada por esgotos sanitários é uma séria forma de degradação dos recursos hídricos, pois se constitui de água que foi utilizada para fins higiênicos, na qual predominam as águas de lavagem e matéria fecal. (Em todo o Planeta, 2,4 bilhões de pessoas despejam seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos de água que passem perto de suas casas, porque não têm acesso a um sistema de coleta). A ausência de uma rede coletora de esgotos e estações de tratamento, em alguns locais, implica o lançamento destas águas e deste material diretamente no solo das vizinhanças ou em sua canalização de forma irregular para os cursos de água mais próximos. Nestes casos, por infiltração ou por ação das chuvas, estes resíduos atingem os cursos de água, e dependendo da quantidade lançada provocarão poluição e/ou contaminação. Os materiais orgânicos presentes no esgoto (excrementos etc.) nutrem as bactérias aeróbias decompositoras. Por serem aeróbias, consomem o oxigênio diluído na água, podendo matar por asfixia a fauna ali existente (principalmente os peixes). Juntamente com essas bactérias, podem existir ou não os agentes patogênicos: vermes (esquistossomose etc.), protozoários (giárdias, amebas etc.), vírus (hepatite etc.) e bactérias (leptospirose, cólera, febre tifóide etc.). Como as bactérias aeróbias continuam a se multiplicar, e se a poluição continua elevada, a certa altura elas próprias morrem asfixiadas por esgotamento do oxigênio dissolvido na água, sendo substituídas então por um novo tipo de bactérias: as bactérias anaeróbicas, que não necessitam de oxigênio, e de cujo metabolismo saem substâncias que exalam muito mau cheiro, como o gás sulfídrico (H2S), que tem um odor típico de ovos podres, insuportável em certos rios, como o Tietê, o Tamanduateí e o Pinheiros na cidade de São Paulo, e o Canal do Mangue, no Rio de Janeiro. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde a retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza inorgânica ou orgânica), esgotos, resíduos industriais e lixo ou sedimentos derivados da erosão. As técnicas de tratamento das águas não podem fazer tudo; quanto mais esforços forem feitos no sentido de que a água seja preservada, melhor e mais barato será o seu tratamento e, com isso, todos nós só teremos a ganhar.

 

 

Alguns Poluentes e suas Conseqüências

 

Esgotos – em todo o Planeta, como foi dito acima, 2,4 bilhões de pessoas despejam seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos de água que passem perto de suas casas, porque não têm acesso a um sistema de coleta. No Brasil, a rede coletora chega a 53,8% da população urbana. Entretanto, a maior parte do volume recolhido não recebe nenhum tratamento e é despejada nesse estado em rios e represas ou no oceano. Apenas 35,5% dos esgotos coletados são submetidos a algum tipo de tratamento.

Resíduos químicos – geralmente descartados por indústrias e pela mineração, são difíceis de degradar. Por isso, podem ficar boiando na água ou se depositar no fundo de rios, lagos e mares, onde permanecem inalterados por muitos anos. Dentre os mais nocivos, como se viu, estão os chamados metais pesados – chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e níquel. Se ingeridos, podem causar diversas disfunções do sistema nervoso central, e problemas pulmonares, cardíacos, renais entre outras. Um dos mais tóxicos é o mercúrio, comumente descartado por garimpeiros após ser empregado na separação do ouro.

Nitratos – presentes no esgoto doméstico e nos descartes de indústrias e pecuaristas, os nitratos representam especial risco à saúde de crianças, causando danos neurológicos ou redução da oxigenação do corpo. Além disso, a presença excessiva de nitratos em rios ou em mares estimula o crescimento de algas, fenômeno conhecido como eutrofização. Em casos extremos, essas algas podem colorir a água e emitir substâncias tóxicas para os peixes (maré vermelha).

Vinhoto (ou vinhaça) – efluente orgânico resultante da fabricação do açúcar e do álcool. Pode ser usado como fertilizante, mas com freqüência é descartado diretamente em corpos de água das regiões produtoras de cana de São Paulo e do Nordeste, embora essa prática seja proibida por lei.

Poluição física – algumas atividades modificam a temperatura ou a coloração da água. É o caso de certas indústrias que usam água para resfriar seus equipamentos e depois a devolvem aquecida ao rio (poluição térmica). Ela continua limpa, mais está muito mais quente do que quando foi captada, o que causa danos aos ecossistemas. Outras atividades, como certos tipos de mineração, podem despejar material radioativo nos rios, prejudicando a fauna e a flora.

Detergentes – em 1985, o Brasil aprovou uma lei que proibiu a produção de detergentes que não sejam biodegradáveis (a biodegradabilidade está ligada às ramificações das cadeias orgânicas; cadeias ramificadas são mais difíceis de serem biodegradadas). No entanto, apesar de menos nocivos, os detergentes e sabões em pó comercializados atualmente contêm fosfatos, substâncias que podem promover um crescimento acelerado de algas nos rios. Quando elas morrem, logo são decompostas por bactérias que consomem o oxigênio disponível na água e exalam mau cheiro.

Organoclorados – são compostos em que há um ou mais átomos de cloro ligados ao radical orgânico da molécula. De toxicidade variável, suspeita-se que favoreçam o aparecimento de diversos tipos de câncer e más-formações congênitas. Os organoclorados têm a capacidade de se acumular nos tecidos gordurosos dos organismos vivos e se tornam mais concentrados nos níveis mais altos da cadeia alimentar. Ou seja: passam dos microorganismos filtradores para os moluscos, deles para os peixes e daí para mamíferos e aves. O homem, que geralmente está no final desta cadeia, costuma ter as maiores concentrações de organoclorados em seu sangue. Alguns deles são utilizados como agrotóxicos – como o diclorodifeniltricloretano (DDT) (C14H9Cl5) – mas a sua produção está proibida no Brasil.

Chorume – líquido contaminado que escorre de aterros de lixo e também de cemitérios. Há relatos de moradores das proximidades dos cemitérios Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo, de que mais de uma vez as enchentes trouxeram para dentro de suas casas restos de roupas e esqueletos. Por isso, os corpos devem ser enterrados sobre solos bem impermeabilizados e protegidos, para que a contaminação não chegue ao lençol freático ou seja arrastada pela chuva. A mesma regra vale para os aterros sanitários e industriais.

 

 

Poluição no Campo

 

A agropecuária contamina as águas de duas formas: quando utiliza fertilizantes e agrotóxicos e quando descarta efluentes com altas concentrações de nitrogênio, sobretudo aqueles gerados nas criações de animais. A maioria dos fertilizantes enriquece o solo com altas doses de nitratos (NO3-1) e fosfatos (PO4-3). Parte desses nutrientes é absorvida pelos vegetais, aumentando seu ritmo de crescimento e seu rendimento. Outra parte é arrastada pelas chuvas para os rios ou penetra no solo e acaba alcançando o lençol freático. Entre os agrotóxicos usados no combate às pragas incluem-se produtos de diferentes composições, algumas delas bastante tóxicas. Como os fertilizantes, eles também podem escorrer até um rio ou lago. Já a criação de animais tem como principais resíduos os excrementos, que são altamente ricos em nitratos. Um porco de 100 quilogramas elimina cerca de um metro cúbico de esterco por ano contendo 5,5 quilogramas de nitrogênio. Esses resíduos são produzidos em grandes volumes e muitas vezes despejados irregularmente nos corpos de água. Na África, são encontrados poços com um nível de nitratos até oito vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

 

 

Mares Mortos

 

Apesar de suas dimensões imensas, os oceanos são tão vulneráveis à poluição quanto qualquer outro ambiente natural. Contudo, sua gigantesca capacidade de diluição costuma esconder os danos produzidos. Em média, 200 mil toneladas de óleo são derramadas nos mares todos os anos. Aproximadamente 44% desse volume têm origem na exploração, processamento e transporte do petróleo. O restante é resultado do descarte de óleo usado por uma série de atividades. Um dos principais responsáveis pelos grandes derramamentos de petróleo, que sistematicamente dominam as manchetes de jornais, é o envelhecimento da frota mundial de petroleiros. Cerca de 3 mil navios continuam em atividade, apesar de já transportarem combustíveis há mais de 20 anos. Uma segunda causa de contaminação é a poluição produzida no continente. A Baía da Guanabara, por exemplo, recebe a cada dia 500 toneladas de esgotos, 50 toneladas de nitratos e metais pesados e 3 mil toneladas de resíduos sólidos (areia, garrafas plásticas e latas). O mesmo ocorre em todo o litoral brasileiro. Pelo menos 95 mil toneladas de resíduos industriais são despejados todos os anos na Baía de Todos os Santos, que banha Salvador. Desse total, quase a metade é considerada tóxica. O mercúrio é encontrado em grandes quantidades. O fenômeno se repete mesmo em cidades de menor porte. O maior criadouro natural de camarões de Maceió foi batizado pelos pescadores de 'Lama Grande', por estar seriamente contaminado pelos esgotos jogados por um emissário submarino. Os limites toleráveis para a poluição são estabelecidos localmente e variam muito: no Brasil, uma praia é considerada imprópria para banho se nela forem encontrados 400 enterococos (bactéria presente nas fezes e muito resistente) por 100 mililitros de água. Nos Estados Unidos, isso acontece se forem encontrados apenas 35.

 

 

Declaração Universal dos Direitos da Água
(ONU –
22 de março de 1992)

 

 

1 A água faz parte do patrimônio do Planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

2 A água é a seiva de nosso Planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3 Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4 O equilíbrio e o futuro de nosso Planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5 A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6 A água não é uma doação gratuita da Natureza; ela tem um valor econômico. Precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

7 A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8 A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9 A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10 O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

 

 

Desperdício de Água

 

A água é um recurso renovável mas finito, que depende das condições ambientais, que são resultantes ou conseqüência das próprias ações desenvolvidas pelos seres humanos. Segundo as estimativas mais recentes da ONU, a crise da água já tem data marcada: 2.025. Nesse período haverá a globalização da deficiência que hoje ocorre de maneira localizada.

Diferente da energia, a água é provida pela natureza, enquanto a energia pode ser transformada pelo homem, das mais diversas fontes. A escassez da água pode levar às mais diversas doenças, fome, diminuição da produção de alimentos além de provocar crises sociais e políticas, haja vista as dificuldades históricas vividas pelos nordestinos. Como já alertei, poderemos vir a fazer a guerra por causa da escassez de água.

Por incrível que possa parecer, ainda há pessoas limpando superfícies como passeios, calçadas etc. com jatos de água, ao invés de simplesmente varrê-las. Ou quando se lava o carro com a torneira constantemente aberta. O mesmo uso abusivo ocorre no simples ato de escovar os dentes, tomar banho, fazer a barba ou lavar os pratos etc. com a torneira aberta. Estima-se que para lavar uma calçada com um jato de água a vazão é de 4litros/minuto, enquanto a torneira ao ficar aberta para fazer uma barba desperdiça cerca de 20 litros. Com uma torneira apenas gotejando, gasta-se 1.400 litros de água por mês. Escorrendo um filete de apenas 1mm são gastos 62.600 litros por mês. Aumentando a abertura para 2mm, o gasto sobe para 135.400 litros por mês e, com uma abertura de 6mm, o gasto é de 492.000 litros por mês. Há, portanto, um alto custo agregado nesse imprescindível insumo do dia-a-dia.

 

Os Números do Desperdício
Condições/Torneira
Média Diária (l/dia)
Média mensal (l/mês)
Gotejando
46
1.400
Abertura de 1 mm
2.068
62.600
Abertura de 2 mm
4.512
135.400
Abertura de 6 mm
16.400
492.000
Abertura de 9 mm
25.400
762.000
Abertura de 12 mm
33.964
1.019.520

 

 

Ciclo Hidrológico

 

 

Ciclo hidrológico (ou ciclo da água) é o nome que se dá à circulação contínua da água na hidrosfera, ou seja, os continentes, os oceanos e a atmosfera, através da energia solar que chega à superfície terrestre. Na atmosfera, o vapor de água que forma as nuvens pode se transformar em chuva, neve ou granizo dependendo das condições climatéricas. Essa transformação provoca o fenômeno atmosférico ao qual se chama precipitação. A energia presente no ciclo hidrológico é muitas vezes reaproveitada pela Humanidade nas usinas hidrelétricas.

A água ocorre em vários lugares e em várias fases, na superfície, dentro e sobre a Terra. A transformação de uma fase em outra e o movimento de um a outro local constitui o ciclo hidrológico. Este é um sistema fechado, ou seja, sem começo nem fim. A umidade atmosférica volta à superfície da Terra na forma de chuva, granizo, neve ou orvalho. Uma parte dela será retida nas construções, árvores, arbustos e outras plantas. Essa água nunca alcança o solo, e a quantidade assim retida é chamada de perda por interceptação. A água que chega até o solo pode formar vários cursos: alguns evaporarão e voltarão para a atmosfera; outros se infiltrarão na terra. Se a intensidade de chuva supera a porção de infiltração e evaporação formar-se-á um charco. A água retida em um pântano é dita como armazenagem em depressão. Como os charcos enchem e transbordam, a água começa a se mover através da superfície e é chamada de chuva excedente. Entretanto, o escoamento superficial não pode ocorrer até que se forme uma lâmina d’água que cubra a trajetória do movimento. A água contida nessa trajetória é chamada de armazenamento de detenção. Uma parte do escoamento pode infiltrar no solo ou evaporar retornando à atmosfera antes de alcançar o rio. A água que infiltra no solo entra primeiramente na zona do solo que contém as raízes das plantas. Essa água pode retornar para a atmosfera através da evaporação, a partir da superfície do solo ou da evapotranspiração das plantas. Essa parte superior do solo pode reter uma quantidade limitada de água; essa quantidade é conhecida como capacidade de campo. Se mais água for adicionada quando ela estiver na capacidade de campo, a água passa para uma zona mais baixa (zona de saturação ou zona de escoamento subterrâneo). A água deixa a zona da água subterrânea pela ação da capilaridade dentro da zona da raiz, ou pela infiltração nas correntes. Poços são perfurados na zona de água subterrânea para a extração da água aí retida. Processos que alimentam o ciclo hidrológico global são a evaporação e a transpiração (das plantas), que fornecem vapor à atmosfera, e favorecem a condensação e a precipitação. A fonte mais importante de vapor de água na atmosfera é a evaporação que ocorre nos mares e nos oceanos – a origem de cerca de 85% do vapor de água na atmosfera. (Repetindo: como o vapor de água é o gás de estufa mais importante, os oceanos têm um papel crucial na determinação de possíveis mudanças climáticas por aumento do efeito de estufa.) A evaporação e a transpiração nos continentes são a origem dos restantes 15%. Os oceanos, que representam 70% da superfície da Terra, contêm 97,4% da água nela existente e regulam e distribuem calor por todo o Planeta através das circulação das suas correntes à superfície. O solo dos continentes contém em torno de 2,5% do total da água existente e a atmosfera menos de 0,001%. A importância da atmosfera no ciclo da água deve-se à contínua reciclagem da água pela precipitação, que movimenta um volume de água 32 vezes superior à capacidade total da atmosfera. A quantidade total de vapor de água na atmosfera é equivalente a cerca de uma semana de precipitação em todo o globo, o que quer dizer que a água é circulada de um modo muito eficiente através da atmosfera.

 

 

Considerações Finais

 

Nestas considerações finais principiarei fazendo algumas citações relativas à Alquimia. Não tenho como explicá-las minuciosamente, e, assim, cada um que desejar compreendê-las a contento deverá pesquisar seus significados místicos e alquímicos, o que não é assim tão difícil.

1ª - O Fogo Secreto Salino abre os metais. Este é preparado com o amoníaco... que é extraído puro a partir do Orvalho Divino.

2ª - SheMAH-IM (300 + 40 + 1 + 5 + 10 + 40 = 396) representa o número da Sabedoria Cósmica. SheMAH-IM também simboliza a esfera vibratória determinada na qual os opostos se unem. A palavra SheMAH-IM pode ser entendida como a combinação de ESh (fogo) com MaIM (água). É a Água Espiritual Ardente que se derrama no orvalho sobre todas as coisas na superfície da Terra.

3ª - A matéria dissolvida é cozida até ficar negra; depois é espargida com a Água da Vida e cozida mais uma vez até ficar branca.

4ª - Tudo que é elementar... depois da morte e putrefação volta a se transformar em orvalho e chuva.

5ª - Torce os panos! Recolhe o orvalho!

6ª - O Espírito Cósmico Universal... que é sorvido do orvalho e com o qual se prepara o Sal.

7ª - O orvalho jorra do céu... e lava o corpo negro na sepultura.

8ª - O par ergue-se sob a forma de um 'rebis' do túmulo da putrefação, e são limpos do seu negrume pelo orvalho do céu.

9ª - ... É-lhe enviada uma Chuva Astral (orvalho) que dissolve o seu corpo enquanto dorme.

10ª - Os iguais se atraem... Assim como há um fogo interior que é atraído pelo fogo exterior... também há um mercúrio oculto, extremamente sutil, o Orvalho de Maio, que se obtém da destilação do mercúrio exterior. Toda a Obra consiste na interação entre o mercúrio-água (dá a matéria) e o enxofre-fogo (dá a forma).

Imaginar que as coisas são o que aparentam ser é o maior erro que um ser humano pode cometer. Nada é o que aparenta ser, e a água – que sustenta a vida neste Planeta – aqui se manifesta como água apenas porque 'desceu' diversos níveis (passando por estados sucessivos), e, objetivamente, nesta Dimensão, dependendo das condições de temperatura e de pressão ambientais, se apresenta como água-líquida, água-sólida e água-vapor, ainda que sua estrutura primária não se altere em cada um desses estados. Minimamente que não se esqueça: a água é um ser basicamente triangular formado de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, que pode se coligar com suas irmãs para formar cadeias moleculares e cristais.

 

 

 

 

Como tudo, sem exceção, a água é um ser vivente que sofre quando é maltratada e sorri quando é amada e bem tratada. Masaru Emoto diz ter provado o que os místicos de todos os tempos e desde sempre sabem: os pensamentos e os sentimentos afetam o Cósmico e, portanto, todas as realidades físico-objetivas. A maior de suas descobertas é a influência do pensamento e das palavras na transformação das moléculas da água. Segundo Masaru, a energia humana vibracional, os pensamentos, as palavras, as idéias e a música afetam a estrutura molecular da água, que se cristaliza segundo o teor vibratório dos pensamentos, das palavras etc. que circundam a ambiência em que ela está inserida, inclusive em nosso interior. E assim, não existem dois cristais de água rigorosamente iguais, ou seja o padrão que regula a formação dos cristais de água depende da energia vibratória que o meio ou o experimentador emprestam à água-líquida no momento da experiência, imediatamente antes de ela ser cristalizada. Como disse Masaru: Desde que a Água reflete a energia composta do que está sendo enviado para ela, a estrutura cristalina reflete essas vibrações...

Bem, esse assunto vai longe, e qualquer um que nele esteja interessado pode consultar a WEB que encontrará diversas páginas e diversos websites que tratam do tema. Eu, como Rosacruz membro da AMORC, estou absolutamente de acordo que podemos impressionar e interferir no meio ambiente. Já comprovei isso à exaustão.

Então, para concluir, deixo um fácil experimento que pode ser realizado por qualquer e a qualquer hora. Coloque um pouco de água fresca em um copo e envolva-o com as duas mãos encostando-o, em seguida, na altura do seu coração. Fique assim o tempo que quiser, emitindo para a água contida no copo pensamentos e vibrações de paz, bem e beleza. Se desejar, pode cantar qualquer mantra de sua preferência. Ao concluir essa prática, beba a água ou a ofereça para alguém que esteja necessitando. As moléculas de água que receberam seus melhores pensamentos e suas melhores intenções durante o experimento cumprirão um papel transmutatório em seu organismo ou no organismo de quem a beber. Contudo uma observação deve ser feita: a água deve ser ingerida imediatamente após ser concluído o experimento para que a energia por ela absorvida não seja dissipada.

 

 

 

 

___________

 

A moda recentemente adotada pelas religiões eletrônicas de energizar a água pela telinha não está, assim, tão longe dos fatos aqui expostos e, certamente, produz efeitos curativos. Só há um probleminha: de nada adianta beber essa água energizada via televisão (ou energizada por qualquer outra via) e dali há um minuto voltar a praticar as sacanagens de antes. Realmente, não adianta nada.

 

 

 

 

Bibliografia:

ROOB, Alexander. O museu hermético (alquimia e misticismo). Tradução de Teresa Curvelo. Portugal: Taschen, 1997.

SAINT-YVES D’ALVEYDRE. El Arqueómetro/L’Archéomètre. 2ª ed. Traduzido por Manuel Algora Corbí. España: Editorial Humanitas, S.L., 1997.

 

Páginas da Internet e Websites consultados:

http://www.geofisica.com.br/agua.htm

http://www.proplad.ufba.br/aguapurap2.html

http://www.ambientebrasil.com.br/

http://en.wikipedia.org/
wiki/Water_pollution

http://www.umich.edu/
~gs265/society/waterpollution.htm

http://www.mundosites.net/
biologia/poluicao.htm

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_h%C3%ADdrica

http://www.soma.ce.gov.br/
cidadania/cartilha/meio_ambiente/me33.htm

http://www.gpca.com.br/
poluicao2.htm

http://www.viniciusdemoraes.com.br/

http://paginas.terra.com.br/
lazer/staruck/lixo.htm

http://www.masaru-emoto.net/
english/ephoto.html

http://www.eco-rus.com/
text/chelovek/chelwater.htm

http://my.opera.com/
FatimaDN/albums/show.dml?id=16693

http://paginas.terra.com.br/
lazer/staruck/agua.htm

http://www.copasa.com.br/
cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=97

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua

 

Fundo musical:

Água de Beber (Tom Jobim e Vinicius de Moraes). Um dos poemas mais interessantes de Vinicius é: De manhã escureço,/De dia tardo,/De tarde anoiteço,/De noite ardo.

Fonte:

http://home.germany.net/101-221270/jazz.htm