PLÁGIO INCONSCIENTE,
Rodolfo Domenico Pizzinga
Música
de fundo: What Kind Of Fool Am I Fonte: http://home.arcor.de/dinoandfriends/frank_midis.htm
Às vezes lemos uma obra literária; Outras participamos de uma conferência. Tudo fica registrado em nossa memória No nível de nossa subconsciência.
Um dia resolvemos publicar uma matéria Porque tivemos uma idéia inspiradora. O sangue pulsa acelerado em cada artéria E divulgamos uma tese orientadora.
Isso é um plágio inconsciente De algo que já sabíamos. Reproduzimos no plano consciente Um tema que já conhecíamos.
Mas nada valerá mesmo a pena1 Nem surtirá seus devidos efeitos, Se a alma for muito pequena1a E um balaio de aflitivos defeitos.
Todos os homem têm seus longes Que carregam dentro do peito. E mesmo os mais lídimos monges Têm algum recôndito desjeito.
A vaidade é uma triste fraqueza Que desmobiliza sem parar; E essa retardante infirmeza Sempre autentica o adulterar.
Só com o carimbo da humildade O homem conhecerá a libertação, Pois a vanglória é uma forma de inanidade Que compromete e provoca subversão.
Então, como escreveu Miguel Torga, É em nosso interior que está a Liberdade. E a vaidade é uma forma de borga Que cimenta a infirmidade.
Mas, quando o objetivo é Servir, A Inspiração vem de outra Esfera; E todos os que sabem Ouvir Estão construindo2 uma Nova Era.
Entretanto, essa Santa Inspiração Não pode ser motivo de escândalo. — Ó indiscreto falastrão Por que te comportas como um vândalo!
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