A violência sempre fascinou e continua fascinando os seres ignorantes e moralmente mais fracos. [In: Como Vejo o Mundo, de autoria de Albert Einstein.]

 

 

Falcões Russos
(Os três falcões que compõem o núcleo duro do Presidente Vladimir Putin.
Um quarto falcão a compor essa lista bem que poderia ser o Patriarca Kirill.)

 

A pior das instituições gregárias se intitula exército. Eu o odeio. Se um homem pode sentir qualquer prazer em desfilar aos sons de música, eu desprezo este homem. Não merece um cérebro humano, já que a medula espinhal o satisfaz. Deveríamos fazer desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização. Detesto com todas as forças o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo ufanista débil. A guerra é a coisa mais desprezível que existe. Preferiria me deixar assassinar a participar desta ignomínia. No entanto, creio profundamente na Humanidade. Sei que este câncer, há muito tempo, já deveria ter sido arrancado pela raiz, [e haverá de ser arrancado]. Mas, lamentavelmente, o bom senso dos homens é sistematicamente corrompido. E os responsáveis e principais culpados são: a escola [porque, desde o pré-primário, estimula a competição], a mídia [porque, às vezes, faz opções extravagantes e induz o povão a fazer opções equivocadas], o mundo dos negócios [porque é egoísta, escraviza, leva vantagem e submete] e o mundo político [porque, costumeiramente, engana, ilude e só age para se locupletar]. [De modo geral, as religiões, com exceção do Budismo, também estão aí incluídas. Em nome de um deus inexistente, mas, criado por nós, matamos muito no passado e continuamos a matar muito hoje. O Patriarca Kirill, Primaz da Igreja Ortodoxa Russa desde 1º de fevereiro de 2009, que apóia a inumana invasão Ucrânia, infelizmente, é um exemplo retrógrado disto.] [Ibidem.]

 

 

(Qual vitória, Putin? De Pirro?
Não adianta; a Ucrânia vencerá)

 

 

Não creio que
a pior das instituições gregárias se intitula exército.
Aqui, Herr Albert Einstein passou dos limites.
Há coisas muito piores por aí.
As máfias, o e as oligarquias cruéis, por exemplo.
Mas, se não existissem forças armadas, certamente,
as ditaduras brasileira, argentina e chilena,
entre outras, jamais poderiam ter acontecido.

Se não existissem forças armadas, certamente,
o Führer Adolf, Il Duce Don Bento e o Koba
não teriam pintado no mapa da Terra.
Nem o Açougueiro da África, nem o Papa Doc, nem o Che.
Nem El Caballo, nem o Carniceiro dos Bálcãs, nem O Grande Timoneiro.
Nem o Grande Líder, nem o Arquiteto Chefe, nem o Hitler do Camboja.
Nem o doutor Tibiriçá, nem o doutor Carneiro, nem o doutor Ubirajara.
Nem o doutor Jorge, nem o doutor José, nem o doutor Magro.
Nem o doutor Roberto, nem o doutor Asdrúbal, nem o doutor Teixeira.
Nem o doutor Luchinni, nem o Daniel Anthony Mitrione, nem...

Se não existissem forças armadas, certamente,
não teriam ocorrido, durante a ditadura brasileira, casos de detenção ilegal,
de tortura, de execuções sumárias, de desaparecimentos forçados,
de laudos necroscópicos fraudulentos, de ocultação de cadáveres,
de seqüestros, de incineração de corpos de presos políticos
levados da Casa da Morte, em Petrópolis, RJ, de suicídios fabricados,
e também não aconteceriam o atentado do Riocentro, no Rio de Janeiro,
e a participação do Brasil na Operação Condor.
Perdoar? Sim. Tudo. Sem exceção. Esquecer? Jamais. Nada. Sem exceção.
Quem esquece (ou desconhece) a História tende a repeti-la.

 

Países Participantes da Operação Condor.
[Em verde: membros ativos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai).
Em verde claro: membros esporádicos (Colômbia, Peru e Venezuela).
Em azul: Estados Unidos.]

 

Se não existissem forças armadas, certamente,
a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais
jamais poderiam ter acontecido.

Se não existissem forças armadas, certamente,
o Little Boy-Hiroshima e o Fat Man-Nagasaki
jamais poderiam ter sido fabricados.

Se não existissem forças armadas, certamente,
o NAPALM, o Agente Laranja, o Lança-chamas e o Sarin
também jamais poderiam ter sido fabricados.

Se não existissem forças armadas, certamente,
os porta-aviões, os drones (VANTs) e os submarinos nucleares
igualmente não poderiam ter sido fabricados.

 

Drone (VANT)

 

Se não existissem forças armadas, certamente,
o , a , a e o
não teriam sido inventados.

Se não existissem forças armadas, certamente,
as Guerras da Coréia e do Vietnã
jamais poderiam ter acontecido.

Se não existissem forças armadas, certamente,
a invasão contemporânea da Ucrânia
e a atual Guerra aberta entre generais no Sudão
jamais poderiam ter acontecido.

Por tudo isto e por todo o resto que não citei,
estou plenamente de acordo com o conteúdo de
A Paz Perpétua: Um Projeto Filosófico,
obra de autoria de Immanuel Kant:
os exércitos permanentes (miles perpetuus) devem,
com o tempo, desaparecer totalmente.
Mas, se eu fosse Kant, ao invés de com o tempo,
teria redigido imediatamente,
ainda que eu saiba que esse imediatamente seja utópico.
Muita água ainda irá rolar debaixo da ponte!
Entretanto, para que as repúblicas
estejam em paz umas com as outras,
mais do que quaisquer formas democráticas de Governo,
necessariamente, devem tender ao pacifismo.

 

 

Ora, não há possibilidade
de nenhuma guerra ser bem-sucedida.
Só os ceguetas não enxergam isso.
Em qualquer guerra, qualquer que seja,
perde quem perde e perde quem ganha.
Só os cemiérios são vencedores.
Sempre há perda, dor, aflição e choro dos dois lados.
Todas as guerras são uma mistureba de
desfraternidade + gigantesca Fata Morgana + sesquipedal ilusão + ...
Portanto, não há boçalidade maior do que
si vis pacem, para bellum.
Se queres paz, prepara-te para a guerra.
Por outro lado, não há unifraternidade maior do que
si vis pacem, para pacem.
Se queres paz, prepara-te para a paz.

 

 

Enfim, nesta maldita Guerra na Ucrânia
– que a Federação da Rússia perderá
e a Ucrânia sairá vencedora –
a vitória Ucraniana será mesmo de Pirro.
Em toda e qualquer guerra,
a vitória do vencedor sempre é pírrica
e a derrota do perdedor também.
A Lei da Causa e do Efeito se incumbe que seja assim.

 

O Canhão Putinicídico
Derrota Russa de Pirro – Lei da Causa e do Efeito
(Simbolicamente)

 

Charge retratando a chegada do Rei Pirro e suas tropas à Itália

 

Pirro – Rei do Epiro e da Macedônia – com seus elefantes de combate

 

Boçalidade inscrita na entrada do Centro Cultural do Exército de Madrid