O PESO DA PERDA

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

Yitzhak Rabin

Yitzhak Rabin

 

 

Como militar, como comandante, eu dei ordens a centenas, provavelmente a um sem-número de operações. E junto com a alegria da vitória e a dor do fracasso, eu deverei sempre lembrar do instante preciso logo após a tomada da decisão para executar alguma ação: a correria com que os oficiais e ministros vagarosamente se levantam de seus assentos, o olhar de suas costas, o som do bater da porta, e, logo depois, o silêncio em que permanecerei só. Este é o momento em que você se engasga sobre a decisão que tomou: pessoas estarão à beira de suas mortes. Povo da minha nação; povos de outras nações. E eles ainda não sabem. Neste instante, eles ainda estão sorrindo, fazendo planos e sonhando apaixonados. Ainda estão idealizando sobre plantar um jardim e construir uma casa, e ainda não sabem que são suas últimas horas de vida na Terra. Qual deles foi destinado à morte? Qual foto estará no obituário do jornal de amanhã? Qual mãe tão logo estará chorando? Quem terá seu mundo destruído sob o peso da perda?

 

Yitzhak Rabin (1922 – 1995)

 

Fonte:

http://pt.wikiquote.org/wiki/Yitzhak_Rabin

 

 

 

 

 

 

 

O que poderá impelir alguém

a fazer a guerra, com ou sem?

Nenhuma (forma de) capança

 

Matar é também se suicidar;

logo, nada torna lícito biocidar.

É um gigântico erro de avaliação

mandar que troveje o canhão.

 

Haverá maior inconsistência

do que riscar uma vivência?

pelo choro do peso da perda.

 

O Um repele a armiferidade;

não transige com belicosidade.

O que é alcançado pela força

 

Tanto o andrajo como o fraque

compensarão tudo direitinho.

Quem pode demolir um ninho?

 

 

 

 

 

 

 

Observação 1:

A pergunta completa é: O que poderá impelir alguém a fazer a guerra, com ou sem (aparente) justificativa? Marcus Tullius Cicero (Arpino, 3 de janeiro de 106 a.C. – Formia, 7 de dezembro de 43 a.C.) disse (e eu concordo): — Prefiro a paz mais injusta à mais justa das guerras. Logo, as confissões/explicações do senhor Yitzhak Rabin são injustificáveis e, sob qualquer alegação, não podem ser justificadas. Não pode haver alegria da vitória oriunda de sangue. E o Presidente Barack Obama – Nobel da Paz de 2009 – já esperou mais do que deveria para pôr fim aos conflitos que herdou. O pior é que, entre muitas coisas incompreensíveis, não deixam o homem autorizar a instauração efetiva (porque, na prática, já existe) de um Estado Palestino independente. Arre! E fica o respeitável senhor Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Nacional Palestina, humildemente, por ceca e meca e olivais de Santarém, de pires na mão, a implorar o que é um direito irrecusável do povo palestino. Às vezes, me envergonho profundamente de ter nascido na Terra! Mas, logo passa. Sei que é assim mesmo, como sei que não nasce cabelo em bola de bilhar. Mas, será que não? Quem sabe? Um dia, até poderá nascer!

 

 

 

 

Observação 2:

Eu escrevi: O que é alcançado pela força pela Força ficará sem a força. O que é alcançado pela força provará tão-só fel, não alcorça (massa de açúcar misturado com farinha com que são cobertos ou feitos diversos doces). Eu pergunto: Não é isto que tem acontecido desde sempre? Impérios nascem, impérios dominam e impõem, impérios declinam, impérios acabam. Quando não são conquistados, dominados e sujeitados por outros Impérios, a Natureza se incumbe de os apocopar. Um exemplo, entre tantos outros, é o do Império Otomano, que foi um Estado que existiu entre 1299 e 1922, e que, no seu auge, compreendia a Anatólia, o Médio Oriente, parte do norte de África e parte do sudeste europeu. Foi estabelecido por uma tribo de turcos oguzes no oeste da Anatólia e era governado pela dinastia Osmanli. Em círculos diplomáticos, muitas vezes, fazia-se-lhe referência como Sublime Porta ou simplesmente como A Porta, devido à cerimônia de acolhimento com que o sultão agraciava os embaixadores à entrada do palácio. Fundado por Osman I (em árabe Uthman, de onde deriva o nome otomano), o Império, nos séculos XVI e XVII, constava entre as principais potências políticas da Europa, e vários países europeus temiam os avanços otomanos nos Bálcãs. No seu auge, no século XVII, o território otomano compreendia uma área de 5.000.000 km², e estendia-se desde o estreito de Gibraltar, a oeste, até o mar Cáspio e o Golfo Pérsico, a leste, e desde a fronteira com as atuais Áustria e Eslovênia, no norte, até os atuais Sudão e Iêmen, no sul. Sua capital era a cidade de Constantinopla, tomada do Império Bizantino, em 1453. O Império Otomano foi a única potência muçulmana a desafiar o crescente poderio da Europa Ocidental entre os séculos XV e XIX. Declinou marcadamente ao longo do século XIX e terminou por ser dissolvido após sua derrota na Primeira Guerra Mundial. Ao final do conflito, o Governo Otomano desmoronou e o seu território foi partilhado.

Esta observação foi editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%
A3o_territorial_do_Imp%C3%A9rio_Otomano

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Otomano

 

 

Bandeira
Brasão

Império Otomano

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Killing Me Softly With His Song
Compositores: Charles Fox & Norman Gimbel
Interpretação: Roberta Flack

Fonte:

http://www.4shared.com/get/xwEcKa7i/21_-_
Roberta_Flack_-_Killing_M.html