Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

 

O Ouro Alquímico nada mais é do que o 'Self' – o verdadeiro Eu. Para chegarmos lá, precisamos lidar com as polaridades internas, pensando, sentindo e querendo de maneira equilibrada.

 

Ivan Stratievsky

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quente
Úmido
 
 
 
 
Seco
Frio

 

Formação dos Quatro Elementos

 

 

 

 

O Sal determina o Pensar.

O Mercúrio determina o Apreender.

O Enxofre determina o Querer.

O Silêncio determina o Calar.

 

 

Humildade antonimiza com ostentação.

Caridade sinonimiza com partilhar.

Compaixão antonimiza com egoismar.

Iniciação sinonimiza com ascensão.

 

 

O Sal e a Humildade ensinam.

O Mercúrio e a Caridade franqueiam.

O Enxofre e a Compaixão moldeiam.

O Silêncio e a Iniciação Illuminam.

 

 

 

 

Sal
Humildade
Ensinar
Pensar
Mercúrio
Caridade
Franquear
Apreender
Enxofre
Compaixão
Moldear
Querer
Silêncio
Iniciação
Illuminar
Calar
S

 

 

 

 

 

 

 

 

Observação 1:

Segundo os Ensinamentos Secretos, parcialmente divulgados na Doutrina Secreta de autoria de Helena Petrovna Blavatsky (1831 – 1891), a ordem correta do desenvolvimento dos Elementos Alquímicos é:

Primeiro:    =  Fogo

Segundo:   =  Ar

Terceiro:    =  Água

Quarto:    =  Terra

Heráclito de Éfeso (c. 540 – 480 a.C.), o pai da Dialética, há dois mil e quinhentos anos, já propunha que o Primeiro Elemento, a Matéria Básica do Universo, a Arché Universal, o Princípio que deveria estar desde sempre presente em todos os momentos da existência de todas as coisas – no início, no desenvolvimento e no fim de tudo – seria o Fogo. Como estudioso da physis, Heráclito acreditava que o Fogo era a origem das coisas naturais, ou seja, todas as coisas são uma troca de Fogo e o Fogo está presente em todas as trocas que se passam em todas as coisas. Heráclito também advogava que tudo se move – Panta Rhei – exceto o próprio movimento. O devir – a mudança que acontece em todas as coisas – é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam, coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. Ele exemplificava estes conceitos dizendo que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque, ao entrarmos pela segunda vez, não serão as mesmas águas que estariam lá e a própria pessoa já seria diferente. Aproveitando estes breves comentários, deixarei duas fáceis questões filosóficas para reflexão: 1ª) se tudo se move, o que se move se move em quê? 2ª) este quê em que tudo se move também é movente ou é imóvel?

 

 

 

 

Observação 2:

5 = Quintessência. Em Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), a Quintessência é o elemento etéreo que compõe as esferas celestes, distinto em sua (quase) imaterialidade das quatro propriedades naturais (Fogo, Ar, Água e Terra) que constituem os corpos densos no mundo sublunar. Na Alquimia renascentista, especialmente em Paracelso (1493 – 1541), a Quintessência é um elemento de caráter puro, dominante e essencial, extraível das substâncias que compõem os seres vivos e/ou os minerais, e buscado pelos Alquimistas em função de seus poderes curativos e miraculosos. Para os Místicos e para os Adeptos da Neidanshu, a Quintessência está relacionada ao nosso Deus Interior. Como tenho falado e repetido, escrito e insistido, o lado de fora é mudo; no lado dentro há tudo. Precisamos fazer nascer e efetivar nosso Sol Interior.

 

Fundo musical:

O Sole Mio
Letra: Giovanni Capurro
Música: Eduardo di Capua

Fonte:

http://music.lib.ru/k/krasnow_e/