O
PEREGRINO
Helena
Petrovna Blavatsky
e Rodolfo Domenico Pizzinga
Empreendendo,
imaculado, a Grande Viagem – descendo cada vez mais na matéria,
tendo-se ligado a cada átomo no espaço manifestado e
avançando a custo e sofridamente em cada forma de Vida e Ser
–
o Peregrino se
encontrava apenas no fundo do Vale da Matéria e a meio caminho
de seu ciclo, quando se identificou com a Humanidade coletiva. Esta,
ele a fez à sua própria imagem. A fim de progredir em
direção ao Alto e ao seu Lar, o Deus tem agora que escalar,
exausto, o escarpado caminho do Gólgota da Vida. É o
holocausto da existência autoconsciente.
A
Doutrina Secreta, volume I
Helena Petrovna Blavatsky (1831 – 1891)
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Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
–
percorrendo o dificultoso calvário da vida,
de dor
em dor, de ferida em ferida –
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
–
com saúde ou adoentados,
no escuro
ou Illuminados
–
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
–
acreditando ou duvidando,
desenganando
ou falsificando –
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
–
afortunados e desgraçados,
elevados
e acanalhados –
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
–
apre(e)ndendo ou lecionando,
imobilizados
ou caminhando –
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
–
seja neste ou em outro mânvântâra,
sempre
trilhando a pedregosa alcântara –
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
– incônscios ou avisados peregrinos,
agnósticos,
religiosos e Pequeninos –
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
– deuses [in]conscientes in
potentia
buscando,
a seu modo, a Sapientìa
–
Em
direção ao Alto e ao nosso Lar
–
inexoravelmente, no tempo,
que é
tempo e que não é tempo –
Então,
por que a vanidade? Por quê?
Então,
por que a indiferença? Por
quê?
Então,
por que a malquerença? Por
quê?
Então,
por que a separatividade? Por
quê?
Então,
por que a aleivosia? Por quê?
Então,
por que a intolerância? Por
quê?
Então,
por que a ganância? Por
quê?
Então,
por que a mais-valia? Por
quê?
Então,
por que? Por quê? Por
quê?