PEREGRINANDO AD ÆTERNUM

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Se, há de milênios, todos nós,

como irmãos, peregrinamos juntos, amalgamados

– perfazendo um só e único Coração –

nesta Onda Mânvântárica Evolutiva (Quatro Rondas),

 

 

 

 

se, há de milênios, todos nós

somos moradores desta Bendita Terra Azul,

se, há de milênios, todos nós

respiramos a mesma mistura gasosa,

se, há de milênios, todos nós

bebemos o mesmo líquido, incolor, insípido e inodoro,

se, há de milênios, todos nós

padecemos das mesmas doenças,

se, há de milênios, todos nós

enfrentamos as mesmas sofrências,

se, há de milênios, todos nós

passamos pelas mesmas dificuldades,

se, há de milênios, todos nós

nos confundimos com as mesmas miragens e ilusões,

se, há de milênios, todos nós

achamos que sabemos, mas, não sabemos xongas,

se, há de milênios, todos nós

perfilhamos o-que-não-é e desprezamos O-QUE-DE-FATO-É,

se, há de milênios, todos nós

alimentamos as mesmas esperanças,

se, há de milênios, todos nós

um dia, teremos que vivenciar a transição,

se, há de milênios, todos nós

um dia, embarcaremos para a Grande Aventura,

se, há de milênios, todos nós

somos alunos da Lei do Renascimento

e da Lei Educativa da Causa e do Efeito,

se, há de milênios, todos nós

lutamos por um mesmo Ideal Cósmico,

se, há de milênios, todos nós

vencemos as provas das Quatro Raças-raízes anteriores,

se, há de milênios, todos nós

hoje, somos alunos desta 5ª Raça Ária,

se, há de milênios, todos nós

hoje, somos alunos desta Era Aquariana,

se, há de milênios, todos nós

temos que eructar, peidar, fazer cocô e fazer xixi,

se, há de milênios, todos nós

temos nos esforçado para Compreender,

para nos libertar das miralusões

e para, conscientemente, nos Divinizar,

por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanta disputa fútil e tanta dicotomia inútil?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

insistentemente, se posta tanta news?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

incessantemente, se tenta enganar o(s) outro(s)?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

muitos não se vacinam contra a COVID-19,

porque têm um medo sesquipedal de virar

jacaré-bêbado-de-papo-amarelo,

dragão-de-komodo-frufru, perereca da vizinha

mui traquinas e sem-vergonha fugitiva da gaiola

ou outro bichanito, sei lá eu qual?

Eu já tomei as quatro doses disponibilizadas

(duas CoronaVac, uma Pfizer BioNTech e uma Janssen)

e tomarei todas as outras que pintarem pelaí.

Não tenho vocação para suicida nem para homicida.

Eu não sei – quem sabe? – se sou uma pessoa assintomática

nem se, involuntariamente, posso transmitir o SARS-CoV-2.

Se isto acontecesse, eu não iria conseguir me perdoar.

Vacina boa e útil é vacina no braço!

 

 

 

 

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanta aversão infundada e tanto ressentimento gratuito?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com uma intervenção militar?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com uma nova ditadura?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com os canhões na rua?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com um novo AI-5?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com a volta da maldita censura?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com o amordaçamento da imprensa?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com a volta da desumana tortura?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com a reencarnação do dr. Tibiriçá?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com a recriação do DOI-CODI?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com a recriação da Operação Condor?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham com suicídios fabricados?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos sonham em anular o tombamento da Casa da Morte?

 

 

Casa da Morte – Petrópolis – Região Serrana do Rio de Janeiro

 

 

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos desrespeitam o Supremo Tribunal Federal?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos desrespeitam o Tribunal Superior Eleitoral?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos conspiram contra as urnas eletrônicas?

 

 

 

 

 

 

 

Por que, ainda, aqui, no (Estado Laico do) Brasil,

há um esforço para misturar religião com política?

Por que, ainda, aqui, no (Estado Laico do) Brasil,

há um esforço para demonizar adversários políticos?

 

 

 

 

Laico é um Estado que não é confessional,
como ocorre ainda em vários países no mundo,
que estabelecem uma religião majoritária como oficial.
Laico é o Estado que não impõe nenhuma religião,
mas, que respeita todas, mantendo-se imparcial
diante de cada uma delas. Esta imparcialidade
não significa desconhecer os valores espiritual e ético
de uma confissão religiosa. Mas, por causa do respeito
à consciência, o Estado é o garantidor do pluralismo religioso.

 

 

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanto preconceito contra os baixinhos e os carecas?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanto preconceito contra os silenciosos e os quiquiquis?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanto preconceito contra as mulheres-damas?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanto preconceito contra a e a ?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanto preconceito contra os ateus e os agnósticos?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanto preconceito contra os sem-teto e os sem-terra?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

há tanto preconceito contra os LGBTQIA+ e os negros?

 

 

 

 

 

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos desrespeitam ideologias diferentes das suas?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos desrespeitam maneiras e modos diferentes dos seus?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos desrespeitam o meio ambiente?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

tantos desrespeitam os povos primitivos?

Por que, ainda, aqui, no nosso querido Brasil Tropical,

enfim, tantos desrespeitam quem é e o que é diferente,

incomum, insólito, singular, original e particular?

Por que tanto medievalismo ilógico e absurdo? Por quê?

 

Bem, o fato inexorável e iniludível é que,

em cada nova Raça-raiz que vem à luz e se manifesta,

uma parte da Humanidade peregrinante

– por não se esforçar e não conseguir alcançar os

requisitos prévios, essenciais e indispensáveis

para ser promovida, poder ir adiante e seguir avante –

é, temporariamente, afastada da Onda Evolutiva vigente,

e não há milagre nem jeitinho que mude isto.

Muito pior é o caso das não-entidades absolutas,

como à elas se referiu o Mestre Ascensionado Kut Hu Mi,

e que eu, diversas vezes, já expliquei quem são.

O fato é que sempre foi assim, é assim e será assim.

Portanto, fica uma última pergunta:

faremos parte dos que prosseguirão

ou faremos parte dos que serão arredados?

Ora, tudo depende apenas de nós.

Ainda há algum tempo para mudar o epílogo.

 

 

(Mas, em certo sentido, para fazermos um novo fim,
todos nós precisaremos engendrar um novo começo.)

 

 

There comes a time,

when we heed a certain call...

It's time to lend a hand to life...

We are the world...

We are the ones who make a brighter day...

So let's start... Now!

 

 

 

Isto é difícil, mas, é possível.
Lhufas está predeterminado.
Tudo depende apenas de nós.
Como? Lutar o Bom Combate.
Hoje... Já... Agora... Sempre...