Eu
não sei se alguém que já foi assaltado, ou se alguém
que venha a passar pela experiência de ser assaltado, teve ou
terá a coragem de ter um diálogo semelhante a esse com
o ladrão. Tenho lá minhas dúvidas se isso é
importante no momento do lance, e, mesmo, se essa conversa teria cabimento
ou se seria adequada. Isso vai de cada um; por isso, não sugiro
nem recomendo nada. E coragem não é enfrentar um tratante
armado. Isso é burrice e só costuma dar certo no cinema.
Quando dá! Às vezes lá dá errado também.
Coragem é não julgar nada nem ninguém. Isso, sim;
isso é realmente mais do que coragem!
Mas,
o que eu tenho certeza é de que, na hora do assalto ou imediatamente
depois, algum tipo de oração1 – exemplificada
acima na forma de um poema – deverá ser praticado, com
o olhar voltado para o (nosso) Coração
Universal, no qual
podemos (devemos?) visualizar o outro conversando conosco.
Precisamos estar conscientes de que, no caso, o assaltante é
(mais) um instrumento para o nosso aprendizado. É doloroso? É.
Mas é um aprendizado como outro qualquer. E mais: queiramos ou
não o ladrão é nosso irmão, e temos que
compreendê-lo (e a nós também) porque ele não
sabe (cosmicamente) o que está fazendo. Ora, nem nós sabemos
algumas (ou muitas) vezes o que fazemos. Que dirá um transtornado!
Pode
parecer uma loucura, mas quando odiamos alguém, odiamos a nós
em primeiro lugar. E quando fazemos qualquer tipo de maldade, consciente
ou inconscientemente, os primeiros a sofrer as conseqüências
somos nós. Objetivamente, pode dar a impressão de que
é (ou foi) o outro quem padece (ou padeceu) primeiro, mas não
é assim. Na Memória Cómica até uma intenção
fica registrada. E fica registrada no exato momento da intencionalidade.
Desta forma, o primeiro pecado contra a Consciência é
pelo pensamento.
Assista ao *pps disponibilizado no final e confira.
Sugestão:
Chá com petits fours para dois. Petits fours? Isso
é muita frescura. Pão com manteiga está muito bom.
Para
pensar: Alguém (ou quem) perdeu? Alguém (ou quem)
ganhou? Se alguém (ou quem) perdeu, perdeu o quê? Se alguém
(ou quem) ganhou, ganhou o quê? O que é perder? O que é
ganhar?
Minha
opinião: Toda vez que alguém perde alguma coisa, na
realidade, está ganhando mais do que perdendo. E vice-versa.
E quanto a esse mercado financeiro maluco – ou a qualquer outro
tipo de transação envolvendo o que quer que seja –
é um fato óbvio que se alguém ganhar alguém
terá que perder; mas, perde mais aquele que ganha, do que aquele
que perde. Se se inverter o raciocínio comumente utilizado, cosmicamente
perde quem ganha; ganha quem perde. Cosmicamente, quem leva vantagem
só leva para o seu balaio de ilusões uma tremenda desvantagem!
Será que eu enlouqueci? Não. Pondo entre parêntesis
o aspecto místico, a história tem mostrado isso de montão!
Basta o tempo passar um pouquinho. Atenção senhores
representantes do povão que andaram se beneficiando do mensalão
fedorentão às custas do dinheiro do povão: Vossas
Excelências irão, 'derrepentemente',
aprender uma lição 'durissíssima' –
como diria o velho político Odorico Paraguaçu!!! Se alguém
me furtar R$ 100,00 não muda nada; mas se alguém furtar
R$ 100,00 de um trabalhador que ganha essa miséria de salário-mínimo
que se paga no nosso Patropi, vai fazer uma diferença gigantesca!
Ai, ai, ai, ai, ai!
*pps
Assista
a este *pps levinho (160 kb) e confira. Clique