PEQUENO DIÁLOGO V
(O Grande Ditador e o Mago Negro)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

Segunda Grande Guerra

 

 

 

 

O Grande Ditador: — Então, que notícias você tem para mim?

 

O Mago Negro: — Tenho boas e más notícias, senhor ditador.

 

O Grande Ditador: — Comece pelas boas.

 

O Mago Negro: — Enquanto houver viabilidade e eu puder, eu o ajudarei a tentar dominar o mundo, a fundir e a unificar todas as nações em uma só ordem mundial, a matar todos os seus inimigos e a coalhar este Planeta de ossos e de caveiras.

 

O Grande Ditador: — Isto é muito bom. Agora, me dê a má notícia.

 

O Mago Negro: — Apesar de nunca lhe ter dito, eu sempre soube que nenhum poder na Terra poderá evitar que o ser-humano-aí-no-mundo avance em direção à sua meta destinada, e que nenhuma combinação de poderes poderá detê-lo. O senhor e a sua caterva poderão matar muitos, mas, não matarão todos. As Forças da LLuz, que tenazmente se opõem à Fraternidade à qual pertenço, estão permitindo que o seu grupelho tenha um relativo sucesso, apenas porque o karma coletivo acumulado da Humanidade precisa ser compensado. No tempo certo e na hora própria, quando este karma tiver sido parcialmente cumprido, o senhor será derrotado.

 

O Grande Ditador: — Mas, afinal, você é um Mago Negro. Você não pode fazer nada? Essas tais Forças da LLuz são tão poderosas assim? O que será do império de mil anos que estou tentando construir?

 

O Mago Negro: — Posso fazer, sim, todavia, até um certo ponto e até um certo limite. E o senhor sabe muito bem que estou fazendo tudo o que posso. Na verdade, todos nós, os Senhores da Face Escura, os Irmãos das Sombras, estamos trabalhando arduamente para ajudar o senhor e os seus parceiros de matança a fazer o inimaginável e o medonho, para que ninguém esqueça que a Grande Loja Negra é poderosíssima e atuante. Mas, tudo tem o seu tempo determinado, e, da mesma forma que há um tempo para vitoriar há um tempo de ser derrotado. Há um tempo de derrubar, e há um tempo de edificar. Um tempo de sanguinolência e um tempo de cicatrização. Impérios nascem e, depois, são demolidos, senhor ditador. Com outras palavras, estas coisas estão no Eclesiastes; a mudança transmutativa é uma Lei Universal inab-rogável. Carpe diem, senhor ditador, carpe diem! Aproveite porque o seu tempo de triunfar e de demolir está chegando ao fim. Isto é inelutável. Contra a minha vontade e a dos meus Irmãos, o Sol de Sirius vencerá as forças negras que o senhor tão servilmente representa e que subservientemente comanda atualmente na Terra. A sua derrocada (bem como a do seu Império) está com os dias contados. Quanto a isto, eu e meus Irmãos lamentamos profundamente, mas, nada podemos fazer.

 

O Grande Ditador: — De qualquer forma, obrigado por tudo. Seja como tiver que ser, continuarei a dolorizar, a aterrorizar e a matar até o fim. Agora, ouvirei a Marcha Badenweiler, e terei um orgasmo. Sed nomini tenebrarum da gloriam!

 

 

 

 

Charles Chaplin – The Great Dictator

 

 

 

 

Música de fundo:

Badenweiler Marsch
Compositor: Georg Fürst

Fonte:

http://marsches.narod.ru/deutsch-de.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.howardforums.com/showthread.php/
533360-Post-you-animated-GIF-files-VXXX

http://www.sluniverse.com/php/vb/zomgwtf
bbqgtfololcats/49572-gif-dance-party-6.html

 

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