PENSE
UM POUQUINHO NISTO
Le Penseur1
(de François-Auguste-René Rodin)
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Somos cosmicamente
responsáveis por tudo!
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo que matutarmos
e pelo que evitarmos pensar.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo que tagarelarmos
de araque
e pelo que nos calarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo que estabelecermos
e fizermos
e pelo que deixarmos de
fazer.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos juramentos que trairmos
e pelas promessas que
descumprirmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos amparos que ofertarmos
e darmos
e pelas ajudas que recusarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos Serviços
altruístas e benfazejos que prestarmos
e pelos deixa-pra-lás
que deixarmos-pra-lá.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo pão e pela
água que oferecermos
e pelo tudo que não
dermos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela fraternidade que
estimularmos
e pelas ofensividades
que praticarmos.
Isso,
aí em cima, não é ofensividade nem violência; é
carinho!
(O Tom e o Jerry se adoram)
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
por tudo o que transmitirmos
e por tudo o que desensinarmos
ou que escondermos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo que incentivarmos
e apoiarmos
e pelo que desencorajarmos
e desapoiarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos deuses que criarmos
e pelos demônios
que engendrarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela polvorosa do nosso
Manipura
e pela inação
do nosso Anahata.
|
|
Manipura
(Chakra
Plexo Solar) |
Anahata
(Chakra Cardíaco) |
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelas causas que arquitetarmos
e pelos efeitos que compensarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelas separatividades
que parirmos
e pelas harmonizações
que construirmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela boa vontade que catalisarmos
e pelas divergências
que maquinarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo passado pertinho
ou remoto
e pelo futuro logo ali
ou longínquo.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelas balas perdidas (que
não existem)
e pelas horas e pelos
lugares errados (que não existem).
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos torturadores que
acobertarmos
e pelos políticos
de merda em quem votarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelas nossas neutralidades
covardes
e pelas nossas covardias
neutrais.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela planetarização
da poluição
e pela mundialização
da corrupção.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela Quarta Raça-raiz
(que já passou)
e pela Sexta Raça-raiz
(que haverá de vir).
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos
que não poderão prosseguir
e pelos
que prosseguirão.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela Magia Branca que
levarmos a efeito
e pela Magia Negra que
pusermos em prática.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos ebós e pelas
oferendas que dadivarmos
e pelos véus e
pelos xadores que arrancarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelas críticas
e pelos julgamentos que expressarmos
e pelas condenações
e pelos castigos que aplicarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo Plano-Propósito-Shambálico-Hierárquico
descumprido
e pelo mal-descaminho-infernal
projetado.
Isto
é sacanagem com o sapinho!
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela fome, pelo mal e
pelas guerras
e pela saciedade, pelo
bem e pela paz.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela doença e pela
dor
e pela saúde e
pela alegria.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo fideísmo e
pela genuflexão
e pela intelecção
e pela libertação.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos milagres
que acreditarmos
e pelas abracadabrâncias
às quais nos entregarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos amores
que conquistarmos
e pelos desamores em que
fracassarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela
LLuz e pela Beleza que esparramarmos
e pelas trevas e pelo
feiúme que derramarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo nosso vai-e-vem
e pelo nosso vem-e-vai.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo nosso Nigredo
e pelo nosso Albedo
e pelo nosso
Citrinitas
e pelo nosso
Rubedo.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo nosso
Conticínio e pela nossa Meia-noite
e pela nossa Aurora e
pela nossa Illuminação.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos nossos desejos
e escolhas
e pelos nossos desapegos
e renúncias.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela zona em que está
metido o Brasil
e pelas mudanças
que necessariamente virão.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo martírio e
pela vivissecção dos animais
e pela ruína e
pela destruição dos vegetais.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela imantação
à Oitava Esfera2
e pela futura Nova Jerusalém.
Diagrama Esquemático
Original de Autoria de Rudolf Steiner
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela sífilis, pela
lepra e pelo câncer
e pela AIDS, pelo tifo
e pelo H1N1.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
por Majdanek
e por Auschwitz
e por Buchenwald
e por Bergen-Belsen.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos Hitlers e pelos
Stalins que autorizarmos
e pelos Giordanos Brunos
e pelos Galieus que impedirmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos Little
Boys e pelos Fat
Mans que idealizarmos
e pelas Hiroshimas e pelas
Nagasakis que aniquilarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo 28 de julho de 1914
e pelo 1º de setembro de 1939
e pelo 11 de setembro
de 2001 e pelo 14 de julho de 2016.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos Shylocks que alimentarmos
e pelos Jean Valjeans
que encarcerarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelas Pucelle d'Orléans
que fogueirarmos
e pelos Galileus que amordaçarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos enforcamentos que
esganarmos
e pelos fuzilamentos que
espingardearmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos falsos testemunhos
que dermos
e pelas conspiratas que,
secretamente, planejarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo Carandiru e pelo
Frei Caneca
e pelo Bangu 1 e pelo
Nelson Hungria.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelas Guerras de Tróia
e do Peloponeso
e pelas Guerras do Vietnã
e da Coréia.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela desgraceira da República
do Haiti
e pela destruição
da República Árabe Síria.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo não-tenho-nada-com-isso
e pelo foda-se-o-mundo-que-eu-não-sou-cacundo.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos calabouços
e pelos muros que bolarmos
e pelas bibliotecas que
incendiarmos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo terrorismo internacional
e pela faz-de-conta universal.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo mensalão e
pelo petrolão
e pelo estado de decadência
da nação.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela Barbie e pelo Fodinha
e pelo Maçaranduba
e pelo Fixinha.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo Cabral e pelo Funaro
e pelo Cunha e pelo Dirceu.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo PT e pelo PMDB
e pelo PCdoB e pelo PSDB.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo sítio e pelo
tliprex
e pela dura
lex, pela sed lex
e pelo Gumex.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela escravatura socioeconômica
e pelos foros privilegiados.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo anti-semitismo e
pela islamofobia
e pelo vantagismo e pela
mais-valia.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos refugiados e deslocados
e pelos esquecidos e excluídos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela negrofobia e pela
homofobia
e pela teofobia e pela
xenofobia.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo esquentamento global
e pelo tango-vai-da-valsa
mundial.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo degelo das calotas
polares
e pelo aumento do tamanho
dos mares.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo já-agora
e pela 12ª Hora.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelos orgasmos que tivermos
e pelos orgasmos que não
tivermos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo modo como nascermos
e pelo jeito como viermos
a morrer.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo que soubermos quem
somos
e pelo que acharmos que
não somos.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo que poderíamos
ter mudado
e pelo deixamos de mudar
por preguiça.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pela totalidade das coisas
que manufaturarmos
e pela ainda existência
das loisas.
Somos
cosmicamente responsáveis
e, inexoravelmente, prestaremos
contas
pelo ALeF-BET-GiMeL
e
pelo RESh-ShIN-TaV.
Somos cosmicamente
responsáveis por tudo!