O processo de isolamento, a atividade egocêntrica na vida de cada dia, a ambição, o cultivo da própria importância, a maneira de viver em separado [Grande Heresia da Separatividade] – não importa se consciente ou inconscientemente – traz, inevitavelmente, a solidão, a que tentamos fugir de tantas e diferentes maneiras. A autocomiseração é a dor da solidão, e esta dor se chama tristeza. Há, também, a tristeza decorrente da ignorância – não ignorância por falta de livros, de conhecimentos técnicos ou de experiência, porém, a ignorância que nos faz aceitar o tempo [na verdade, o espaço-tempo] – a evolução do que é para o que "deveria ser"; a ignorância que nos faz aceitar a autoridade [e a tradição] e sua violência; a ignorância do conformismo [e da imitação], com seus perigos e dores; a ignorância, enfim, que consiste em desconhecermos nossa integral estrutura [que inclui, primacialmente, o Deus de nossos Corações]. Eis a tristeza que o homem tem espalhado em toda parte onde vive. Seja como for, se não compreendermos integralmente a nossa tristeza, como poderemos pôr-lhe fim? Uma coisa é certa: todas as fugas, não importa se para Deus ou para o sexo, se para o templo, para a igreja ou para a bebida, são iguais, pois, não dissolvem a tristeza. Mas, precisamos compreender que a tristeza não pode terminar pela ação do pensamento. Quando o tempo cessa, cessa também o veículo da tristeza: o pensamento. São o pensamento e o tempo que dividem e separam, e o Amor não é pensamento nem tempo. [In: A Outra Margem do Caminho, entrevistas realizadas na Índia, na Califórnia e na Europa, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
O Amor não é pensamento nem [espaço-]tempo.
A Paz não é pensamento nem espaço-tempo.
O Sumo Bem não é pensamento nem espaço-tempo.
A Beleza não é pensamento nem espaço-tempo.
A Morte não é pensamento nem espaço-tempo.
O Renascimento não é pensamento nem espaço-tempo.
O Batismo não é pensamento nem espaço-tempo.
O Silêncio não é pensamento nem espaço-tempo.
A Meditação não é pensamento nem espaço-tempo.
A Vida não é pensamento nem espaço-tempo.
A Ascensão não é pensamento nem espaço-tempo.
A LLuz não é pensamento nem espaço-tempo.
A Eternidade não é pensamento nem espaço-tempo.
A Liberdade não é pensamento nem espaço-tempo.
Nosso Deus Interior não é pensamento nem espaço-tempo.
O PENSAMENTO não é pensamento nem espaço-tempo.
A TRANSRAZÃO não é pensamento nem espaço-tempo.
O ESPAÇO-TEMPO não é pensamento nem espaço-tempo.
O PRESENTE não é pensamento nem espaço-tempo.
O VERBUM DIMISSUM não é pensamento nem espaço-tempo.
A G.'. L.'. B.'. não é pensamento nem espaço-tempo.
SHAMBALLAH não é pensamento nem espaço-tempo.
É a ignorância que nos faz aceitar o [espaço-]tempo,
e, inevitavelmente, nos torna escravos de nós mesmos,
isto é, do espaço-tempo que aceitamos como verdade.
Prisioneiro do Espaço-tempo
Música de fundo:
Prisoner of Love
Composição: Russ Columbo & Clarence Gaskill (música); Leo Robin (letra)
Interpretação: Perry ComoFonte:
https://mp3-here.icu/song/perry-como-prisoner-of-love.html
Páginas da Internet consultadas:
https://giphy.com/gifs/xUPGcgvoipFxRtpMl2/html5
https://br.pinterest.com/pin/736127501570007129/
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