Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 



 

 

 

 

Umas vezes,

pensamos pensando no pensar;

outras vezes,

pensamos sem querer pensar.

 

 

Certas vezes,

controlamos o nosso pensar;

diversas vezes,

não somos donos do pensar.

 

 

Mas, o pensar

sempre haverá de criar coisas...

E por elas somos responsáveis!

 

 

Por que (com)pensar

que nos tornam tão vulneráveis?1

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. Não posso deixar de rapidamente tocar neste assunto. Em termos religiosos ou como querem as religiões, masturbar-se não é pecado. Aliás, pecado não existe; o que existe, sempre, é ignorância e ilusão (que deverão ser devidamente compensadas). E daí, quando é o caso, empobrecimento sistemático e agravamento progressivo do teor energético pessoal, que, no limite, poderão produzir entropização (geralmente irreversível)! O duplo problema que se instaura no ato masturbatório, dando início a algo que não existia, é, primeiro, o pensamento direcionado do masturbador(a) ao homenageado(a), que cria formas-pensamento astrais que correspondem à natureza do pensamento gerado; e, segundo, a interferência psíquico-nevrológica que, certamente, haverá de sofrer o motivador(a) da masturbação. Agora, se se tratar de um(a) companheiro(a), meno male, meno complicanza, meno confusione! Todavia, Kundalini será sempre penalizada e minimizada!

 

 

Kundalini

 

 

Em seu livro Compêndio de Teosofia, Charles Webster Leadbeater (1847 – 1934) explica: Quando um homem dirige o pensamento para um objeto concreto – uma caneta, uma casa, um livro ou uma paisagem forma-se, na parte superior de seu Corpo Mental, uma pequena imagem do objeto, que flutua em frente ao seu rosto, no nível dos olhos. Enquanto a pessoa mantiver fixo o pensamento sobre o objeto, a imagem permanecerá, e persistirá mesmo algum tempo depois. O tempo de duração desta imagem dependerá da intensidade e também da clareza do pensamento. Além disto, esta imagem é inteiramente real, e poderá ser vista por aqueles que tenham desenvolvido suficientemente a visão de seu próprio Corpo Mental. Do mesmo modo como ocorre com os objetos, quando pensamos em um dos nossos semelhantes, criamos em nosso Corpo Mental o seu retrato miniaturizado. Quando o nosso pensamento é puramente contemplativo e não encerra um determinado sentimento, como a afeição, a inveja, a avareza ou um determinado desejo, como por exemplo, o desejo de ver a pessoa em quem pensamos, o pensamento não possui energia suficiente para afetar sensivelmente esta pessoa. Cada pensamento produz uma forma. Quando visa uma outra pessoa, viaja em direção a ela. Se é um pensamento pessoal, permanece na vizinhança do pensador. Se não pertence nem a uma nem a outra categoria, anda errante por um certo tempo e, pouco a pouco, se descarrega, desfazendo-se no éter. Cada um de nós deixa atrás de si, por toda parte onde caminha, uma série de formas-pensamento. Nas ruas flutuam quantidades inumeráveis. Caminhamos no meio delas. Quando o homem, momentaneamente, faz o vácuo em sua mente, os pensamentos que não lhe pertencem o assaltam; em geral, porém, o impressionam fracamente. Algumas vezes, todavia, um pensamento surge e atrai a sua atenção de um modo particular. O homem comum se apodera dele e o considera como coisa própria, fortifica-o pela ação de sua própria força, e, por fim, o expele com potencial de afetar outra pessoa. O homem não é responsável pelo pensamento que lhe atravessa a mente, porquanto pode não lhe pertencer. Contudo, torna-se responsável quando se apodera de um pensamento e o fixa em si, e depois o reenvia fortalecido. Os pensamentos egoístas de qualquer espécie vagueiam pela vizinhança daqueles que os emitem. O Corpo Mental da maior parte dos homens está envolto por eles, como por uma espécie de concha. Esta concha obscurece a visão mental e facilita a formação de preconceitos. Cada forma-pensamento é uma entidade temporária. Pode-se compará-la a uma bateria elétrica carregada esperando a ocasião de fazer a descarga. Determina sempre, no Corpo Mental que atinge, um número de vibrações igual à sua, e faz nascer um pensamento idêntico. Portanto, se as partículas desse Corpo já vibram com uma certa rapidez, em conseqüência de pensamentos de uma outra ordem, o pensamento que chega, espera a sua hora vagueando ao redor da pessoa visada, até que o Corpo Mental dela esteja em suficiente repouso para lhe permitir entrar. Então, descarrega-se e cessa instantaneamente de existir. O pensamento, quando é pessoal, atua inteiramente do mesmo modo em relação à pessoa que o engendrou e se descarrega sobre ela quando a ocasião se apresenta. Quando o pensamento é mau, a própria pessoa que o gerou pode considerá-lo como obra de um demônio tentador, quando, de fato, esta pessoa é o seu próprio tentador. Em geral, pode-se dizer que cada pensamento produz uma nova forma-pensamento. Porém, sob o império de certas circunstâncias e a repetição constante de um mesmo pensamento, em lugar de produzir uma nova forma, funde-se com a primeira forma-pensamento e a fortifica. De sorte que o assunto, através de continuada meditação gera, muitas vezes, uma forma-pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode-se tornar maléfica e durar muitos anos. Formas-pensamento deste tipo possuem a aparência e os poderes de uma entidade realmente viva. Podem ser facilmente confundidas com outras entidades astrais, pois possuem uma forma e um movimento que lembra seres vivos. Existem, porém, formas-pensamento elaboradas intencionalmente com o fim de auxiliar. São peculiares aos Benfeitores da Humanidade. Pensamentos vigorosos, dirigidos inteligentemente, podem constituir um grande socorro para quem os recebe. São verdadeiros anjos da guarda; protegem contra a impureza, contra a irritabilidade e contra o medo. Então, mais uma vez, vou insistir: somos responsáveis por tudo.

 

Fundo musical:

Si Sos Brujo (Emilio Balcarce)

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma-pensamento

http://www.maha-yoga.de/html/okundalini_chakren.html