OBRIGADO, PELÉ

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Pelé não apagou.
O imorrível ficou.
Edson, sim, partiu.
E quem o viu... Viu.

Há quem pinte aqui
para mudar o croqui.
Um desses foi Pelé:
singular, sem doublé.

E a Terra estristou.
Já o céu... Festejou.
O futebol... Menor.
O Kosmos... Maior.

Pelé, muito obrigado.
Você cumpriu seu fado:
em campo e fora dele.
Hoje, outro é o tímele...

Meu Rei, vá em paz.
Você, sim, foi o primaz.
Oh! Seja também aí!
Dê uma mãozinha! Aqui!

Às vezes, dá fudelhufas;
outras, dá cagalhufas.
Umas vezes, cagahouse;
outras, já é fudehouse.

Às vezes, dá lé com lé;
outras, dá cré com cré.
Certas vezes, é caimão;
outras, é só contramão.

Já foi até Cloroquina,
que rimou com Tubaína.
E toca de morrer gente:
parente e contraparente.

Oh! Illumine o Brasil!
Não existe irmão sem ~.
Faça prevalecer a LLuz!
Que todos mudem de Cruz!

Que o velho movimento
se comute em movimento .
Que a Crise da Encarnação
se torne Crise da Iniciação.

Em tudo – querido Rei –
eu prometo que ajudarei:
você, fazendo embaixada;