Precisamos, por Amor, fechar a mão aberta e conservar o pudor ao dar. [Fechar a mão aberta = Não dar o que não pode ser recebido. Conservar o pudor ao dar = Não interferir na compensação educativa e no aprendizado do próximo.] [In: Assim Falou Zaratustra: um Livro para Todos e para Ninguém (em alemão: Also Sprach Zarathustra: Ein Buch für Alle und Keinen), escrito entre 1883 e 1885 pelo filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX Friedrich Wilhelm Nietzsche.]
— Não fechei a mão aberta,
e dei o que não poderia ser recebido.
Não conservei o pudor ao dar,
e interferi no aprendizado do próximo.— Não fechei a mão aberta,
e falei quando deveria ter silenciado.
Não conservei o pudor ao dar,
e ensinei o que não deveria ter ensinado.— Não fechei a mão aberta,
e empobreci mais quem já era pobre.
Não conservei o pudor ao dar,
e fiz esquecer o pouco já aprendido.— Não fechei a mão aberta,
e o joio se misturou com o trigo.
Não conservei o pudor ao dar,
e o preto substituiu o castanho.
— Não fechei a mão aberta,
e tornei tardia a Compreensão.
Não conservei o pudor ao dar,
e obstaculizei a Libertação.— Não fechei a mão aberta,
e transformei progresso em retrocesso.
Não conservei o pudor ao dar,
e transformei acesso em inacesso.— Não fechei a mão aberta,
e escureci ao invés de Illuminar.
Não conservei o pudor ao dar,
e retardei ao invés de fazer Avançar.— Não fechei a mão aberta,
e impossibilitei a Ascensão.
Não conservei o pudor ao dar,
e tornei mais difícil a Divinização.— Não fechei a mão aberta,
e o Bem (que quis fazer) virou mal.
Não conservei o pudor ao dar,
e o que dei acabou virando um fardo.— Não fechei a mão aberta,
e a malícia dominou a pouca Bondade.
Não conservei o pudor ao dar,
e ressuscitou a abrandada vaidade.— Não fechei a mão aberta,
e os velhos amigos calaram os inimigos.
Não conservei o pudor ao dar,
e os inimigos sucumbiram aos velhos amigos.— Não fechei a mão aberta,
e impedi as solas de ficarem gastas.
Não conservei o pudor ao dar,
e frustrei o botão de virar Rosa.
— Não fechei a mão aberta,
e desbussolei o barco do navegante.
Não conservei o pudor ao dar,
e emperrei o timão do barco.
— Não fechei a mão aberta,
e as pérolas que dei viraram pedras.
Não conservei o pudor ao dar,
e os que ensinei se tornaram porcos.
Música de fundo:
Os Três Porquinhos – Tema Musical
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=vyijNn4_S1M
Páginas da Internet consultadas:
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Implosion_bomb_animated.gif
https://www.presentermedia.com/
https://poesiapontocompontoreflexao.blogspot.com/
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Clock_reversed.gif
https://dribbble.com/shots/5761451-Pig
https://berakash.blogspot.com/
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