Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

PEDOFILIA*

 

 

 

O Federal Bureau of Investigation (FBI), em 31 de janeiro de 2007, divulgou um relatório sobre a pedofilia (Symbols and Logos Used by Pedophiles to Identify Sexual Preferences). A pedofilia – também chamada de pædophilia erotica ou pedosexualidade – é, no meu entendimento, uma doença astral-mental que leva um indivíduo adulto a inevitavelmente se sentir sexualmente atraído por crianças, pré-púberes ou não. Segundo Delton Croce et alli, na obra Manual de Medicina Legal, Saraiva, São Paulo, 1995, pedofilia é o desvio sexual caracterizado pela atração por crianças ou adolescentes sexualmente imaturos, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos.

 

No relatório do FBI citado, estão apresentados uma série de símbolos usados pelos pedófilos para se identificarem. Os símbolos são, sempre, compostos pela união de dois símbolos semelhantes – um dentro do outro. A forma maior identifica o adulto; a menor a criança. A diferença de tamanho demonstra a preferência por crianças maiores ou menores.

 

Homens são triângulos; mulheres corações. Os símbolos são encontrados em sites, moedas, jóias (anéis, pingentes etc.), entre outros objetos.

 

 

 

 

 

 

Na figura acima, os triângulos representam homens que preferem meninos (o detalhe mórbido é o triângulo mais fino, que representa homens que gostam de meninos bem pequenos). O coração simboliza homens (ou mulheres) que gostam de meninas. E a borboleta refere-se aos que gostam de ambos. A idéia dos triângulos e dos corações concêntricos é a da figura maior envolvendo a figura menor, em uma genialidade psicopática de um conceito gráfico. Apesar de a pedofilia ser uma doença (desordem mental e de personalidade do adulto), existe inquestionavelmente um requinte de crueldade, pois esses seres fazem questão de se exibir em código para outros, fazendo desses símbolos bijuterias, moedas, troféus, adesivos e o escambau. Infelizmente, é o design gráfico a serviço de um desvio comportamental malévolo ao extremo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

* Recebi esta matéria em um e-mail. Editei, ampliei e a transformei neste rascunho meditativo para você. E por falar em rascunho meditativo, por gentileza, volte lá nas imagens e aponte o mouse para elas.



 

 

 

 

  uma doença filha-da-puta

essa tal de pedofilia!

Mas não poderá ser extirpada à bruta

nem com afasia!1

 

 

Um pedófilo é um desorientado

– um disturbado2 mental –

e assim, como tal, deve ser tratado.

Isto é pra lá de vital!

 

 

Condenar um pedófilo não adianta.

Ele deve ser curado

ou, a cada vida,3 a coisa se agiganta,4

até ele ser   .

 

 

Poderemos, até, nos horrorizar,

mas ele é um irmão!5

Ele não pode ser deixado ao seu azar.6

Repito: ele é um irmão!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Afasia, bem entendido, no sentido do ceticismo grego, ou seja: silêncio filosófico, abstenção consciente de qualquer juízo originada pelo reconhecimento da ignorância a respeito de tudo que transcenda as possibilidades cognitivas do ser humano. Há um parágrafo muito interessante sobre este assunto de autoria de Gustavo Bernardo no trabalho Ficção e Ceticismo, que transcrevo a seguir: A dúvida, fruto da suspensão do juízo, se encontra na origem da filosofia ocidental, ou seja, no ceticismo antigo. Pirro, provavelmente o inaugurador desta maneira de pensar, nasceu antes de Sócrates, de Platão e de Aristóteles. Usando os termos gregos, podemos esboçar o seguinte esquema do trajeto cético: zétesis - diaphonía - isosthenia - epoché - afasia - ataraxia - adiaphoria. Zétesis é a busca pela verdade, que não termina. Esta busca leva o cético a encontrar não a verdade mas, sim, a diafonia, isto é, o conflito insolúvel entre as diferentes teorias e os diferentes buscadores da verdade. O conflito leva o cético a concluir pela isosthenia, ou seja, pela eqüipolência das teorias: não há como decidir qual delas deteria a verdade. Em conseqüência, o cético precisa se acautelar, suspendendo seu juízo sobre os acontecimentos e as idéias: a suspensão do juízo é precisamente a epoché, que funciona como a chave desse trajeto. Se, por cautela, suspende o juízo, o cético também se recusa a se pronunciar, esta recusa constituindo a afasia. Nesse momento, ele se aproxima da ataraxia, isto é, da tranqüilidade intelectual garantida pela indiferença, isto é, pela adiaphoria. Essa ataraxia não é bem 'conquistada', mas ela como que 'acontece' sem ser esperada... Por isto, o objetivo do cético seria menos a apátheia – apatia – do que a praótes – brandura, suavidade.

Para ler o texto integral, o endereço é:

http://www.ceticismoaberto.com/
ceticismo/ficcao_ceticismo.htm

2. Derivei este neologismo (adjetivo) do conceito de distúrbio mental, ainda que o verbo disturbar (causar distúrbio a) tenha como particípio o vocábulo disturbado. A doença mental deve ser entendida como qualquer anormalidade na mente ou no seu funcionamento. A anormalidade perante o comportamento aceito de uma sociedade é um indicativo de doença. A doença mental é conhecida no campo científico como Psicopatologia ou distúrbio mental e é campo de estudo da Psiquiatria, da Neurologia e da Psicologia.

3. A cada vida a cada encarnação.

4. Agiganta-se porque a coisa é cumulativa.

5. Ora bolas! Ou somos todos Um ou não somos todos Um! Meio que mais ou menos não dá! Não poderemos jamais ser ou pretender ser Um com e no Todo-Um excluindo algum. O Chief Seattle, líder da tribo Suquamish, do Estado de Washington, foi um sábio! A Carta que escreveu em 1851 para o então 14º Presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce (1804 – 1869), que presidiu os Estados Unidos de 1853 a 1857, é uma página da mais pura Sabedoria. Pierce propôs comprar por U$ 150.000,00 dois milhões de acres das terras dos índios, prometendo, de quebra, uma reserva para que nela eles pudessem viver. Um dos parágrafos desta Carta afirma o seguinte: Even the white man, whose God walks and talks with him as friend to friend, cannot be exempt from the common destiny. We may be brothers, after all. We shall see. One thing we know which the white man may one day discover: our God is the same God. (Grifos meus). O sentido místico de our God is the same God é: Somos todos Um!

 

 

Chief Seattle

 

6. Azar que ele fabricou e que só ele poderá dissolver e transmutar. Mas, precisa ser ajudado nesta tarefa.

 

Fundo musical:

Don't Worry, Be Happy (Bobby McFerrin)

Fonte:

http://www.eadcentral.com/go/1/1/0/
http://notendur.centrum.is/~sih/midi/unsorted/

 

Observação:

Um filme francês/inglês, de 1.999, interessante e muito bem dirigido sobre a matéria discutida neste rascunho é Sem Perdão (The Lost Son), pois mostra, no final, muito bem o que afirmei mais acima, ou seja, que a pedofilia é uma doença astral-mental que leva um indivíduo adulto a inevitavelmente se sentir sexualmente atraído por crianças, pré-púberes ou não. Sinopse: Xavier Lombard (Daniel Auteuil), que está excelente no papel de um detetive obscuro que tenta esquecer seu passado, em Londres, ganha a vida chantageando mulheres adúlteras. Em um dado momento, é contratado por um rico industrial para encontrar seu filho Leon, um fotógrafo, que desapareceu sem deixar vestígios. Pensando ter um trabalho fácil nas mãos, começa a investigar e encontra uma amiga do desaparecido, Emily (Katrin Cartlidge), que dá a ele um vídeo terrível mostrando crianças tendo relações sexuais com adultos. Com a ajuda de sua amiga Nathalie (Marianne Denicourt), acaba descobrindo uma rede mundial de prostituição infantil muito bem organizada. Fazendo-se passar por um cliente pedófilo, Lombard se encontra com o chefe da organização, arriscando sua vida para desbaratar a rede de pedofilia para libertar as crianças aprisionadas.

 

 

 

 

Disturbado Mental
(Animação inspirada em um quadro
de Angelo Bronzino (1503 - 1572),
pintor florentino do século XVI)