Um
papa tem o dever de renunciar, se não tiver condições
físicas, mentais e espirituais de desempenhar o cargo.
Que
a paz brote para o povo da Síria, profundamente machucado e dividido
por um conflito que não poupa nem os indefesos e deixa vítimas
inocentes.
A
caridade na verdade – que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida
terrena e, sobretudo, com sua morte e ressurreição
– é a força
propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e
da Humanidade inteira.
A
caridade
– como ensinou Jesus
– é
a síntese de toda a Lei. (confira Mateus, XXII: 36 a 40).
A
«cidade do homem» não se move apenas por relações
feitas de direitos e de deveres, mas, antes e sobretudo, por relações
de gratuidade, misericórdia e comunhão.
Foi
ali [Salzburg]
que Mozart entrou até o fundo da minha alma. Não é
um simples divertimento: a música de Mozart encerra todo o drama
do ser humano.
Primeira
declaração ao público, depois de eleito Papa:
Queridos irmãos e irmãs: depois do grande Papa João
Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples humilde trabalhador
na vinha do Senhor. Consola-me o fato de que o Senhor sabe trabalhar e atuar
com instrumentos insuficientes, e, sobretudo, confio nas vossas orações.
Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados em sua ajuda permanente, sigamos
adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe,
está do nosso lado. Obrigado.
Lema
Episcopal: Colaborador
da verdade. Assim
explicou Bento XVI: Parecia-me, por um lado, encontrar
nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha
nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar – embora
com modalidades diferentes – é seguir a verdade, estar ao seu
serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo atual,
omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande
para o homem. E, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade.2
A
pequena barca com o pensamento dos cristãos sofreu, não pouco,
pela agitação das ondas, arrastada de um extremo ao outro:
do Marxismo ao Liberalismo até a libertinagem, do coletivismo ao
individualismo mais radical, do ateísmo a um vago misticismo, do
agnosticismo ao sincretismo.
O
homem deve ser posto no centro das atenções econômicas.
A Europa tem a sua responsabilidade. A Economia não pode ser só
lucro, mas, também, solidariedade.
A
libertação da submissão à fome é a primeira
manifestação concreta do direito à vida, que, apesar
de ter sido proclamada solenemente, está muito longe de ser alcançada.
Condenando
o uso de preservativos:
A única forma clinicamente segura de prevenir a AIDS é se
comportar de acordo com a Lei de Deus.3
A
Igreja Católica é a única verdadeira e a única
que salva.4
Íntegra
da Declaração de Renúncia: Caríssimos
Irmãos: convoquei-vos para este Consistório não só
por causa das três canonizações, mas, também,
para vos comunicar uma decisão de grande importância para a
vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência
diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças,
devido à idade avançada, já não são idôneas
para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente
de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve
ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas, também
e igualmente, sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas
mudanças e agitado por questões de grande relevância
para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar
o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo
quer do espírito, vigor este, que, nos últimos meses, foi
diminuindo de tal modo em mim, que tenho de reconhecer a minha incapacidade
para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isto,
bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que
renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro,
que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de abril de 2005,
pelo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a
Sede de Roma, a Sede de São Pedro, ficará vacante, e deverá
ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição
do novo Sumo Pontífice. Caríssimos
Irmãos: verdadeiramente, de coração, vos agradeço
por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério,
e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora, confiemos
a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus
Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que
assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição
do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no
futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada
à oração, à Santa Igreja de Deus. — Vaticano,
10 de fevereiro de 2013. Benedictus PP. XVI.
Os
marxistas previram o fim da religião. Com o fim da opressão,
o remédio representado por Deus não teria mais razão
de ser, dizia-se. Mas, também, eles foram obrigados a reconhecer
que o sentimento religioso nunca acabou porque está verdadeiramente
enraizado no homem.
Nós
estamos caminhando para uma ditadura do relativismo que não reconhece
nada como definitivo e tem como valor máximo o ego e os desejos individuais.
A Igreja precisa se opor às marés de modismos e das últimas
novidades. Precisamos nos tornar maduros nessa fé adulta, precisamos
guiar o rebanho de Cristo para esta fé.
Nas
horas de seu maior apogeu, a Europa parece ter se tornado vazia por dentro,
paralisada por uma crise que ameaça sua saúde e a faz depender
de transplantes.
Bandeira
da União Européia
Querer
o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça
e de caridade.
O
lugar de Deus na sociedade moderna:
Muito marginalizado. Na vida política, parece quase indecente falar
de Deus, como se fosse um ataque à liberdade de quem não crê.
O mundo político segue suas normas e caminhos, excluindo Deus como
algo que não é deste mundo. A mesma coisa acontece no comércio,
na Economia e na vida privada. Deus fica à margem. Para mim, parece
necessário voltar a descobrir, e existem forças para isto,
que também as esferas política e econômica precisam
de uma responsabilidade moral, que nasce no Coração do homem
e está ligada à presença ou à ausência
de Deus. Uma sociedade em que Deus está totalmente ausente se autodestrói.
Certa
vez, Napoleão disse que aniquilaria a Igreja. Um cardeal, então,
teria respondido: — Mas, nem mesmo nós fomos capazes de fazê-lo!
Quanta
imundície há na Igreja, mesmo entre aqueles que, no sacerdócio,
devem pertencer inteiramente a ele. Quanto orgulho, quanta auto-suficiência.
Ama-se
tanto mais eficazmente o próximo, quanto mais se trabalha em prol
de um bem comum que dê resposta também às suas necessidades
reais.
A
Igreja Católica é a mãe de todas as igrejas cristãs.
Por isto, outras igrejas não devem ser consideradas 'irmãs'
da Igreja Católica.
Na
Igreja, padres também são pecadores. Mas, eu estou pessoalmente
convencido de que a constante presença dos pecados dos padres católicos
na imprensa, especialmente nos Estados Unidos, é uma campanha planejada,
já que a percentagem destas infrações entre padres
não é mais alta do que em outras categorias, e, talvez, seja
ainda mais baixa.5
O
Islã é multiforme, não se pode reduzir à ala
terrorista ou à ala moderada. Há interpretações
sunitas, xiitas etc. Culturalmente, existe uma grande diferença entre
a Indonésia, a África ou a Península Arábica,
e, talvez, esteja se formando também um Islã com características
européias, que aceita elementos de nossa cultura. Em todo caso, para
nós, é um desafio positivo a firme fé em Deus dos muçulmanos,
a consciência de que estamos todos sob o juízo de Deus, junto
com um certo patrimônio moral e a observação de algumas
normas que demonstram que a fé, para viver, necessita expressões
comuns, algo que perdemos em certa medida.
O
risco do nosso tempo é que, à real interdependência
dos homens e dos povos, não corresponda a interação
ética das consciências e das inteligências, da qual possa
resultar um desenvolvimento verdadeiramente humano. Só através
da caridade, iluminada pela luz da razão e da fé, é
possível alcançar objetivos de desenvolvimento dotados de
uma valência mais humana e humanizadora. A partilha dos bens e dos
recursos, da qual deriva o autêntico desenvolvimento, não é
assegurada pelo simples progresso técnico e por meras relações
de conveniência, mas, pelo potencial de amor que vence o mal com o
bem (confira Romanos, XII: 21) e abre à reciprocidade das consciências
e das liberdades.
Que
os judeus são ligados à Deus de uma maneira especial e que
Deus não quer que esta ligação fracasse é inteiramente
óbvio.
Aguardamos
o momento em que Israel vai dizer 'sim' a Cristo; mas, sabemos que tem uma
missão especial na História agora.
Nós
podemos ter certeza de que o nosso amado Papa João Paulo II está
na janela da Casa do Senhor, de onde ele nos vê e nos abençoa.
«Deus
é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele».
(I João, IV: 16).
O
homem se torna realmente ele mesmo quando corpo e alma se encontram em íntima
unidade.
Hoje,
nós enterramos os restos de João
Paulo II na Terra, como uma semente da
imortalidade. Os nossos Corações estão cheios de tristeza,
mas, ao mesmo tempo, cheios de uma alegre esperança e de uma gratidão
profunda.
Embora
a inclinação particular de uma pessoa homossexual não
seja um pecado, é mais ou menos uma tendência que vem de um
mal moral intrínseco, e, portanto, a inclinação em
si pode ser vista como uma desordem de objetivo.
Acima
de tudo, nós temos que ter grande respeito por essas pessoas [homossexuais],
que também sofrem e querem encontrar a sua maneira de
viver corretamente. Por outro lado, criar uma forma de casamento homossexual,
na realidade, não ajuda estas pessoas.
A
Igreja classifica os casamentos homossexuais como imorais, artificiais e
nocivos.
O
amor compreende a totalidade da existência em toda a sua dimensão,
inclusive a temporal... O amor visa o definitivo. O amor visa a eternidade.
A
legalização da união de homossexuais é destrutiva
para a família e para a sociedade. O Direito cria uma forma de moral,
já que as pessoas, freqüentemente,
consideram que o que diz o Direito também
é moralmente lícito. E, se considerarmos a união homossexual
mais ou menos equivalente ao matrimônio, temos uma sociedade que já
não reconhece as características e nem o caráter fundamental
da família, ou seja, o que é próprio do homem e da
mulher, que tem a finalidade de dar continuidade, não só no
sentido biológico, à Humanidade.
O
fato de a Igreja estar convencida de que não conferir a ordenação
às mulheres agora é visto por alguns como incompatível
com a Constituição Européia.
Pessoalmente,
me abala a idéia de que mulheres, guardiãs da paz e contrapeso
à agressividade e belicosidade masculinas, possam ser alistadas no
exército, e saiam por aí armadas para demonstrar que podem
ser tão belicosas quanto os homens.
Algumas
formas de feminismo tornam as mulheres adversárias dos homens. O
enfraquecimento da definição da identidade sexual tornou o
homossexualismo e a heterossexualidade praticamente equivalentes.
Os
gêneros musicais 'rock' e 'pop' são distrações
profanas para a fé cristã. São uma expressão
básica das paixões que, em grandes platéias, pode assumir
características de culto ou até de adoração,
contrários ao Catolicismo.
Aborto
e eutanásia, claro, são pecados graves.
Os
católicos devem ser contra decisões judiciais e leis que autorizem
o aborto e a eutanásia, considerados pecados graves.
Um
católico será considerado culpado por cooperar com o mal,
e não poderá receber a comunhão, se votar em um candidato
político por ele ser a favor da eutanásia e/ou
do aborto.
A
clonagem humana é mais perigosa do que as armas de destruição
em massa.
Um
homem produzido por outros homens no laboratório deixa de ser um
presente de Deus, da Natureza. Assim como ele pode ser fabricado, ele pode
ser destruído.
Rituais
que dependem da superstição e de outros erros constituem um
obstáculo para a salvação.
O
ato de comungar apenas porque o católico vai à missa é
um abuso e precisa ser corrigido. Muitas vezes, o responsável pela
comunhão deve se recusar a dar a hóstia para algumas pessoas
– entre elas, aquelas que foram excomungadas e as que insistem em
cometer pecados graves.
Todo
o bom cristão sabe que as férias são um tempo oportuno
para relaxar o corpo, e, também, para alimentar o espírito
com tempos maiores de oração e de meditação,
para crescer na relação pessoal com Cristo e se conformar,
cada vez mais, com os Seus ensinamentos.
É
hoje, no presente, que se joga nosso destino futuro. Com o comportamento
concreto nesta vida decidimos nossa sorte eterna. Ao final de nossos dias
na Terra, seremos avaliados tendo em conta se nos assemelhamos ou não
ao Menino que está a ponto de nascer na gruta de Belém, porque
Ele é o critério de medida que Deus deu à Humanidade.6
Na
sociedade consumista de hoje, esta época (de Natal) é, infelizmente,
sujeita a um tipo de poluição comercial que ameaça
alterar seu verdadeiro espírito, caracterizado pela meditação,
pela sobriedade e por uma alegria que não é externa, mas íntima.
Não
é o evitar o sofrimento ou a fuga diante da dor que curam o homem,
mas, a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer,
de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que
sofreu com infinito amor.
A
grandeza da Humanidade se determina essencialmente na relação
com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para o indivíduo
como para a sociedade. Uma sociedade que não consegue aceitar os
que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão,
para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido, é
uma sociedade cruel e desumana.
O
uso ilimitado de portais, através dos quais as pessoas têm
acesso fácil a fontes de informações indiscriminadas,
poderá chegar a ser um instrumento de crescente fragmentação.
Dizendo
aos padres para aproveitarem os serviços de tecnologia para difundir
a religião católica:
Por Deus, tenham um 'blog'.
A
Verdade não é determinada por maioria de votos.
Amor
e verdade são fontes de vida; , são a Vida. E uma vida sem
amor não é vida.
A
transformação da Humanidade está na frágil,
branca Hóstia Consagrada, Sacramento da presença de Jesus
no mundo.
Quando
os convido a ser santos, peço que não se conformem em ser
de segunda linha, mas, que aspirem a um horizonte maior. Não se conformem
em ser medíocres.
A
Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e
só os santos podem renovar a Humanidade.
Quando
encontramos Jesus e acolhemos o Seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos
a comunicar aos outros a nossa própria experiência.
No
amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação,
no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida
comece novamente.
Em
numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus.
Parece que tudo anda igualmente sem Ele. Mas, ao mesmo tempo, existe um
sentimento de frustração, de insatisfação de
tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível
que a vida seja assim! Verdadeiramente não.
O
segredo para ter um ‘Coração que entenda’ é
edificar um Coração capaz de escutar. Isto é possível
meditando sem cessar na Palavra de Deus e permanecendo enraizado Nela, mediante
o esforço de conhecê-La sempre melhor.
A caridade
sem a verdade cai no sentimentalismo.
É
isto o que interessa: abraçar desde já a Vida – a Vida
Verdadeira
– que não pode ser destruída
por nada e por ninguém.
Fé
é a convicção de que as coisas invisíveis são
mais importantes do que as visíveis.7
Não
se deixem intimidar por um ambiente no qual se pretende excluir Deus e no
qual o poder e o prazer são os principais critérios que regem
a existência.
Não
se pode seguir Jesus de forma solitária. Quem cede à tentação
de ir 'por sua própria conta' ou de viver a fé segundo a mentalidade
individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de nunca encontrar
Jesus Cristo ou de acabar seguindo uma imagem falsa d'Ele.
Às
vezes, o ar que respiramos em nossas sociedades não é saudável;
está contaminado por uma mentalidade que não é cristã,
e que também não é humana, porque está dominada
por interesses econômicos, preocupada apenas com as coisas terrenas
e privada de uma dimensão espiritual.
A
fiel e generosa disponibilidade dos sacerdotes em escutar as confissões
indica a todos nós como o confessionário pode ser um verdadeiro
'lugar' de santificação.8
É
tentador apontar para o que não funciona; é fácil assumir
um tom de julgamento de um moralizador ou de um especialista que impõe
suas conclusões e seus propósitos e, ao final do dia, oferecer
poucas soluções úteis.
Nenhuma
religião e nenhuma cultura podem justificar o recurso à intolerância
e a violência. Usar uma palavra revelada, as escrituras sagradas ou
o Nome de Deus para justificar nossos interesses, nossas políticas
fáceis e convenientes ou nossa violência é um grave
erro.
Uma
liturgia participativa é importante, mas que não seja sentimental.
A liturgia não deve ser simplesmente uma expressão de sentimentos,
mas deve fazer emergir a presença e o mistério de Deus, no
qual Deus entra e pelo qual nós nos permitimos ser formados.
Sem
orientação à Verdade, toda a cultura se desfaz, decai
no relativismo e se perde no efêmero.
Quantas
vezes, não obstante o se definir cristãos, Deus, de fato,
não é o ponto de referência central no modo de pensar
e de agir!9
A
falta de unidade (entre as igrejas cristãs) mina a credibilidade
da mensagem cristã divulgada à sociedade.
Às
vezes, os batizados não são suficientemente evangelizados,
e, por isto, são facilmente influenciáveis, já que
têm uma fé frágil e freqüentemente baseada em uma
ingênua devoção.
Não
podemos perscrutar o segredo de Deus, só fragmentos, e nos enganamos
quando queremos nos converter em juízes de Deus e da História.10
Diria
que uma Igreja que procura ser, acima de tudo, atrativa já está
no caminho errado. Pois, a Igreja não trabalha para si, não
trabalha para aumentar seus próprios números, e, assim, o
seu poder. A Igreja Católica está a serviço de um Outro.
O
mal fará sempre parte da Igreja. Aliás, se se considera tudo
o que os homens – e o clero – fizeram na Igreja, isso se transforma
em uma prova a mais de que é Cristo que sustenta e que fundou a Igreja.
Se dependesse somente dos homens, ela já teria afundado há
muito tempo!
A
contemplação de Cristo, na nossa vida, não nos afasta
da realidade, mas, nos torna ainda mais partícipes das vicissitudes
humanas, porque o Senhor, atraindo-nos a Si na oração, permite
que nos tornemos presentes e próximos de cada irmão no seu
amor.
Quem
bate palmas na missa está aplaudindo os algozes de Cristo na cruz.
Não
existem orações supérfluas, inúteis; nenhuma
se perde. E elas encontram respostas, embora, às vezes, misteriosas,
porque Deus é Amor e Misericórdia infinita. A oração
nos educa a ver os sinais de Deus.
Cada
um, mesmo quem se encontra afastado, traz consigo a marca de Deus e, portanto,
evidentemente, tem sempre uma sede de infinito, do belo e do bom.
Nós não somos o produto
casual e sem sentido da evolução. Cada um de nós é
o resultado de um pensamento de Deus.
Se,
para o homem,
não existir uma verdade, ele, no fundo, não poderá
sequer distinguir entre o bem e o mal.
Onde
a política tenta ser redentora, apenas promete muito. Onde deseja
fazer a obra de Deus, torna-se não-divina, mas, demoníaca.
Tende,
sobretudo, um grande respeito pela instituição do sacramento
do matrimônio. Ao mesmo tempo, Deus vos chama a respeitar-vos também
no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição
divina, está destinada aos casados, é somente fonte de felicidade
e de paz, na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do
matrimônio, um baluarte das vossas esperanças futuras.
Cada um de nós é necessário.
Digo
aos que comercializam drogas que pensem no mal que estão provocando
a uma multidão de jovens e de adultos de todos os segmentos da sociedade.
Deus irá lhes exigir satisfações.
O
amanhã depende muito de como estais vivendo o hoje da juventude.
'Nossos
bosques têm mais vida'... Não deixeis que se apague esta chama
de esperança que o vosso Hino Nacional põe em nossos lábios.
Quando
o valor do compromisso sacerdotal é questionado como entrega total
a Deus, através do celibato apostólico e como disponibilidade
total para servir as almas, dando-se preferências às visões
ideológicas e políticas, inclusive partidárias, a estrutura
da consagração total a Deus começa a perder o seu significado
mais profundo.
Um
sacerdócio bem vivido dignifica a Igreja e suscita a admiração
nos fiéis.
Deve-se
trabalhar incansavelmente para a formação dos políticos,
dos brasileiros que têm algum poder decisório, grande ou pequeno
e, em geral, de todos os membros da sociedade, de modo que assumam plenamente
as próprias responsabilidades e saibam dar um rosto humano e solidário
à Economia.
Uma
vergonha dos nossos tempos: os regimes comunistas chegaram ao poder em nome
da libertação do homem.
A
queda do Comunismo não certifica automaticamente a bondade do Capitalismo.
É preciso combinar a liberdade do mercado com o senso de responsabilidade
em relação ao outro.11
A
bondade implica a capacidade de dizer não. Uma bondade que permite
tudo não faz bem ao outro.
Algumas
formas de feminismo tornam as mulheres adversárias dos homens. O
enfraquecimento da definição da identidade sexual tornou o
homossexualismo e o heterossexualismo praticamente equivalentes.
A
Eucaristia torna constantemente presente o Cristo ressuscitado, que continua
a se dar a nós, chamando-nos a participar na mesa do seu Corpo e
do seu Sangue. Da plena comunhão com Ele nascem todos os outros elementos
da vida da Igreja, em primeiro lugar a comunhão entre todos os fiéis,
o compromisso de anunciar e de testemunhar o Evangelho, o ardor da caridade
para com todos, especialmente os mais pobres e pequenos.
Alimentados
e sustentados pela Eucaristia, os católicos não podem deixar
de se sentirem estimulados a tender para aquela plena unidade que Cristo
desejou ardentemente no Cenáculo.
Invoco
de Deus unidade e paz para a família humana, e declaro a disponibilidade
de todos os católicos em cooperar para um autêntico desenvolvimento
social, que respeite a dignidade de cada ser humano.
A
Eucaristia não é simplesmente um acontecimento com dois protagonistas,
um diálogo entre Deus e eu. A Comunhão tende para uma transformação
total da própria vida. Abre com força o Eu Interior do homem
e cria um novo 'nós'.
Os
santos, praticando o Evangelho da Caridade, dão razão da sua
esperança: mostram o verdadeiro rosto de Deus – que é
Amor – e, ao mesmo tempo, o verdadeiro rosto do homem, criado à
imagem e semelhança de Deus.
Jesus
não se conforma com uma união superficial e formal; não
Lhe basta a adesão entusiástica dos começos... É
necessário nos unirmos, durante toda a vida, à Sua Mente e
ao Seu Coração.
Seguir
Cristo enche o Coração de alegria e dá um sentido completo
à nossa existência, mas, traz também dificuldades e
renúncias, porque, com freqüência, será necessário
ir contra a corrente.
Se
abrirmos com confiança o Coração a Cristo, se nos deixarmos
conquistar por Ele, poderemos experimentar em nós, como o Cura d’Ars
experimentou,
que a única felicidade plena nesta Terra resulta de amar a Deus e
de nos sabermos amados por Ele.
Vós,
artistas, sois guardiães da beleza. Tendes, graças ao vosso
talento, a possibilidade de falar ao Coração da Humanidade,
de tocar as sensibilidades individual e coletiva, de suscitar sonhos e esperanças,
de ampliar os horizontes do conhecimento e do compromisso humano. Sede,
também vós, através da vossa arte, anunciadores e testemunhas
de esperança para a Humanidade!
Demasiadas
vezes, a beleza de que se faz propaganda é ilusória e falaz,
superficial e deslumbrante até ao aturdimento e, em vez de fazer
sair os homens de si mesmos e de lhes abrir horizontes de verdadeira liberdade
atraindo-os para o alto, aprisiona-os em si próprios e torna-os ainda
mais escravos, com falta de esperança e de alegria. Trata-se de una
sedutora, mas hipócrita beleza, que aviva a ânsia, a vontade
de poder, de posse, de abuso sobre o outro, e que se transforma, logo a
seguir, no seu oposto, assumindo a expressão da obscenidade, da transgressão
ou da provocação.
Justiça
Divina Plenitude
de Caridade +
Plenitude
de Dom +
Plenitude
de Salvação.
O
cristão deve contribuir para a formação de sociedades
justas, onde todos recebam o necessário para viver, segundo a própria
dignidade de homem, e onde a justiça é vivificada pelo amor.
A
pureza de Coração é o que nos permite Ver.
Qual
é, portanto, a justiça de Cristo? É, antes de tudo,
a justiça que vem da Graça, onde não é o homem
que repara, que cura si mesmo e os outros.
Para
entrar na justiça é necessário sair daquela ilusão
de auto-suficiência, daquele estado profundo de fechamento, que é
a própria origem da injustiça. Em outras palavras, é
necessário um 'êxodo' mais profundo do que aquele que Deus
efetuou com Moisés – uma libertação do Coração,
que a palavra da Lei, sozinha, é impotente para realizar.
De
fato, 'sedaqah' [virtude
da justiça] significa, por um lado, a aceitação
plena da vontade do Deus de Israel; por outro, eqüidade em relação
ao próximo (confira Ex: XXIX: 12 a 17), de maneira especial ao pobre,
ao estrangeiro, ao órfão e à viúva (confira
Deuteronômio X: 18 e 19).
Sim.
O homem se torna frágil por um impulso profundo, que o mortifica
na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto, por natureza,
ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade
estranha que o leva a se dobrar sobre si mesmo, a se afirmar acima e contra
os outros: é o egoísmo – conseqüência do
pecado original.
A
injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente
externas; tem origem no Coração do homem, onde se encontram
os germes de uma misteriosa conivência com o mal.
Aquilo
de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para
gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais íntimo
que lhe pode ser concedido somente gratuitamente. Poderíamos dizer
que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o
criado à sua imagem e semelhança.
Converter-se
a Cristo,12
acreditar no Evangelho, no fundo, significa precisamente isto: sair da ilusão
da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência
– indigência dos outros e de Deus, exigência do Seu perdão
e da Sua amizade.
Um
deserto espiritual está se espalhando; um vazio interior, um medo
sem nome, um sentimento silencioso de desespero.13
Fidelidade,
indissolubilidade e transmissão da vida são os pilares de
qualquer família, verdadeiro bem comum, patrimônio precioso
para toda a sociedade.
O
amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e
de respeito do outro.
Jesus
é o Vinho da festa!
Uma
fé adulta não segue as ondas da moda e as últimas novidades.
A
Igreja não pode separar o louvor a Deus do serviço aos homens.
O único Deus – Pai e Criador –
é quem nos constituiu irmãos. Ser homem é
ser irmão e guardião do próximo.
O
discípulo de Jesus não responde ao mal com o mal, mas é
sempre instrumento do bem, arauto do perdão, portador da alegria,
servidor da unidade. Ele quer escrever em cada vida uma história
de amizade.
O
Papa João Paulo II deixou uma Igreja mais corajosa, mais livre, mais
jovem. Uma Igreja que, segundo o seu ensinamento e exemplo, olha com serenidade
para o passado e não tem medo do futuro.
Políticas
que afetam a família ameaçam a dignidade e o próprio
futuro da Humanidade.
'Mane
nobiscum, Domine!' Fica conosco, Senhor.