PARA MEDITAR
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Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

 

 

A maturidade emocional é essencial ao autocontrole. Apenas a maturidade emocional assegurará a substituição da arbitrariedade bárbara – que é a guerra – pelas técnicas internacionais do julgamento civilizado.

 

Livro de Urântia

 

 

 

 

Invasão dos Navios da Frota da Liberdade

 

 

 

 

Israel provocou forte reação em todo o mundo depois que um esquadrão de suas forças de defesa invadiu navios (Frota da Liberdade) de uma organização turca, que levava ajuda para a Faixa de Gaza. O dia ainda não havia clareado quando as forças navais israelenses cercaram o comboio pelo mar e pelo ar. Os seis navios carregando centenas de ativistas haviam saído do Chipre no último domingo (30/5/2010) à tarde, e queriam entregar 10 mil toneladas de suprimentos a palestinos na Faixa de Gaza, que desde 2007 está sob bloqueio israelense. Pelo rádio, os militares deram um alerta. Em vez de tentar chegar à Gaza, os ativistas deveriam rumar para o porto israelense de Ashdod. Caso contrário, a marinha tomaria todas as providências para garantir o bloqueio naval. Não houve resposta. Por volta das 4h30min, usando cordas, militares desceram dos helicópteros e invadiram o navio que liderava o comboio, ainda em águas internacionais, a 120 quilômetros do litoral israelense.

 

A versão dada pelos ativistas turcos é de que eles estavam no barco, mas que tudo foi muito rápido. Eles disseram que viram surgir helicópteros e botes israelenses com militares. Afirmaram, ainda, terem gritado avisando estar desarmados e que tentaram enfrentar os israelenses com jatos de água. Já o Governo de Israel apresentou estilingues e bolas de gude supostamente apreendidos no barco. Os militares israelenses disseram que só depois de atacados abriram fogo. Uma jornalista da rede Al Jazeera, que acompanhava a missão humanitária, afirma o contrário: os israelenses atiraram antes de subir nos barcos.

 

Israel diz que esta versão é mentirosa, que os militares israelenses foram recebidos com canos e barras de ferro e que seus soldados tiveram, pelo menos, duas pistolas tomadas pelos passageiros do barco. De posse destas pistolas, os ativistas teriam atirado nas forças israelenses. Ainda não há um número definitivo de mortes. O governo de Israel admite que são mais de 10 mortos, a maioria ativistas turcos. Mais de 60 pessoas ficaram feridas. Sete soldados também tiveram ferimentos. Dois deles, baleados com as próprias armas, que foram tomadas e usadas pelos ativistas. Os navios foram rebocados pela marinha para o porto de Ashdod.

 

Na noite da segunda (31/5/2010), os jornalistas foram convocados para uma entrevista coletiva dentro da base da marinha, que fica no porto de Ashdod. A idéia era entrevistar um dos militares que participaram da abordagem aos barcos dos ativistas, mas o que se viu, em vez da entrevista, foi apenas uma declaração, com uma história difícil de acreditar. Sem mostrar o rosto, o sargento disse que foi um dos primeiros a invadir o navio. Falou que a missão era pacífica; apenas tentaria convencer o comandante do barco a mudar o rumo para Ashdod, e que ficaram surpresos com a reação dos ativistas, armados com canivetes, facas e tesouras. Segundo o sargento, ele e os demais militares levavam apenas pistolas que disparam balas de tinta e não pistolas de verdade, como a que ele exibia na cintura, na hora da declaração.

 

A porta-voz das Forças Armadas Israelenses, Avital Leibovitch, disse que a marinha israelense tomou uma ação preventiva, interferindo e invadindo os navios, mesmo estando em águas internacionais, porque percebeu que os navios iam mesmo para Gaza. O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman – conhecido pelos seus discursos radicais – divulgou um comunicado dizendo que a embarcação não estava em missão de paz, e quem atacou os militares foram terroristas.

 

A pedido da Turquia (o premier turco, Recep Erdogan, acusou Israel de praticar terrorismo de Estado), a ONU convocou às pressas uma reunião do Conselho de Segurança. Ainda que Barack Obama tenha reagido à notícia com cautela, diversos governantes do mundo se declararam chocados com o ataque israelense à frota humanitária internacional que seguia para a Faixa de Gaza, e defenderam uma resposta rápida das Nações Unidas ao incidente.

 

Até aqui, Ctrl c (copiar) —› Ctrl v (colar) das Páginas da Internet consultadas e citadas logo abaixo. Entretanto, para concluir, a pergunta que se impõe é: o que fariam os poderosos do mundo, que adoram pegar alguém para pato, se esta unilateralidade israelense – belígera, brutal e desproporcional tivesse sido praticada pela República Islâmica do Irã, do Aiatolá Ali Khamenei e do Presidente Mahmoud Ahmadinejad, pela República Democrática Popular da Coréia, do Líder Supremo Kim Jong-il ou pela República Bolivariana da Venezuela, do Presidente Hugo Rafael Chávez Frías? Mas, como não foi assim que aconteceu, nós jamais iremos saber.

 

 

 

 

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.cgn.inf.br/

http://fotos.estadao.com.br/

http://clickpb.com.br

http://www.bbc.co.uk/

http://ultimosegundo.ig.com.br/

http://noticias.terra.com.br/

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/

 

Fundo musical:

Love Is A Many Splendored Thing
Música: Sammy Fain
Letra: Paul Francis Webster
Orquestra: Ray Conniff

Fonte:

http://www.umnovoencontromusical.com/
Ray-Conniff.htm