Israel
provocou forte reação em todo o mundo depois que um esquadrão
de suas forças de defesa invadiu navios (Frota da Liberdade) de uma
organização turca, que levava ajuda para a Faixa de Gaza.
O dia ainda não havia clareado quando as forças navais israelenses
cercaram o comboio pelo mar e pelo ar. Os seis navios carregando centenas
de ativistas haviam saído do Chipre no último domingo (30/5/2010)
à tarde, e queriam entregar 10 mil toneladas de suprimentos a palestinos
na Faixa de Gaza, que desde 2007 está sob bloqueio israelense. Pelo
rádio, os militares deram um alerta. Em vez de tentar chegar à
Gaza, os ativistas deveriam rumar para o porto israelense de Ashdod. Caso
contrário, a marinha tomaria todas as providências para garantir
o bloqueio naval. Não houve resposta. Por volta das 4h30min, usando
cordas, militares desceram dos helicópteros e invadiram o navio que
liderava o comboio, ainda em águas internacionais, a 120 quilômetros
do litoral israelense.
A
versão dada pelos ativistas turcos é de que eles estavam no
barco, mas que tudo foi muito rápido. Eles disseram que viram surgir
helicópteros e botes israelenses com militares. Afirmaram, ainda,
terem gritado avisando estar desarmados e que tentaram enfrentar os israelenses
com jatos de água. Já o Governo de Israel apresentou estilingues
e bolas de gude supostamente apreendidos no barco. Os militares israelenses
disseram que só depois de atacados abriram fogo. Uma jornalista da
rede Al Jazeera, que acompanhava a missão humanitária, afirma
o contrário: os israelenses atiraram antes de subir nos barcos.
Israel
diz que esta versão é mentirosa, que os militares israelenses
foram recebidos com canos e barras de ferro e que seus soldados tiveram,
pelo menos, duas pistolas tomadas pelos passageiros do barco. De posse destas
pistolas, os ativistas teriam atirado nas forças israelenses. Ainda
não há um número definitivo de mortes. O governo de
Israel admite que são mais de 10 mortos, a maioria ativistas turcos.
Mais de 60 pessoas ficaram feridas. Sete soldados também tiveram
ferimentos. Dois deles, baleados com as próprias armas, que foram
tomadas e usadas pelos ativistas. Os navios foram rebocados pela marinha
para o porto de Ashdod.
Na
noite da segunda (31/5/2010), os jornalistas foram convocados para uma entrevista
coletiva dentro da base da marinha, que fica no porto de Ashdod. A idéia
era entrevistar um dos militares que participaram da abordagem aos barcos
dos ativistas, mas o que se viu, em vez da entrevista, foi apenas uma declaração,
com uma história difícil de acreditar. Sem mostrar o rosto,
o sargento disse que foi um dos primeiros a invadir o navio. Falou que a
missão era pacífica; apenas tentaria convencer o comandante
do barco a mudar o rumo para Ashdod, e que ficaram surpresos com a reação
dos ativistas, armados com canivetes, facas e tesouras. Segundo o sargento,
ele e os demais militares levavam apenas pistolas que disparam balas de
tinta e não pistolas de verdade, como a que ele exibia na cintura,
na hora da declaração.
A
porta-voz das Forças Armadas Israelenses, Avital Leibovitch, disse
que a marinha israelense tomou uma ação preventiva, interferindo
e invadindo os navios, mesmo estando em águas internacionais, porque
percebeu que os navios iam mesmo para Gaza. O Ministro das Relações
Exteriores de Israel, Avigdor Liberman – conhecido pelos seus discursos
radicais – divulgou um comunicado dizendo que a embarcação
não estava em missão de paz, e quem atacou os militares foram
terroristas.
A
pedido da Turquia (o premier turco, Recep Erdogan, acusou Israel de praticar
terrorismo de Estado),
a ONU convocou às pressas uma reunião do Conselho de Segurança.
Ainda que Barack Obama tenha reagido à notícia com cautela,
diversos governantes do mundo se declararam chocados com o ataque israelense
à frota humanitária internacional que seguia para a Faixa de Gaza, e defenderam uma resposta rápida das Nações
Unidas ao incidente.
Até
aqui, Ctrl c (copiar) —› Ctrl v (colar)
das Páginas
da Internet consultadas
e citadas logo abaixo. Entretanto, para
concluir, a pergunta que se impõe é: o que fariam os poderosos
do mundo, que adoram pegar alguém para pato, se esta unilateralidade
israelense – belígera,
brutal e desproporcional – tivesse
sido praticada pela República Islâmica do Irã, do Aiatolá
Ali Khamenei e do Presidente Mahmoud Ahmadinejad, pela República
Democrática Popular da Coréia, do Líder Supremo Kim
Jong-il ou pela República Bolivariana da Venezuela, do Presidente
Hugo Rafael Chávez Frías? Mas, como não foi assim que
aconteceu, nós jamais iremos saber.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.cgn.inf.br/
http://fotos.estadao.com.br/
http://clickpb.com.br
http://www.bbc.co.uk/
http://ultimosegundo.ig.com.br/
http://noticias.terra.com.br/
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/
Fundo
musical:
Love
Is A Many Splendored Thing
Música: Sammy Fain
Letra: Paul Francis Webster
Orquestra: Ray Conniff
Fonte:
http://www.umnovoencontromusical.com/
Ray-Conniff.htm