(Eu
chorei ao ler este texto. Convido você, meu Irmão, a chorar
um pouquinho também. Não se envergonhe de chorar; envergonhe-se
de, se for o caso, ser cúmplice desta GRANDE SACANAGEM QUE ASSOLA
O BRASIL.)
Estou muito comovido pelo apoio diversificado
que venho recebendo. Organizações populares, partidos
políticos, velhos amigos, intelectuais que respeito, artistas
brasileiros que admiro. Apoio de pessoas que não conheço
pessoalmente, em todos cantos deste imenso País.
Tenho que esclarecer as razões
pelas quais deixei a reitoria da minha universidade – a Universidade
Federal do Rio de Janeiro – tendo sido eleito por 85% dos votos
dos meus companheiros, para ser Presidente do BNDES. Eu sou e me sinto
muito bem como professor; retorno na próxima semana para as minhas
funções como professor. Jamais aspirei ser banqueiro.
Porém aceitei a missão, convocado pelo Presidente Lula.
Aceitei porque, em primeiro lugar, o convite
vinha de Lula, que para mim é um símbolo vigoroso da criatividade,
da resistência e da mobilidade social do povo brasileiro. Fiquei
emocionado ao ouvir Lula dizer, ao ser diplomado Presidente da República,
que aquele havia sido o primeiro diploma de sua vida, e explicar que
não tem certeza da data do seu nascimento, o que exemplifica
como a pobreza retira direitos fundamentais do povo brasileiro. Aceitei
a convocação porque o Presidente me deu apoio para compor
uma diretoria integrada por profissionais do BNDES e do Banco Central,
todos bons professores. Aceitei a convocação do Presidente
para uma função estratégica, que ele assim anunciou:
dirigir o Banco dos sonhos dos brasileiros.
Interpretei o convite para ser parceiro
de um projeto de desenvolvimento nacional com inclusão social.
Cooperar com esse sonho me levou a ser um homem da situação,
o que mudava minha trajetória de vida, na qual estive sempre
na oposição ao sistema que oprime o povo brasileiro. Antes,
estive na situação apenas em um breve período no
Governo de João Goulart, o que, mais tarde, deu origem ao meu
exílio. No outro único momento em que estive na situação
foi quando aceitei o convite de Ulysses Guimarães para ser diretor
do Fim Social.
Ulysses da Silveira Guimarães
Ao longo da minha vida sedimentei uma
convicção importante. Considero a soberania e a robustez
da nação pré-condição fundamental
para a solução do problema social. Para mim isto impõe
o primado dos interesses nacionais sobre os demais interesses.
Sou da geração que viu a
Segunda Guerra Mundial. Vi a bomba.
A Maldita Bomba
Vi milhões de pessoas serem exterminadas
por razões religiosas, geopolíticas, razões estúpidas
diante do valor da vida humana. Sonhei com a Carta dos Direitos Fundamentais
da Pessoa Humana, proclamada pela ONU. Acreditei que, se a humanidade
afastasse o fantasma da guerra, seria possível dar a todos os
habitantes do Planeta condições básicas de uma
vida digna: educação, saúde, habitação
e lazer.
Carlos
Lessa
Sou de uma antiga família da elite
brasileira carioca. Convivi na minha juventude com amigos das favelas
do meu bairro. Jogavam futebol muito melhor do que eu e sabiam muito
mais de como lidar com as moças. Eu sabia que não tinham
muito dinheiro, mas não percebia a distância social que
nos separava.
Vim percebê-la fora do Rio de Janeiro,
quando jovem fui trabalhar para Miguel Arraes no Plano Diretor de Recife.
Conheci as Favelas do Pina e de Boa Viagem. Foi para mim um choque brutal.
Como era possível que outros — a elite brasileira —
concordassem com as condições trágicas de vida
daquelas pessoas? A partir desse momento, recortei em minha cabeça
dois grupos: as elites insensíveis e o povo sacrificado e abandonado
deste País.
De conservador virei um revoltado. E me
perguntei: o que fazer para – usando a linguagem do saudoso Teotônio
Vilela – resgatar a dívida social? A formação
de economista me deu pistas teóricas e informações
práticas que me fizeram acreditar ser possível um sonho,
o desenvolvimento nacional com inclusão social. Em resumo, uma
civilização brasileira.
Teotônio Vilela
Percebi elites de vários formatos,
identifiquei as contra-elites e fiquei cada vez mais fascinado pelo
povão brasileiro. Uma pergunta sempre me perseguiu. Como conseguiram
sobreviver com tão pouco e com elites tão descomprometidas
com o sonho civilizatório?
Aos poucos fui conhecendo em profundidade
o povo brasileiro. Um povo extremamente criativo em arte de sobrevivência.
Percebi com clareza como este povo criou a favela, organizou o lugar,
resolveu o problema de urbanismo e de arquitetura, criou códigos
de conduta e desenvolveu uma solidariedade básica: a comunidade,
inventada pelo povo para sobreviver.
Carlos
Lessa
Descobri um povo maravilhoso no campo.
O caipira que constrói a riqueza nacional a partir da fertilidade
da terra, vivendo em pequenas propriedades, em condições
ultraprecárias. Percebi a imensa contribuição dessa
gente para ocupação real
do território brasileiro.
Olhei de perto os imigrantes europeus,
asiáticos e do Oriente Médio. Vi seus filhos fazerem avançar
a cidadania e contribuírem de mil formas para o caldeirão
brasileiro. O
caldeirão do povo brasileiro.
Vi o imigrante português dando sempre
uma contribuição decisiva. Vi os afro-brasileiros, descendentes
de escravos para os quais a elite brasileira nada fez. Vi os caboclos
amazônicos criando uma forma adaptativa única e garantindo
para a Nação a ocupação de um imenso pedaço
deste País.
Em resumo, vi um povo resistente, criativo
e, para a minha maior surpresa, espantosamente alegre. Tenho pelo povo
brasileiro a confiança de que nele está a possibilidade
de uma contribuição original para a civilização
mundial, porque:
1 - Não somos arrogantes. Deixamos o recém-chegado ao
País à vontade para empreender, para conhecer nossos defeitos
e nossas qualidades.
2
- Assimilamos qualquer coisa que venha de fora e a impregnamos de brasilidade.
3
- Sabemos dar importância à cooperação, pois
o povo aprendeu que não pode sobreviver sem a solidariedade.
4 - Praticamente não temos preconceitos raciais, religiosos etc.
5 - Gostamos de tudo o que é misturado. Música, comida
a quilo, feijoada com sushi, X-tudo...
Em contraponto, tornei-me um historiador
econômico para conhecer melhor o papel da elite nacional que:
1 - Fez a independência, mas manteve a escravidão.
2
- Depois aboliu a escravidão da maneira mais canalha possível,
sem reforma agrária, sem escola pública, sem direitos
trabalhistas.
3
- Criou uma República que na prática manteve as oligarquias
no comando e o povo sob controle.
4
- Criou o clientelismo, transformando o que deveria ser direito em favor.
5
- Sempre procurou afastar qualquer contra-elite e, quando alguma teve
sucesso, foi capaz de levar ao suicídio o Presidente Getúlio
Vargas.
6
- Adotou, entusiasticamente e operacionalmente, o rótulo comunista
para ser aplicado a quem quisesse contrariar.
7
- Deu suporte ao regime autoritário enquanto este lhe serviu.
8 - Passou a ser democrática por conveniência.
9
- Tenta fazer que o povo ache o político um ser essencialmente
corrupto, inútil e astuto.
10
- Sob o rótulo autoritário ou democrata, usa o Estado
de forma desbragada e despudorada a favor de seus interesses.
Carlos
Lessa
Conheço nossas contra-elites. Tenho
o maior respeito pelas suas intenções e pelos seus esforços,
porém, suspeito que não percebem coisas básicas
do povo brasileiro. Esse povo é heterogêneo, não
é classificável pelo corte clássico burguês/proletário,
ou pela categoria, terrivelmente abstrata e a-histórica, de trabalhador.
Não percebem que o povo está criando — por movimentos,
por novas formas e por novas regras — uma sociedade que poderá
vir a ser realmente inclusiva.
A nossa contra-elite não gosta
muito de aprender com o povo. Se gostasse, respeitaria a mãe
crecheira, a nova confissão religiosa, a relação
com a birosca, o sistema do aprendiz etc. Sou neopopulista. Amo o povo
brasileiro e acho que a história fez dele um ente amoroso, capaz
de criar uma civilização afetuosa e alegre. Não
há nada mais civilizado do que ver o povo criar uma festa de
passagem de ano na orla de Copacabana, com quase dois milhões
de pessoas festejando em completa harmonia e, insistentemente, acreditando
em um futuro melhor. Não há nada mais civilizado do que
ver o povo que celebra festas como a de Parintins ou a de Barretos,
verdadeiros rituais que renovam a crença de que este pode ser
um País melhor para os brasileiros.
Sou neonacionalista. Não há
solidariedade internacional. A regra do mundo é quem pariu o
Matheus que o embale. Por isso, precisamos ter sob controle e em produção
nacional vacinas, remédios, sementes, estoques de alimento, equipamentos
para que as Forças Armadas possam realmente garantir que a Amazônia
continue sendo de nossos filhos e netos.
Nossas elites querem desfrutar do padrão
de vida de Nova York ou de Miami e ter mão-de-obra doméstica
ultrabarata. Querem colocar no exterior uma boa parte da riqueza que
aqui construíram. Querem continuar a ganhar o máximo possível
aqui, e ter sempre aberta a possibilidade de se converterem em seres
internacionais, sem nenhuma responsabilidade pelo que acontece no Brasil.
Ao nosso povo, corresponde o desafio de
preservar a nacionalidade. E este povo está construindo a Nação
Brasileira, consolidando a nossa oportunidade de firmar uma alternativa
de civilização.
Carlos
Lessa
DOIS
COMENTÁRIOS
|
COMENTÁRIO
EXTRAORDINÁRIO
|
REFLEXÕES
FINAIS
(Perdão por elas)
O
Lessa é um homem de bem. Mas, penso que a solidariedade internacional
deva ser construída em proveito de todos — CATEGORICAMENTE
— não de um Estado aqui, outro acolá, não
de um déspota ('iluminado' ou não) aqui, outro
logo ali. Será que, por exemplo, ninguém pensa na colcha
de retalhos descosturada que é o Continente Africano? Miséria,
fome, guerras e AIDS — é do que se alimenta a maioria dos
nossos Irmãos Africanos. Será que o apartheid
(segregação das populações negra e branca
– veiculada até Mandela – pela política oficial
de minoria branca da República da África do Sul) acabou
mesmo? Ou, estrategicamente, entrou em falsa dormência, como o
Liberalismo, que se encolheu durante um tempo para voltar com toda a
força depois da 1ª crise do petróleo? Esses fedorentos,
quando não peidam publicamente, peidam e vociferam em seus conciliábulos,
cochichando, conspirando e orquestrando secretamente desígnios
horrendos para a Humanidade. Preconceito e tirania não acabam
assim de uma hora para a outra. Em relação à essas
catervas, meus peidos cheiram a flores do campo. Se eu os engarrafasse,
ficaria milionário sem precisar patenteá-los. (Tecle F11
e passe o mouse sobre as fotografias digitais que colhi no
Google... e rememore).
E,
para não esquecer...
Enquanto
cada país puxar um pedaço do cobertor, realmente a regra
do mundo será quem pariu o Matheus que o embale.
Ou coisa pior. Mas, não é isso que se está
assistindo — entra dia, sai dia — no mundo contemporâneo?
Arafat temporariamente nos deixou, e não viu seu sonho se tornar
realidade. Sharon e Bush não deixaram. (Passe o mouse
sobre do Presidente da Autoridade Palestina).
Ora,
é claro que o Lessa não teve má intenção
quando usou a expressão que pariu o Matheus embalado não
sei em quê. Como ele mesmo disse, ele é um nacionalista.
E, por isso, ele entende — entre outras coisas que todo nacionalista
brasileiro entende — que a Amazônia deva ser garantida
para os nossos filhos e netos. E quem não tem nem filhos
nem netos? Os americanos pensam a mesma coisa do Grand Canyon. Os australianos
pensam o mesmo com relação aos seus cangurus. E os egípcios
amam suas pirâmides. (Passe o mouse sobre a fotografia
de SS – o Dalai Lama).
Eu
penso diferente. Temos que caminhar para um entendimento mundial. A
Amazônia é dos brasileiros. Sim. Tanto quanto é
dos tibetanos. E o Potala é tanto dos tibetanos quanto é
dos brasileiros. Já o Deserto do Saara interessa a pouca gente.
E o Deserto de Gobi, ninguém sabe nem aonde fica. Lá...
No passado...
As
críticas contundentes que o Lessa fez a todas essas coisas malucas
pelas quais está passando o Brasil são absolutamente pertinentes,
tristes e emocionantes. (Leia e medite sobre o conteúdo do e-mail
que recebi e reproduzo no final destas lucubrações). Contudo,
para mim, não há nenhuma diferença entre situação
e oposição, e entre elite e contra-elite. Basta qualquer
figurinha meter uma beca, ser empossado em um cargo público qualquer,
que, de oposição, vira logo situação, e
de contra-elite se transforma logo logo em elite. Da melhor qualidade.
Essa tropa adora um whisky escocês, um carro oficial
e ser tratada por doutor. Adora transformar a coisa pública em
privada. Adora torrar o dinheiro público em e com surubas pessoais.
Agora, os pobres e os miseráveis de sempre, esses incomodam e
atrapalham a governabilidade. Pobres, despossuídos e sem-nada
são mesmo uma tremenda merda; só servem para mote de campanha
eleitoral. Mas, por acaso não é assim? Quanto aos partidos
políticos, há aqueles – que todo mundo conhece –
que, muito mais do que simples papagaios de pirata, apóiam sempre
o poder, seja das elites ou das contra-elites. Qualquer poder serve.
Preocupação com a tal da governabilidade? Porríssima
nenhuma. Preocupação exclusiva com o engordamento de suas
contas bancárias e com a possibilidade de jamais deixar que emagreçam.
Sim, sim e sim. Um deles começa com a letra P. Mas, como
todos começam com a letra P... Onde andará o Dr.
Ulysses da Silveira Guimarães? Bem,
se estiver conspirando lá no Céu para o bem do Mundo com
o Dr. Leonel de Moura Brizola, tudo bem.
Mas,
enfim, penso que não sejam inteiramente pertinentes as idéias
nacionalistas do honrado Lessa. Lessa, meu Irmão, preste atenção,
ouça com o coração e não dê tanto
valor à enganadora razão: os nacionalismos sempre foram
os causadores das distorções e dos desequilíbrios
entre as nações. Em nome de muitos nacionalismos e do
próprio proletariado multidões foram massacradas. Eu nunca
acreditei em nada disso. Não é pra já Lessa, nem
para tão cedo, mas creio firmemente que a Raça que nos
sucederá, entre outras coisas, não será nacionalista
em nenhum sentido. Será universalista. Esse negócio escabroso
e acachapante de bandeiras nacionais, hinos nacionais e soldadinhos
desfilando em paradas militares vai acabar. Somos todos irmãos.
Somos todos UM. Arafat está em processo de compreender
isso, e Sharon e Bush acabarão por, querendo ou não querendo,
compreender isso também. Nem que seja daqui a 311 040 x 109
anos. Esse troço de petróleo é nosso também
vai acabar. No peito. Porque antes mesmo de que a Humanidade dê
um salto de qualidade em suas relações internacionais,
as reservas petrolíferas deste Planeta terão se esgotado.
Serão só, no máximo, mais quarenta anos de fuzarca
petrolífera opepiana. Nem o cheiro vai sobrar. A Humanidade precisa
começar já a implementar — de maneira substantiva
— a obtenção de energia das fontes alternativas,
renováveis e limpas. Antes que seja tarde!
Guerras
estúpidas por causa de ilhotas de merda — Malvinas ou Falklands?
— como a de 2 de Abril de 1982 entre britânicos (Margaret
"Dama de Ferro" Thatcher) e argentinos (Leopoldo Fortunato
"El Tirano" Galtieri Castelli) — que durou 45 tenebrosos
dias e ceifou mil vidas, incluindo 700 argentinos que fariam melhor
se estivessem dançando tango — não mais acontecerão.
Já os ingleses deveriam, isto sim, ter ficado em suas casas tomando
chá e assistindo o Mister
Been.
Um arquipelagozinho? Matar e morrer para deter a soberania de um arquipelaguinho?
Preferência boçal dos ilhéus para receberem ordens
de Dona Margareth? Não compreendo nada disso. Essa guerra teve,
entretanto um lado muito bom: o regime militar argentino entrou em colapso,
e a invasão das Malvinas ou Falklands, teve, no final, efeito
inverso. E o Senhor Leopoldo acabou ficando no poder "por apenas"
208 dias. Os irmãos argentinos adoraram. E por aí vai.
Mas, tudo isso, penso e repito: terá um fim, pois a paz, ainda
que relativa, será consolidada na Terra.
Margareth
e Lopoldo (Passe o mouse sobre a Dama)
Quando
este tempo acontecer, a Humanidade — já, então,
mentalmente mais evoluída do que esta, que hoje mata por tudo
e por nada — pelo menos, terá compreendido que, entre outras
coisas, os nacionalismos e os patriotismos foram paridos por mentes
deformadas, porque nunca puderam sentir em seus corações
que não existem dois Teclados Cósmicos. O Teclado é
Um e somos todos Irmãos. Bandeiras, canções patrióticas
e hinos nacionais apenas desunem no Plano das Realidades, aquilo que
— EM ESSÊNCIA — é unido no Plano das Atualidades.
PARA MEDITAR
Recebi
o e-mail abaixo e o transcrevo literalmente.
-----Mensagem
original-----
De: xxxxxxx
Enviada em: quarta-feira, 8 de dezembro de 2004, 10:22
Para: xxxxxxxx
Assunto: Fw: En:Fw: REPASSO:
Subject: ENC: En:Fw: REPASSO:
Assunto: Fw: En:Fw: REPASSO:
Mais
uma "belezura" do tão esperado PT...
Que lástima...
__________________________________
Acabe com aquelas janelinhas que pulam
na sua tela.
AntiPop-up UOL - É grátis!
http://antipopup.uol.com.br/
-------------------------------------------------------
VERGONHA NACIONAL
Vejam só !!!!!
O então Presidente Fernando Henrique Cardoso, durante o
seu mandato, fez um contrato com o Cartão Internacional
VISA, dando um cartão de crédito para 39 pessoas
do Governo (Executivo)
e um para ele (FHC). O limite de cada cartão era de 400(mil),
e
todos os usuários eram obrigados a fornecer o extrato mensal
dos
cartões para divulgação no site
do Governo (executivo).
O
Presidente FHC gastou, em média, no seu mandato 320 (mil)/mês,
e seus indicados (uma média um pouco maior) 350 (mil)/mês.
A condição seria para eventuais gastos a "serviço"
do Executivo Nacional.
Está
achando um "absurdo"? Então continue lendo (não
há nada que não possa ser piorado em se tratando
deste Governo). Quando o Presidente Lula assumiu recebeu o mesmo
"benefício", porém, a única diferença
é que no primeiro e no segundo meses ele ultrapassou o
limite estipulado. Sendo assim, a administradora do cartão
elevou para 1 (milhão) o limite de todos os cartões.
Para complementar, dias atrás o Sr. Aloizio Mercadante
foi ao Plenário do Senado Federal informar que foi proibida
a divulgação dos extratos no site, alegando
"QUESTÃO DE SEGURANÇA NACIONAL". Bem,
mediante esta situação, somos obrigados a concordar
com a atriz Regina Duarte, que durante a campanha para presidente
dizia: "...eu tenho medo do PT..." Realmente não
há nada que não possa ser piorado......
-------------------------------------------------------
REPASSE DE MSG... SÓ PARA LEITURA!!!
Os dados foram coletados para DINHEIRO por consultores que têm
senha de acesso ao SIAFI – Sistema Integrado de Administração
Financeira. É lá que estão detalhadas as
despesas do Orçamento da
União.
Em
1995, o gabinete presidencial gastou
R$ 38,4 milhões.
Em 2003, primeiro ano de Lula, as despesas
foram de R$ 318,6 milhões.
Em 2004, está previsto o desembolso de
R$ 372,8 milhões — R$ 1,5 milhão por dia útil.
Itamar Franco deixou o Palácio do Planalto
com 1,8 mil funcionários. FHC, por sua vez, enxugou-o para
1,1 mil. No Governo Lula, há 3,3 mil funcionários
trabalhando
diretamente na Presidência.
Uma das descobertas da equipe diz respeito ao
uso crescente dos cartões de crédito corporativos
para cobrir as despesas das autoridades, utilizando o nome de
funcionários do Planalto.
Em 18 meses, já foram gastos R$ 6,4 milhões com
os cartões.
Procurados
insistentemente pela DINHEIRO, assessores
do Planalto – da Secretaria de Comunicação,
da Casa Civil e o porta-voz presidencial – não responderam
as questões formuladas pela reportagem.
A
máquina presidencial vem inchando....
A
ação mais cara é o chamado apoio administrativo.
Trata-se da gestão direta
dos três Palácios presidenciais: Planalto, Alvorada
e Torto.
Para
2004, o Orçamento é de R$ 140,8 milhões para
a administração dos palácios.
Também
estão sendo gastos R$ 3,8 milhões para a remuneração
de militares que fazem a segurança do Presidente e de sua
família. Há equipes em São Paulo, Florianópolis
e Blumenau cuidando dos filhos de Lula.
OS MISTERIOSOS CARTÕES DE CRÉDITO DO PLANALTO
As compras começaram modestas, mas,
logo tomaram volume.
Em 2000, primeiro ano dos cartões de crédito:
R$ 761,7 mil.
Em 2002, último de FHC, estavam em R$
2,4 milhões.
Com
Lula no Palácio, o uso dos cartões de
crédito virou uma febre.
Em 2003, foram R$ 3.811.259,48.
Em 2004, somente até 15 de junho, R$ 2.665.977,20.
No
Governo FHC, as faturas foram enviadas ao TCU com a discriminação
de cada compra, com a respectiva nota fiscal em anexo. O Governo
Lula não tem feito o mesmo. Neste ano, na sua primeira
prestação de contas, o Governo informou somente
o valor total das faturas.
A
lista das autoridades que receberam cartões virou um segredo
de Estado.
Em
abril, Dirceu foi flagrado em São Paulo pagando um hotel
com seu cartão corporativo. Mas, nem seu nome nem o de
nenhuma outra autoridade constam nas faturas. Na maior parte das
ordens de pagamento, não há referência ao
verdadeiro dono do cartão.
É
a Secretaria de Administração da Presidência,
subordinada ao Ministro José Dirceu, que emite os cartões
e paga
as faturas.
OS TITULARES DOS CARTÕES
Despesas das autoridades são feitas em
nome de funcionários cujos nomes aparecem tanto nas faturas
quanto no SIAFI.
Estão
encarregados de suprir todas as necessidades do Presidente, de
sua família e dos ministros palacianos. Trabalham com agilidade
e
compram sem licitação. Alguns chegaram ao Palácio
com Lula, como
Roberto Freire Soares, antigo companheiro de São Bernardo.
A maior parte,
contudo, está no Palácio há uma década
ou mais. São eles os ordenadores oficiais
de despesas, — são chamados
de "ecônomos".
Clever Fialho, cujas faturas em cartões somam
R$ 641.225,54.
Anderson Aguiar, com faturas que somam R$
192.400,62.
Josafá F. Araújo, em despesas do Presidente, pagou
R$ 185.770,46.
Adhemar Paoliello, em cujo nome, há faturas de
R$ 79.235,21, é da nova safra do partido.
No vírus found in this outgoing message.
Checked by AVG Anti-Vírus.
Version: 7.0.289/Vírus Database: 265.4.3
Release
Date: 11/26/2004
Breve
comentário: Será que tudo isso é verdade
mesmo? Haverá algum exagero nesses dados? Eu só
fico pensando nos sem-coisa-nenhuma, no Fome Zero e no honrado
Lessa.
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DADOS
SOBRE O AUTOR
Mestre em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia,
UGF, 1988. Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET-RJ. Consultor
em Administração Escolar. Presidente do Comitê Editorial
da Revista Tecnologia & Cultura do CEFET-RJ. Professor de Metodologia
da Ciência e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico
do Instituto de Desenvolvimento Humano - IDHGE.
PAZ
PROFUNDA