A pareidolia é um fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou um som, sendo percebido como algo distinto e com significado. As pareidolias não são patológicas e não implicam em implicam em qualquer tipo de doença ou de transtorno, portanto, é comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares. A pareidolia se trata, simplesmente, de uma ilusão ou distorção perceptiva.

 

 

Pareidolia
(Rocha do Elefante, Ilha de Heimaey, sul da Islândia)

 

 

Pareidolia
(Um rosto na nuvem?)

 

 

Pareidolia
(Colina rochosa, Ebihens, França)

 

 

Pareidolia
(Mãos ao alto: a câmera chegou!)

 

 

Pareidolia
(Um coral de latinhas)

 

 

Pareidolia
(Árvore em forma de dragão)

 

 

Pareidolia
(Um rosto na tomada?)

 

 

Pareidolia
(Diabo sorrindo durante a queda das Torres Gêmeas?
11 de setembro de 2011, Nova Iorque, Estados Unidos.)

 

 

Pareidolia
(Nuvem parecendo um cavalo)

 

 

Apofenia
(Rosto de uma pessoa na superfície marciana?)

 

Apofenia
(Rosto humano no Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko)

 

 

Apofenia
(Visão de padrões em dados aleatórios)

 

 

Apofenia
(Visão de padrões em dados aleatórios)]

 

 

Apofenia
(Visão de padrões em dados aleatórios)

 

 

Apofenia
(Crucifixo formado por uma videira.
Visão de padrões em dados aleatórios.)

 

A pareidolia também acontece com sons, sendo comum em músicas tocadas ao contrário, como se dissessem algo. A palavra pareidolia vem do grego para, que é junto de ou ao lado de, e eidolon, imagem, figura ou forma. A pareidolia é um tipo de apofenia [termo proposto em 1959 pelo neurologista e psiquiatra alemão Klaus Conrad (19 de junho de 1905, em Reichenberg – 5 de maio de 1961, em Göttingen) para o fenômeno cognitivo de percepção de padrões ou conexões em dados aleatórios, sendo um importante fator na criação de crenças supersticiosas, religiosas e paranormais e em ilusão de ótica]. Em situações simples e ordinárias, este fenômeno fornece explicações para muitas ilusões criadas pelo cérebro, por exemplo, discos voadores, monstros, fantasmas, mensagens gravadas ao contrário em músicas, entre outras.

O fenômeno psíquico, diante de uma figura com dados aleatórios, pode variar segundo o ângulo do observador. Para uma criança, por exemplo, uma figura notada, talvez, possua formas que tragam à lembrança animais de estimação, personagens de desenhos animados ou qualquer outra coisa condizente com a faixa etária de compreensão sobre as coisas. Para uma pessoa com uma faixa etária superior, a mesma figura assume formas diferentes, conforme a capacidade criativa de associação de formas.

Dependendo das figuras observadas, elas podem assumir um aspecto muito subjetivo, que varia de observador para observador, ao passo que outras, mais claramente nítidas, possuem uma mesma interpretação ótica em comum entre vários observadores. Portanto, muito tem que ver com a condição psicológica de cada observador, ou seja, do que se passa em sua mente. O cientista planetário, astrônomo, astrobiólogo, astrofísico, escritor, divulgador científico e ativista norte-americano Carl Sagan (Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 – Seattle, 20 de dezembro de 1996) aventou uma explicação no livro O Mundo Assombrado pelos Demônios:

Os seres humanos, como outros primatas, são um bando gregário. Gostamos da companhia uns dos outros. Somos mamíferos, e o cuidado dos pais com os filhos é essencial para a continuação das linhas hereditárias. Os pais sorriem para a criança, a criança retribui o sorriso, e com isso se forja ou se fortalece um laço. Assim que o bebê consegue ver, ele reconhece faces, e, agora, sabemos que essa habilidade está instalada permanentemente em nossos cérebros. Os bebês, que há 1 milhão de anos eram incapazes de reconhecer um rosto, retribuíam menos sorrisos, eram menos inclinados a conquistar o coração dos pais e tinham menos chance de sobreviver. Nos dias de hoje, quase todos os bebês identificam rapidamente uma face humana e respondem com um sorriso bobo. Como um efeito colateral inadvertido, o mecanismo de reconhecimento de padrões em nossos cérebros é tão efetivo em descobrir uma face em meio a muitos outros pormenores, que, às vezes, vemos faces onde elas não existem. Reunimos pedaços desconectados de luz e de sombra, e, inconscientemente, tentamos ver uma face.

Muitos concordam com Sagan quanto a tendência de reconhecer faces, mas, muitos discordam quanto às alegadas vantagens evolutivas para a sobrevivência da criança. A pareidolia não representa somente fenômenos visuais, mas, também, auditivos, onde pessoas executam músicas no sentido contrário e ouvem palavras ou até mesmo frases inteiras. Apesar de existir uma técnica sonora de mascarar mensagens sobre uma gravação (conhecida como backmasking, popularmente conhecida como mensagem ao contrário), é comum muitos entenderem frases ou palavras onde só há um ruído incoerente. Recentemente, ocorreu um típico caso de pareidolia na Universidade Queen, em Ontário, Canadá, onde médicos viram um rosto humano em um ultrassom de tumor.

Mensagens subliminares são facilmente confundidas com a Pareidolia, e também são confundidas como formas de expressão. As MS (Mensagens Subliminares) são ordens colocadas de forma subliminar (não perceptível) em nossas mentes, nos induzindo a fazer algo. Formas de expressão são apenas jeitos diferentes da arte de nos impressionar. Pareidolia é nossa mente criando, a partir de formas (e expressões) não definidas, que junto com nossa imaginação, formam frases, rostos ou até fantasmas.

A pareidolia também aparece em muitos casos de percepções de temas do imaginário religioso, especialmente faces de personagens religiosos, em fenômenos mundanos como, por exemplo, em vidros de janelas, em fotos de fogueira ou em alimentos.

 

 

— Eu me vacinei direitinho contra a COVID-19,
e, pareidólico, não parei mais de ver jacarés-de-papo-amarelo por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente aligatorídica.

— Acreditei e divulguei que as urnas eletrônicas não são confiáveis,
e, pareidólico, não parei mais de ver urna eletrônica por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente anti-republicânica.

 

 

— Participei do vandalismo de 8 de janeiro de 2023,
e, pareidólico, não parei mais de ver destruição por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente antidemocrática.

— Para não pecar, não me masturbei mais,
e, pareidólico, não parei mais de ver montes pubianos por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente pubiânica.

— Comprei uma garrafinha de H2O consagrada do Bom Pastor R. R. Soares, bebi,
e, pareidólico, não parei mais de ver átomos de oxigênio e de hidrogênio por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente soaresínica.

 

 

— Para ficar sedutor e porreta, decidi fazer uma baita dieta vegana,
e, pareidólico, não parei mais de ver picanhas e maminhas por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente picmâmica.

 

 

 

 

— Para me purificar, pedi ao João de Deus para me dar um passe mediúnico,
e, pareidólico, não parei mais de ver espíritos sofredores por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente joãodeusúnica.

 

 

Espírito Sofredor

 

— Incontrolado e variado, passei a perseguir a perereca da vizinha,
e, pareidólico, não parei mais de ver pererecas voadoras por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente pererequínica.

— Ufanista, passei a odiar todos os comunistas,
e, pareidólico, não parei mais de ver foices e martelos cruzados por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente anticomunística.

 

 

— Fiquei horas admirando a Mona Lisa, de Da Vinci,
e, pareidólico, não parei mais de ver alienígenas por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente monalisínica.

 

Mona Lisa , de Leonardo Da Vinci

 

— Fiquei horas admirando São João Batista, de Da Vinci,
e, pareidólico, continuei a ver alienígenas por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente batistínica.

 

São João Batista, de Leonardo Da Vinci

 

— Fiquei horas admirando A Virgem e o Menino com Santa Ana, de Da Vinci,
e, pareidólico, não parei mais de ver ETs e OVNIs por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente virgínica.

 

Imagem Espelhada
(A Virgem e o Menino com Santa Ana, de Leonardo Da Vinci)

 

— Fiz, na parede, um bichinho de sombra com as mãos,
e, pareidólico, não parei mais de ver bichinhos de sombra por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente sombrínica.

 

Bichinho de Sombra

 

— Li o Dogma e Ritual da Alta Magia, de Éliphas Lévi,
e, pareidólico, não parei mais de ver Baphomets por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente baphomética.

 

Baphomet

 

— Ouvi uma música dissonante, desagradável e irritante,
e, pareidólico, não parei mais de ouvir acordes desarmônicos por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente desarmônica.

 

 

— Ouvi um sermão aterrador e apocalíptico,
e, pareidólico, não parei mais de ver demônios dançarinos coloridos por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente apocalíptica.

 

           

 

— Eu vi o Silas se martirizando em O Código Da Vinci, gostei pra chuchu,
e, pareidólico, não parei mais de ver cilícios mortificadores por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente silasínica.

 

Cilícios

 

— Eu não acreditava, mas, passei a acreditar em milagres,
e, pareidólico, não parei mais de ver santinhos chorando sangue por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente sangüínica.

 

 

— Eu donaldtrumpei e invadi Capitólio dos Estados Unidos,
e, pareidólico, não parei mais de ver capitólios invadidos por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente capitolínica.

 

 

— Eu apoiei a destruição da Ucrânia e o genocídio ucraniano,
e, pareidólico, não parei mais de ver múmias paralíticas e cadáveres disformes por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente putinicídica.

 

Putin + Múmias Paralíticas + Cadáveres Disformes

 

— Eu admirei e me encantei com o ,
e, pareidólico, não parei mais de ver genocidas desalmados por todo lado!
O nome disto? Pareidolia estupidamente genocídica.

 

Vladimir Vladimirovitch Putin & Steven Frederic Seagal
(Putin condecorou Steven Seagal com Ordem da Amizade, durante uma
reunião no Kremlin, em Moscou, Rússia, em 27 de fevereiro de 2023, por
ter cooperado para o desenvolvimento internacional cultural e humanitário.
Steven Seagal defendeu a anexação da Criméia pela Rússia, em 2014.
Em 2017, a Ucrânia proibiu a entrada de Seagal no país por cinco anos.)

 

Quanto riso!
Oh! Quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão...

Pouco siso!
Quanta malencolia!
Mais de 'zil' mortos pelo chão...

A mãe chora!
Seu filho † na guerra!
Para isso não há consolação.

Até quando?

Até quando colossal alienação?

Causa —› Efeito.
Mas, pode ser que não dê tempo!
'Não-entidade' não terá ocasião.¹