PARAÍSO
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Música
de fundo: Stranger In Paradise
(Robert Wright & George Forrest)
Fonte:
http://www.daystarfarm.com/midis/m.html
O que será
mesmo o Paraíso?
Existirá?
Um simples sorriso?
Será?
O Sol nascente?
Uma agradável
viagem?
O Sol poente?
Uma bela paisagem?
Um pouco de tranqüilidade
interior?
Paz e compreensão
entre os povos?
Nenhum desassossego?
Ausência de dor?
Percepções
novas? Saberes novos?
Se ele existir,
é tudo isso e um pouco mais.
É, nem sequer,
no próprio Paraíso pensar.
E não desejar
absolutamente nada. Nada mais.
É simplesmente
ser e não ter mais que estar.
Na trajetória
interior de realização mística, todos nós
vamos ficando progressivamente mais sensíveis ao bom, ao belo
e ao bem. E à própria dor da Humanidade. E vamos também
dando mais valor e apreciando com uma sensibilidade mais apurada o que
a Natureza nos oferece pelos quatro cantos da Terra. Tudo nos sensibiliza.
Mas, ainda que a beleza natural seja principalmente (mas não
totalmente) de ordem objetiva, ela pode ser sentida de uma forma mais
profunda, como que a anunciar que há uma beleza de outro nível,
mas que só poderá ser percebida interiormente —
no Coração.
Contudo, cada
vez que vejo fotografias como essas que me mandam por e-mail
(que vocês também verão) me emociono muito, mas
me dá um ataque momentâneo de burrice, pois não
consigo entender e me conformar (no sentido figurado) com a violência,
com a maldade e com o que está acontecendo com o Brasil neste
ano de 2005, no âmbito político e governamental. É
claro que sempre acabo chorando um pouquinho. Por tudo.
Acho que as
pessoas que me conhecem sabem disso e ficam me enviando dezenas de *pps
maravilhosos. Alguns eu não resisto em divulgar. Confira
AQUI
(760 kb), e veja só que maravilha. São
dez instantes inesquecíveis. Em tela inteira ficarão mais
bonitos.
Mas, não
podemos esquecer: o desejado e imaginado Paraíso não será
jamais alcançado definitivamente. Se fosse, estagnaríamos;
no Universo tudo é e está em perpétuo movimento.
Temos que compreender que o Paraíso é uma conquista. Permanente.
Dia-a-dia. Por isso, Peregrinar
é mais importante do que viver. A morte começa no exato
momento em que se pensa apenas em viver, porque viver é inerente
à própria Vida,
mas Peregrinar
é um ato de vontade. Então, se o Paraíso é
inalcançável definitivamente, qual o sentido do poema
acima? Eu que o escrevi, acho que nenhum. Resumo: este rascunho só
valeu a pena pelo *pps. Ainda bem. Portanto, como disse Fernando Pessoa:
...
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Paz ao Mundo!
Mil vezes paz!
Um milhão
de vezes paz!
Website
Consultado
http://www.edinfor.pt/anc/ancv-bdescobertas-e.html
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