Fragmentos
da Obra
A
reencarnação
era um ensino secreto de todos os templos da Antigüidade. Primitivamente,
no antigo Egito, era dada como uma parte da Iniciação aos
Grandes Mistérios, e, posteriormente, sempre fez parte dos ensinamentos
de todas as escolas esotéricas.
A
reencarnação
é a volta do Princípio
Espiritual em um novo envoltório carnal. Para um ser humano, este
envoltório é sempre um corpo humano. Mas, poderá reencarnar
quer no mesmo planeta em que viveu sua última existência, quer
em um outro planeta.
A
duração do tempo que se passa antes de
voltar à Terra é um fator pessoal que depende de muitas circunstâncias.
Antes
reencarnar em num planeta, o Ser Espiritual consente na perda da memória
das existências anteriores.
Não
se deve confundir reencarnação e metempsicose, pois, o homem
não retrograda e o espírito não se toma nunca espírito
de animal, salvo no Plano Astral, no estado genial; mas, isto é um
mistério.
O
Corpo Físico é um tríplice apoio, apoiando três
princípios e possuindo três centros, nos quais cada um destes
três princípios tem particularmente seu domínio. 1º)
Princípio dos Instintos – inteiramente físico e que
tem seu domínio no ventre; 2º) Princípio dos Sentimentos
e das Forças Astrais – tem seu domínio no peito com
o plexo solar como centro; e 3º) Princípio do Mental e das Forças
Espirituais – tem seu domínio na cabeça.
O
mecanismo do pensamento se reduz a três grandes divisões: 1ª)
recebe as sensações que quais pertencem à sensibilidade;
2ª) transforma estas sensações em idéias, fixando-as
ou as enviando aos centros volitivos da inteligência e da memória;
e 3ª) emite ao exterior, na forma de atos ou de palavras, o resultado
da transformação das idéias através dos centros
volitivos: vontade.
O
cérebro – como o Corpo Físico – é um suporte,
não um criador.
A
Força Nervosa é a origem de todo o funcionamento
dos centros psíquicos, participando tanto nas funções
superiores do pensamento como nas funções mais simples de
assimilação ou da função das diferentes glândulas.
O
cérebro recebe sensações de formas, sabores, odores,
luz e harmonia, e cada uma destas sensações é percebida
por um órgão especial e diferenciado para esse fim.
A
idéia constitui apenas o resultado da digestão
cerebral. Assim como a finalidade da digestão abdominal é
transformar os alimentos procedentes do exterior em substância humana,
a finalidade da digestão cerebral é a transformação
das sensações procedentes do mundo exterior em elemento psíquico
pessoal ou idéia. Na verdade, a idéia é um campo pessoal
que cada um marca de acordo com sua própria natureza.
Se cada
um tem o seu Coração,
em cada um, há uma realização.
O
ser humano se relaciona com o mundo físico através da sensação,
e se relaciona com outros planos através do sentimento, de um lado,
e através da intuição ou iluminação interior,
por outro.
Tudo
está entrelaçado, e nenhum plano pode ser estudado sem os
outros.
O
Espírito ou a própria consciência dará à
sensação, no momento de sua transformação em
idéia, a marca do individualismo humano na qual se produz esta transformação.
A idéia produzida terá uma luz particular, em função
do caráter do Espírito que controla o cérebro.
A
sensação é transformada de três diferentes maneiras:
1ª) é vitalizado nos neurônios sob a influência
da tensão nervosa que atua nos órgãos puramente físicos
– aspecto anátomo-fisiológico; 2ª) é digerida
pela inteligência, que soma e em seguida subtrai, que faz a soma dos
totais anteriores ou multiplicação, e, finalmente, a eliminação
dos resíduos ou divisão, com assimilação do
quociente, o que se transforma em imagem mental, em idéia pessoal;
a sensação se “verbifica” e sofre a influência
da Força que Illumina qualquer homem que venha a este mundo; e 3ª)
é coletada também neste plano da inteligência e se encontra
sujeita à Illuminação do Espírito. Adquire a
cor da luz característica do homem de carne em que se encarna um
pouco de Espírito Divino. Quando o Espírito está no
cérebro de um aflito, a idéia é de cor roxa escura,
quando se trata de um cérebro entusiasmado pela presença de
Deus da Verdade ou inclusive da torrente do Amor Universal, esta idéia
é totalmente branca, tal como a luz do Sol. VITA-VERBUM-LUX: estas
são as três chaves das forças que descem do alto para
transformar um estímulo do mundo exterior em uma pequena chama bruxuleante:
a idéia humana.
Toda
sensação se torna uma imagem mental ou uma idéia. Esta
idéia poderá ser trabalhada imediatamente pela imaginação
– faculdade que mistura, associa, dissocia e agrupa as idéias.
Por outro lado, esta idéia poderá ser fixada e imobilizada
na memória, onde, algum dia, a imaginação irá
buscá-la. Quando a idéia sai do âmbito da inteligência,
passa para o campo da vontade e se converte "idéia-força"
– uma imagem dinâmica que poderá afetar os órgãos
motores do corpo, os quais poderão projetá-la e fixá-la
fora.
Sensação
—› Imagem
Mental Sensível ou Idéia —›
Idéia Transformada pela Imaginação ou
Idéia Fixada na Memória —›
Idéia-força ou Clichê de Volição
—›
Acionamento dos Órgãos Motores (laringe) —›
Idéia Exteriorizada pela Palavra (linguajem articulada)
ou Idéia Fixada pelo Gesto (desenho, hieróglifo, escrita).
Ao
acionar o âmbito da vida universal encarnada em nós, a Sensação
se transformará, através de sua ação sobre o
Plano do Sentimento, em um caráter totalmente diferente, que pode
ser um sentimento de Amor ou de Ódio. Finalmente, ao exercer sua
ação sobre o Espírito Divino encarnado em nós,
sob o Plano do Consentimento, a Sensibilidade vê nascer a impressão
da Verdade ou do Erro, correspondente a este elevado nível.
A
Embriaguez Intelectual da Verdade só poderá
ser conseguida nos Planos Superiores.
Embriaguez
Relativa
O
Corpo Físico é a evolução da Terra em forma
humana para uma existência.
Os
minerais produzem os ossos, o que corresponde ao Elemento Terra dos antigos;
os vegetais produzem os músculos e os órgãos vegetativos
– o Elemento Ar dos antigos; os animais produzem os neurônios
e os nervos: o Elemento Fogo dos antigos, contendo neles também a
Força Nervosa. Finalmente, os líquidos orgânicos correspondem
ao Elemento Água dos Antigos. Desta forma, o corpo humano tem como
origem a evolução dos corpos animais e dos estados anteriores.
Uma
lei oculta, denominada Lei de Repetição, quer que os clichês
sejam representados três vezes na Espiral Evolutiva, em momentos diferentes
e cada vez em um plano mais elevado da Espiral. Esta Lei se reproduz durante
a gestação, no seio da mãe, do Corpo Físico,
o qual reproduz em suas formas exteriores as formas animais, através
das quais suas células passaram antes de terem a honra de fazer parte
de um Corpo Físico humano. E assim, o Corpo Físico pertence
a uma família animal da qual veio a maior parte de suas células,
depois de uma evolução astral.
O
fenômeno da morte [ou
transição] tem por característica a tendência
de cada um dos princípios que constituem o ser humano em
voltar ao seu plano.
O
Corpo Físico sendo um animal, em geral resultado da síntese
de uma evolução terrestre especial, as alimentações
excepcionais destinadas a favorecer um dos seus centros particulares, só
devem ser temporárias. Assim, o vegetarianismo é necessário,
mas, só um mês em três meses; de resto, nunca é
total, pois que, em cada aspiração, engolimos, infelizmente,
milhares de seres vivos que são absorvidos, nem sempre completamente,
em nossos pulmões. É, pois, por um sentimentalismo anticientífico
que se pode julgar que o Corpo Físico evoluciona por meio do vegetarianismo.1
Tudo
é inteligente e o Espírito Divino circula por toda parte.
A
criança ao nascer, por sua primeira inspiração,
abandona as influências astrais de sua mãe, e fixa em seus
pulmões o astral terrestre, ligando-se pela respiração
à atmosfera de nosso planeta, que está em relação
direta com os raios solares.
Durante
a vida, o problema moral consistirá unicamente em saber se as forças
astrais de que dispõe o ser humano serão postas mais a serviço
do instinto ou a serviço do Espírito. Há, aí,
uma evolução ou uma involução das influências
astrais pela vida física, da qual resulta a criação
dos envoltórios astrais que agirão após a morte. Para
falar como os místicos, criamos nosso “Carro da Alma”,
tal como o denominava Pitágoras e o designa claramente São
Paulo.
Durante
a vida, pelo manejo das forças astrais postas à nossa disposição,
criamos todas as tendências evolutivas e involutivas da nossa astralidade
futura.
Após
o descanso astral, mais ou menos prolongado, conforme o ser que deve reencarnar,
quando o momento desta reencarnação chega, o Corpo Astral
futuro difere do Corpo Astral precedente, conforme a conduta na vida anterior
do Espírito encarnado.
Para
os egípcios, o ser humano encarnado era composto de um corpo Khat,
de um duplo astral Kha e de um espírito Khou. Depois da morte, o
nome dos princípios mudava: a parte física tomava o nome de
Bi, a parte astro-vital tomava o nome de Ba e a parte astro-espiritual tomava
o nome de Bai.
Reencarnação
normal: acontece depois de um tempo de evolução astral mais
ou menos longo. Reencarnação anormal: acontece quase sempre
imediatamente, como conseqüência, por exemplo, de um suicídio
ou por causa de uma execrável vida terrestre. Reencarnação
forçada: prisão do espírito em um astral dinamizado
pela magia, e que, por sua vez, se acha preso em um corpo tirado da decomposição
pela mumificação.
Caput Mortuum
do
Caput Mortuum
Após
a morte, cada um dos princípios que constituem o ser humano voltam
ao seu plano: o Corpo Físico volta ao Plano Físico, o Corpo
Astral, ao Plano Astral, e o Espírito ao Plano Espiritual ou Divino.
O
tempo de estada nos planos invisíveis não pode ser determinado;
é essencialmente individual.
Há
casos em que o espírito pode animar ao mesmo tempo corpos diferentes
em vários planetas.
O
espírito, sendo essencialmente ativo, continua sua ação
após a morte: combina, imagina, trabalha sem cessar, e, inconscientemente,
os deuses inferiores, que estão presos a ele, fabricam sob sua influência
o Corpo Físico futuro da sua reencarnação humana e
os corpos dos reinos animal, vegetal e mineral que acompanharão esta
reencarnação.
No
Plano Astral, o olhar é motor, e tudo é posto em movimento
pelo olhar. Este movimento, se for necessário, é mantido pela
Luz pessoal do operador.
No
Plano Astral, tudo é luminoso sob um fundo azul-escuro,
e cada objeto como cada ser possui sua luz própria.
No
Plano Astral, quanto mais um ser é elevado na hierarquia natural,
mais a luz que irradia é intensa.
No
Plano Astral, o deslocamos se dá
pelo impulso da vontade.
Tudo
o que foi adquirido durante uma existência fica adquirido. (Sublinhado
meu).
Com
exceção da morte por suicídio,2
a sensação da morte não é dolorosa nos casos
em que se segue a evolução normal. Esta sensação
é análoga à que se sente em um barco que desliza sobre
a água; daí a Barca de Ísis, a Barca de Caronte e todas
as idéias mitológicas que traduzem para o povo na Antigüidade
as sensações do Plano Astral.
A
reencarnação poderá se fazer em qualquer
planeta de qualquer sistema.
Reencarnação
Grande Sacrifício.
A
perda de memória é indispensável
para o ser que reencarna, isto para evitar o suicídio na Terra. Se
quiséssemos que o homem guardasse com segurança a memória
das existências anterior, seria preciso lhe tirar a faculdade do suicídio.3
'Natura
non facit saltus.' A Natureza não dá saltos.
Até
mais ou menos a idade de sete anos, tem lugar uma existência dupla,
ou seja, a personalidade que reencarnou vive em dois planos: aquele do qual
veio e aquele no qual agora está.4
No
ser humano, de maneira geral, sucedem-se três fases características:
a incredulidade, a rebelião e a formação da personalidade.
As
Leis Universais da Evolução são as mesmas para todos
os seres humanos.5
Não
há nada mais inútil do que tentar forçar alguém
a assimilar uma determinada idéia, se não há suficiente
evolução para que a idéia possa ser concertadamente
compreendida.6
Em
média, o homem vive dez vezes sete anos, evolucionando por períodos
setenários.
Podemos
modificar nosso 'destino'? Sim. Mais do que podemos, devemos. O presente
serve exatamente para que modifiquemos o nosso 'destino'.7
Em
resumo, a coisa é mais ou menos assim: 1° – agonia terrestre;
2° – morte terrestre e nascimento no mundo espiritual; 3°
– constituição dos órgãos astroespirituais;
4° – Vida Espiritual, participação indireta na vida
terrestre e constituição dos futuros órgãos
físicos pela criação de seus clichês astrais;
5° – aparição das provas da futura encarnação,
aceitação livre e voluntária [ou
não] de todas estas provas; pedido [ou
não] de reencarnação; 6° – agonia
espiritual, absorção dos fluidos do 'Lethes' (esquecimento)
e descida para a Terra [ou
para um outro sistema]; e 7° – nascimento terrestre
[ou em outro sistema]
e constituição progressiva dos órgãos do
Corpo Físico [ou de
um corpo equivalente].
Fisicamente,
uma doença pode modificar os Corpos Físicos durante três
gerações, senão mais. Astral e espiritualmente, esta
modificação poderá se estender até sete gerações,
como muito justamente o diz a Escritura.
—
Depois de mim, o fim do mundo. Para
quem pensa assim, determina, sem saber, o seu próprio 'destino'.
Quis que não houvesse outro mundo; e, portanto, para ele, não
haverá. Morreu rodeado de falsa consideração terrestre,
nunca fez bem durante a sua vida, senão a si próprio. Foi
um cancro social, e, por isto, o Plano Divino está fechado para ele.
Como descendente de si próprio, se for o caso, receberá, ao
reencarnar, os interesses negativos do capital de provas que constituiu.
Sofrerá, pois, na segunda geração, tudo aquilo de que
quis fugir.
Se
o homem tivesse consciência de tudo o que deverá resgatar,
nem mesmo quereria começar a vida física, e se suicidaria
imediatamente.
Sem
querer estabelecer uma regra geral, pode-se dizer que o ser-aí-no-mundo
que se suicidou conscientemente não é reconhecido como morto
pela Natureza. É o terrível Suplício de Tântalo:8
tem sede e fome sem ter órgãos físicos para realizar
seus desejos, tem necessidades atrozes de sono sem órgãos
físicos para descansar seu espírito, volta, em momentos de
raiva terrível, ao seu corpo frio, e muitas vezes, de volta ao túmulo,
entra em seu cadáver e o move. Freqüenta as reuniões
espiritistas e os centros de orações, pedindo auxílios
a todos os corações compassivos, mas, é somente
no dia em que o destino havia determinado sua morte real que se dará
a libertação. (Grifo
de Papus; sublinhado meu).
Resignação
Chave para evitar as terríveis
reencarnações anormais.9
Pela
mumificação, os antigos egípcios encantavam o astral
– a que chamavam de Duplo – por meio de cerimônias que
precediam a introdução da múmia em seu túmulo,
e, por este encantamento, prendiam o duplo à múmia, impedindo,
assim, uma parte da evolução espiritual. O espírito
realizava no Plano Divino uma série de funções que
normalmente deveria realizar, porém, a reencarnação
era adiada por muito tempo.
Durante
a vida terrestre, fabricamos nosso futuro 'destino'.
As
séries ascendentes e descendentes [desencarnação
e reencarnação] por que passa o Espírito
só são perceptíveis para ele, e não agem sobre
o progresso geral do Universo.10
Entre
as (re)encarnações, o Espírito Imortal goza do estado
de felicidade correspondente ao ideal que criou durante sua (re)encarnação.
É
preciso que o ofendido ore pelo ofensor.'Pai, perdoai as nossas dívidas
assim como nós perdoamos aos nossos devedores.'
Uma
explicação esotérica do Teorema de Pitágoras:
Pitágoras aprendeu com os chineses que o Número do Destino
é o 5, o Número da Vontade Humana é o 4 e o Número
da Providência Divina é o 3. Portanto, é preciso que,
na Terra, se faça a união astral, isto é, dois quadrados
de 3 e de 4, de tal sorte que 3 x 3 = 9 [Fiat
Voluntas Tua em nós posta em ação]
e que 4 x 4 = 16 [fiat
voluntas mea transmutada
em Fiat Voluntas
Tua]. Enfim, 9 + 16 = 25, para equilibrar
o quadrado do poder fatal 5 x 5 = 25. [compensações
obrigatórias derivadas dos desejos, das cobiças, das paixões
etc.]
Todas
as provações e todas as compensações são
estritamente adaptadas à nossa resistência. Cada prova se apresenta
sucessivamente três vezes sob a forma de um clichê astral que
age no nível da nuca (na base do quarto ventrículo), local
onde desembocam todos os centros sensoriais conscientes do ser humano.
Um
ser que desencarnou, uma vez que chega ao outro plano, passa a utilizar
novas faculdades para comunicar seu pensamento; porém, estas novas
faculdades não o fazem esquecer o que foi adquirido em sua última
encarnação, com o qual o ser desencarnado conserva a memória
da última língua terrestre que falou. Mas, pouco a pouco,
esta memória se obscurece, para só tomar a aparecer na próxima
encarnação.
Pode-se
ter a intuição de ter vivido em tal ou qual época,
de que se viveu neste ou naquele país, mas, de maneira geral, não
teremos jamais certeza absoluta do ser exato que se foi na Terra.
Não
é incomum que os partidários da Doutrina da Reencarnação
guardem os grandes personagens da História para reencarnar a si mesmos,
enquanto conservam, geralmente, os assassinos, os criminosos e os grandes
caluniados para fazer reencarnar em seus inimigos.
É
triste ver homens inteligentes acusar aqueles a quem não compreendem
ou de quem não gostam de praticar magia negra ou de serem vilões
reencarnados. Há escolas de ocultismo que têm o cacoete malsão
de acusar escolas rivais de trabalhar com magia negra. Isto é uma
gigantesca tolice, como a de determinar a reencarnação anterior
de um homem, sendo, ao mesmo tempo, uma prova de ignorância e uma
injúria feita às Leis Universais.11
Basicamente,
a Doutrina da Reencarnação – que é uma das chaves
áureas do mundo espiritual – penetrou nos meios populares de
um modo intenso sob a influência do Espiritismo e da Teosofia.
Ao
se discutir ou ensinar as coisas esotéricas, quando é o caso,
jamais se deve ferir a consciência de quem quer que seja, evitando
sempre o escândalo, seja físico, seja mental.
Os
ignorantes só poderão ter o salário dos ignorantes;
os avisados sempre terão o salário dos que Sabem.
A
Verdadeira Iniciação produz paz e alegria,
jamais tristeza ou mal-estar.
Estamos
aqui para combater e lutar [o
Bom Combate]. Todo indivíduo que abandona o combate,
esperando não fazer mais nada, é rapidamente levado da Terra.
'O
que nasceu certamente deverá morrer, e o que morreu certamente deverá
renascer.' (Bhagavad
Gita, apud Papus).
'Da
sensação nasce o desejo, e, deste desejo, a prisão
aos objetos existentes. Esta sede de viver, esta vontade de viver, basta,
no momento da morte, para prender o homem a uma nova existência. Por
esta reprodução de existência, volta o nascimento, e
com ele todo o seu cortejo de males: decrepitude, velhice e morte.' (Resumo
do Budismo, por G. de Lafont, apud Papus).
'Se
a alma já habitou na Terra antes do nascimento corpóreo, por
que não existe em cada um de nós a lembrança das vidas
anteriores? A resposta a esta pergunta me parece bem simples: é porque
as condições que presidem a renovação da memória
não são realizadas.' (Gabriel
Delanne, apud Papus).12
O
Verdadeiro Revelador dos Mistérios é o Deus Interior de cada
um.
Aquele
que Sabe perdoa [compreende]
e ora [auxilia = muda
o que pode ser mudado ou, como disse Papus, vai
para os campos separar os grãos para melhorar as colheitas futuras].
O
céu está onde o homem pôs seu
Coração.
Carma
Adquirido; Carma Retribuído
Cada
qual constrói
–
com inanidade
ou expertise
–
o Carro
da sua Alma.
E daí:
retardação ou catálise.
Somos
os arquitetos
da ponte
para o que há de vir.
O hoje
é o pai-mãe do devenir.
Nada
será suprimido.
Isto
seria uma violação!
Muda
pombinha! Muda arlequim!
O
Universo não escolhe;
devidamente,
tudo será cumprido.
O tempo...
Que tempo?
Carma
adquirido; carma retribuído.