PENSAMENTOS DE FRANCISCO

 

 

 

Papa Francisco

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Texto

 

 

 

Este texto tem por objetivo divulgar alguns pensamentos e algumas frases interessantes do Cardeal Jorge Mario Bergoglio, garimpados nomeadamente em suas homilias, que, recentemente, em 13 de março de 2013, foi eleito o 266º Papa, sucedendo Bento XVI à frente da Igreja Católica Apostólica Romana. Bergoglio-Francisco é o primeiro pontífice latino-americano, é o primeiro pontífice não-europeu em mais de 1200 anos, é o primeiro pontífice que só tem um pulmão, é o primeiro pontífice que é engenheiro químico, é o primeiro jesuíta, é o primeiro pontífice a adotar o nome Francisco (em latim: Franciscum), e, entre outras tantas coisas em que é e foi o primeiro, é o primeiro pontífice a recusar as regalias papais. O mundo, ansioso e confiante, espera que Sua Santidade seja também o primeiro a implementar as mudanças (reformas) que Igreja Católica tanto necessita – a começar pela Cúria Romana, que obsoletou e não se mancou. O mundo está mais do que canso de alguns dragões que se intitulam sacerdotes.

 

Enfim, se você é católico, acho que gostará de ler este textinho; se não é, acho que gostará também. Agora, discordar aqui e ali do Santo Padre não é pecado. Dialética faz bem à alma.

 

 

 

O Papa Químico
Com o som do seu computador ligado,
aponte o mouse para o solidéu do Papa.


 

 

Breve Biografia

 

 

Brasão de Armas Episcopais do Cardeal Bergoglio

Brasão de Armas Episcopais do Cardeal Bergoglio
(Miserando Atque Eligendo = Misericórdia e Escolha)

 

 

Francisco (em latim: Franciscum), nascido Jorge Mario Bergoglio (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936) é o 266º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana e atual chefe de Estado do Vaticano.

 

Jorge Mario Bergoglio é filho de um casal de imigrantes italianos Mario Bergoglio (trabalhador ferroviário) e Regina Maria Sivori (dona de casa). Nascido e criado no bairro de Flores, fez graduação e mestrado em Química, na Universidade de Buenos Aires. Na juventude, teve uma doença respiratória que lhe fez perder um pulmão.

 

É o primeiro jesuíta e o primeiro sul-americano a ser eleito Papa, além de ser o primeiro pontífice não-europeu em mais de 1200 anos. Arcebispo de Buenos Aires desde 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero desde 21 de fevereiro de 2001, foi eleito em 13 de março de 2013.

 

Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus, em março de 1958. Fez o juniorado em Santiago, Chile. Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969 pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus em 1973. Em 1973 foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel. No mesmo ano foi eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas.

 

No período de 1980 a 1986, foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel. Após seu doutorado na Alemanha, foi confessor e diretor espiritual em Córdoba. Além do espanhol, fala fluentemente italiano e alemão.

 

 

 

Pensamentos de Francisco

 

 

 

 

 

Queridos irmãos e irmãs!

 

Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja Universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor. Nós o acompanhamos com uma oração cheia de estima e gratidão.

Saúdo, com afeto, meus Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela presença, aos representantes das outras igrejas e comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.

No Evangelho Mateus: I, 24, está escrito que 'José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa'. Nestas palavras, encerra-se a missão que Deus confiou a José: ser guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas, é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: 'São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus, o Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo Místico – a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo'. (Exort. ap. Redemptoris Custos, I).

Como realizou José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não conseguia entender. Desde o casamento com Maria até o episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanhou com solicitude e amor cada momento. Permaneceu ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida: na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do filho no templo; e, depois, na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.

Como viveu José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus e, depois, da Igreja? Em uma constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d'Ele do que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pediu a David, como ouvimos na Primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas, quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é guardião, porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela Sua Vontade e, por isto mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão. Mas, vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!

Entretanto, a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas, tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no Livro do Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que, muitas vezes, estão na periferia do nosso Coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos se tornam guardiães dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente, tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiães dos dons de Deus!

E, quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuida da criação e dos irmãos, então, encontra lugar a destruição e o Coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da História, existem Herodes que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade – em âmbito econômico, político ou social – a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos guardiães da criação, do desígnio de Deus inscrito em a Natureza, guardiães do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e de morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para guardar, devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja e o orgulho sujam a vida; então, guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso Coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más – aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo da bondade ou mesmo da ternura.

A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar e guardar requerem bondade, requerem que isto seja praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é uma virtude dos fracos, antes, pelo contrário, denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!

Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus, o Cristo, deu um poder a Pedro, mas, de que poder se trata? À pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar cada vez mais naquele serviço, cujo vértice luminoso é a Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José, e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a Humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt XXV: 31 a 46). Apenas aqueles que servem com amor são capazes de proteger.

Na Segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou 'com uma esperança, para além do que se poderia esperar'. (Rm: IV: 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e de amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como para Abraão e para São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, e que está fundada sobre a rocha que é Deus.

Guardar Jesus e Maria, guardar a criação inteira, guardar todas as pessoas, especialmente as mais pobres, guardarmo-nos a nós mesmos, eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, e, para o qual todos nós também estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança. Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!

Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e de São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém.

 

Vaticano, 19 de março de 2013

 

Homilia editada da fonte:

http://g1.globo.com/


 

Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de tudo, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde.

 

E, agora, iniciamos este caminho, Bispo e povo... Este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor e de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho da Igreja, que hoje começamos e no qual me ajudará o meu Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta Cidade tão bela! E, agora, quero dar a Bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim.

 

Em carta de repúdio a projeto de casamento gay enviada aos monastérios de Buenos Aires: Se o projeto de lei que prevê às pessoas do mesmo sexo a possibilidade de se unirem civilmente e adotarem também crianças vier a ser aprovado, poderia ter efeitos seriamente danosos sobre a família. O povo argentino deverá afrontar nas próximas semanas uma situação que, caso tenha êxito, poderá ferir seriamente a família. Está em jogo a identidade e a sobrevivência da família: pai, mãe e filhos. Não devemos ser ingênuos: esta não é simplesmente uma luta política, mas, um atentado destrutivo contra o plano de Deus.

 

O projeto de lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo não se trata de um mero projeto legislativo. É um movimento do pai da mentira para confundir e enganar os filhos de Deus. É também mais uma demonstração da inveja do demônio, que introduziu o pecado no mundo para destruir a imagem de Deus. Homem e mulher recebem a ordem de crescer, de se multiplicar e de dominar a Terra.

 

A adoção de crianças por gays é uma forma de discriminação.

 

Fiz o que podia ter feito com a idade que tinha e com as poucas relações que tinha para intervir em favor das pessoas seqüestradas.

 

O aborto nunca é uma solução. Ao falar de uma mãe grávida, falamos de duas vidas, e ambas devem ser preservadas e respeitadas, pois a vida é de um valor absoluto.

 

Pouco a pouco, nos acostumamos a ouvir e a ver, através dos meios de comunicação, a crônica negra da sociedade contemporânea... O império do dinheiro, com seus efeitos demoníacos como as drogas, a corrupção, o tráfico de pessoas (incluindo de crianças), junto com a miséria material e moral, que são freqüentes.

 

A escravidão não está abolida e, nesta cidade [Buenos Aires], a escravidão está na ordem do dia de diversas formas. Nesta cidade se empregam trabalhadores clandestinos... A destruição do trabalho digno, as emigrações dolorosas e a falta de um futuro também se unem a esta sinfonia.

 

Desigualdade Pecado social.

 

 

 

 

A dívida social é uma acumulação de privações e de carências em distintas dimensões. É uma violação de direitos que aponta diretamente contra a dignidade humana. A dívida social no país [Argentina] é imoral, injusta e ilegítima.

 

Nós vivemos na região mais desigual do mundo, a que mais cresceu e a que menos reduziu a miséria. A distribuição injusta de bens persiste, criando uma situação de pecado social que grita aos céus e limita as possibilidades de vida mais plena para muitos de nossos irmãos.

 

Temos que evitar a doença espiritual de uma Igreja auto-referencial. Se a Igreja permanecer fechada em si mesma, ela ficará velha. Entre uma Igreja que sofre acidentes na rua e uma Igreja que está doente porque é auto-referencial, não tenho dúvidas sobre preferir a primeira.

 

Sobre alguns padres que não batizam filhos de mães solteiras por não terem sido concebidos na santidade do casamento: Estes são os hipócritas de hoje. Aqueles que separam as pessoas da salvação de Deus. Imaginem a pobre menina que, em vez de mandar de volta a criança aos céus, teve coragem de trazê-la ao mundo, ter de peregrinar de igreja em igreja para conseguir o batismo!

 

O modelo econômico neoliberal não contempla a situação dos setores mais pobres da população.

 

 

 

As crianças são maltratadas e não são educadas nem alimentadas. Muitas são transformadas em prostitutas e exploradas.

 

Aborto e eutanásia Cultura da morte.

 

Eu escolho o nome de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis.

 

Pessoas pobres são perseguidas por exigir trabalho; pessoas ricas são aplaudidas por fugir da justiça.

 

Devemos recuperar a memória de nosso País.

 

Dizemos que não estamos de acordo com a pena de morte, que é uma injustiça, mas, na Argentina temos pena de morte. Pode ser condenada à morte uma criança concebida por violação de uma mulher de mente idiota. Sejamos conscientes de que com eufemismos não podemos tampar a cultura do descarte.

 

Na Argentina, aplica-se a pena de morte mediante o aborto e a eutanásia encoberta de anciãos abandonados e maltratados.

 

A palavra mais mencionada no Documento de Aparecida é vida, porque a Igreja é muito consciente de que o mais barato, o que menos se cota na América Latina, é a vida.

 

Os argentinos deveriam parar de rezar para o FMI [Fundo Monetário Internacional] porque isto não ajuda o País a se recuperar de sua maior crise da História.

 

Não vamos a lugar nenhum [com a ajuda externa]; simplesmente nos endividaremos ainda mais.

 

A classe política deveria ser um pouco menos egoísta.

 

Clericalizar a Igreja é hipocrisia farisaica.

 

Regulamentação do aborto em Buenos Aires Decisão lamentável. Aborto nunca é solução. Devemos adotar medidas positivas para proteger as mães e seus filhos em todos os casos.

 

Conclamo os argentinos a se indignar contra a injustiça de pão e trabalho não chegar a todos.

 

Os direitos humanos não são violados só pelo terrorismo. A repressão, os assassinatos, as condições de extrema pobreza e as estruturas econômicas injustas geram grandes desigualdades.

 

A dívida social é a dívida dos argentinos. Estamos desafiados a pagá-la, e isto não admite atraso. Daí a necessidade de cultivar a consciência da dívida que temos com a sociedade em que estamos inseridos. Não é apenas um problema econômico ou estatístico. É principalmente uma questão moral que afeta nossa dignidade mais essencial. A dívida social se compõe de privações, que põem em grave risco a sustentabilidade da vida, a dignidade das pessoas e o florescimento humano.

 

É um dever de justiça e de verdade impedir que não sejam satisfeitas as necessidades humanas fundamentais e que os homens pereçam oprimidos por elas.

 

É tão difícil aprender a ouvir! Quantos problemas evitaríamos na vida, se aprendêssemos a ouvir e a nos ouvir! O que nos impede de ouvir e de nos ouvir? É simplesmente porque queremos impor a nós mesmos o que sentimos, o que pensamos e o que queremos!1

 

 

 

Eucaristia: Dom de Deus para a vida do mundo; Dom gratuito da Santíssima Trindade para a vida do mundo; Dom de Vida que se recebe e Dom da Vida que a todos deve ser dado.

 

Não poderemos celebrar a memória de Jesus, o Cristo, instalados em nosso próprio ego, encerrados em nosso pequeno mundo particular e, especialmente, em nossos interesses mesquinhos.

 

Ao mastigarmos o Pão da Vida, saboreamos o Amor, abrimos os olhos e vemos a realidade de forma diferente. As ruas se transformam e se tornam um lugar de proximidade, de encontro e de solidariedade.

 

Aquele que dorme na rua não é visto como pessoa, mas, como parte da sujeira e do abandono da paisagem urbana, da cultura do descarte e do despejo.

 

Facilmente negligenciamos o ministério da pregação e, para nossa vergonha, continuamos a nos chamar de bispos. Nos dá prazer o prestígio que dá este nome, porém, não possuímos a virtude que este nome exige.

 

Ao fazer como se Jesus, o Cristo, não tivesse existido, ao relegá-Lo à sacristia e não querer que se meta na vida pública, negamos muitas coisas boas que o Cristianismo trouxe para a nossa cultura, fazendo-a mais sábia e mais justa, e aos nossos costumes, tornando-os mais felizes e mais dignos.

 

A questão das Malvinas2 é uma história triste, uma parte escura da História da Argentina... Nosso estilo de vida rejeita o fracasso – o desvaloriza e o esconde; não se deixa ensinar por ele.

 

A produção cultural, especialmente a oferta televisiva, disponibiliza para nossas crianças e nossos jovens – como vêm denunciando prestigiosas instituições e personalidades de nossa sociedade – programas nos quais a degradação e a frivolidade da sexualidade, a desvalorização da família, a promoção de desvalores maquiados artificialmente como valores e a exaltação da violência, juntamente com uma liberdade irresponsável e gananciosa, são constantes, fornecendo e carreando componentes de comportamento que se tornam paradigmáticos para nossa juventude, frente à passividade dos órgãos de controle, com financiamento cúmplice das mais variadas empresas e instituições.

 

Cada criança marginalizada, abandonada ou desabrigada, com pouco acesso a benefícios de educação e de saúde, é a expressão cabal não só de uma injustiça, mas, de um fracasso institucional, que inclui tanto a família como seus vizinhos, as instituições dos bairros, a sua paróquia e os distintos estamentos do Estado em suas diversas expressões.

 

Somos todos migrantes neste mundo. Somos migrantes neste mundo para a única Pátria onde nos aguarda o nosso Pai.

 

A única dívida que um tem com o outro é a dívida do amor. Não há outras dívidas. Esta é a grande dívida.

 

A construção da Democracia e de uma convivência plenamente humana é, para a Igreja, inseparável da defesa da vida e da família.

 

Nunca antes se viu tão comprometida a integridade das pessoas e dos seus direitos individuais.

 

É próprio do cristão assumir uma visão deuteronômica [que tem o estilo ou o conteúdo teológico do Deuteronômio3] da existência: memória do passado para abrir novos espaços para Deus.

 

Na presença de Deus, devemos examinar os nossos Corações, e perguntar: estamos caminhando de modo irrepreensível? 'Caminha em Minha presença e sê irreprochável. (Gênese, XVII: 1).

 

Abundante misericórdia...4

 

Somente alguém que encontrou a misericórdia, que foi agraciado com a delicadeza da misericórdia, é feliz e confortável com o Senhor.

 

Educar é um compromisso compartilhado.

 

Processo educativo Tarefa de promover liberdades responsáveis.

 

Quando o homem perde seu fundamento divino, sua vida e toda a sua existência começam e se tornar intranscendentes. Não há pior antropologia do que uma antropologia da intranscendência.

 

 

Adolf Hitler

 

A medida de cada ser humano é Deus, não o dinheiro. Isto é o que se entende por dignidade transcendente.

 

Cada um é único. Todos importam totalmente e singularmente.

 

Amália, uma namorada de infância, disse que ouviu de Bergoglio: Se você não se casar comigo, me tornarei padre.

 

Transcendência em relação à Natureza não significa que possamos romper gratuitamente com sua dinâmica.

 

Devemos contribuir para uma nova sabedoria ecológica que compreenda o lugar do homem no mundo, e que respeite o homem como parte do mundo.

 

A meditação não exclui uma conversão da mente e do Coração para ir mais além da ditadura consumismo, da imagem e da irresponsabilidade.

 

Podemos caminhar o quanto quisermos, podemos construir muitas coisas, mas se não proclamarmos Jesus Cristo, algo está errado. Vamos nos tornar uma ONG caridosa, e não uma Igreja que é a noiva de Cristo.

 

Quando caminhamos sem a cruz, quando construímos sem a cruz e quando proclamamos Cristo sem a cruz, não somos discípulos do Senhor. Podemos ser bispos, padres, cardeais, papas, tudo isso, mas não somos discípulos do Senhor.

 

Nem tudo se compra; nem tudo se vende.

 

Que outro sentido poderá ter a liberdade que não seja o de nos abrirmos à possibilidade de estar-com-os-outros?

 

Todo ser humano está essencialmente referido a seu semelhante e à sua comunidade.

 

A liberdade não é um fim em si mesma.

 

Caminhar... Edificar... Confessar... A nossa vida é um caminho. Caminhar sempre. Quando paramos, há algo que não está bem.

 

O tempo urge. Não temos o direito de ficar acariciando a alma.

 

A Igreja Católica deve se concentrar em Jesus.

 

Boa noite e bom descanso!

 

Orem pelo Papa.

 

 

 

Se uma pessoa é gay e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la?

 

 

 

Eu não quero uma Igreja tranqüila. Eu quero uma Igreja missionária!

 

 

 

Nós somos vítimas da cultura do provisório.... Reprovo a cultura do provisório, que não nos faz bem.

 

 

 

Algumas pessoas pensam – e desculpem minha expressão aqui – que, para ser um bom católico, precisam ser como coelhos. Não. Paternidade tem a ver com responsabilidade... Deus nos deu os meios para sermos responsáveis.

 

 

 

Não pode haver santidade na tristeza. A beleza da consagração é a alegria. A alegria!

 

 

 

Cada pessoa merece conservar sua identidade sem ser colonizada ideologicamente.

 

 

 

Tenham a coragem de ir contra a corrente. Tenham a coragem de ser felizes! Sejam revolucionários!

 

 

 

A Igreja precisa de zelo apostólico, não de cristãos de salão.

 

 

 

Sejam mais indulgentes e misericordiosos, e não tão rápidos em condenar as falhas dos outros. Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo.

 

 

 

Evangelizar significa... Servir.

 

 

 

O amor cristão não é igual ao das novelas.

 

 

 

Faxina moral: Não há nenhum lugar no Ministério para os que abusam dos menores. [A pedofilia] é gravíssima! É como fazer uma missa negra. Você deve levá-los (esse menino, essa menina, esse rapaz, essa moça) à santidade, e os leva a um problema que durará por toda a vida. Sobre isto, é preciso seguir em frente, em frente: tolerância zero. Como Jesus, vou usar o bastão contra os padres pedófilos!

 

Eminências Pedófilas

 

 

 

 

Homo

 

 

 

Homo sacanocraticus...

Homo canalhocraticus...

Homo corruptocraticus...

Homo tiranocraticus...

 

Homo holisticus...

Homo peregrinus...

Homo benedictus...

Homo alforriadus...

 

Homo pedophilus...

Homo misophilus...

Homo tanatophilus...

Homo necrophius...

 

A preferência é tudo:

caprichado ou cepudo.

Preferindo mal... Trevor!

Preferindo bem... Amor!

 

 

 

 

 

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Nota:

1. Esta frase, dita assim, tão simples, parece uma coisa apenas meio poética. Mas, não. É de uma profundidade, que, talvez, nem o na época Cardeal Bergoglio tenha se apercebido de sua significância. Aprender a (nos) ouvir demanda um aprendizado lento cheio de vai-e-vens e de altos e baixos, porque a Voz Interior – que nos fala a qualquer hora e em qualquer situação – às vezes, ensina coisas que contrariam nossas idéias e nossa cultura e o próprio senso comum, e, de modo geral, costumamos rejeitar seus ensinamentos. Até que possamos ter profunda e plena confiança Nela, uma vida (ou muitas) poderá ser pouco. Mas, não esqueçamos: a Voz Interior, a Voz do Silêncio, é a Voz do nosso Deus Interior, sendo, portanto, a única que poderá nos ensinar o que é atual, o que é perene e imutável, no Universo. Enfim, precisamos mesmo aprender a ouvi-La e a Nela confiar, porque é a nossa Amiga Número 1.

2. As Ilhas Malvinas (em inglês: Falkland Islands; em espanhol: Islas Malvinas), algumas vezes referidas em português como Ilhas Falkland ou Falklands, são um território britânico ultramarino com elevada autonomia administrativa, situado no Atlântico Sul, geograficamente englobadas na plataforma continental sul-americana. A soberania sobre as Ilhas é reclamada pela Argentina. Em 1982, os argentinos ocuparam pela força o território, dando expressão militar às suas reivindicações. Entretanto, entre maio e junho do mesmo ano uma força naval expedicionária enviada pelos britânicos retomou o controle e soberania do arquipélago, naquela que ficou conhecida, no universo lusófono, como Guerra das Malvinas. Apesar da vitória militar britânica no conflito, que permitiu ao governo conservador de Margaret Thatcher (Primeira-ministra de 1979 a 1990) obter a vitória nas eleições de 1983, o Governo Argentino mantém e reformulou recentemente junto das Nações Unidas as reivindicação de soberania.

3. O Deuteronômio é o quinto livro da Bíblia, vindo depois do Livro dos Números e antes do Livro de Josué. Faz parte do Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia, que os judeus chamam de Torá), cuja autoria é, tradicionalmente, atribuída a Moisés. É um dos livros do Antigo Testamento da Bíblia e possui 34 capítulos. Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus. O nome é de origem grega e quer dizer Segunda Lei ou Repetição da Lei. Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é apenas seguir Sua Lei. Moisés enfatiza a obediência em conseqüência do amor: Amarás a Jeová teu Deus de todo o teu Coração, de toda a tua alma, e com todo o teu entendimento.

4. Misericórdia é a palavra-chave. A misericórdia vai além da justiça. (Geoffrey Chaucer). A misericórdia é a amargura que vem da infelicidade de outrem que sofre injustiça. (Cícero). Que é, pois, a misericórdia, senão a compaixão em nosso Coração da desgraça alheia, pela qual, se podemos, somos compelidos a socorrer? (Santo Agostinho). Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas, sob o da misericórdia. (Miguel de Cervantes). O homem misericordioso, muitas vezes, dará a morte em lugar da vida. (Sêneca). Quando um ser humano mata um animal para comer, está a negligenciar a sua própria fome por justiça. O homem reza por misericórdia, mas, reluta em estendê-la aos outros. Por que o homem há de esperar misericórdia de Deus? É injusto esperar uma coisa que não estamos dispostos a ofertar. (Isaac Bashevis Singer). Não há verdadeira justiça sem misericórdia. (Máxima Judaica). A misericórdia é a riqueza do crente. (Profeta Muhammad – a paz e as bênçãos de Deus estejam com Ele).

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.pr.gonet.biz/frases.php?autor=Papa%20Francisco

http://www.istoe.com.br/reportagens/
384459_CRUZADA+CONTRA+A+PEDOFILIA

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/532792
-tolerancia-zero-ao-nuncio-pedofilo

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/02/papa-francisco
-pede-que-bispos-nao-acobertem-casos-de-pedofilia.html

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/
2015/01/150120_papa_catolicos_reproducao_fn

http://cafeesom.com/author/diegofernandes/

http://www.brumadonoticias.com.br/

http://www.leycosmica.org/profiles/blogs/
frases-papa-francisco?xg_source=activity

http://www.tumblr.com/tagged/turtle%20gif

http://www.brasilescola.com/
sociologia/classes-sociais.htm

http://noticias.terra.com.br/mundo/

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/
2013/03/130314_papa_latino_ru.shtml

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/

http://www.dn.pt/inicio/globo/
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Canto gregoriano de fundo:

Da Pacem
Interpretação: Schola Cantorum do Pontifício Col. Inter. dos Beneditinos de S. Anselmo em Roma.

 

Direitos autorais:

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