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Notas:
1.
Panteísmo: doutrina que identifica o Universo (em grego: pan,
tudo) com Deus (em grego: theos). O panteísta é aquele
que acredita e/ou tem a percepção da natureza e do Universo,
como divindade.
2. Pancosmismo:
doutrina materialística segundo a qual o Universo integrado e auto-suficiente
é, em última instância, a única realidade cuja
existência é verdadeira, considerando implausível qualquer
concepção religiosa de transcendência.
3. Panenteísmo
(ou Krausismo): termo criado pelo pensador alemão pós-kantiano
Karl Christian Friedrich Krause (1781 – 1832) para designar sua doutrina,
caracterizada como uma síntese entre o Teísmo e o Panteísmo,
pois calcada na suposição de que a totalidade do Universo
está situada no interior de uma única divindade primordial.
No Panenteísmo, todas as coisas estão na divindade, são
abarcadas por ela, identificam-se (ponto em comum com o Panteísmo),
mas a divindade é e está além disso – é
algo além de todas as coisas – transcendente a todas elas,
sem necessariamente perder sua unidade (ou seja, a mesma divindade é
todas as coisas e algo mais). Enfim, no Panenteísmo, a realidade
existente é um mundo-em-Deus. Luís Washington Vita
(1921 – 1968) assim resumiu esta doutrina filosófica: O
mundo é e existe por e em Deus; não separado de Deus e a seu
lado, mas n'Ele e sob Sua dependência, como a parte está no
todo, o efeito na causa, a criatura sob o Criador.
4. Panmatematismo:
doutrina segundo a qual a realidade tem uma estrutura matemática
ou é compreensível exclusiva e primariamente por meio de formalismos
matemáticos.
5. O
Pantiteísmo (formulado por José Maria da Cunha Seixas, (1836
– 1895): doutrina espiritualista que se apresenta como uma pessoal
e original dissidência do Krausismo e propõe que o ponto de
partida do conhecimento é duplo: subjetivamente, seria o pensamento,
enquanto, objetivamente, se encontraria na idéia de ser. Na verdade,
sendo sempre o conhecimento um ato do espírito que pensa, o respectivo
ponto de partida não poderia ser o sentimento nem a vontade, que
são apenas excitantes ou motores do conhecimento, mas o pensamento.
Por outro lado, porque o conhecimento não pode deixar de partir de
algo que seja imediato, possível, certo e intuitivamente evidente
que lhe dê um mínimo de garantia, e porque tais atributos só
se encontram nas idéias e leis da razão e nos axiomas que
decorrem delas, todo o conhecimento se funda, necessariamente, na crença
no próprio espírito. Em resumo, a Doutrina Pantiteísta
propõe que Deus está em tudo, mas não se identifica
com a coisa criada.
6. Pan–animismo
(ou animismo) é a doutrina que admite que as coisas naturais são
todas animadas, ou seja, toda a realidade é vida.
7. Panlogismo
(o Logos em tudo, que no espírito humano adquire plena consciência
de Si mesmo): doutrina que admite a identidade do racional e do real. Os
seres vivos (animalia) participam da ratio universal porque
a realidade está inteiramente penetrada pelo Logos.
8.
Pantelismo: pode apresentar dois significados filosóficos distintos.
Tanto pode designar a teoria segundo a qual tudo é finalidade, como
pode designar a doutrina que afirma que tudo é vontade. Arthur Schopenhauer
(1788 –
1860) é
o filósofo pantelista por excelência, enquanto faz da vontade
a essência última do real – o princípio absoluto
que se objetiva na produção de idéias, força
cega e onipotente que tudo cria. Schopenhauer identifica
a vontade com a coisa-em-si; a vontade é a verdadeira natureza
do homem e das coisas.
9.
Pampsiquismo:
doutrina que atribui um princípio vital de animação
a todas as coisas existentes (mesmo as de natureza inorgânica), como
meio de explicação para as suas características e finalidades.
O Pampsiquismo foi notabilizado especialmente por
Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716), que admitia que a matéria
possui uma essência espiritual ou anímica, um fundamento psíquico
inextenso subjacente aos atributos espaciais ou tridimensionais.
10.
Transcendentalismo: orientação ou atitude filosófica
que considera as fontes interiores do conhecimento menos ligadas à
experiência, como a intuição, o sentimento, a inspiração
etc. Mais precisamente, explica Celestino Pires, o Transcendentalismo desenvolve-se
a partir do método transcendental kantiano que investiga no sujeito
as condições de possibilidade do conhecimento objetivo.
11.
O Transcendentismo: segundo Nicola Abbagnano, é um vocábulo
que não se encontra em outros idiomas além do italiano, e
que é usado, às vezes, para indicar toda doutrina que admite
a transcendência do Ser Divino.
12.
Bota muito antigamente nisso!
13.
In Corde loquitur nostro Vox Dei. Em nosso Coração
fala a Voz de Deus.
Fundo
musical:
Land
of Confusion
Fonte:
http://www.downloading-music.org/
Land+Of+Confusion.html
Observação:
A animação
em flash Confusão Mental ou 'Mentalhufas' de Cagafum
ou 'Mentalxongas' de Cafarnaum foi produzida a partir de uma fotografia
digital obtida por empréstimo da Página da Internet abaixo:
http://www.wittysparks.com/2006/08/23/confusion-within/
Bibliografia:
ABBAGNANO,
Nicola. Dicionário de filosofia. 2ª edição.
Tradução de Alfredo Bosi. São Paulo: Editora Mestre
Jou, 1982.
LOGOS
ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE FILOSOFIA. Volumes 3 e 5. Lisboa/São
Paulo: Editorial Verbo, 1991.
MORA,
José Ferrater. Diccionario de filosofía. Vol. 3.
7ª reimpressão. Madrid: Alianza Editorial S. A., 1990.