PANELAÇO
(Minha Homenagem
a Sérgio Fernando Moro
e a Maurício Leite Valeixo)
Rodolfo Domenico Pizzinga
Mais Dois Dignos que Foram Enxotados
— or que tanto panelaço
assim, ó meu Brasil?
Por que tanto buzinaço
assim, ó meu Brasil?
Por que tanto barulhaço
assim, ó meu Brasil?
Por que tanto chororô
assim, ó meu Brasil?
Por que tanta conspirata
assim, ó meu Brasil?
Por que tanta relambóia
assim, ó meu Brasil?
Por que tanta tramóia
assim, ó meu Brasil?
Por que tanta igrejinha
assim, ó meu Brasil?
Por que tanto disse-me-disse,
assim, ó meu Brasil?
Por que tanto fudelhufas,
assim, ó meu Brasil?
Por que tanto cagahouse,
assim, ó meu Brasil?
Fudelhufas de Cagahouse
— Se é por causa
dos nossos muito honrados –
que por sua probidade,
integridade, honestidade,
lealdade e dignidade
foram vilmente enxotados –
é bom parar:
isto não adianta nada.
Também não adianta
virar um sacripanta
nem molhar a garganta.
Isto é dar uma de anta!
— Inconformidade se demonstra
e se faz contundentemente valer
na hora de escolher e de sufragar.
O voto é o único instrumento
realmente democrático.
Qualquer outra coisa é inútil,
que só interessa aos déspotas,
aos desfaçados sem-vergonha
e aos senhores das trevas.
Paciência e Humildade
— Paciência e humildade.
Perseverança e tenacidade.
Natura non facit saltus.
Antes do 19, veio o 18.
Depois do 19, virá o 20.
Depois do 20... Um dia, virá o 1000.
Depois do 1000... Um dia, virá o eterno.
Depois do eterno... Aí, não sei.
O que eu sei
é que tudo é questão
apenas de Compreensão.
E, para compreendermos,
precisaremos peregrinar.
E não há peregrinação
sem padecimento.
Todavia, o padecimento
é o pai da fortaleza.
Isto não é filosofia de botequim;
é como funciona a Lex Æterna. Sim.
O Passado
— O que passou
só traz saudade e malencolia,
e, agora, virou história.
É lamentável? Sim, é. Muito.
É deplorável? Sim, é. Muito.
É lastimável? Sim, é. Muito.
É inominável? Sim, é. Muito.
É desprezível? Sim, é. Muito.
Seguindo em Frente
— Mas, temos que seguir em frente,
com coragem e com determinação.
E o combate à corrupção,
o combate às sacanagens,
o combate ao nepotismo,
o combate ao obscurantismo,
o combate ao encobrimento,
o combate ao descumprimento,
o combate ao torcimento,
o combate à manipulação,
o combate a atos antidemocráticos,
o combate à reencarnação da ditadura,
o combate à reedição do AI-5,
o combate
à reinstalação da tibiriçura
(mistura de Tibiriçá +
tortura),
o combate à criminalidade violenta
e o combate à criminalidade organizada
não devem nem podem,
sob nenhuma alegação,
parar nem cair no deixa-pra-lá.
Nem o Moro nem Valeixo querem isto.
Eu não quero isto.
Nenhum brasileiro decente quer isto.
Custe o Que Custar
— Custe o que custar,
doa o quanto doer,
deteste quem detestar,
vocifere quem vociferar,
ameace quem ameaçar,
maquine quem maquinar,
precisamos lutar para mudar
e recolocar o Brasil nos eixos.
Isto não é patriotada;
é um imperativo categórico
improrrogável e impreterível.
— Panelaço só faz barulho;
pelo voto,
removeremos o 'lixulho',
(mistura de lixo +
entulho).
Fazendo a Coisa Certa
— Fazer a coisa certa. Sempre!
Não importam as circunstâncias;
não importam as conseqüências.
Dignidade não tem preço
nem se compra na padaria,
como sonho em tempo de pandemia.
O que importa é o resultado,
não quem leva a medalha no final,
disse o nobre Sérgio Fernando Moro.
— Mas – apesar de alguns delirantes,
talvez, terem esquecido –
a PanCOVID continua,
não alcançou o seu limite máximo
e o número de mortos só aumenta.
— Neste trágico momento,
todos nós, sem exceção,
deveríamos estar
combatendo a Pandemia,
seguindo as recomendações da ,
e não degustando
tira-gostos em pulperia,
indignificando a estrela-guia,
deixando prevalecer a mania,
conspurcando a biografia,
desrespeitando a autonomia,
aprisionando a alforria,
engordando a desalegria,
nem fazendo da política
uma fedorenta porcaria.
Tudo isto vale menos do que mixaria.
— Quanto à brasilidade atual,
fomos nós que escolhemos;
fomos nós que elegemos.
Seremos nós que,
se quisermos, mudaremos.
Pelo voto. Somente pelo voto.
Na hora justa e apropriada.
A Eterna
nunca será derrotada;
a transitiva moral, sim,
poderá dar uma capengada,
como parece estar dando,
atualmente, no Brasil.
Reizinho
— Mas, que rei sou eu,
sem pundonor, mas, com coroa?
Que rei sou eu,
se nem sou ?
Que rei sou eu,
se, ao moleque-do-surrão,
vendi a minha canoa?
Que rei sou eu,
se me tornei um coisa-à-toa?
Que rei sou eu,
se sou mais venenoso
do que uma jararaca-ilhoa?
Que rei sou eu,
se fiz da lhanura uma barata-voa?
Afinal, que rei sou eu?
Coronavírus
(É só isto o que todos nós
deveríamos estar fazendo,
e não politiquices baratas)
Música de fundo:
Que Rei Sou Eu?
Composição: Eduardo Dusek
Interpretação: Eduardo Dusek & LuniFonte:
http://www.nossosonhomidis.com.br/nacionais-def.html
Páginas da Internet consultadas:
https://weheartit.com/entry/337237172
http://www.guiadosquadrinhos.com/
https://br.pinterest.com/pin/733031276837843559/
https://dribbble.com/shots/7498621-Patience
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