O ETERNO SAGRADO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

O silêncio
é um amigo
que nunca trai.

 

Kung-Fu-Tzu (551 a.C. - 479 a.C.)

 

 

 

 

 

Ribaldos e proditores

lamentarão seus horrores.

 

O eterno-incriável

não conhece o ab-rogável.

Já o que é secular

haverá de se dissipar no ar.

 

 

Todos os velhacos

precisam juntar seus cacos.

A Alquimia é agora!

 

 

 

Eles não assassinaram sozinhos:
a Humanidade permitiu o holocausto!

 

 

 

 

 

 

 

 

Observação 1:

Eu escrevi: Logo, a efetividade (continuidade) é continuidade (efetividade) na Unidade. Mas, esta sentença ficaria melhor assim: Em perpétuo movimento, a efetividade (continuidade) é continuidade (efetividade) na Unidade. Para sempre.

A Suástica ou Cruz Gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos aos Hindus. Não é propriedade de ninguém.

A tentativa nazista de transformar a Suástica em um símbolo negro a serviço dos Irmãos das Sombras acabou por se mostrar completamente estéril e infrutífera, e o Terceiro Reich (em alemão: Drittes Reich) – que em 1943 passou a ser oficialmente conhecido como Grande Reich Alemão (Großdeutsches Reich), e que, segundo seus estabelecedores, deveria durar mil anos – teve existência apenas de 1933 a 1945, enquanto foi liderado por Adolf Hitler e pelos malucos do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores (em alemão: Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei – NSDAP), mais conhecido como Partido Nazista. Por isto, este soneto começa assim: Palavras Sagradas e Símbolos Sagrados não podem ser adulterados nem queimados. Se pudessem, a boçalidade humana já teria virado o Planeta de pernas para o ar e invertido seu sentido de rotação.

 

 

 

 

Observação 2:

Um dos períodos mais negros da história da Humanidade foi o da Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), que ceifou milhões de vidas em todo o Planeta. Entretanto, tudo deve ser perdoado – melhor, se puder ser compreendido – mas, nada deverá ser esquecido, para que não seja repetido. Marcada não só pela ambição política e ideológica e pelo desejo de expansão geográfica, foi também uma guerra em que se cometeram as maiores atrocidades contra o ser humano, quer por sua condição racial, quer por suas deficiências físico-mentais congênitas, quer por suas opções religiosa ou política, quer por sei lá o quê. E, por outro lado, 6 e 9 de agosto de 1945 também são datas que não podem ser esquecidas!

Após a derrota da Alemanha nazista, o mundo ficou estarrecido diante das revelações de grandes tragédias, como o Holocausto e os campos de concentração e extermínio. Para a moral deontológica dos países aliados não bastava a vitória, era preciso punir os crimes de guerra. A idéia desta punição já era cogitada em 1944, bem antes do fim da guerra, por Winston Churchill e seus aliados.

Sob o espectro das atrocidades praticadas contra a Humanidade pelo regime nazista, ergueu-se, em 1945, o Tribunal de Nuremberg. Criado por um acordo assinado em Londres, em agosto de 1945, entre os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a União Soviética e a França, o tribunal internacional tinha como finalidade julgar os crimes cometidos durante a guerra pelos nazistas, considerados pelas forças vencedoras como inimigos da Humanidade.

O Tribunal Militar Internacional (em inglês: International Military Tribunal – IMT) resultou em uma série de 13 julgamentos, entrando para a história com o nome de Tribunal de Nuremberg, pelo fato de os julgamentos terem sido realizados na cidade de Nuremberg, na Alemanha, de 1945 a 1949. Dentre os diversos julgamentos, o mais famoso foi o do Tribunal Militar Internacional vs. Hermann Goering, conhecido como o Grande Julgamento de Nuremberg. Nos julgamentos, os chefes da Alemanha de Hitler foram acusados formalmente de crimes contra o Direito Internacional, sendo alguns deles, responsabilizados por provocarem deliberadamente a Segunda Guerra Mundial e cometido atrocidades durante a conquista militar de territórios, oprimindo, torturando e matando a população inocente. Além de assassínio, quase todos foram acusados de escravização, de pilhagem e de extermínio programado de etnias religiosas, nomeadamente judeus (principais vítimas do Holocausto), ciganos, eslavos, homossexuais e outras minorias étnicas e grupos minoritários, naquilo que, quanto aos judeus, ficou particularmente conhecido como a Solução Final (em alemão: Die Endlösung), chefiada por Heinrich Himmler (1900 – 1945), Reichsführer da SS.

Enquanto isto, no Vaticano, Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli (1876 – 1958), depois Papa Pio XII, se especializava em concordatas! A sua ação durante a Segunda Guerra Mundial tem sido alvo de debate e polêmica, e, por isto, o processo de sua beatificação está praticamente parado há anos, sobretudo devido à controvérsia sobre suas relações secretas, hoje públicas, com a Alemanha nazista. Por isto, é bem provável que o Papa Bento XVI não assine o decreto de beatificação de Pio XII, para não comprometer as (já frágeis) relações entre católicos e judeus. Pio XII foi o único Papa do século XX a exercer o Magistério Extraordinário da Infalibilidade Papal – invocado por Pio IX – quando definiu o dogma da Assunção de Maria, em 1950, na sua encíclica Munificentissimus Deus. Infalibilidade? De quem? Papal? Quem é infalível? Para que alguém pudesse ser infalível seria necessário que soubesse tudo de tudo; logo, como é impossível que alguém saiba tudo de tudo, o que quer que seja absolutizável ou o que tenda a ser absolutizante estão equivocados na origem. Nesta matéria, a coisa já começa troncha quando se admite que Maria tenha sido a Mãe de Deus (Mater Dei)! A Mãe do Mestre Jesus, não há dúvida: Maria foi. Mas, não me consta que Jesus, em qualquer momento de sua existência terrena, tenha dito que era Deus. Entre outros motivos, isto foi urdido, tramado e arquitetado para minimizar a posição de Maria de Magdala no âmbito do Catolicismo. É em vosso interior que está o Filho do Homem. (Evangelho de Maria de Magdala).

 

 

O então Cardeal Pacelli (depois, Pio XII)
com Adolf Hitler, em 2 de março de 1939.

 

 

O Tribunal de Nuremberg representou um marco no Direito Internacional contemporâneo, que discutiu juridicamente, pela primeira vez, entre outras controvérsias, até onde o homem poderia ir nas suas experiências científicas com vidas humanas. Responsabilidades foram imputadas aos antigos comandantes nazistas. Do ponto de vista jurídico, princípios e elementos fundamentais do Direito Penal foram negados, como o da legalidade, pois a incriminação de fatos pretéritos, quando foram praticados pelos nazistas, não eram considerados crimes, portanto a condenação por enforcamento imposta aos acusados, sem direito a qualquer recurso, é vista pelo Direito, como pena arbitrária.

Visto por muitos como um tribunal dos vencedores sobre os vencidos, o que lhe dá um caráter de improviso e arbitrariedade, o Tribunal de Nuremberg não deixou de ser uma conquista jurídica das nações e dos oprimidos, que diante de um regime totalitário e de uma liderança opressora, determinou a punição dos seus algozes. Mais do que a revanche dos aliados sobre os inimigos de guerra, Nuremberg representou a justiça da deontologia, que executou a maioria dos seus condenados, justiçando moralmente milhares de vidas desaparecidas nos campos de batalha, nas prisões nazistas, nos campos de concentração, nas câmaras de gás e nas valas comuns dos esqueletos esquecidos e sem nome.

Dentre os 24 ex-líderes da Alemanha nazista indiciados, 21 sentaram-se no banco dos réus. Constavam nomes que, em outros tempos, representavam o terror para muitos que viviam sob a sua opressão. Entre eles estavam Hermann Goering (que cometeu suicídio na prisão ingerindo uma cápsula de cianeto de potássio, em 15 de outubro de 1946), Rudolf Hess (ainda prisioneiro em Spandau, morreu em 17 de agosto de 1987) e Joachim von Ribbentrop (condenado à morte por crimes de guerra e enforcado em 16 de outubro de 1946).

Todavia, se os principais próceres nazistas foram julgados e expostos publicamente, os executores de suas ordens, em sua grande maioria, escaparam ilesos, pois foi impossível capturar todos eles, apesar do esforço do Mossad (serviço secreto do Governo de Israel, com sede em Tel Aviv) e de Simon Wiesenthal (1908 – 2005), um sobrevivente de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial que dedicou a sua vida a localizar, identificar e levar à justiça criminosos nazistas. Simon Wiesenthal foi responsável pela prisão de mais de 1100 criminosos nazistas, como foi o caso de Adolf Eichmann, alto oficial nazista que organizava o transporte de judeus para diferentes campos de extermínio na Europa, tendo ficado, por isto, conhecido como o executor-chefe do Terceiro Reich. Encontrado por ele, Eichmann foi seqüestrado na Argentina pelo Mossad, e, em 1962, levado para Israel para ser julgado.

Enfim, será que a Humanidade aprendeu a lição? Acho que não.

 

Observação editada das fontes:

http://www.enciclopedia.com.pt/
news.php?readmore=238

http://jeocaz.wordpress.com/
2009/06/30/o-tribunal-de-nuremberg/

 

 

Tribunal de Nuremberg

Tribunal de Nuremberg
– os vinte e um criminosos de guerra –

 

 

Bibliografia:

SAINT-YVES D'ALVEYDRE, Joseph Alexandre. El Arqueómetro (Clave de todas las religiones y de todas las ciencias de la antigüedad - reforma sintética de todas las artes contemporáneas). 2ª edição. Madrid: Luis Carcamo, editor, 1997, p. 189.

 

Música de fundo:

Dark Voices
Composição: Eric Lévi
Interpretação: Era

Fonte:

http://search.4shared.com/search.html?searchmode
=2&searchName=Era+-+Dark+Voices

 

Página da Internet consultada:

http://harith15.wordpress.com/