PAGA LO QUE DEBES!

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Entortaste a retidão?

Paga lo que debes!

Descalibraste a calibração?

Paga lo que debes!

 

Sucumbiste à corrupção?

Paga lo que debes!

Comichaste a comichão?

Paga lo que debes!

 

Simulaste perfeição?

Paga lo que debes!

Ocultaste incorreção?

Paga lo que debes!

 

Bifaste no mensalão?

Paga lo que debes!

Afanaste no petrolão?

Paga lo que debes!

 

Foste aliado do Barão?

Paga lo que debes!

Foste parceiro do Bocão?

Paga lo que debes!

 

Violaste a legislação?

Paga lo que debes!

Destroçaste a plantação?

Paga lo que debes!

 

Impuseste tua opinião?

Paga lo que debes!

Obstaste a compreensão?

Paga lo que debes!

 

Adulaste um maganão?

Paga lo que debes!

Desbastaste o Sansão?

Paga lo que debes!

 

 

Sansão e Dalila

Sansão e Dalila
(Pintura de Francesco Morone)

 

 

Forjaste um foguetão?

Paga lo que debes!

Levantaste um murão?

Paga lo que debes!

 

Canhonaste com canhão?

Paga lo que debes!

Espetaste um ladravão?

Paga lo que debes!

 

Interrompeste a conexão?

Paga lo que debes!

Intrincaste a coerentização?

Paga lo que debes!

 

Mataste um cabrão?

Paga lo que debes!

Criticaste um beberrão?

Paga lo que debes!

 

Aceitaste um tostão?

Paga lo que debes!

Topaste uma cavilação?

Paga lo que debes!

 

Aderiste à terrorização?

Paga lo que debes!

Apoiaste a degolação?

Paga lo que debes!

 

 

 

 

Seqüestraste um avião?

Paga lo que debes!

Atropelaste a multidão?

Paga lo que debes!

 

Enganaste o povão?

Paga lo que debes!

Bigodeaste um ancião?

Paga lo que debes!

 

Dificultaste uma realização?

Paga lo que debes!

Desquietaste a quietação?

Paga lo que debes!

 

Deslustraste uma adoração?

Paga lo que debes!

Depreciaste uma religião?

Paga lo que debes!

 

Catalisaste uma rebelião?

Paga lo que debes!

Aumentaste o buracão?

Paga lo que debes!

 

Votaste num canalhão?

Paga lo que debes!

Sufragaste um velhacão?

Paga lo que debes!

 

Imitaste uma imitação?

Paga lo que debes!

Desafinaste na canção?

Paga lo que debes!

 

Profetizaste um balão?

Paga lo que debes!

Estimulaste uma agitação?

Paga lo que debes!

 

Avultaste a inflação?

Paga lo que debes!

Diminuíste a deflação?

Paga lo que debes!

 

 

 

 

Detestaste um afegão?

Paga lo que debes!

Amaldiçoaste o Islão?

Paga lo que debes!

 

Imprecaste contra o trovão?

Paga lo que debes!

Maldisseste o furacão?

Paga lo que debes!

 

Recusaste uma demão?

Paga lo que debes!

Não ofereceste proteção?

Paga lo que debes!

 

Excluíste um folgazão?

Paga lo que debes!

Rasteiraste um anão?

Paga lo que debes!

 

Fingiste ser bicho-papão?

Paga lo que debes!

Escureceste a negridão?

Paga lo que debes!

 

Traíste um sacristão?

Paga lo que debes!

Burlaste um ranzinzão?

Paga lo que debes!

 

Cagüetaste com razão?

Paga lo que debes!

Cagüetaste sem razão?

Paga lo que debes!

 

Julgaste com exageração?

Paga lo que debes!

Julgaste sem exageração?

Paga lo que debes!

 

Condenaste sem isenção?

Paga lo que debes!

Absolveste sem isenção?

Paga lo que debes!

 

Trocaste o sim pelo não?

Paga lo que debes!

Acolitaste um dragão?

Paga lo que debes!

 

Magia Negra por opção?

Paga lo que debes!

Crueldade por propensão?

Paga lo que debes!

 

Fomentaste a desunião?

Paga lo que debes!

Instigaste a bifurcação?

Paga lo que debes!

 

Não dividiste o pão?

Paga lo que debes!

Não tiveste compaixão?

Paga lo que debes!

 

Cedeste à miralusão?1

Paga lo que debes!

Elegeste a astralização?

Paga lo que debes!

 

Esmagaste um pulgão?

Paga lo que debes!

Aniquilaste um tubarão?

Paga lo que debes!

 

Confundiste pavão com bisão?

Paga lo que debes!

Indistinguiste gato de leão?

Paga lo que debes!

 

 

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Quebraste um lampião?

Paga lo que debes!

Destruíste o capim-limão?

Paga lo que debes!

 

Andaste na contramão?

Paga lo que debes!

Impediste a erudição?

Paga lo que debes!

 

Mentiste na Confissão?2a

Paga lo que debes!

Desmereceste a Comunhão?2b

Paga lo que debes!

 

Ventaste um pastelão?

Paga lo que debes!

Desazeitonaste um empadão?

Paga lo que debes!

 

Envenenaste uma convicção?

Paga lo que debes!

Desmantelaste uma persuasão?

Paga lo que debes!

 

Corneaste o bodegão?

Paga lo que debes!

Retardaste a solução?

Paga lo que debes!

 

Agrilhoaste a libertação?

Paga lo que debes!

Surripiaste a Illuminação?

Paga lo que debes!

 

 

 

 

 

 

Observação:

Esse negócio de paga lo que debes é equivalente a serás premiado por teus bons atos. E assim, da boçalidade, nasceram o inferno e o céu, os deuses hipotéticos e os demônios supositórios. Ora, precisamos compreender que, no Universo, não há pagamento de nada porque ninguém deve nada a ninguém, a não ser, de certa maneira, a si mesmo, nem ninguém será premiado por xongas, porque não há fábrica de prêmios. O que há são oitavas em um Teclado ilimitado, e, desta forma, inexoravelmente, estamos sujeitos aos acontecimentos vibratórios inerentes e pertinentes à(s) oitava(s) na(s) qual(is) estamos encarnativa e efetivamente nos manifestando. É por isto que não existem sorte, azar, por acaso nem bala perdida. O karma nada mais é do que um estado temporário de mais (maior) ou de menos (menor) ignorância-desarmonia, que vai sendo relativamente zerado pelas sucessivas compreensões. É por isto que eu já disse sei lá quantas vezes, e direi mais uma: só a Compreensão Liberta(rá). Enfim, por que sublinhei relativamente? Porque quando zeramos o karma de um sistema ou de um plano, e, digamos assim, somos promovidos a outro sistema ou a outro plano, praticamente, ignoramos tudo deste novo sistema ou plano no qual começamos a nos manifestar, e, conseqüentemente, produziremos um novo tipo de karma que novamente precisará ser zerado. Até quando? Até sempre! Sempre haverá o que aprender, sempre haverá o que acrescentar, sempre haverá o que compensar. Não há diplomação definitiva nem para sempre. Para sempre só mesmo o próprio Universo e Suas Leis. Então, dito tudo isto, este rascunho que redigi, claro, está inteiramente incorreto. Para melhorá-lo um tiquinho, ao invés de paga lo que debes, você precisará ler compensarás o que deves. Todavia, entenda compensar como sendo um processo necessário de aprendizagem ou de ilustração, não de castigo ou de punição.

 

 

Aprendizagem ou Ilustração

 

 

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Notas:

1. Miralusão = Miragem + Ilusão.

2a e 2b. Aqui, não se trata de a Confissão e a Comunhão serem Sacramentos Católicos que não devem ser desrespeitados, não se trata da nossa melhor ou pior relação com o padre confessor, nem se trata também do nosso comportamento mais ou menos adequado perante o sacerdote celebrante. Tudo isto é irrelevante. O que importa – e é só isto o que importa – é a nossa vinculação-ligação-conexão com o Deus de nosso Coração, com o nosso Anjo da Presença e com a nossa personalidade-alma, que deve(rá) ser sempre absolutamente categórica, nobre e escorreita. Relativamente a isto e exclusivamente a isto, o outro-aí, seja ele quem for, não interessa absolutamente nada. Somos inteiramente responsáveis pelas nossas convicções e admissibilidades, quaisquer que sejam elas. O que for verdade para nós será o fio da nossa navalha, uma espécie de linha imaginária entre o crime e a lei, como disse Guilherme Arantes, ou, se você preferir, entre o karma e o dharma, entre o nosso céu interior e o nosso inferno interior. Para nós, a nossa verdade reconhecida, ainda que seja sempre relativa, deverá ser o nosso modelo de absoluta justeza, de exatidão, de rigor, de precisão e de conduta.

 

 

A Navalha de Occam

 

 

Comentário:

A Navalha de Occam ou Navalha de Ockham é um Princípio Lógico atribuído ao frade franciscano, filósofo, lógico e teólogo escolástico inglês, considerado como o representante mais eminente da Escola Nominalista, William of Ockham (Ockham, 1285 – Munique, 9 de abril de 1347), conhecido como o Doutor Invencível (Doctor Invincibilis) e o Iniciador Venerável (Venerabilis Inceptor). Este Princípio Occamiano afirma que a explicação para qualquer fenômeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação do mesmo, e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença aparente nas predições da hipótese ou da teoria. Freqüentemente, o Princípio é designado pela expressão latina Lex Parsimoniæ (Lei da Parcimônia) enunciada como: Entia non sunt multiplicanda præter necessitatem. (As entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade). O Princípio recomenda, assim, que se escolha a teoria explicativa que implique o menor número de premissas assumidas e o menor número de entidades. Hoje, é tido como uma das máximas heurísticas (regra geral) que aconselham economia, comedimento e simplicidade, especialmente nas teorias científicas. Resumindo: Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor. A Navalha de Occam defende a intuição como ponto de partida para o conhecimento do Universo. Seja como for, devemos estar alertas contra o excesso de zelo na aplicação do Princípio. Deve-se eliminar o supérfluo, mas, apenas isto. Concluindo: A Navalha de Occam é antecessora do chamado Princípio KISS, Keep It Simple, Stupid ou, em português, Simplifique, Estúpido – uma vulgarização da máxima de Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 – Princeton, 18 de abril de 1955) de que Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas, não mais simples do que isso, também expressa por Antoine Jean-Baptiste Marie Roger Foscolombe, Conde de Saint-Exupéry, popularmente conhecido como Antoine de Saint-Exupéry (Lyon, 29 de junho de 1900 – Litoral Sul da França, 31 de julho de 1944) como A perfeição não é alcançada quando já não há mais nada para adicionar, mas, quando já não há mais nada que se possa retirar. O que isto pretende significar? Isto pretende significar que Omnis Homo, in potentia, est Deus, Todo Ente-aí, em potência, é Deus, só que, na imensa maioria das vezes, devido a uma mistura de sentimento de inferioridade + complexo de inferioridade + ceguidão + sonolência, ele não sabe que é Deus.

 

 

Omnis Homo, in potentia, est Deus.

 

 

William of Ockham

William of Ockham

 

 

Música de fundo:

El Bodeguero
Composição: Richard Egües
Interpretação: Orquesta Aragón

Fonte:

http://www.yumusica.ws/orquesta-aragon-mp3-0e5405.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://giphy.com/gifs/animated-s-qiYi9tXC8DFLO

https://www.vecteezy.com/

http://therightscoop.com/

http://animagehub.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sans%C3%A3o

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Ockham

https://pt.wikipedia.org/wiki/Navalha_de_Occam

http://harboarts.com/

http://www.acs.psu.edu/

http://clipart-library.com/smiling-sun-clipart.html

https://br.pinterest.com/

https://dribbble.com/

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.