Este
fragmento
sobre A Vontade
e o Desejo, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky, foi traduzido
por Carlos Cardoso Aveline de Collected
Writings, T.P.H., Adyar, Índia, volume VIII, p. 109.
O material traduzido e reproduzido a seguir merece ser lido uma e
outra vez, de modo calmo e reflexivo. O tema não é fácil:
o estudante deve lembrar que enquanto a intenção não
for pura e elevada, é melhor que a vontade seja fraca. Assim, pelo
menos, a derrota e a queda serão menores. Antes que a intenção
se fortaleça, ela deve ser responsável, constante e deve estar
definitivamente voltada para o mundo do altruísmo e da Verdade Universal
(ainda que só percebamos e compreendamos verdades relativas). Enfim,
para que uma intenção possa se tornar vitoriosa, ela deverá
estar inseparavelmente ligada à Ética Cósmica (que
é sempre categórica) e à fraternidade unimúltipla
(que não admite exceções). O texto a seguir foi reproduzido
da fonte:
http://www.filosofiaesoterica.com/
para-fortalecer-a-vontade/
Adolf
Sieg Heil Tänzerin
( — Ou
você dança comigo... Ou dança!)
A Vontade e o Desejo
A
vontade é uma posse exclusiva dos seres-humanos-aí-no-mundo
neste nosso plano de existência. Ela o distingue do animal, no qual
só o desejo instintivo está desperto.
O
Desejo, no seu significado mais amplo, é a força criativa
única do Universo. Neste sentido, não há diferença
entre ele e a Vontade, mas, nós, seres humanos, nunca conheceremos
esta forma de Desejo, enquanto formos apenas humanos. Portanto, a Vontade
e o Desejo são considerados aqui como conceitos opostos.
Assim,
a Vontade é fruto do que é Divino, do Deus no ser-humano-aí-no-mundo;
o Desejo é a força que movimenta a vida animal.
A
maior parte dos seres-humanos-aí-no-mundo vive no desejo e através
do desejo, confundindo-o com a vontade. Mas, aquele que quiser vencer deverá
separar a vontade do desejo, e fazer com que sua vontade predomine, porque
o desejo é instável e muda o tempo todo, enquanto a vontade
é firme e constante.
Tanto
a vontade como o desejo são absolutamente criadores, e formam o ser
humano e também o ambiente ao seu redor. Mas, a vontade cria de modo
inteligente, e o desejo cria de modo cego e inconsciente. O homem, portanto,
faz a si mesmo à imagem dos seus desejos, a menos que ele crie a
si mesmo segundo o Modelo do que é Divino, através da sua
vontade, que é um produto da Luz.
A
tarefa do ser-humano-aí-no-mundo é dupla: 1ª) despertar
a vontade, para fortalecê-la pelo uso e pela vitória, e torná-la
capaz de governar com poder absoluto em seu corpo; e 2ª) purificar
o desejo.
O
conhecimento e a vontade são os instrumentos para obter esta purificação.
O
Desejo Purificado
Quando
o desejo passar a buscar o que é puramente abstrato, quando o desejo
perder todo traço e toda tonalidade de ego, então, ele se
tornará puro.
O
primeiro passo para alcançarmos esta pureza é eliminar o desejo
pelas coisas materiais, já que elas só podem ser apreciadas
pelo ego separado.
O
segundo passo é deixar de desejar para si até mesmo coisas
abstratas como poder, conhecimento, amor, felicidade ou fama, porque, afinal
de contas, estas coisas são todas egoístas.
A
própria vida ensina estas lições, porque todos esses
objetos de desejo se tornam frutos do Mar Morto, no momento em que são
alcançados. Isto nós aprendemos por experiência própria.
A percepção intuitiva capta a verdade positiva de que a satisfação
é alcançável só no Ilimitado; a vontade torna
esta convicção um fato real na consciência, até
que, afinal, todo desejo se torna centrado no que é Eterno.
Trechos
de Ísis Sem Véu
Éliphas
Lévi, o mago moderno, descreve a Luz Astral na seguinte frase: Dissemos
que para adquirir o Poder Mágico duas coisas são necessárias:
libertar a vontade de toda escravidão e usá-la sob controle.
A
vontade cria, pois, a vontade em movimento é energia, e a energia
produz matéria.
Fragmentos
de Textos Diversos
Citações
selecionadas de vários volumes de Collected Writings de Helena Petrovna
Blavatsky.
Mesmo
admitindo que a vontade do ser humano não seja a causa direta de
efeitos magnéticos, ainda assim, como assinala o senhor Donato, o
célebre magnetizador de Paris, a vontade influencia
e dirige muitas forças misteriosas em a Natureza, das quais a ciência
desconhece até a existência.
Lema
dos antigos Rosacruzes: Um
Adepto não é feito, mas, se faz a si mesmo.
O
Amor, quando é autenticamente altruísta e está unificado
com a Vontade, é um Poder
em si mesmo.
A
regularidade na vida consiste de regularidade na fala e na ação,
e estas não podem existir separadas das regularidades no pensamento
e no sentimento. Em Teosofia Prática, portanto, é necessário
que estas cinco condições coexistam, isto é: Pensamento
Correto, Sentimento Correto, Palavra Correta, Ação Correta
e Vida Correta, [que nada
mais são do que Desejo Correto e Vontade Correta].
A
oração e a contemplação, combinadas ao ascetismo
[que não é
um simples celibatarismo religioso-fideísta], são
os melhores instrumentos de disciplina para se tornar um Teurgista, quando
não há uma Iniciação regular, porque a intensa
oração para a realização de algum objetivo é
apenas uma intensa vontade e um intenso desejo, o que resulta em Magia inconsciente.
O
coronel Henry Steel Olcott (2 de agosto de 1832 –
17 de fevereiro de 1907), co-fundador do Movimento Teosófico em 1875,
em Nova Iorque, ao lado de Helena Petrovna Blavatsky e William Quan Judge
(13 de abril de 1851 –
21 de março de 1896), nunca foi um ateu, mas, sim, um budista esotérico,
que sempre rejeitou a idéia de um Deus antropomórfico. A oração
autêntica, isto é, o exercício da nossa intensa vontade
sobre os eventos (normalmente, provocados pelo acaso cego), com a meta de
determinar a sua direção, tampouco foi jamais algo rejeitado
por ele. Até mesmo as orações, tal como são
normalmente entendidas, nunca foram rejeitadas por ele, mas, simplesmente
consideradas inúteis, quando não são absurdas e ridículas,
como no caso de orações para parar ou para provocar chuvas
etc. Ao usar a palavra oração ele sempre quis dizer Vontade
– o desejo
ou o comando expresso magneticamente de que tal e qual coisa benéfica
para nós ou para outros venha a ocorrer.
Almejos
e Decepções
—
Tanto almejei,
que
conquistando,
enfim, terminei.
—
Tanto desejei,
que
o que eu queria,
um dia, faturei.
—
Mas, o conquistado
só
me deixou
transtornado.
—
E o que foi faturado
só
me deixou
abichornado.
—
E este transtorno-faturamento
se
transformou
em
insuportável tormento.
—
Isto aconteceu
porque
só dei leite e mel
ao
não-sou-não-eu.
— E, agora,
retribuo
e compenso
dia-a-dia,
hora a hora.
—
O tempo correu...
E
me libertei!
Venci
o não-sou-não-eu.
—
Subjuguei o ego.
Dominei
o Corpo Astral!
Não
sou mais um prego.
—
Solucionei os dilemas.
Calei
o pedro-botelho!
Arrombei
as algemas.
—
E, agora, invoco,
para
todos, sem exceção:
Paz
Profunda,
Sumo
Bem,
Beleza
Inigualável,
Santa
Vida,
Amor
Universal,
LLuz
Eterna...
Verbum Dimissum...
—
Que isto se traduza,
para
todos, sem exceção,
em
vida plena e digna.
—
E, agora, acrescento:
que
todos, sem exceção,
possam dizer: — Eu-sou.
—
E, agora, determino:
que
o império do mal
desapareça
da Terra e do Universo.
—
Está feito.
Está
selado.
Música
de fundo:
Sons of Liberty
Compositor: Hans Zimmer
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=Y8_dPHAe2MI
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.123rf.com/
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