PACO RABANNE

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Não devemos medir a nossa vida contando os calendários que já passaram, mas, sim, pelo que aprendemos. [Eu já penso que não devemos medir nada. Medir o quê? Medir por quê? Medir para quê?] Se você tiver que sofrer um trauma, é melhor que seja pelo choque de descobrir um princípio fundamental do Uni[multi]verso, e não por alguma data previsível, como o próximo dia 29 do mês de fevereiro. [Eu tive um amiguinho de infância/adolescência – Robert Krentel Leal, que a gente chamava de Bob – que nasceu em um 29 de fevereiro.] [In: Asas Para Viver (Running from Safety: An Adventure of the Spirit), de autoria de Richard Bach.]

 

 

 

 

Poderá haver algo pior do que nos sentirmos velhos e acabados? [Ibidem.]

 

 

 

 

Todos nós somos criaturas eternas. [Estamos no Unimultiverso e o Unimultiverso está em nós.] Essa estranha sensação de ser 'mais jovem ou mais velho' se deve ao contraste entre o esdrúxulo senso comum e a verdade incontestável: que a consciência não tem idade alguma. Como a nossa mente ainda não consegue coordenar concertadamente isso de acordo com as regras do espaço-tempo ela desiste de tentar. Quando percebemos que não somos tão velhos quanto nossos números parecem indicar, dizemos: Que sensação esquisita! E mudamos de assunto. Portanto, se dissermos para nós mesmos 'eu não tenho idade', desaparecerão todos os contrastes, e a sensação estranha de ser macróbio também desaparecerá. [Eu por exemplo, que nasci no dia 5 de julho de 1946, e que, portanto, tenho 76 anos, quando cismo de dizer para mim mesmo que não tenho idade, sinto-me como se tivesse 75!] Se o nosso corpo físico for a expressão perfeita do que pensarmos dele, e se o que pensarmos do corpo for que a sua condição exterior está intimamente relacionada à sua imagem interna, mas, não ao tempo [que não é ], não precisaremos mais nos preocupar sobre sermos jovens nem nos assustar porque já somos muito velhinhos, meio gagás [e .] [Ibidem.]

 

Um dia, no começo do século passado,
alguém de alto escalão, lá no céu, me comunicou:
Prepara-te; está chegando a hora de reencarnares.
Precisas cumprir a missão que te comprometeste.

Eu, que há séculos esperava aquela oportunidade,
fiquei todo contente, tomei um banho,
passei um desodorante cheiroso,
borrifei-me com ,
fiz a minha malinha, separei o passaporte...
E, como criança que vai ao circo, ansioso, aguardei.
Mas, não posso deixar de registrar que alguns caras-de-pau,
que esperançavam há mais tempo do que eu
para reencarnar e seguir viagem,
se insurgiram e reclamaram pra chuchu.
Eu, que sabia o porquê do meu retorno,
fiquei na minha e não disse uma palavra.
Só fiquei pensando no autor do Eclesiastes,
que deveria ter começado a sua obra assim:
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todos os propósitos tanto no céu quanto debaixo do céu.
Há tempo de reencarnar e tempo de esperar para reencarnar...
Logo, se insurgir e reclamar não adianta xongas.
Humildade! Sempre humildade!

Bem, conscientemente, eu já decidira
que, desta vez, nasceria no Patropi do Pelé.
No dia 5 de julho de 1946, logo de manhãzinha,
tomei o avião celestial e desembarquei
na Casa de Saúde São Sebastião, no Rio de Janeiro.
Chorei...
Mamei...
Brinquei...
Estudei...
'Pequei' às pampas...
Casei...
Descasei...
Recasei...
Ensinei...
Ajudei...
Servi...
Protegi...
.................
.................
.................

Como sói acontecer, avelhei...
Fiquei macróbio e meio gagá.
Fiz o melhor que pude, sim,
e tentei, ao máximo, ser sincero.
Todavia, falhei em algumas coisas,
causei certos desequilíbrios
e fui menos do que poderia ter sido.
Cavacos do ofício encarnativo!
No futuro, eu compensarei tudo isto.
Mas, como sei que a morte não existe,
não tenho medo de bulhufas.
Como é possível que as pessoas
tenham medo do que não existe?
Como é possível que as pessoas
acreditem em teologias hipotéticas e fraudulosas?
Como é possível que as pessoas
tentem negociar com os deuses que elas inventaram?

Hoje, com toda sinceridade,
dignamente, aguardo o instante
em que, cônscio, partirei para a minha
colorida

Um dia, retornarei novamente.
Espero ser um pouco melhor do que fui
e fazer mais do que fiz nesta encarnação.

 

 

Simbolicamente

 

 

Música de fundo:

PHANTOM, the new fragrance for men | PACO RABANNE

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=NjDTuucnvSI

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.deviantart.com/

https://www.flaticon.com/free-icon/ufo_1008114

https://www.subpng.com/png-cdd4hp/

https://www.animatedimages.org/cat-clowns-154.htm

https://gfycat.com/stickers/search/mummy%3A+gif

https://gifdb.com/

https://www.pacorabanne.com/ww/pt/fragrance/test-prod

https://giphy.com/explore/down-arrow-sticker

https://www.ilikesticker.com/Store/en

https://www.istockphoto.com/br

https://br.pinterest.com/pin/13159023898978251/

 

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