A OUTRA MARGEM DO CAMINHO
(2ª Parte)

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Informação Preliminar

 

 

 

Este estudo se constitui da 2ª parte de um conjunto de fragmentos garimpados e eventualmente comentados na obra A Outra Margem do Caminho, entrevistas realizadas na Índia, na Califórnia e na Europa, de autoria de Jiddu Krishnamurti.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Jiddu Krishnamurti

Jiddu Krishnamurti

 

 

 

Jiddu Krishnamurti (Madanapalle, 11 de maio de 1895 – Ojai, 17 de fevereiro de 1986) foi um filósofo, escritor, orador e educador indiano. Proferiu discursos que envolveram temas como revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global. Constantemente, ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano, e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, seja política, seja social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do autoconhecimento, bem como da prática correta da meditação do ser-humano-aí-no-mundo liberto de toda e qualquer forma de autoridade psicológica.

 

O cerne dos seus ensinamentos consiste na afirmação de que a necessária e urgente mudança fundamental da sociedade só poderá acontecer através da transformação da consciência individual. A necessidade do autoconhecimento e da compreensão das influências restritivas e separativas das religiões organizadas, dos nacionalismos e de outros condicionamentos foram por ele constantemente realçadas.

 

 

 

Fragmentos Krishnamurtianos

 

 

 

A Meditação é um movimento dentro do Silêncio, pois, o Silêncio da mente é o veículo da Ação. Por outro lado, a ação nascida do pensamento é inação e gera desordem. Este outro tipo de silêncio não resulta do pensamento, e tampouco é a cessação da tagarelice da mente. A mente só pode estar tranqüila quando o próprio cérebro está quieto. As células cerebrais, que durante tanto tempo foram condicionadas para reagir, projetar, defender, afirmar, negar etc. só se tornam quietas ao vermos efetivamente O-que-realmente-é. Só deste Silêncio em que deixaram de existir o observador, o centro e o experimentador poderá nascer a Ação não causadora de desordem. Então, Ver é Agir. Só se pode Ver de dentro de um Silêncio no qual cessaram toda a avaliação, todos os valores morais [e todo e qualquer tipo de desejo].

 

 

O Anti-silêncio

O Anti-silêncio

 

 

Que significado e qual a utilidade efetiva poderão ter os deuses e as deusas fabricados pelos seres-humanos-aí-no-mundo, concebidos por suas mentes, esculpidos por suas mãos, vestidos de sedas, ornados de grinaldas, cobertos de jóias de inestimável valor e depositados em templos e igrejas para serem adorados? Por que será que os seres-humanos-aí-no-mundo adoram a si mesmos em imagens que eles próprios fabricam com suas mentes e com suas mãos? Você já reparou que todos os deuses e todas as deusas têm de ser adorados em mistério e no escuro? Mas, por quê? Porque de outro modo não existiriam. Enfim, o medo e o terno céu azul sempre foram, são e sempre serão tão distantes um do outro! Só quando e se pusermos de parte as crenças, os medos, os dogmas, os rituais e a respeitabilidade criada pelo cultivo de qualquer religião, talvez, venhamos a descobrir o que é, de fato, uma Vida Religiosa (ou uma Vida Espiritual), incontaminada pelo pensamento humano. E esta Vida Religiosa não está na outra margem do rio; está neste lado, onde se acham todas as agonias e dores dos seres-humanos-aí-no-mundo. É este lado [o lado de cá, ou seja, a nossa encarnação] que temos de compreender, e a ação da compreensão é um Ato Religioso, e não se cobrir de cinzas, ajoelhar, cingir os quadris com uma tanga ou a cabeça com uma mitra, ocupar o trono dos poderosos ou ser transportado no dorso de um elefante. O que deveria ser é um mito; é a moralidade criada pelo pensamento e pela fantasia, moralidade que devemos rejeitar social, religiosa e profissionalmente. Esta rejeição não vem do intelecto, mas, é, com efeito, um sereno abandono do padrão dessa moralidade imoral. Seja como for, só com a terminação do sofrimento pois, o sofrimento é o resultado do pensamento egocêntrico poderemos sair do mundo da guerra, da prenoção, do eusismo, do ódio, da separatividade e da violência. Este ato de sair é a Verdadeira Vida Religiosa, pois, esta Vida Religiosa não alimenta nenhuma crença, porque, simplesmente, não tem amanhã [nem qualquer tipo de esperança].

 

Se, deliberadamente, assumirmos uma atitude, uma postura, a fim de meditar, esta meditação se tornará um divertimento, um brinquedo da mente. Se nos determinarmos a nos livrar da confusão e da angústia da vida, isto será uma experiência da imaginação, e não meditação. A mente consciente e a mente inconsciente não devem tomar parte nenhuma na meditação; não devem sequer ter conhecimento da vastidão e da beleza da meditação. Se o tem, então, tanto vale meditar quanto ler um romance. Na atenção total da Verdadeira Meditação, não há conhecer, não há reconhecer, não há relembrar, [não há querer alcançar nada]. Na Verdadeira Meditação, o tempo e o pensamento cessam completamente, já que constituem o centro que limita sua própria Visão. No momento da Illuminação, o pensamento definha e morre, e o esforço consciente para experimentar este momento e guardar sua lembrança é palavra morta, pois, a palavra nunca é o Real [Atual]. Naquele momento que não pertence ao tempo a Realidade Final se torna imediata, mas, esta Suprema Realidade não tem símbolo, e não pertence a ninguém nem a nenhum deus.

 

No Silêncio, nós e Ele não somos coisas separadas, pois, desaparece toda a distância entre as coisas.

 

 

Joe Biden/Donald Trump

(Não é Make America Great Again;
é Make Humanity One Forever)

 

Crença é uma coisa; Ver é outra. A crença, tal como a fé, leva à escuridão. Ao longo do caminho da fé e da crença não se encontra nenhuma Realidade; só fantasia.

 

O pensamento recorre à crença a fim de se proteger contra o medo que ele próprio criou. E o movimento do pensamento não tem a liberdade da atenção que percebe a Verdade [ainda que esta percepção seja sempre relativa. Progressivamente, porém, sempre relativa.]

 

 

Andando

 

 

O Sublime deverá vir a nós, se tivermos 'Boa Sorte', e esta 'Boa Sorte' é a Janela aberta do nosso Coração, e não do pensamento. [Então, não há sorte nem azar; há, sim, Bom Combate ou deixa-pra-lá.]

 

A partir de uma determinada Dimensão [Freqüência Vibratória], o Amor não tem mais problemas sociais. Nesta Dimensão não há separação racial, separação de classes e separação intelectual. Só os desiguais sentem a necessidade de igualdade. São os superiores que necessitam manter esta divisão, ou seja, manter sua classe e seus modos de vida. E os inferiores estão sempre a lutar para tomar o lugar dos superiores, e os oprimidos para tomar o lugar dos opressores.

 

Os problemas da sociedade não podem ser extintos pela moralidade que a sociedade inventou. O Amor não tem códigos de moral; o Amor não é reforma. Quando o Amor se torna prazer, a dor é inevitável. O Amor não é pensamento, e é o pensamento que dá o prazer o prazer sexual, o prazer do sucesso, [o prazer da conquista, o prazer da vitória]. O pensamento dá força e continuidade ao prazer do momento. O pensamento, pelo pensar nesse prazer, lhe dá a vitalidade do seguinte momento de prazer. Esta exigência de prazer é o que chamamos sexo, não? Ele é acompanhado de uma grande abundância de afeição, ternura, desvelo, companheirismo etc., mas, através de tudo, passa o fio da dor e do medo. E o pensamento, com sua atividade, torna esse fio inquebrável.

 

Quando o prazer, que tanto nos deleita, termina por velhice, por acidente, com o tempo ou por um outro motivo qualquer caímos na rede, e a aflição se torna, então, a nossa sombra. Mas, Amor não é prazer, e tampouco é produto do desejo; por esta razão, devemos entrar em uma Dimensão diferente. Nela, os nossos problemas e todas as questões serão resolvidos. Fora desta Dimensão, não importa o que façamos, haverá sempre angústia e confusão.

 

 

Angústia e Confusão

Angústia e Confusão

 

 

Todas as religiões pregam a liberdade, embora tenham o cuidado de aprisionar o homem em seus dogmas e em suas respectivas crenças, ameaças e ideologias, desmentindo, com suas promessas e com seus atos, tudo o que pregam.

 

O que realmente conhecemos e o que realmente existe é a escravidão, não só às coisas externas, ao lar, à família, ao emprego, mas, também, interiormente, à tradição, aos hábitos, ao prazer de dominar e de possuir, ao medo, ao êxito e a tantas outras coisas. Estamos escravizados a todas essas coisas, tanto exteriormente como interiormente, e esta escravidão é o que é. A resistência ao que é chamamos liberdade. Resistimos ou fugimos ao que é ou procuramos suprimi-lo, esperando que assim alcançaremos uma certa forma de liberdade. Interiormente, só conhecemos duas coisas: escravidão e resistência; e a resistência, como, por exemplo, conservar o prazer, cria a escravidão. Logo, resistência é escravidão, escravidão é dor [e dor é impossibilidade]. Tanto tentar conservar como rejeitar são formas de resistência, e liberdade não é resistência.

 

Lutei e resisti
aos meu defeitos.
Deles continuei escravo.
Um dia, compreendi
o porquê dos meus defeitos.
Deles deixei de ser escravo.

 

 

Prisão

Desejos + Cobiças + Paixões

 

Se um estranho, um agente externo, responder a uma pergunta que fazemos, ficaremos, então, na dependência dele, e esta dependência se torna uma autoridade, ou seja, uma resistência. Logo, precisamos ficar livres de qualquer autoridade, [e buscar as respostas para as nossas dúvidas existenciais em nosso interior. O lado de fora é semelhante a uma prisão sem grades!]

 

Ver é ser Livre, e só se pode Ver em Liberdade. E Liberdade é Percebimento Sem Escolha [e sem qualquer tipo de julgamento ou de encaixamento em um padrão de moralidade social, porque não é um produto do pensamento.]

 

Enquanto eu observava a luz do Sol nascente refletida no rio, a minha Meditação se desdobrava. A própria luz fazia parte desta Meditação, enquanto eu olhava as águas inquietas e rutilantes, naquela manhã serena de inverno, não com uma mente ocupada em traduzi-la, dar-lhe um certo sentido, porém, com olhos que viam a luz e nada mais.

 

Naquele inverno,
eu vi o rio...
E nada mais!
E vi a Luz do Sol
refletida no rio...
E nada mais!
E vi as águas
inquietas e rutilantes
do rio que passava...
E nada mais!
E, em Silêncio,
ouvi a Voz do Silêncio...
E nada mais!
E, ouvi a Voz
do meu Deus Interior...
E nada mais!
E compreendi
que eu mesmo, tudo e todos
somos Deuses eternos...
E nada mais!
E compreendi
que, no Universo,
só existem Deuses eternos...
E nada mais!
E compreendi
que absolutamente nada
poderá destruir os Deuses eternos...
E nada mais!
E compreendi
que os Deuses eternos
não podem ser destruídos,
porque nunca houve um começo
nem jamais haverá um fim...
E nada mais!

 

Meditação é Luz da mente que Illumina o caminho para a ação. Sem esta Luz, o Amor não existe.

 

Ver é Ser Livre, e quando a Visão produzir a Liberdade não se aceitará mais convite de espécie alguma, pois, a própria mente se tornará o Imensurável, o Ilimitado. Ver e Ser Livre são coisas absolutamente necessárias. Mas, Ver e Ser Livre é estar livre da ânsia de ver e estar livre das esperanças depositadas na ciência, na tecnologia e nas religiões. Essas esperanças só geram ilusões.

 

Habituar-se é lastimável. Nós nos habituamos tanto à beleza quanto à fealdade, e perdemos o Dia Novo. Habituar-se é mesmo uma lástima!

 

Somos nós que dividimos a vida em coisas sagradas e coisas não-sagradas, em coisas imorais e coisas morais. E estas divisões geram aflição e violência. O sagrado existe, sim, mas, não está na palavra, não está na estátua e não está na imagem que o pensamento criou. [O Sagrado está em nós!]

 

Disciplina, como em geral se entende, é ajustamento a um absurdo padrão de sanções políticas, de constrangimentos sociais e de dogmas religiosos. Nisso não há nenhuma liberdade. Disciplina significa aprender; e o aprender nega toda autoridade e toda obediência. Disciplina é aprendizagem, e não ajustamento. E, para aprender, é necessário haver liberdade.

 

Transportar o passado para o presente e traduzir o movimento do presente em conformidade com o passado destroem a beleza viva do presente. Temos de empreender a Viagem sem levar qualquer tipo de carga. Temos de empreender a Viagem só na companhia da Beleza e do Amor. [E empreender a Viagem só na companhia da Beleza e do Amor significa empreender a Viagem com o nosso Deus Interior.]

 

O Amor é sempre integral.

Mergulhar no vazio abençoado... Um estado de beatitude!

 

Aqueles que fazem voto de castidade têm problemas sensuais. O voto representa apenas um meio de resistir aos incontroláveis desejos. São tempos muito difíceis, cheios de solidão, de frustração, de medo da loucura e de explosões neuróticas.

 

O Amor não pode ser dividido em sagrado e profano. O Amor não pode ser fragmentado em impessoal e pessoal, em sensual e espiritual, em minha pátria e vossa pátria, em meu deus e vosso deus... É uma coisa indivisível, integral, que o pensamento não pode fracionar. Em nós, o Amor é um estado que corresponde à beleza, traduzida em ternura.

 

A repetição de uma certa coisa, por mais agradável que seja, é um processo destrutivo.

 

Toda espécie de conflito é um desperdício de energia.

 

 

Luta

 

 

De maneira geral, o ser-humano-aí-no-mundo está tão condicionado pelo velho, que não é capaz de achar o caminho para o novo.

 

Quando o "novo" é oposto ao "velho" ele também é "velho". Precisamos aprender a olhar todas as coisas com olhos límpidos, sem a lembrança de ontem.

 

Olhei e lembrei;
condicionado continuei.
Olhei e não lembrei;
descondicionado me tornei.

 

Quando exigimos prazer a qualquer preço não há Amor.

 

Muito importa conhecermos a nós mesmos, independentemente de qualquer fórmula ou de qualquer guru. Esse constante percebimento-sem-escolha põe fim a todas as ilusões e a toda a hipocrisia.

 

Por mais que se esforce, o homem dado à crença e ao dogma não pode entrar na esfera da meditação. Para meditar, é necessária liberdade. Não há primeiro meditação e depois liberdade; a liberdade a total negação da moralidade e dos valores sociais é o primeiro movimento da meditação. Portanto, esta não é uma atividade pública em que muitos podem participar e fazer orações. A meditação está fora dos limites da conduta social.

 

A Verdade não se acha nas coisas do pensamento ou naquilo que o pensamento fabricou e chama "verdade".

 

Para podermos fazer descobrimentos, cumpre pôr à margem toda e qualquer autoridade.

 

Uma causa produz o seu efeito, e o efeito, por sua vez, se torna uma causa. Não há separação entre ambos; trata-se de um só movimento. Este movimento chama-se "tempo".

 

A percepção do agora só pode existir na liberdade, e a liberdade não é cultivável pelo pensamento. O real é o único fato; o real é o agora. Ver O-que-é, sem o ontem, é o agora. O agora é o silêncio do ontem.

 

A Meditação só virá se o Coração estiver realmente aberto. Aberto, não com a chave do pensamento, como um cofre guardado pelo intelecto, porém, aberto como o céu sem nuvens. Então, a Meditação virá, sem a pressentirmos, sem a chamarmos.

 

O Alvo final! Este é como um sonho longínquo, que se esvai e de novo se aviva, ora palpitando com força, ora sem significação nenhuma. A inocência é o único tesouro que o homem pode possuir e deve possuir. Temos de morrer todos os dias para todas as coisas que a mente prendeu e conserva. De outro modo, não haverá Liberdade. Na Liberdade, existe vulnerabilidade. Não há primeiro uma coisa e depois a outra tudo é um só movimento: o vir e o ir. Só a plenitude do Coração é inocente. [Não existe Alvo final!]

 

Ora se esvai,
ora se aviva,
ora palpita,
ora adormece,
ora acrescenta,
ora subtrai,
ora dia,
ora noite,
ora sim,
ora não,
ora existência,
ora inexistência!
O Alvo final!
Não há final!
Final-recomeço!
Recomeço-final!
Rotina-da-vida!
Rotina-solidão!
Amargura!
Desamparo!
COVID-19!
Coronavírus!
Pandemia!
Saudade!
Insignificância!
Alegrias!
Tristezas!
Crueldade!
Hipocrisia!
Transigência!
Imprudência.
Compensação!
Aprendizado!
Desapego!
Só a Compreensão
gerará a Libertação!
Só Morrendo Renasceremos!
Renasce
ndo seremos Deuses!
Não existe
Alvo final!
Todo Alvo-síntese
se transforma em um
Alvo-tese.

 

... Tese —› Antítese —› Síntese ... Tese —› ...

 

Meditação significa esvaziar a mente do conhecido. Esvaziar significa: nada acumular.

 

O conhecido é a ação da vontade, e a vontade em ação é a continuação do conhecido; por conseguinte, a ação da vontade não pode de modo nenhum esvaziar a mente. A "mente vazia" não pode ser adquirida em nenhum mercado; torna-se existente quando o pensamento está bem cônscio de suas próprias atividades, e não quando o pensador está cônscio do seu pensamento.

 

A meditação é a inocência do presente e, em conseqüência, é sempre só.

 

O futuro pertence ao passado.

 

A solidão auto-imposta nos leva, gradual, mas, inconscientemente, ao suicídio. Não encontraremos uma nova maneira de viver sem abandonarmos a velha. Precisamos compreender que não há segurança nenhuma nas relações, na crença e na ação, e por a procurarmos é que criamos desordem. Toda busca por segurança gera desordem, pois, a ordem não é produto do pensamento.

 

Morri para o mundo,
mas, meus desejos não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas paixões não morreram.
Morri para o mundo,
mas, meus anseios não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas manias não morreram.
Morri para o mundo,
mas, meus preconceitos não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas cobiças não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas ambições não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas aspirações não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas esperanças não morreram.
Morri para o mundo,
mas, meus condicionamentos não morreram.
Morri para o mundo,
mas, meus temores não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas crenças não morreram.
Morri para o mundo,
mas, as coisas do mundo não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas 'miralusões' não morreram.
Morri para o mundo,
mas, minhas fantasias não morreram.
Não morri para o mundo!

 

A lembrança pertence sempre ao passado, e meditação não é ressurreição do passado.

 

A ânsia de possuir nunca deve entrar na meditação, porque a meditação não tem raiz nem substância alguma apreensível pela mente.

 

Que valor podem ter quaisquer palavras?

 

Esquecei o que foi dito.

 

Quando não há medida nem tempo, não existem limite nem contorno do vazio. Então, tudo existe nele, e nada está contido nele.

 

 

 

Continua...

 

 

 

Música de fundo:

Symphony Nº 6 (Pastorale), em Fá Maior, opus 68
Compositor: Ludwig van Beethoven

Fonte:

http://www.kunstderfuge.com/beethoven/variae.htm#Symphonies

Observação:

A Sinfonia nº 6 em Fá Maior, opus 68, de Ludwig van Beethoven, também chamada Sinfonia Pastoral, é uma obra musical precursora da música programática. Esta Sinfonia foi completada em 1808, e teve a sua primeira apresentação no Theater an der Wien, em 22 de dezembro de 18081. Dividida em cinco andamentos, tem por propósito descrever a sensação experimentada nos ambientes rurais. Beethoven insistia que essas obras não deveriam ser interpretadas como um quadro sonoro, mas, como uma expressão de sentimentos. É uma das mais conhecidas obras da fase romântica de Beethoven.

 

Páginas da Internet consultadas:

https://g1.globo.com/

https://giphy.com/gifs/uN9J8gNSFXA9a/html5

http://2yamaha.com

https://giphy.com

https://krishnamurtibox.wordpress.com/downloads/livros/

 

Direitos autorais:

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