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Notas:
1.
José Pereira da Silva explica e eu gostei: É possível
que fazer pé-de-alferes esteja relacionado com a locução
francesa pied d’affaires, por simples associação
fonética, como são muitas das etimologias populares.
Mas, como o alferes era um militar em meio de carreira na hierarquia
do Exército Colonial Brasileiro, sua posição
firme e inabalável é justificada por ter igual número
de patentes ultrapassadas e por ultrapassar. Se não fosse firme
não teria chegado até ali, mas se deixar de ser firme
não atingirá o fim da carreira. Na linguagem dos namorados,
fazer pé-de-alferes é fazer pé firme como se
fosse um alferes, não se abalando com a vizinhança da
mulher amada nem com um rival que talvez a corteje também.
É namorar com serenidade, sem medo e sem disparatadas emoções.
Carlos Drummond de Andrade, em Antigamente, diz: Antigamente,
as moças chamavam-se 'mademoiselles' e eram todas mimosas e
muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em
geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos
meses debaixo do balaio... Ora, nada disso serve a um picareta-bilontra.
Tudo tem que ser rápido, 'sacanocrático' e
muito bem orquestrado para não deixar rasto. Por isso a 'picalontragem'
do (des)conselho: — Com otário não
se faz um pé-de-alferes!
2.
E sempre dirá sim quando isto for possível. A verdade
é que um Rosa+Cruz –
qualquer que seja a Fraternidade Rosacruz a que pertença –
jamais trocará um não por um sim, e vice-versa. A vida
de um Rosa+Cruz é regida
exclusivamente por Imperativos Categóricos. Isso gera um tremendo
mal-estar nos 'picalontras'! Eu só posso dizer uma
coisa: paz e compreensão a todos os 'picalontras'.
3.
Para nada e para ninguém. Faça sol ou faça chuva!
Música
de fundo:
Criminal