______
Notas:
1. Raimundo Teixeira
Mendes (1855 – 1927) foi um filósofo e matemático brasileiro,
autor da bandeira nacional republicana. A
importância de Teixeira Mendes reside na sua vigorosa e contínua
atuação política, filosófica, social e religiosa,
baseada nos princípios propostos pelo filósofo francês
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (1798 – 1857),
isto é, no Positivismo, em sua versão religiosa (a Religião
da Humanidade). Teixeira Mendes, inicialmente, aderiu à obra estritamente
filosófica de Comte, ou seja, ao Sistema de Filosofia Positiva, recusando
o Sistema de Política Positiva. Todavia, a partir de uma viagem de
estudos que Miguel Lemos empreendeu a Paris, em que se converteu à
Religião da Humanidade, Teixeira Mendes foi convencido pelo amigo
da correção da obra religiosa de Comte, e, a partir daí,
iniciou uma longa e importante carreira apostólica e política,
influenciando os eventos sociais no Brasil, a partir de sua atuação
na Igreja Positivista do Brasil, sediada no Rio de Janeiro (então
capital do Império e, depois, da República). Enquanto Miguel
Lemos era o diretor da Igreja, Teixeira Mendes se tornou seu vice-diretor.
Ao longo da década
de 1880, Miguel Lemos e Teixeira Mendes empreenderam uma atividade de propaganda
do Positivismo e de interpretação da realidade sócio-político-econômica
brasileira à luz da doutrina comtiana, o que, em termos práticos,
significou, naquele momento, na defesa da abolição da escravatura,
da proclamação da República, na separação
entre a Igreja e o Estado e na instituição geral de reformas
que permitissem a incorporação do proletariado à sociedade
(ou seja, a inclusão social, no jargão comtiano). Em 1888,
a abolição da escravatura veio coroar de êxito parcial
seus esforços, juntamente com diversos outros líderes e agitadores
abolicionistas. Todavia, sua importância se tornou realmente grande
em 1889, quando o também positivista religioso Benjamin Constant
Botelho de Magalhães liderou o movimento que destituiu o Gabinete
do Visconde de Ouro Preto e proclamou a República, no amanhecer do
dia 15 de novembro. Imediatamente após a proclamação
da República, Miguel Lemos e Teixeira Mendes se reuniram com Benjamin
Constant para avaliar o movimento e a situação, e apoiar ou
não o novo regime. Embora preferissem outra direção
para os acontecimentos, a Nova República tinha o apoio da Igreja
Positivista. Quatro dias após a proclamação, no dia
19 de novembro, Teixeira Mendes apresentou ao Governo Provisório,
por meio do Ministro da Agricultura, o também positivista Demétrio
Ribeiro, um projeto de bandeira nacional republicana, em substituição
ao projeto anterior, cópia servil da bandeira estadunidense (apenas
com as cores trocadas). Este projeto atualizou a bandeira imperial, mantendo
o verde e o amarelo – indicando com isso a permanência da sociedade
brasileira – e substituindo o brasão imperial pela esfera armilar
com uma idealização do céu do dia 15 de novembro e
o dístico Ordem e Progresso (da autoria de Augusto Comte) –
indicando a evolução para um regime político aperfeiçoado
e que o espírito que deveria animar esse novo regime. O projeto foi
prontamente aceito. Nas décadas seguintes a atuação
de Teixeira Mendes fez somente crescer, com a participação
nos mais importantes eventos políticos da Nova República:
a separação entre a Igreja e o Estado, a revolta da vacina,
a negociação dos limites territoriais (por obra do Barão
do Rio Branco), a participação do Brasil na I Guerra Mundial,
a legislação trabalhista (então inexistente), o respeito
às mulheres, a proteção dos animais e inúmeros
outros. Embora desde 1905 Teixeira Mendes tenha assumido a liderança
da Igreja Positivista, em substituição a Miguel Lemos, que
se encontrava enfermo, não abandonou o título de vice-diretor
do Apostolado, mesmo em 1917, quando Lemos faleceu. Sua morte, em 1927,
parece pressagiar igualmente o fim de uma etapa do regime que ajudou a criar:
aquilo que os historiadores posteriores chamariam de República Velha
deixaria de existir três anos depois. Enterrado no cemitério
São João Batista, no Rio de Janeiro, seu cortejo fúnebre
parou a cidade do Rio.
2. Miguel Lemos (1854
– 1917) foi um filósofo brasileiro, de orientação
positivista. Estudou
na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e, nessa época, aderiu
ao Positivismo. Juntamente com Teixeira Mendes e Benjamin Constant fundou,
em 1876, a Sociedade Positivista Brasileira, a primeira do Brasil. Viajou
para Paris, onde conheceu Émile Maximilien Paul Littré (1801
– 1881) e Pierre Laffitte (1823 – 1903), os quais exerceram
grande influência sobre suas idéias. Sendo inicialmente adepto
da corrente positivista de Littré, em Paris pôde observar de
perto a abordagem de cada um desses discípulos de Augusto Comte e
comparou as versões filosófica (de Littré) e a religiosa
(defendida por Laffitte) do Positivismo, chegando à conclusão
de que a corrente positivista mais coerente e mais completa era a religiosa
(embora alguns anos depois tenha rompido com Laffitte). Da mesma forma,
em Paris, conheceu o chileno Jorge Lagarrigue (1854 – 1894), que realizou
transição semelhante (isto é, do littreísmo
para o laffittismo) e de quem se tornou grande amigo. Ainda em Paris, foi
ordenado Aspirante a Sacerdote da Humanidade, por Laffitte. Voltando
para o Brasil, iniciou uma contínua e enérgica ação
política, social e religiosa a partir dos princípios do Positivismo,
transformando a antiga Sociedade Positivista do Brasil, de caráter
acadêmico, mas apática, em Apostolado e Igreja Positivista
do Brasil. Nesta nova instituição, ocupava a posição
de Diretor, sendo seu vice-diretor o maranhense Raimundo Teixeira Mendes.
A Igreja Positivista do Brasil, imediatamente, tomou posição
a respeito das mais variadas questões sociais, políticas e
religiosas, entre as quais podemos citar: participação nas
campanhas abolicionista e republicana, defesa dos direitos sociais e trabalhistas
(incluindo, por exemplo, o direito de greve), o pacificismo, a separação
entre a Igreja e o Estado (isto é, o laicismo) e a defesa da justiça
social. A partir da década de 1900, todavia, por motivos de saúde,
passou a atuar cada vez menos na Igreja Positivista, cedendo lugar a seu
colega e amigo Teixeira Mendes.
Música
de fundo:
Mandy
Composição: Scott English & Richard Kerr
Interpretação: Barry Manilow
Fonte:
http://mp3lemon.org/song/417805/
Barry_Manilow_-_01_-_Mandy
Páginas
da Internet consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_relatividade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_da_luz
http://www.animatedimages.org/
img-animated-ufo-image-0032-81712.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Buraco_de_minhoca
http://www.xr.pro.br/FC/TELEPORTE/VIAGEMESPACIAL.HTML
http://en.wikipedia.org/wiki/Time_dilation
http://paralemdoagora.wordpress.com/
2014/03/14/o-educador-albert-einstein/
http://gutenver.tv/tag/geometrico/
http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/sabedoria/100
http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/sabedoria/90
http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/sabedoria/20
http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/sabedoria
http://www.animated-gifs.eu/
leisure-cinema-superman/005.htm
http://artie.com/credits.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Lemos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Teixeira_Mendes
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las,
se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar
que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei
do ar imediatamente.