Este
estudo oferece para reflexão alguns fragmentos de artigos publicados
por Ophelia Guimarães, médica, com especialização
e residência em Psiquiatria, e Irmã Probacionista da The
Rosicrucian Fellowship – Fraternidade
Rosacruz Max Heindel.
Agora, não se preocupe; os fragmentos selecionados são fáceis
de ser compreendidos.
Breve
Biografia
Ophelia
Guimarães, formada em Medicina com especialização e
residência em Psiquiatria, devotou sua vida à reabilitação
de pacientes com transtornos mentais, e também à redução
de danos de deficientes visuais. Cedo, tornou-se espiritualista, freqüentando
a Sociedade Teosófica do Rio de Janeiro e militando na causa do vegetarianismo.
No âmbito da Fraternidade Rosacruz Max Heindel, alcançou o
grau de Irmã Probacionista, servindo como conferencista e redatora
do Correio Rosacruz – Jornal Cristão-Espiritualista editado
pela Fraternidade Rosacruz Max Heindel – durante o ministério
de Irene Gómez Ruggiero, sendo responsável pela coluna Espiritualismo-Ciência.
Fragmentos
Rosacruzes
Homem
Vitruviano
(Lápis sobre papel, 1490)
por Leonardo Da Vinci (1452 – 1519)
O
estudo esotérico requer uma série de qualidades para que possa
proporcionar os resultados visados. São condições necessárias
para esses estudos: capacidade de concentração, domínio
da vontade, poder de relaxamento muscular e nervoso e controle do ritmo
respiratório.
Para
haver domínio consciente da vontade, é necessário o
conhecimento do sistema nervoso, de como se pensa, de como se sente e de
como os pensamentos e sensações se transformam em atos. Para
exercer este domínio em todo o organismo, devemos conhecer os nervos,
as suas relações e o funcionamento do seu sistema.
Respirar
convenientemente é não só condição essencial
de saúde como a base de muitos exercícios esotéricos.
É de toda a conveniência conhecer a anatomia do aparelho respiratório,
poder acompanhar mentalmente a passagem do ar através dos seus órgãos,
o que dará maior eficiência a todo o processo, com maior benefício
para o organismo.
Com
uma respiração correta, damos maior suprimento de oxigênio
ao nosso organismo. Há uma correlação muito grande
entre a respiração e a circulação sangüínea.
O sangue, ao passar pelos pulmões, é renovado com o ar aí
contido, fenômeno este denominado hematose. Quando nos cansamos ou
nos aborrecemos, tendemos a respirar rápido e superficialmente, não
completando a capacidade respiratória dos pulmões. Com isto,
damos um suprimento menor de oxigênio para o sangue. O coração,
inteligentemente, procura compensar esta falta e põe-se a trabalhar
com mais intensidade, procurando fornecer maior quantidade de sangue oxigenado
para as necessidades orgânicas. Devemos, portanto, quando cansados,
aborrecidos ou angustiados, procurar respirar ritmada e profundamente. Logo
virá uma sensação de calma, e o coração
voltará ao seu ritmo normal.
A
mente funciona através do cérebro. No cérebro, encontra-se
a parte principal do sistema nervoso central. O sistema nervoso é
o maior consumidor de oxigênio, devido à energia despendida
no funcionamento de seu delicado mecanismo. Se não lhe fornecemos
o oxigênio de que necessita, a função mental ficará
prejudicada.
A
título de experiência, como exercício de repouso mental,
devemos, eventualmente, simplesmente respirar. Respirar profunda e ritmadamente,
procurando preencher a capacidade respiratória, isto é, enchendo
os pulmões de ar, sem retenção e sem movimentos violentos.
Tranqüilamente, respirar tranqüilamente, dar oxigênio ao
organismo, normalizar a circulação, acalmar a mente, acalmar
as paixões, descansar... Deixar que um sentimento de paz compenetre
a mente, junto com o ar puro. Relaxar os músculos, relaxar os nervos
e sentir a quietude que sucede à tempestade.1
Freqüentemente,
dissociamos o corpo do espírito. Entregamo-nos a uma vida material,
desconhecendo a existência do espírito ou, por outro lado,
entregamo-nos a uma vida espiritual, menosprezando as necessidades do corpo.
No entanto, o corpo é um templo – o templo da alma –
e, como tal, deve ser cuidado, nutrido, disciplinado e mantido em condições
higiênicas ótimas. Quando nos referimos à higiene, não
queremos dizer apenas a higiene externa que todos conhecemos, mas, também,
a higiene interna, com a qual muitos de nós não nos preocupamos.
Para conservar o organismo em bom estado, jovem e saudável, três
condições são essenciais: boa respiração,
coluna vertebral flexível e intestinos desimpedidos.
Quando
escolhemos um modo de vida mais espiritual, começamos a ver que este
é incompatível com o excesso de alimentação.
Verificamos que há algo mais além do corpo, e os prazeres
puramente materiais não mais nos satisfazem. Se nos alimentarmos
com quantidades menores e com alimentos mais leves, sentir-nos-emos mais
felizes, porque, automaticamente, verificaremos uma desintoxicação
que melhora o nosso estado de ânimo.2
Todo
aquele que se dedica ao espiritualismo não deve ser apenas um intelectual.
Ler e achar bonito não são suficientes para a evolução
de alguém. É necessário compreender, realizar e vivenciar
os ensinamentos místicos, deixando-nos afetar profundamente por estes
ensinamentos que achamos afins com nosso estado de alma.
Só
poderemos atingir ou alcançar um estado de paz, de tranqüilidade,
em que a mente se aviva, em que despertam novas sensibilidades, em que tudo
se reveste de luminosidades diferentes, em que a vida toma um aspecto novo,
desconhecido e deslumbrante, se conseguirmos nos esquecer de nosso organismo,
se tudo funcionar normalmente e sem nos causar constrangimento de espécie
alguma. Se alguma coisa dói ou incomoda, este alcançamento
será impossível.
O
jejum periódico nada mais é do que uma medida de higiene.
Não precisaremos, entretanto, jejuar se, constantemente, atentarmos
para a higiene alimentar. Nutrir o corpo para sua manutenção,
ingerir apenas o necessário, isto é, cortar os excessos que
nos roubam a saúde e nos tornam infelizes. Cuidar do templo que é
nosso corpo e deixar que nele habite e se desenvolva a alma, grande, pura,
e sempre aspirando a maiores alturas, é o real objetivo da vida.
Há,
dentro de nós, bem escondidos, anseios que só se exteriorizam
com a calma, com a meditação. Há bondades que só
se descobrem quando olhamos para dentro. E, bem lá dentro, há
Deus, um Deus que só se pode revelar pela pureza integral do corpo,
da mente e do Coração.
O
Corpo Vital está radicado no baço. Quanto às suas funções,
o baço realiza, principalmente, a destruição final
das células sangüíneas e o armazenamento do sangue. A
destruição das células sangüíneas é
realizada por outras células, grandes, denominadas macrófagos.
O armazenamento do sangue permite que o baço exerça função
de emergência quando, por contração, expulsa uma quota
extra de sangue, uma vez que tal se torne necessário. Esta oportunidade
se verifica no exercício muscular, na hemorragia, no envenenamento
por monóxido de carbono e em todos os casos em que o suprimento de
oxigênio desce aquém da necessidade normal.
Em
várias situações mórbidas, o baço pode
aumentar de volume, o que se denomina esplenomegalia, havendo, em alguns
casos, como conseqüência, a indicação de sua retirada
– esplenectomia (remoção cirúrgica do baço).
No caso da esplenectomia, ela não só privará o corpo
de um de seus órgãos, como privará também o
Corpo Vital da sua base orgânica. É admissível que daí
provenha desajustamento dos éteres, com conseqüências
imprevisíveis para o avanço espiritual.
A
esplenectomia raramente é necessária e pode causar problemas,
incluindo a suscetibilidade a infecções graves. No entanto,
é indicada pelos médicos em determinadas situações
críticas: quando o baço destrói os eritrócitos
tão rapidamente que ocorre o desenvolvimento de uma anemia intensa;
quando ele exaure de tal maneira a reserva de leucócitos e de plaquetas
a ponto de tornar possível a ocorrência de infecções
e hemorragias; quando ele se torna tão volumoso a ponto de causar
dor ou comprimir outros órgãos ou quando ele se torna tão
grande, que partes do mesmo sangram ou morrem. Como uma alternativa à
cirurgia, a radioterapia, algumas vezes, pode ser utilizada para reduzir
o tamanho do baço.
Precisamos
forjar – agora! – um corpo-alma para a vida na Nova Galiléia,
o que só será possível à custa do desenvolvimento
dos éteres superiores, éter luminoso e éter refletor,
os quais, como os inferiores, éter químico e éter de
vida, se radicam no baço. Daí a importância da existência
deste órgão, de sua integridade e de seu funcionamento normal,
como condição para a vida na idade futura.
O
Corpo de Desejos está radicado no fígado, e as correntes deste
Corpo fluem para o exterior através dele. A matéria de desejos
está continuamente fluindo em correntes que viajam ao longo de linhas
curvas para todos os pontos da periferia do ovóide e, então,
voltam ao fígado através de certo número de vórtices,
pela mesma forma que a água em ebulição flui continuamente
para cima, voltando para baixo uma vez completado seu ciclo.
O
Corpo de Desejos está relacionado, naturalmente, com o Mundo do Desejo,
cuja matéria o forma, através de sete subdivisões denominadas
regiões, compreendendo três inferiores (Região da Paixão
e do Desejo Sensual, Região da Impressionabilidade e Região
dos Desejos), uma neutra (Região do Sentimento) e três superiores
(Região da Vida Anímica, Região da Luz Anímica
e Região do Poder Anímico).
Geralmente,
agimos nas três regiões inferiores do Mundo do Desejo. Somos
dominados por paixões, ambições, egoísmos, rivalidades,
ódios e temores. Todos estes sentimentos se refletem na função
hepática. É muito freqüente uma crise de fígado
seguir-se a algum aborrecimento. Procuramos, geralmente, corrigir o funcionamento
do órgão, mas não cogitamos da causa que o perturbou.
Sempre
que nos deixamos levar por sentimentos negativos, pomos em ação
a região inferior do Mundo do Desejo com reflexos desarmônicos
sobre o Corpo de Desejos, dos quais resultam conseqüências mórbidas
para o mecanismo funcional do fígado.
Os
Sete Mundos do Sétimo Plano Cósmico
Conceito Rosacruz
do Cosmos (Max Heindel)
'Não
há doenças; há doentes.' E doente nem sempre é
um doente físico. Este apenas reage ao estímulo emocional
a que é submetido, ao qual responde pela disfunção
da parte mais frágil do organismo. Daí, haver doenças
denominadas psicossomáticas, nas quais o desequilíbrio orgânico
se manifesta como resposta a um estímulo desagradável de caráter
emocional.
Sabemos
que os músculos são órgãos dotados da propriedade
de se contrair. Esta propriedade, útil ao movimento e ao exercício,
deve estar abolida nos momentos de concentração/meditação.
Quando
nos dedicamos à concentração/meditação,
certas condições devem ser preenchidas, para que possam ser
eficaz e eficientemente conseguidas. É comum verificarmos que, em
um ambiente de recolhimento, pessoas se movimentam incessantemente, estalam
os dedos, suspiram, produzem estalidos com as unhas, sentem vontade de tossir
ou manifestam contrações nervosas incompatíveis com
a tranqüilidade que tal ambiente demanda. Tudo isto se deve à
ausência de relaxamento. Precisamos, pois, como preparação
ao nosso estudo espiritualista, aprender a relaxar. Passear o nosso pensamento
por todo o corpo, dos pés à cabeça, sentindo que todos
os músculos estão em repouso, frouxos e plácidos. Conseguindo
o domínio do corpo físico, poderemos, então, dominar
os corpos mais sutis, o que permitirá maior eficiência e eficácia
nos exercícios de concentração e meditação
a que nos dedicarmos.
Um
dos perigos da meditação é a congestão cerebral,
que poderá provocar a inibição da circulação
sangüínea, com a tensão do delicado tecido do cérebro.
O estudante deve se abster de meditar quando notar o menor sintoma de cansaço.
Experimentos místico-espirituais não devem ser levados a cabo
sob estado de fadiga, provocado por esforço físico ou mental
ou por doença. O sistema nervoso, de modo geral, também é
atingido. Algumas pessoas sentem sonolência, excitabilidade, estado
de tensão e desassossego, contrações nervosas dos membros,
dos dedos, dos olhos, depressão e diminuição da vitalidade
e modos de nervosismo, que variam conforme a natureza e o temperamento de
cada um.3
A
atenção é o mecanismo pelo qual nossa consciência
se põe em condições de receber qualquer estímulo
interno ou externo. Para que haja atenção, são necessárias
condições somáticas ou corporais e psicológicas
ou psíquicas. As condições somáticas ou corporais
dependem de boa plasticidade cerebral, para a qual se torna indispensável
a boa circulação sangüínea, o bom estado físico,
a ausência da fadiga, de intoxicação e a existência
de higidez corpórea. Os estados degenerativos cerebrais afetam o
mecanismo da atenção. As condições psicológicas
ou psíquicas podem ser objetivas ou subjetivas. São objetivas
quando se referem à intensidade do estímulo, sua duração,
novidade ou variedade. São subjetivas quando envolvem interesse afetivo
ou lógico, hábito ou agrado.
A
atenção normal chama-se euprozexia. Os distúrbios da
atenção denominam-se: 1º) hipoprozexia, quando há
diminuição; 2º) aprozexia, quando há ausência;
3º) hiperprozexia, quando há aumento; 4º) e paraprozexia,
quando há outras anomalias. A distração, a abstração,
a concentração, a meditação, a interiorização,
a dispersão e a reflexão correspondem a modalidades de atenção
em que a mesma pode estar enfraquecida ou fortalecida, conforme as circunstâncias.
A
atenção pode ser espontânea e voluntária. É
esta espécie de atenção – a voluntária
– que mais interessa aos espiritualistas, porque dela dependemos para
alcançar o êxito em nossos trabalhos. É o poder determinado
de conservar um objeto na mente, até que ela o tenha examinado completamente.
É a atenção voluntária que tem caracterizado
os seres superiores: os homens de gênio, os inventores e os grandes
espiritualistas.
No
caminho da espiritualidade, precisamos dedicar grande esforço à
autodisciplina e ao desenvolvimento de qualidades que todos possuímos
em estado latente. A atenção é uma delas, e podemos
praticá-la não só na vida diária como em nossas
leituras e em nossos estudos.4
Ideação
é a capacidade de formar novos conteúdos, na consciência,
à custa dos elementos que nos chegam através da percepção,
e que são conservados e fixados pela memória. É através
da capacidade de ideação que poderemos realizar os nossos
exercícios e procurar contato com os nossos companheiros e Mestres
em planos mais sutis.
O
pensamento, entregue a si, pode chegar a ser um elemento destrutor, produzindo
o mal e a intranqüilidade. Dominado, educado, poderá ser um
manancial de bem, de amor e de bênçãos divinas. O domínio
do pensamento pode ser conseguido pela ideação. É aceitando
ou recusando idéias que podemos dar largas ao pensamento ou restringi-lo.
Portanto, precisamos idealizar objetivos altruístas, fugindo às
finalidades egoístas e aos desejos mesquinhos.
Devemos
idealizar muito no nosso caminho para a realização. Todas
as coisas têm um significado oculto que precisamos descobrir à
custa da ideação, da associação de idéias
e do pensamento. A imagem mental deve ser clara e precisa para que
possamos atingir a nossa finalidade. (Grifo
meu).
Memória
é o ato de gravar e reter as imagens adquiridas, dispondo-as ordenadamente
para que certos grupos respondam a um estímulo predeterminado, havendo,
assim, a possibilidade de recordar o impresso, mnemonicamente, com ordenação
sensorial. Sem a memória, nenhuma experiência teria valor para
a mente. Cada ato seria sempre novo e não seria possível o
progresso. A memória é função do Corpo Vital.
A
memória caracteriza-se por quatro operações:
fixação, conservação, evocação
e reconhecimento.
Fixação é o ato pelo qual a consciência registra
os fatos recentes. Faz-se com tanto maior vigor quanto mais agradável
for o tom afetivo. Daí, a importância do professor simpático
e compreensivo para auxiliar a aprendizagem das crianças. A simpatia
e a afetividade auxiliam o desenvolvimento da memória na sua tarefa
de fixação da matéria ensinada.
Pela conservação, a consciência mantém as impressões
fixadas. Para que haja conservação, são necessárias
integridade orgânica e boas condições psíquicas,
especialmente durante a infância e a adolescência, e riqueza
de associação de idéias.
Pela evocação, a consciência reproduz o material psíquico
conservado. A capacidade de evocar permite a fidelidade da memória.
Temos tendência a esquecer tudo o que é desagradável,
ao passo que podemos evocar fielmente todos os momentos de felicidade.
A fixação, a conservação, a evocação
e o reconhecimento devem ser cultivados e desenvolvidos para os nossos exercícios
espirituais. Só assim, poderemos proceder, com eficiência,
à retrospecção diária, condição
indispensável à construção do traje de bodas.
A
memória possui qualidades: facilidade, tenacidade, presteza, fidelidade
e exatidão. A facilidade depende de boa fixação; a
tenacidade, de boa conservação; a presteza, de boa evocação;
a exatidão, de bom reconhecimento e de boa localização.
Há,
ainda, três tipos de memória: visual, auditiva e verbo-motora.
Visual é aquela que reproduz o que foi visto, como se fosse uma imagem
fotográfica. É considerada o tipo superior e corresponde aos
indivíduos intelectualmente mais desenvolvidos. Auditiva é
aquela em que a pessoa guarda melhor o que ouve. Corresponde ao tipo intermediário.
Verbo-motora é aquela em que a pessoa precisa articular para gravar.
Corresponde ao terceiro tipo e é considerado o menos intelectualizado.
Os três tipos de memória têm aplicação
na vida espiritual: guardando o que é visto, relembrando o que é
ouvido, repetindo oralmente o que deve ser repetido.
A
memória está estreitamente relacionada com o Corpo Vital.
Podemos educá-la como podemos educar os nossos desejos e os nossos
sentimentos. Sem a memória, nenhuma experiência nem estudo
algum teriam valor para a mente, não podendo haver progresso, uma
vez que cada ato seria sempre novo, sem que fosse armazenada a experiência
dos atos anteriores.
Vontade
é o ato de consciência no qual o indivíduo vive os seus
objetivos. Ligados à vontade, estão os problemas do livre-arbítrio
e do determinismo, os quais, muito de perto, se relacionam com os nossos
estudos espirituais. De fato, é pela vontade que podemos exercer
o nosso livre-arbítrio, combatendo assim o determinismo, sob cuja
influência a maioria das pessoas vive condicionada.
O ato volitivo é caracterizado
por três fases: inibição total (fase emocional ou afetiva);
inibição motora, mas não psíquica (fase intelectiva
ou de deliberação) e resolução, quando o ato
se exterioriza. A primeira fase é emocional porque, diante de um
estímulo, o primeiro momento é puramente emocional. Surgem,
de imediato, várias tendências afetivas: quem é? o que
vai fazer? Na segunda fase, a situação se define na nossa
consciência. As tendências mais fortes se acentuam. A terceira
fase pode corresponder a um ato ou pode ser negativa. A escolha é
feita durante a inibição motora, também chamada fase
de deliberação, dando, como resultado, uma resolução.
Esta, na sua forma anormal, pode assumir, por exemplo, os aspectos de exuberância,
agressividade, timidez e medo.
Quando a fase de deliberação
é muito curta, agimos por impulso. No ato volitivo normal, entram
em ação a memória, o raciocínio e a inteligência,
que influem na escolha do fenômeno intelectivo, conduzindo à
resolução. O tempo da fase de deliberação diminui
com a experiência. Quando esta fase se alonga indefinidamente, a pessoa
fica atraída por uma resposta que satisfaça a grupos antagônicos
e se torna hesitante. Há ambivalência na resposta.
Caracteres de reação:
fase de deliberação curta —› impulsividade; fase
de deliberação demasiadamente alongada —› hesitação;
fase de deliberação equilibrada —› ato de vontade
normal (vontade refletida)... É necessário dominar os impulsos,
as emoções, os temores e mesmo as alegrias, permitindo que
a fase de deliberação, da qual resultará o ato perfeito,
fruto da vontade e da determinação, possa se manifestar concertadamente.
Nos nossos estudos espirituais, devemos
considerar que todos os obstáculos à plena realização
de um objetivo desejado se encontram na nossa mente. Precisamos, assim,
impor silêncio a tudo quanto nos impeça de pôr em prática
as resoluções tomadas. Estas resoluções, entre
outras categorias, devem envolver a prática do bem, do amor, da caridade,
do altruísmo e da abnegação.
O
exercício da retrospecção é um grande auxiliar
no desenvolvimento e na educação da vontade, quando analisamos
e classificamos os acontecimentos da vida diária. É de grande
interesse e utilidade prever os resultados e conseqüências de
tudo aquilo que pretendemos realizar, a fim de que possamos tomar uma decisão
rápida em qualquer emergência que se nos apresente.
Eliminando
as reações instintivas, surgem novos valores, mais ponderados,
que conduzem a maior facilidade e maior equilíbrio.
A
afetividade situa-se no Mundo do Desejo, correspondendo as tendências
de conservação ou egoísticas às regiões
inferiores, e as de expansão ou altruísticas às regiões
superiores.
Um
espiritualista deve saber ultrapassar a dor. Há sempre algo que possa
fazer calar os nossos sofrimentos, e esse algo é o Serviço.
Se olharmos em torno, veremos tanta gente com problemas angustiantes, que
os nossos parecerão pequenos ante a magnitude e multiplicidade dos
problemas dos outros. Por que não nos dedicarmos a suavizá-los?
Na
vida, temos dois pólos. No pólo positivo, aceitamos, fixamos
e usamos. Aceitamos as contingências da vida, fixamos as boas idéias,
usamos os nossos conhecimentos. No pólo negativo, repelimos, combatemos
e neutralizamos. Repelimos o bem e a atividade, combatemos porque tememos,
neutralizamos todas as tendências à atividade, permanecendo
em inércia entorpecedora e improdutiva.
A
criança nunca deve ser amedrontada nem ofendida. É necessário
conversar com ela sempre para conhecer os seus motivos e explicá-los
à luz dos conhecimentos sadios e espirituais.
De
maneira geral, o ser, quando se prepara para um novo renascimento, escolhe
o seu 'destino'. No ardor de evoluir, opta por tarefas as quais, no momento
de nascer, não se encontra com ânimo ou coragem para enfrentar.
Isto poderá implicar em uma tentativa de retirada dos corpos suprafísicos
que, embora ainda não manifestados, já se acham estruturados
para o seu desenvolvimento futuro no novo Corpo Denso. Dá-se, então,
a quebra nos veículos superiores, mencionada por Max Heindel.
O
alcoólatra, pela ação do álcool, promove um
deslocamento nos corpos sutis, e se põe em contato com as regiões
inferiores do Mundo do Desejo, dando lugar às terríveis alucinações
que fazem parte do quadro do 'delirium tremens'.
O
psiquiatra deve ser um espiritualista, a fim de que não conduza a
manicômios ou a tratamentos drásticos de doenças mentais,
pessoas que apenas estão começando a despertar do sono do
materialismo.
O
tempo pode ser considerado sob dois aspectos: exterior, ou do mundo, e interior.
O tempo exterior, ou do mundo, é aquele marcado pelo relógio.
É aquele que não muda e ao qual estão afetas todas
as nossas atividades mundanas. O tempo interior dá-nos a vivência
da temporalidade, dá-nos a noção de duração
do passado, do presente e do futuro. Encerra, em si mesmo, o fluir do eterno
vir-a-ser.
A
consciência do tempo é de grande utilidade para o estudante
espiritualista. Pelo exercício da retrospecção, tem
idéia do emprego do seu tempo durante o dia, e vai lentamente se
preparando para aquele intervalo em que terá que rememorar toda a
sua vida após a transição. Poderá, ainda, conforme
a sua capacidade e persistência, chegar à consciência
de vidas passadas, o que, por certo, muito enriquecerá a experiência
de sua vida atual.
Tão-só
deixando cair os enfeites da personalidade e nos tornando conscientes, desapegados
do fascínio da matéria, poderemos subir para as esferas espirituais.
O
corpo pituitário é um dos elos da cadeia espiritual que une
o homem com o grande Espírito de Cristo que, habitualmente, funciona
no Seu veículo de Espírito de Vida. Coração,
corpo pituitário, éter superior, Urano, alma intelectual e
vida espiritual são usados pelo indivíduo no desenvolvimento
do Cristo Interior, que é a sua própria vida espiritual. A
hipófise é o assento primário da vida espiritual, sendo
o coração o seu assento secundário. Por assento, quer-se
exprimir o meio pelo qual o indivíduo trabalha no desenvolvimento
das potencialidades latentes da sua vida espiritual, que representam o pólo
feminino do seu ser – o imaginativo, o educacional e a energia maternal
protetora do seu Espírito. A cor da vida espiritual é o amarelo;
a cor de Urano é o amarelo; a cor do éter superior é
o amarelo; e quando o corpo pituitário está despertado, ele
brilha com luz amarela. O corpo pituitário está intimamente
relacionado com o Caminho que conduz à Iniciação.
A
boa saúde e, por conseguinte, a juventude, dependem de três
fatores principais: boa respiração, intestinos desimpedidos
e coluna vertebral flexível. Sem constituir parte da cadeia simpática,
tendo, porém, relação com suas ramificações,
direita e esquerda, há uma Energia que desce pelas concavidades laterais
da coluna vertebral, reunindo-se no final da coluna vertebral (segunda vértebra
coccigeana). Aí, poderá ficar adormecida, poderá despertar
para os desejos inferiores ou poderá subir para grandes realizações
espirituais.
______
Notas:
1.
Aqui, vou aproveitar esta deixa para recomendar o seguinte: se você
está acostumado a fazer exercícios respiratórios, na
exalação (espiração) imagine-se fora e acima
da Terra emitindo a todos, sem exceção, um pensamento-onda
de paz, saúde, bem, beleza, harmonia, concórdia, humildade,
caridade, misericórdia, alegria, justiça, temperança,
coragem, bem-estar, segurança, conforto, tranqüilidade, desprendimento,
abnegação, desapego e compreensão. Se
você não está acostumado a fazer exercícios respiratórios,
que tal começar hoje?
2.
Vou sugerir um exerciciozinho muito simples, mas efetivíssimo. Escolha
um dia qualquer da semana, sábado ou domingo, por exemplo, e, logo
ao acordar, beba um copo d'água. Não ingira alimento algum.
Espere uns vinte minutos ou meia hora, e beba outro copo d'água.
Faça isto quatro, cinco ou seis vezes, sem ingerir qualquer alimento
nos intervalos entre um copo d'água e outro. Se achar que é
muito, faça isto, pelo menos, duas vezes; já ajudará
muito. O fato é que, com este exercício, você estará
tomando um banho interno, e perceberá que, ao ir urinando, o seu
xixi vai ficando cada vez mais incolor e absolutamente inodoro, além
de se sentir leve, etéreo e mais harmonizado com o Kosmos.
Depois, tome o seu café da manhã. Lá uma vez por mês,
é bom fazer este exercício água/jejum depurador. E
se acostume a dormir com uma tijela com água ao lado de sua cama,
trocando a água todos os dias. Onde a água está presente
estão presentes determinadas energias espirituais que auxiliam a
harmonizar o nosso ser. Portanto, não se esqueça: saúde
= alegria + água.
2. Aqui
cabe esplendidamente um provérbio popular muito antigo: Tudo
o que é demais é moléstia. A coisa toda
é mesmo como ensina Ophelia Guimarães: Se
disciplinarmos a nossa vida mais inteligentemente, se estudarmos com mais
cuidado o problema da alimentação, se respeitarmos as horas
destinadas ao sono com mais determinação, se trabalharmos
com mais parcimônia e menos impulsivamente (não importa quão
elevado seja o objetivo), obteremos melhores resultados, e os Irmãos
Maiores poderão contar com auxiliares mais eficientes e eficazes
na obra de servir ao mundo.
4. Um
exercício interessante, se você não estiver dirigindo,
é observar os diversos matizes de verde (e de outras cores) das plantas
em uma estrada. A partir deste exemplo, você pode criar à vontade
diversos exercícios para melhorar sua atenção. Aprender
a prestar atenção no que o outro está dizendo é
um outro exemplo. Concentrar-se, de baixo para cima, nas diversas
partes do corpo, externas e internas, para elas mentalmente dirigindo a
energia vital, é um exercício fantástico com múltiplas
utilidades.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.e-kundalini.net/po/index.htm
http://www.vancouveryoga.com/articles.html
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_coluna_vertebral.html
http://www.gnosisonline.org/medicina-
esoterica/endocrinologia-pituitaria/
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_hipofise.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_consciencia.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_alucinacoes.htm
http://s705.photobucket.com/albums/ww55/Aluraalure/
Stripper/?action=view¤t=Pole.gif&sort=ascending
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_afetividade.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_vontade.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_memoria.htm
http://desenhuras.blogspot.com/
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_ideacao.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_relaxamento_muscular.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_ofeocdd.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_obeocv.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
espiritualismo_ciencia2.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
espiritualismo_ciencia1.htm
http://www.fraternidaderosacruz.org/
og_respiracao.htm
Fundo
musical:
Les Quatre Saisons: Le Printemps (Vivaldi)
Fonte:
http://www.dilandau.eu/download_
music/vivaldi-spring-1.html