Qual
seria a Obra-prima de um ser-humano-aí-no-mundo?
Só há Uma: a sua Libertação. Mas, isto
é tão difícil e envolve tantas e tantas coisas,
que o Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul, na primeira metade
do século passado, destilando Amor e Solidariedade por todos
os poros, telepatizou dezenas de livros, para que Alice Ann Bailey
os divulgasse para nós, que, de maneira geral, só
gostamos de olhar para a nossa depressão cutânea localizada
no centro do abdome, formada a partir da cicatriz do corte do cordão
umbilical, e só pensamos em legislar em causa própria.
Que se danem as depressões cutâneas localizadas no
centro do abdome, formadas a partir da cicatriz do corte do cordão
umbilical, dos outros; eles que se virem e que legislem para eles!
E
assim, apesar de não me considerar mais-que-tudo em relação
a ninguém, porém, pensando e agindo de maneira um
pouco diferente, digo: obrigado, obrigado, obrigado aos dois –
à Alice e a DK – em meu nome (que significa pouco ou
quase nada) e em nome da Humanidade (que significa muito ou quase
tudo). E já que falei em Humanidade, aqui vai um aforismo
categórico de Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril
de 1724 – Königsberg, 12 de fevereiro de 1804): Age
de modo que consideres a Humanidade, tanto na tua pessoa quanto
na de qualquer outra, sempre como fim, nunca como simples meio.
E
como considero que a Obra-prima de um ser-humano-aí-no-mundo
seja a sua (relativa) Libertação, lembro de como
Miguel Torga, pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha (Vila
Real, 12 de Agosto de 1907 – Coimbra, 17 de janeiro de 1995)
concluiu o seu Poema Liberdade: — Liberdade,
que estais em mim, Santificado seja o Vosso Nome. Isto
me determina a comentar, mais uma vez, que é baldo tentar
encontrar ou alcançar a Liberdade do lado de fora, em não
sei onde, por não sei qual método; Ela está
dentro de nós, em nosso Coração.
—
Liberdade!
Liberdade!
Onde
estás que não te encontro?
Liberdade!
Liberdade!
Onde
será o Grande Encontro?
Bem,
agora, pense um pouquinho no que disseram:
Georges Benjamin Clemenceau (1841 – 1929):
O homem absurdo é aquele que nunca muda.
Heráclito
de Éfeso (aproximadamente 535 a.C. – 475 a.C.):
Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio.
Eurípedes (480 a.C. – 406 a.C.):
Tudo é mudança; tudo cede o seu lugar e desaparece.
Luís
Vaz de Camões (1524 – 1579 ou 1580):
Lei é da Natureza/Mudar-se desta sorte o tempo leve:/Suceder
à beleza/Da Primavera, o fruto; à calma,
a neve;/E tornar outra vez, por certo fio,/Outono,
Inverno, Primavera, Estio.
Ludwig Borne (1786 – 1837):
Nada é tão duradouro como a mudança.
Um
tal de R. D. Pizzinga: Seja como for, querendo ou não querendo,
doendo ou cocegando, acabamos mudando. Mas, é melhor mudar
por bem do que por mal!