Um
dos maiores dentre eles, o Mestre dos dois Mestres, sobre os quais o público
tem ouvido alguns fatos e sobre quem circulou muita calúnia tola,
escreveu-me em 22 de junho de 1875: "A hora é chegada de deixá-lo
saber quem sou. Não sou um espírito desencarnado. Irmão,
sou um homem vivo, dotado pela nossa Loja de poderes que estão reservados
para si mesmo um dia. Não posso estar consigo senão em espírito,
pois milhares de milhas, no momento, nos separam. Seja paciente e de bom
ânimo, incansável obreiro da Sagrada Irmandade! Persevere e
trabalhe também para si, pois a auto-realização é
o mais poderoso fator de sucesso. Ajude o seu irmão necessitado e
será ajudado, em virtude da infalível e sempre ativa Lei da
Compensação."1
Tão-somente
pelo nosso esforço pessoal venceremos e ultrapassaremos nossas ilusões
kamalocaicas, e caminharemos para a meta do ser-sem-forma e da absoluta
espiritualidade, segundo a ordem natural de Evolução [Reintegração].
Rir
superficialmente é o riso comum, mas, rir profundamente é
transferir o nosso júbilo para o plano da percepção
psíquica! Assim, as emoções podem, como a beleza, estar,
às vezes, apenas à flor da pele. Os 'pecados' também!
Há
sempre pouca probabilidade de que um dado Adepto tenha realmente morrido.
Geralmente, um Adepto escolhe seu próprio lugar para morrer [pois,
morre conscientemente], e seu corpo é
eliminado de forma a não deixar vestígio.
Teoria
Geocêntrica [Geocentrismo]
Teoria sobre a qual os homens
construíram suas teologias inúteis, que acabou sendo varrida
como uma folha seca antes do furacão [só
faltando ainda varrer as teologias inúteis]. (A
animação abaixo não está rigorosamente correta,
mas, dá uma idéia aproximada desta inutilidade-perplexidade,
ante a qual até Aristóteles se ajoelhou).
Geocentrismo
(A Terra estaria parada no centro do Universo com os
corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor)
Nem
mesmo do mais sábio e nobre desses Alguéns que inspiraram
Helena
Petrovna Blavatsky recebi o menor
incentivo no sentido de julgá-los infalíveis, oniscientes
ou onipotentes. Nunca houve a menor demonstração de qualquer
desejo, da parte deles, de que eu os cultuasse, falasse neles com a respiração
suspensa ou considerasse como inspirado aquilo que eles escreviam através
do corpo de Helena
Petrovna Blavatsky ou ditavam a
ela na qualidade de sua escrituraria. Faziam-me simplesmente olhá-los
como homens, meus companheiros mortais, mais sábios, na verdade,
infinitamente mais adiantados do que eu, mas, apenas, em virtude de me haverem
precedido na Senda normal da evolução humana. Abominavam o
servilismo e a adulação indiscriminada, e me diziam que tais
atitudes são geralmente apenas disfarces do egoísmo, da presunção
e da debilidade moral.2
Se
uma entidade kamalocaica [para
o bem ou para o mal] ou um Mestre Ascenso exercessem controle
permanente [obsessão
ou possessão] sobre uma têmpera impetuosa e dotada
de um amor apaixonado pela independência [como,
por exemplo, era o caso de Helena Petrovna Blavatsky, que, certa vez, afirmou
a Henry Steel Olcott que não
seria controlada por qualquer poder, nem da Terra nem de fora dela],
tal procedimento, além de ser uma interferência desleal em
seu carma pessoal, poderia, inevitavelmente,
levar o[a]
obsedado[a]
ou controlado[a]
à morte por apoplexia [acidente
vascular cerebral].
Se não houver uma via de desafogo para a excessiva energia corporal
para um Corpo Físico vitalizado por um espírito
ardente e arrebatado, que desde a infância não tolere qualquer
repressão, o resultado poderá ser fatal.3
A
afinidade cooperativa entre um Mestre Ascenso e um chela é psíquica,
e, portanto, isenta de interferência – como o próprio
pensamento –
de questões de tempo e espaço.
Como
regra, sempre é muito melhor um ceticismo esclarecido do que a mais
louvada credulidade.4
'Sems
Dpah' [em
tibetano]
De Coração Poderoso – título honorífico
que se dá, no Tibete, a um 'Bodhisattva'.
Cada
ser humano representa uma certa equação pessoal, fruto de
determinado progresso evolucionário de sua entidade.
Local:
estúdio literário em Nova York, em um dia de verão,
após o jantar. Era o começo do entardecer, e o lampião
ainda não fora aceso. Helena Petrovna Blavatsky estava sentada em
frente à janela da face sul, e eu, de pé sobre o capacho diante
da lareira, pensando. Ouvi-a dizer: — Olhe e aprenda
— e, relanceando os olhos para
a sua direção, vi uma neblina se erguer da sua cabeça
e dos seus ombros. Em breve, a
neblina se definiu na imagem de um dos
Mahatmas. Absorto no fenômeno, fiquei quieto e imóvel. A forma
nevoenta se compunha apenas da metade superior do dorso, e, então,
se dissipou e sumiu, se reabsorvida no corpo de Helena
ou não, não sei. Ela ficou sentada como uma estátua,
por dois ou três minutos, após o que suspirou e voltou a si,
e me perguntou se eu vira algo. Eu disse que sim, e, quando lhe pedi para
explicar o fenômeno, recusou-se, dizendo que era para eu desenvolver
minha intuição de maneira a compreender os fenômenos
do mundo em que eu vivia. Tudo o que ela podia fazer era ajudar, me mostrando
coisas e me deixando fazer delas o que eu pudesse.
A
inspiração de uma pessoa viva por uma Entidade Espiritual
Superior [um
Mahatma,
por exemplo] não deve ser rebaixada ao
significado de ocupação (espontânea ou compulsória)
do corpo de um médium ou controle do mesmo para produção
de fenômenos pelo
espírito de um morto ou por um elemental ou espírito da Natureza.
Na
Índia, é costume quebrar
a caveira do cadáver a ser queimado na altura dos ossos parietais,
onde se localiza um dos centros vitais do corpo – o
Brahmarandhra – para facilitar a
retirada do Corpo Astral do falecido.
Brahmarandhra
O
Adeptado [Mahatmado]
se constitui de sessenta e três estágios.
[Lembremos:
63 6 + 3 = 9).
Ensinamento
de um Mahatma:
Depois da morte, as
almas vão daqui para outros
planetas. As almas que devem nascer nesta Terra esperam em outros planetas
invisíveis [sendo
os planetas em questão membros da nossa "Cadeia de Globos"].
A
Reencarnação, isto é, o aparecimento do mesmo indivíduo,
ou antes, de sua mônada astral, duas vezes no mesmo planeta, não
é regra em a Natureza, é exceção, como o fenômeno
teratológico de um bebê com duas cabeças... Se a razão
se desenvolveu a ponto de se tornar ativa e discriminativa (ou discernente),
não há reencarnação nesta Terra, pois as três
partes do homem tríplice e uno foram reunidas, e ele é capaz
de continuar a raça. Mas, quando o novo ser não passou além
da condição de mônada, ou quando, como no caso do idiota,
a trindade não se completou, a Centelha Imortal que a Illumina tem
de reentrar no plano terreno, já que foi frustrada na primeira tentativa.
De outro modo, a alma mortal (ou astral) e a Imortal ou Divina não
poderiam progredir em uníssono e avançar para a Esfera Superior.
[Isis
Unveiled, Helena
Petrovna Blavatsky, apud Henry Steel Olcott].
A
pessoa viciosa e profunda e incorrigivelmente depravada acaba por perder
o Espírito [Eu]
durante a vida; na
hora da morte é reduzida a uma
dualidade [3
+ 4] ao invés de uma Trindade [(2
+ 2) + 3], e, ao sair do Corpo Físico se desintegra [é
entropizada, dissolvida].5
O
ciclo do homem não se completa até que ele se torne individualmente
imortal. Nenhum estágio de provação e de experiência
pode ser pulado [ou
abolido]. Ele deve ser homem, antes de se tornar
Espírito. [Helena
Petrovna Blavatsky, apud Henry Steel Olcott].
O
Eu, após a morte e passar seu tempo normal – segundo seu mérito
– em
um estado de felicidade no 'Devachan', ou passa para o próximo planeta
superior ou retorna para renascer neste globo, se não tiver completado
o roteiro de vidas na Terra.
'O
homem tem muitas voltas completas para cumprir todo o ciclo (cadeia, quer
ele dizer) dos planetas. E, em cada planeta, em cada volta, tem ele muitas
vidas a viver. Em determinado estágio de sua evolução,
quando determinadas porções de seus elementos menos materiais
se desenvolvem plenamente, ele se torna moralmente responsável.'
[Allan
Octavian Hume, apud Henry Steel
Olcott].
A
fusão gradual e estável
de dois 'jîvas'6,
em que passa a acontecer automatismo corporal, se estende à questão
das duas consciências, e até que isto se aperfeiçoe,
costuma haver exatamente uma tal confusão de idéias, de afirmações
e de lembranças.
Um
dos mais importantes aprendizados da encarnação é aprender
a não ser egoísta. Diz
um Adepto: Nenhum de nós vive para si
mesmo; todos nós vivemos para a Humanidade.7
O
homem é de natureza complexa: animal, num extremo; divino, no outro.
A única existência perfeita e real, a única isenta de
ilusões, de dor e de tristeza, é a do Espírito –
o Eu Mais Alto.
Senda
Superior
Universalização da Compaixão.
Vida
dos Adeptos
—› Ideal a ser atingido.
Todos
os esforços altruísticos são essencialmente teosóficos.
O
que adianta acreditar no que é dito por supostos espíritos,
se não conseguimos compreender perfeitamente?8
Sempre
há a possibilidade [e
é o mais comum] de que os presumidos mentores
espirituais sejam o próprio Eu latente ou Elementais temporariamente
sob o domínio da própria vontade dominante do médium.
O
completo, perfeito
e acabado controle
da natureza psíquica é o que caracteriza a
condição de Adepto.
Os
asiáticos [particularmente
os hindus, os budistas, os zoroastrianos e os muçulmanos] desencorajam
os mergulhos necromânticos como deboche das coisas do espírito,
e afirmam que eles produzem incalculável mal, tanto para os mortos
quanto para os vivos, obstruindo a evolução normal do espírito
do homem e retardando a aquisição de 'Gnanám' –
o Conhecimento Mais Elevado. Não só são desaprovadas
transações com os mortos, mas, também, a própria
exibição de poderes psíquicos, congênitos ou
posteriormente desenvolvidos por treinamento ascético. Os
asiáticos dão eles um mínimo de ênfase
aos fenômenos psíquicos como prova de imortalidade, repudiam
o médium obsedado como espiritualmente impuro e têm em menor
apreço aqueles que, possuindo 'siddhis',9
os vulgarizam pela exibição.
Não
deveis, ó Bhikkhus,10
exibir diante dos leigos o poder sobre-humano de Iddhi.11
(Senhor Buddha,
apud Henry Steel Olcott).
As
perfeições descritas [poderes
psíquicos] são do mundo, mundanas,
necessárias a fins mundanos, mas, sem aplicação para
a Meditação Superior, que tem no isolamento o seu fim.12
Tampouco são elas simplesmente inúteis, senão, também,
positivamente obstruidoras, pois interferem no sereno teor da calma meditação.
(Rájendralála
Mitra, apud Henry Steel Olcott).
Assim
como devemos aprender a coibir nossas percepções das coisas
externas por intermédio das alamedas do sentido, para concentrar
todo o nosso pensamento em algum problema profundo de Ciência ou de
Filosofia, assim também deve o 'gnáni' ou sábio em
potencial controlar a atividade de suas clarividência, clariaudiência
etc., quando desenvolvidas, se não quiser falhar em seu objetivo,
pelas deambulações de seu pensamento nos atalhos que estas
percepções freqüentemente abrem.13
Os
visionários religiosos de todas as seitas cambalearam, por assim
dizer, bêbados de clarividência, pelas galerias de arte do Plano
Astral, vendo algumas coisas realmente existentes, e criando outras que
não existiam até que eles as engendrassem; e, então,
anunciaram profecias deturpadas, imaginaram revelações e transmitiram
maus conselhos, falsa ciência e teologia enganosa.14
O
Verdadeiro Guru não é aquele que nos ensina as ciências
físicas, que confere prazeres mundanos, que treina nossos poderes
até que possamos atingir os 'gandharvas'15
ou desenvolver os 'siddhis', pois, tudo isto é fonte de problemas
e tristeza: o verdadeiro Professor e Mestre é aquele que confere
o Conhecimento de Brahman.
Nenhuma
religião, filosofia ou seus expositores são mais elevados,
maiores ou têm mais autoridade do que a Verdade, pois, a Verdade e
Deus são idênticos.16
Jamais
qualquer coisa pode ser feita a partir do nada, não obstante afirmação
em contrário dos teólogos.
Por
trás e sustentando todos os fenômenos psíquicos sempre
agem leis psicodinâmicas.
Para
se criar algo objetivo, a partir da matéria difusa do espaço,
o primeiro passo é pensar no objeto desejado – em sua forma,
modelo, cor, material, peso e outras características. O retrato mental
deve ser vivo e distinto quanto a cada detalhe. O próximo passo é
pôr em ação a Vontade exercitada, empregar o conhecimento
das Leis da Matéria e do processo necessário à sua
agregação e, enfim, coagir os espíritos elementais
a formar e modelar aquilo que se deseja. Se o operador fracassar em qualquer
destes detalhes, o resultado será imperfeito.
O
que é de uma dificuldade gigantesca para o químico e o eletricista,
que dependem inteiramente do auxílio de forças brutas, pode
ser bastante fácil para o Adepto, cujo agente ativo é o Poder
do Espírito, que ele aprendeu a pôr em funcionamento: o poder,
na verdade, que sustenta e mantém o equilíbrio do Cosmos.
Quando
o Espírito for definitivamente reconhecido como Fator Supremo na
gênese dos elementos e na construção do Cosmos, os fenômenos
psíquicos adquirirão transcendental importância como
fatos científicos elementares, e não mais serão vistos,
de um lado, como truques de prestidigitação, e, de outro,
como milagres para a saciedade dos paspalhos.
Na
aura humana, a cor cinza se torna mais e mais escuro à medida que
o animalismo do homem prepondera sobre seu intelecto, sua moral e suas qualidades
espirituais, até que no homem
totalmente depravado a aura é negra como tinta. A
aura daquele que está no caminho do Adeptado é uma mistura
de tons dourados e prateados. Enfim, os espíritos puros e os homens
puros resplandecem com luz branca; os maus e os viciosos estão velados
em escuridão.
A
existência real do Corpo Astral e a possibilidade de sua separação
do invólucro físico durante a vida só podem
ser conhecidas duas maneiras: vendo-se o Corpo
Astral de outrem ou projetando-se o próprio Corpo
Astral e vendo-se o Corpo Físico 'ab extra' [de
fora]. Com qualquer destas experiências,
a gente pode dizer que sabe; com ambas, o conhecimento se torna absoluto
e inabalável.
O
poder de retirar do Corpo Físico o Corpo Astral não é,
necessariamente, prova de alto desenvolvimento espiritual. Os anais da Arte
Negra abundam em inumeráveis exemplos de projeção visível
e invisível do Duplo por pessoas perversas inclinadas ao mal, de
bilocações, assombração de vítimas odiadas,
disfarces licantrópicos e outras bruxarias malditas. Portanto, não
se deve acolher o mero fato de que certa pessoa pode viajar no
Corpo Astral
– não importa se consciente ou inconscientemente
–
como evidência de que esta pessoa é melhor,
mais sábia, mais avançada espiritualmente ou melhor qualificada
para servir de Guru, do que qualquer outra pessoa que não seja assim
dotada.
Em
projeção astral (ou psíquica), fixar a vontade de maneira
inarredável é algo necessário, indispensável.
Se a vontade for tíbia ou se extraviar, ou a coisa não acontecerá
ou, se acontecer, ficará mal feita ou inconclusa.
Qualquer
acidente ou ferimento que ocorra com o Duplo projetado reage e se reproduz,
no mesmo local, no Corpo Físico.
Helena
Petrovna Blavatsky ficava furiosa
e aborrecida sempre que se falava em Catolicismo Romano.
Há
muito senso de humor e disposição jovial entre os habitantes
do Astral Superior.17
(Nota 111
de Alcione Soares Ferreira, tradutora
da obra).
Da
rude experiência mesmérica, num auditório de província,
com entrada paga, ao mais elevado exemplo de encanto mâyávico
lançado em silêncio sobre uma pessoa ou uma multidão
por um prestidigitador, faquir, 'Ssanyasi' ou Adepto Oriental há
apenas uma diferença de grau. Um mesmo princípio rege todos
os fenômenos, cuja observação é função
dos sentidos corpóreos.
O
alimento de uns é o veneno de outros. [O
que para uns é mel, para outros é fel].
Todavia, acho que não se deve maldizer um caso nem louvar o outro,
seja lá qual for o regime que alguém escolha. Não é
o que entra pela boca que corrompe o homem, mas, o que repousa no Coração
dele.
Para
Helena Petrovna Blavatsky, a hipocrisia e os ares
grã-finos eram pecados imperdoáveis. E detestava os maria-vai-com-as-outras.
Sempre cultuou a informalidade, e nada lhe agradava mais do que fazer e
dizer coisas que chocassem os pudicos. E perseverava na prática do
que é proibido, exatamente por espírito de revolta. H.P.B.
se rebelava contra toda idéia convencional da sociedade, sendo em
crenças, gostos, vestimenta, ideais e comportamento. Pelo clero,
como um todo, ela sentia ódio, porque, sendo eles próprios
absolutamente ignorantes das Verdades do Espírito, arrogavam-se o
direito de conduzir os cegos de espírito, de manter sob controle
a consciência laica [tirania
religiosa], de desfrutar de proventos que não
haviam ganho e de condenar os heréticos – que, freqüentemente,
foram Sábios, Illuminados e Adeptos.
De
maneira geral, um médium é um verdadeiro escravo, e, na medida
de sua verdadeira mediunidade, é o agente passivo de forças
desencarnadas cuja natureza não tem meios de testar, e sobre cujo
domínio não tem poder seletivo.
A
"ocasião oportuna", freqüentemente, nunca chega para
aquele que adia e espera pelo curso dos acontecimentos.
E
Helena
Petrovna Blavatsky chorou por Jenny
– sua canária que acabara de morrer.
CONSUMMATUM
EST! Tudo escuro, mas, tranqüilo.
Mea
Culpa
(Confissão de um Puxa-saco)
—
Ih! Lá vem
o chefe!
I
que
nem o que fui sei
bem!
Por
um tempo, adulatório,
e inocente (in)útil também.
II
Turibulei
e repuxei saco,
e
Quem-Pode, zás, pintou!
—
'Você é mesmo um saco' —
assim
Ele me espinafrou.
III
Fiquei
tão acabrunhado,
que
me deu uma caganeira!
Pejei-me
do rapapé obrado,
e
deixei de ser um chaleira.
IV
Fui me recompondo devagar,
proprietariando mais sabença,
me
mancando... E parei de puxar!
Aprendi:
puxa-saquice é doença!