OLAVO DE CARVALHO
(Pensamentos)

 

 

 

Olavo de Carvalho

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

Este estudo teve por objetivo garimpar aqui e ali alguns pensamentos do ensaísta brasileiro recentemente falecido Olavo de Carvalho e divulgá-los para reflexão. Devo dizer que, de maneira geral, discordo filosoficamente de uma grande parte das representações, das idéias, dos sentimentos, dos pensamentos, das considerações e das observações de Olavo, discordâncias que, eventualmente e argumentativamente, comentarei ao longo do texto. Todavia, o que mais me intrigou e muito me abichornou neste estudo do pensamento olaviano foi o sesquipedal nível de contradições dos exercícios intelectuais do autor, que, digamos assim, s.m.j, oscilam de – a + . Mas, mais do que ter me intrigado e abichornado, me preocupou muito, pois é mesmo preocupante e inquietante quando um divulgador, com o poder de convencimento e de persuasão de Olavo, afirma certas coisas inteiramente descabidas e até perigosas, considerando que os seus seguidores e admiradores, por falta de um discernimento superior, geralmente, não consigam diferenciar Lolium temulentum de Triticum æstivum nem discriminar uma Tropidurus torquatus de um Varanus komodoensis. Seja como for, não é à-toa que os jornais estrangeiros se referiram ao ideólogo como provocador, controverso cruzado da extrema-direita e negacionista. Olavo de Carvalho morreu aos 74 anos, cerca de uma semana após ser diagnosticado com COVID-19.

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Olavo de Carvalho

 

 

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho (Campinas, 29 de abril de 1947 – Richmond, 24 de janeiro de 2022) foi um ensaísta brasileiro, polemista, influenciador digital e ideólogo, que foi jornalista e astrólogo. Filósofo autoproclamado, era considerado um representante do conservadorismo no Brasil, tendo também expressiva influência na extrema-direita brasileira.

 

Carvalho alegava ter sido militante filiado ao Partido Comunista Brasileiro em sua juventude, de 1966 a 1968, e opositor da ditadura militar brasileira, tendo posteriormente, se tornando anticomunista. É apontado como o responsável pelo surgimento da Nova Direita brasileira e considerado guru do Presidente da República Jair Bolsonaro e dos seus filhos, título que rejeitava.

 

Como astrólogo, colaborou no primeiro curso de extensão universitária em Astrologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 1979, oferecido a formandos em Psicologia. Como escritor, lançou sua primeira publicação em 1980, A Imagem do Homem na Astrologia. Em 2013, lançou O Mínimo que Você Precisa Saber para não Ser um Idiota, coleção de textos curtos publicados na imprensa. Outros de seus livros mais conhecidos são O Jardim das Aflições (1995) e O Imbecil Coletivo (1996).

 

Seu discurso era caracterizado pela recusa do que chamava de politicamente correto e pela presença de ataques ad hominem e termos chulos. Diversas publicações indicaram que os livros e artigos de Carvalho divulgavam teorias conspiratórias e informações incorretas, e apontaram que o polemista fomentava discursos de ódio e anti-intelectualistas. Crítico da modernidade, demonstrava interesse por Filosofia Histórica, história dos movimentos revolucionários, tradicionalismo e religião comparada. Apesar de relativo sucesso de vendas, seu trabalho não teve impacto no meio acadêmico e seus escritos no campo da Filosofia são rejeitados por vários especialistas, inclusive por mim, que não sou especialista em nada. De 2005 a 2022, quando morreu, aos setenta e quatro anos, viveu em Richmond, Virgínia, Estados Unidos.

 

Olavo de Carvalho negava a existência da PanCOVIDmia-19, chegando a afirmar, em 2020, que o Novo Coronavírus era a mais vasta manipulação de opinião pública que já aconteceu na história humana. O escritor também era crítico da vacinação, da proteção pessoal com a utilização de máscara e do lockdown.

 

 

 

 

Após a sua morte, políticos de extrema-direita, como o Presidente da República Jair Bolsonaro e seus filhos, lamentaram o ocorrido. Ministros, ex-ministros e parlamentares do mesmo espectro político também se manifestaram. O Governo Federal ainda emitiu uma nota de pesar, manifestando condolências, e Jair Bolsonaro decretou luto oficial de um dia após a confirmação oficial da morte. Como Merval Pereira, penso que a decretação desse luto oficial de um dia seja um pouco demais. Afinal, Olavo de Carvalho esteve longe de ser um Ruy Barbosa.

 

 

Alguns Fragmentos do Pensamento Olaviano

 

 

Um fundo de charlatanismo parece já ter sido introduzido na Física por Galileu, quando proclamou ter superado a noção da ciência antiga, segundo a qual um objeto não impelido por uma força externa permanece parado uma ilusão dos sentidos, segundo ele. Na realidade, pontificava, um objeto em tais condições permanece parado ou em movimento retilíneo e uniforme. E, após ter assim derrubado a Física Antiga, esclarecia discretamente que o movimento retilíneo e uniforme não existe realmente, mas, é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições. Ora, se o objeto não movido de fora permanece parado ou tem um movimento fictício, isto significa, rigorosamente, que ele permanece parado em todos os casos, exatamente como o dizia a Física Antiga, e que Galileu, mediante um novo sistema de medições, conseguiu apenas explicar por que ele permanece parado. Ou seja, Galileu não contestou a Física Antiga, apenas inventou um modo melhor de provar que ela tinha razão, e que o testemunho dos sentidos, sendo verídico o bastante, não tem em si a prova da sua veracidade coisa que já era arroz-com-feijão desde o tempo de Aristóteles. Foi este episódio que inaugurou a mania dos cientistas modernos de tomarem simples mudanças de métodos como se fossem "provas" de uma nova constituição da realidade.

 

Se Deus, ao instituir o sacrifício da missa, quisesse abolir no mesmo instante o antigo sacrifício mosaico, Ele o teria feito de maneira explícita e inequívoca. [Aqui só cabe uma pergunta: que deus?]

 

Hoje em dia, a grande mídia da Europa e dos EUA está concentrada nas mãos de uns poucos grupos globalistas. Se Israel estivesse a serviço desses grupos, o que veríamos nos jornais e canais de TV seria a defesa incondicional dos interesses israelenses, mesmo quando fossem injustos e prejudiciais ao resto do mundo. Na realidade, o que se vê é precisamente o contrário: façam os judeus o que fizerem, eles são sempre os errados, os malvados, os imperialistas, os agressores.

 

A fragilidade das resistências que se opõem ao avanço revolucionário advém do fato de que mesmo as entidades mais antigas, mais aptas, portanto, a sustentar objetivos de longo prazo, como a Igreja Católica, a Casa Real Britânica, a comunidade judaica, a Maçonaria ou mesmo o Governo Americano têm suas finalidades próprias, distintas e limitadas, só ocasionalmente e pontualmente entrando em disputa direta com o movimento revolucionário na luta pelo poder mundial, que é, para ele, o objetivo constante e o foco unificador de todos os seus esforços.

 

O brasileiro de hoje em dia é aquele sujeito valente que teme olhares e caretas como se fossem balas de canhão, que enfia o rabo entre as pernas à simples idéia de que falem mal dele, que troca a honra e a liberdade por um olhar de simpatia paternal de quem o despreza. [Ora, tenha a santa paciência! Eu não posso concordar com isto nem em gênero, nem em número, nem em grau.]

 

Eu quis que uma direita existisse, o que não quer dizer que eu pertença a ela. Fui o parteiro dela, mas, o parteiro não nasce com o bebê. [Eu não sei o que é pior, se ajudar a parir a extrema-direita ou se nascer junto com ela. São exatamente esses movimentos de extrema-isto, extrema-aquilo e extrema-não-sei-o-quê os madrastos fanáticos da Grande Heresia da Separatividade, alimentadores do Karma Coletivo-Educativo Mundial e dos seus efeitos desastrosos, como é o caso, por exemplo, da atual da PanCOVIDmia-19, negada por Olavo de Carvalho. Eu só gostaria de saber a que causa (ou causas) Olavo atribuía as mais de 5.000.000 de mortes registradas (sem contar as subnotificações) causados pelo SARS-CoV-2.]

 

Eu não quero ser representante de direita nenhuma; só fiz meu serviço, que era abrir o espaço para eles poderem falar. Naturalmente, quando você destampa, aparecem, junto com as flores, as cobras, as aranhas, os lagartos, as lacraias e toda a porcaria vem junto. [Da mesma forma como acontece na Lei da Gravitação Universal (Matéria atrai matéria, na razão direta do produto das massas e inversa do quadrado da distância), a extrema-porcaria atrai porcaria na razão direta desta mesma porcaria e inversa da limpeza, da dignidade, do altruísmo, da misericórdia, do bem-estar, da liberdade do Amor, da Paz, do Bem, da Beleza, da Justiça... Basta ver (e só não vê quem é cego) o que está acontecendo, hoje, no Brasil.]

 

Eu sei é que entre 35 e 50% dos formandos nas nossas universidades são analfabetos funcionais, e que as universidades que fazem isso são entidades criminosas que deveriam ser fechadas, porque isso aí é estelionato. (...) Se eu fosse imperador do Brasil e tivesse autoridade total sobre o ensino, eu fecharia metade dessas universidades, pelo menos, e responsabilizaria criminalmente os seus dirigentes por todo esse desastre [educacional] (...) Veja, no ensino médio, os nossos alunos tiram, sistematicamente, os últimos lugares nos testes internacionais. Então, esses ministros da educação deveriam estar na cadeia, porque é tudo vigarice, é tudo promessa não cumprida (...) Não há educação no Brasil, nem superior nem média, não há educação nenhuma! [Como professor federal aposentado de Química, reconheço que sempre houve e ainda há problemas em todos os graus da educação brasileira. Agora, dizer que não há educação nenhuma é um exagero sesquipedal, característica malévola tanto dos extremas-direitistas quanto dos extremas-esquerdistas.]

 

No meu modesto entender, os anti-semitas têm de ser escorraçados não só do Facebook como de todos os ambientes decentes, e condenados a ficar falando uns com os outros até o fim dos tempos.

 

Certos judeus espertalhões, como Karl Marx, os Rothschilds e o George Soros fazem os demais judeus de trouxas com uma facilidade impressionante. Mas, aí a explicação não pode ser lingüística. Deve ser algum atavismo patriótico. Cada judeu acha que todo judeu de nascença é judeu como ele, e acredita no filho-da-puta como se ele fosse seu tio ou seu avô. Nunca ouviram falar da Sinagoga de Satanás, «aqueles que dizem que são judeus, mas, não são».

 

Todo judeu que está contra a mudança da capital de Israel para Jerusalém é, na mais branda das hipóteses, um traidor filho-da-puta.

 

Se você é católico anti-semita, então, por favor, torne-se também gay, pois, assim, cumprirá sua obrigação de tomar no cu. [O anti-semitismo, o antiislamismo, o antinegrismo etc., de fato, são chagas abertas na consciência da Humanidade. Mas, o que isto tema ver com a homossexualidade? Sei lá, mas, penso que este tipo de preconceito (associar anti-semitismo com homossexualismo) esteja ligado à infância, quando, provavelmente, devem ter acontecido coisas, cujas lembranças atormentativas o preconceituoso não consegue ultrapassar e delas se livrar. Os outros sempre são espelhos da nossa interioridade, que, quando não é compreendida, se transforma em um monstro de sete cabeças.]

 

 

 

 

Se você acha que os judeus todos estão metidos numa conspiração sionista, me explique por que setenta e tantos por cento dos judeus americanos votaram duas vezes em Barack Obama, inimigo jurado de Israel? Não há conspiração que vença a idiotice.

 

Não sou maçom nem antimaçônico, mas, de uma coisa estou absolutamente seguro: na política brasileira, nada se fará sem o apoio de uma parte da Maçonaria e da hostilidade da outra parte

 

Os cristãos são o grupo que mais fornece vítimas à opressão e à perseguição. São cento e tantos mil mortos por ano. Aliás, o sujeito que mais estudava isso era um judeu, chamado Michael Horowitz. Ele não tem nada de católico nem de protestante. E esse dado eu obtive dos programas dele. Ele dava 120.000 mortos por ano. Isto não é brincadeira, meu Deus do céu. Isto é outro holocausto. Não é para brincar com essas coisas. Agora, daí no Brasil diz, não, aqui tem perseguição a pessoal dos cultos afro. Eu digo: não! Você tem problemas com os cultos afro nas classes pobres. Não é isso? Mas, o pessoal de cima, os potentados e o establishment [ordem ideológica, econômica, política e legal que constitui uma sociedade ou um Estado] só perseguem cristãos. Não perseguem judeus porque só tem meia dúzia de judeus, pô! Então, nem precisa perseguir. Agora, na França, eles vêem o judeu na rua já sai de porrada em cima do cara, né? Aliás, por falar nisso, eu não sei se eu tenho família judaica ou não. É uma história interessante. A minha avó materna chamava-se Alma Elisa Schneider. Schneider tem duas maneiras de escrever: uma é alemã, a outra é judia. Mas, a minha avó se perdeu da família e foi encontrada na estrada por uma família de caipiras em São Paulo que a criou. Ela tinha cinco anos de idade; ela não sabia ler nem escrever. Então, até hoje eu não sei como se escrevia o tal do Schneider. Eu não sei se ela era alemã ou judia. E nem vou saber nunca. [Eu gostaria de saber qual foi a finalidade deste discurso!]

 

Parem de puxar saco de policiais e militares. Farda não santifica ninguém. [Ah! Bem! Com isto eu concordo.]

 

Já expliquei, aparentemente em vão, que a liberdade não é, logicamente, um princípio universal de aplicação óbvia e improblemática, como a igualdade perante a lei ou a proibição do falso testemunho, e, sim, apenas, uma conveniência prática que deve ser administrada com prudência, já que, como toda conveniência prática, inclui, em si, sua própria limitação e, estendida sem critério, se perverte automaticamente numa rede de limitações chamadas ironicamente de "liberdade". Esta advertência se torna ainda mais importante no caso da "liberdade religiosa" uma bolha de sabão verbal que estoura no ar à primeira tentativa de levá-la à prática. Estudei Hegel o suficiente para entender que ele tem razão ao dizer que todo preceito particular tomado como universal se converte automaticamente no seu oposto, tão logo sai do papel para a realidade. Apenas, não vejo como explicar isso a nenhum político, militante ou eleitor apaixonado pelos "valores ideais" que imagina defender. O destino deles é sentar na própria pica pelos séculos dos séculos, sem conseguir jamais tirar a menor conclusão da experiência. O mesmo se aplica à "expansão dos direitos democráticos", tão louvada por bocós como Marilena Chaui e até por homens supostamente inteligentes como Norberto Bobbio. [É. Realmente, Olavo viveu e morreu sem compreender o que é liberdade – a mãe de todas as categorias – e, por isto, não entendeu os pensamentos de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, de Marilena de Souza Chaui e de Norberto Bobbio.]

 

Eu fiz um estudo a respeito [dos Protocolos dos Sábios de Sião1]. Eu também coloquei essa pergunta [sobre a veracidade dos Protocolos] pra mim mesmo há mais de vinte anos, e fui procurar até descobrir do que se tratava. Acontece que havia no século XIX um romance, de um autor chamado Maurice Joly, que é chamado 'Diálogos no Inferno'. Então, quer dizer, ali se esboçava a idéia de uma conspiração mundial. Mais tarde, a polícia secreta russa, do tempo do czarismo, trabalhou este romance e produziu, então, esse negócio chamado Protocolos dos Sábios de Sião, que é a descrição de uma conspiração mundial que teria sido encabeçada pelos judeus. Na descrição, vamos dizer, dos planos futuros existe muita coisa que veio a acontecer realmente, tá certo? Por quê? Porque não precisa uma conspiração mundial para que haja movimentos históricos mundiais como, por exemplo, esse movimento pelo governo mundial. Quer dizer, aí não tem conspiração nenhuma, é uma coisa pública, é uma corrente histórica. Se você fizer uma análise bem feita das correntes históricas, de o que elas estão tentando produzir e para onde estão tendendo, então, você chegará a conclusão de que, de fato, existe uma tendência à unificação do poder mundial. Não precisa ter conspiração nenhuma. Agora, o que este documento [Protocolos] faz é, de fato, misturar, vamos dizer, uma análise histórica, que nem sempre está errada, como, por exemplo, a idéia de que o anticristianismo crescente aconteceu de fato, tá certo? É uma corrente que já estava, já existia na época e que aumentou depois. Uma coisa é você fazer uma análise histórica e outra coisa é você dizer que há uma conspiração e autoria, né, e botar o que está atrás os judeus. Olha, quantos milhões de judeus tem no mundo? Tem 18 milhões de judeus. Não dá pra fazer uma conspiração mundial, meu amigo, né, o número é insuficiente. Você está entendendo? Além disso, se os judeus fizessem a conspiração, estão conspirando muito mal, porque só levam na cabeça, pô! Não é isso? Se eles são conspiradores, são os piores do mundo. Porque só se ferram. Se ferraram na Rússia, se ferraram na Alemanha, agora estão se ferrando no Oriente Médio. Depois, então, se eles conspiram, conspiram contra si mesmos.

 

A crítica não tem sobre a psicologia das massas o poder sugestivo que têm as crenças afirmativas, mesmo falsas.

 

Há coisas que são boas por alguns instantes, outras por algum tempo. Só algumas são para sempre. [Nada é para sempre. Só o Unimultiverso e a Vida são para sempre. Idéias, que aparentemente são para sempre, são para sempre até serem atualizadas e transmutadas.]

 

Cada um, afinal, projeta no mistério divino as qualidades imanentes à sua própria [personalidade-]alma. [Isto está correto, pois, vivemos imersos em uma mar de miragens e de ilusões.]

 

 

 

 

As portas do espírito só se abrem à perfeita sinceridade de propósitos.

 

É a proporção entre nossas representações e a experiência que assegura a racionalidade dos nossos pensamentos.

 

Se a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude, o cinismo é a afirmação ostensiva do vício como virtude.

 

Conservadorismo significa fidelidade, constância, firmeza. Não é coisa para homens de geléia. [Ora, o conservadorismo, que é o conjunto de crenças baseado na tradição, no passado e no apego aos usos anteriores, é a própria geléia!]

 

Burrice e maldade jamais foram termos antagônicos.

 

Nada debilita mais a inteligência do que a obstinação orgulhosa na astúcia fracassada.

 

A vaidade da ignorância é um abismo de miséria humana.

 

Quanto mais nos aproximamos de um princípio universal, mais vão ficando para trás e cada vez mais longe as realidades concretas cuja explicação buscávamos. E, ao voltarmos do topo, às vezes, parecemos ter perdido de vista o propósito da viagem. O momento do reencontro passa, e nada nos resta nas mãos senão o enunciado abstrato e sem vida de um princípio lógico, que é a recordação melancólica de uma universalidade perdida. É preciso, portanto, descer novamente do princípio às suas manifestações particulares, e, depois, subir de novo, e assim por diante. De modo que a alternância sim-não, verdade-erro, que constitui para nós o início da investigação, é finalmente substituída pela alternância alto-baixo, universal-particular. Passamos, assim, da oscilação horizontal para a vertical. E é justamente o despertar da capacidade de realizar em modo constante esta subida e descida, que constitui o objetivo de toda educação tradicional.

 

O homem, o indivíduo humano, é o portador do conhecimento efetivo. O conhecimento, enquanto bem social, é apenas conhecimento potencial, é coleção de registros e convenções que, para se tornar conhecimento efetivo, deve ser efetivado e atualizado na consciência do indivíduo vivente.

 

A meu ver, o ideal comunista a construção deliberada de uma "sociedade mais justa" é intrinsecamente mau. Não existe justiça nenhuma em planejar de antemão a vida das gerações futuras, obrigando-as a arcar com o peso de milhares de decisões que não tomaram e com as quais, talvez, não venham a concordar. É monstruoso decidir hoje, de maneira irrevogável, a vida dos homens de amanhã. [O ideal de uma sociedade mais justa não é uma coisa má; na verdade, é uma necessidade. O problema é e sempre foi como implementamos esta sociedade mais justa. O busílis é só este.]

 

Discutir com o ignorante é uma das tarefas mais difíceis deste mundo. As razões do debatedor inteligente, culto, são transparentes: são exibidas no conteúdo do seu discurso, porque ele mesmo as pensou e as colocou ali. As do ignorante, sendo desconhecidas dele próprio, vêm de uma atmosfera social difusa, entre obscuras associações de idéias, automatismos de linguagem e mil e um pressupostos mal conscientizados. Desencavá-los é como analisar um sonho. Você tem de mergulhar fundo no inconsciente coletivo para descobrir de onde os cidadãos tiraram os motivos de crer naquilo que afirmam.

 

 

 

 

'Fome e sede de justiça' não significa você querer punir os maus, mas, se esforçar para não fazer o mal a ninguém. É só isso e tudo isso. Um inimigo derrotado que nos estende a mão da concórdia se torna, com freqüência, o nosso melhor amigo.

 

Não há nada mais difícil do que fazer alguém tomar consciência da sua inconsciência progressiva. [Não existe inconsciência progressiva; o que há, para todos nós, é consciência progressiva. Ora, se não houvesse consciência progressiva, paulatina, a encarnação seria inútil e a ação da Lei da Causa e do Efeito (tanto individual, quanto coletiva) uma horripilante crueldade. O que acontece é que a nossa tomada de consciência das coisas é lentíssima, anda mais devagar do que lesma paralítica, e, muitas vezes, temos a impressão de que não saímos do mesmo lugar. Mas, saímos, sim; avançamos, sim; progredimos, sim. Um Dia, todos nós seremos Deuses Conscientes!]

 

 

 

 

[No Brasil,] o ambiente visual urbano é caótico e disforme, a divulgação cultural parece calculada para tornar o essencial indiscernível do irrelevante, o que surgiu ontem para desaparecer amanhã assume o peso das realidades milenares, os programas educacionais oferecem como verdade definitiva opiniões que vieram com a moda e desaparecerão com ela. Tudo é uma agitação superficial infinitamente confusa onde o efêmero parece eterno e o irrelevante ocupa o centro do mundo. Nenhum ser humano, mesmo genial, pode atravessar esta selva e sair intelectualmente ileso do outro lado. Largado no meio de um caos de valores e de contravalores indiscerníveis, o indivíduo se perde numa densa malha de dúvidas ociosas e de equívocos elementares, forçado a reinventar a roda e a redescobrir a pólvora mil vezes antes de poder passar ao item seguinte, que não chega nunca. [O título deste fragmento olaviano é: pessimismo recalcitrante. Eu, como sou otimista, sempre espero o melhor, tenho, como Mâ Ananda Moyî, uma disposição interior para ver as coisas pelo lado bom e, invariavelmente, aguardo uma solução favorável para tudo, não posso concordar com Olavo, pois, para mim, tudo é uma experiência educativa transitória. Ora, a coisa é como eu disse no comentário anterior, que, resumidamente, vou repeti-lo: a nossa tomada de consciência das coisas é lentíssima, anda mais devagar do que lesma paralítica, e, muitas vezes, temos a impressão de que não saímos do mesmo lugar.]

 

Ser inteligente é, como já lembrava Lionel Trilling, a primeira das obrigações morais. Sem inteligência, até as virtudes mais excelsas se tornam apenas caricaturas de si mesmas. [Ora, ora, ora, ninguém é inculto, nem curto, nem burrego porque quer, e ser inteligente longe está de ser um obrigação moral. Quem pode ser como o Dr. Spencer Reid (o ator Matthew Gray Gubler, de Criminal Minds) que é PhD em Matemática, em Química e em Engenharia, BA em Psicologia e em Sociologia, e tem um QI de 187 e uma memória eidética fenomenal, podendo ler 20.000 palavras por minuto? Perto dele, não há quem não se sinta um anelídeo oligoqueta. Nem o Olavo deixaria de se sentir, se estivesse vivo!]

 

 

Matthew Dr. Spencer Reid Gray Gubler

 

 

Vamos falar o português claro: várias das igrejas "evangélicas" foram criadas por organizações maçônicas, que têm até mais experiência de infiltração e de parasitagem do que os comunistas. O biblismo radical só existe para criar confusão. [Será que é assim mesmo?]

 

Distinção: O ateu não tem motivos para acreditar em Deus. O ateísta acredita que ninguém os tem. [Sinceramente, esta é a primeira vez que estou tomando conhecimento desta diferença entre ateu e ateísta. Acho que nem o Antônio Houaiss sabia disso.]

 

Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo. [Ser reacionário é se opor às idéias voltadas para a transformação da sociedade, sendo, portanto, antidemocrático, ultraconservador, hostil à Democracia e contrário à evolução política ou social da coletividade. Isto, sim, é que é ser reacionário, arrogante e mandão.]

 

Um mundo que confia seu futuro ao discernimento dos jovens é um mundo velho e cansado, que já não tem futuro algum. [Um mundo que confia seu futuro ao discernimento de velhos conservadores, reacionários e gagás é um mundo retrógrado e paralítico, que não poderá ter futuro algum, porque nem sequer tem um presente.]

 

A Filosofia é uma atividade permanente de esclarecimento. Não se pode reduzi-la a um esclarecimento da linguagem, como pretendeu a escola analítica, porque, por trás da linguagem, existem questões reais substantivas, pessoas de carne e osso, e assim por diante. Tratar tudo isto apenas como análise da linguagem é o mesmo que confundir a comida de um restaurante com o cardápio. Quando o dono do restaurante fala para o seu cozinheiro nós temos que modificar o nosso cardápio, o cozinheiro faz novas comidas reais. Não simplesmente pega o cardápio e decide escrever tudo diferente. Quando o dono fala em modificar o cardápio, está raciocinando metonimicamente. [A metonímia é uma figura de retórica que consiste no uso de uma palavra fora do seu contexto semântico normal, por ter uma significação que tenha relação objetiva, de contigüidade, material ou conceitual, com o conteúdo ou o referente ocasionalmente pensado.] Não é modificar o cardápio em si, mas, as comidas que estão referidas no cardápio. O que os filósofos fazem é isto. Não estão reformulando somente o cardápio, mas, estão colocando dentro da lista novos elementos que não existiam ou que não tinham sido percebidos antes. Esta é a finalidade da Filosofia: o esclarecimento permanente das questões tal como se apresentam concretamente na cultura e na vida humana, e não somente na linguagem. Obviamente, a análise da linguagem faz parte disto, mas, como um instrumento auxiliar cuja importância não deve ser muito enfatizada ou exagerada, porque a maior parte dos elementos que você lida são elementos que ainda não têm uma formulação linguística, são elementos de experiência interior e exterior, que, às vezes, escapam da expressão linguística. Por exemplo, quando apareceram os fenômenos das duas guerras mundiais e das tiranias totalitárias, que impuseram aos seres humanos uma quantidade de sofrimento e de situações absurdas que elas não conseguiam expressar verbalmente. Se você ler hoje a obra de Alexander Zinoviev, professor de Lógica Matemática, perceberá que ele usa o seu instrumental lógico para criar uma nova linguagem capaz de descrever o que foi a situação real vivida pelos cidadãos do Império Soviético, experiência que, portanto, transcendia os meios linguísticos de expressão dos próprios personagens que estavam vivendo. Como poderia ser isto uma mera análise da linguagem se a linguagem para expressar aquilo não existia no momento? Tratava-se, sobretudo, de sentimentos e de vivências mudas do coração humano, que Zinoviev puxará de dentro da alma humana para uma expressão linguística finalmente. E é evidente que a análise da linguagem de Zinoviev não é a mesma que o próprio Zinoviev está fazendo dos acontecimentos e das experiências reais. A Filosofia Analítica é uma filosofia de brinquedo, que transforma as questões mais temíveis da existência humana em meros jogos de linguagem. Isto é bom para quem quer ficar se divertindo em casa, mas, não para quem quer meter a mão na massa. É um divertimento acadêmico apenas. Às vezes, produz algo de real utilidade, não se pode negar. Quando eu digo que a função da Filosofia é lançar luz sobre estas questões reais, então, não estou me referindo a meras questões de linguagem ou de lógica. A própria lógica, como disciplina científica, é um dos dados da situação social e existencial que estamos vivendo. Ela tem uma função dentro, entre outros, do universo da ciência e da tecnologia, e é, por assim dizer, uma força social. Então, tem que ser analisada também como força social, e não somente dentro dos detalhes formais da própria lógica.

 

 

 

 

O discernimento estético é parte integrante da cultura espiritual. A música, as artes plásticas, o cinema e o teatro são armas letais usadas na desumanização das massas, e isto menos pelo conteúdo propagandístico explícito (uma exceção) do que pelo simples fato de dissolverem o senso estético das multidões, pela exposição repetida ao feio e ao disforme apresentado como normal. [Não é bem assim. O feio o disforme de Guernica, uma das obras mais famosas de Pablo Ruiz Picasso (Málaga, 25 de outubro de 1881 – Mougins, 8 de abril de 1973) e uma das mais conhecidas do Cubismo, pintada a óleo em 1937, é uma declaração de guerra contra a guerra e um manifesto contra a violência. O preto, o cinza, o branco e os tons azulados foram as cores utilizadas pelo artista, que servem para intensificar a sensação de drama causada pelo bombardeio de Guernica pelos alemães.]

 

 

Guernica
(Autor: Pablo Picasso)

 

 

Intelectualmente e para efeitos da sua convivência consigo mesmo e da sua orientação na vida, a modéstia é uma péssima conselheira. [É difícil acreditar que Olavo tenha escrito uma coisa destas!]

 

Tudo em volta induz à loucura, ao infantilismo, à exasperação imaginativa. Contra isto, o estudo não basta. Tomem consciência da infecção moral e lutem, lutem, lutem pelo seu equilíbrio, pela sua maturidade, pela sua lucidez. Tenham a normalidade, a sanidade e a centralidade da psique como um ideal. Prometam a vocês mesmos ser personalidades fortes, bem estruturadas, serenas no meio da tempestade, prontas a vencer todos os obstáculos com a ajuda de Deus e de mais ninguém. Prometam SER e não apenas pedir, obter, sentir, desfrutar. [Isto está corretíssimo, mas, penso que, acima de tudo, devemos nos prometer nunca desistir. Desistir, simplesmente, é adiar.]

 

O amor não é um sentimento, é um modo de ser. É um juramento interior de defender o ser amado até à morte, mesmo quando ele peca gravemente contra você. O amor é mesmo, como dizia Jesus, morrer pelo ser amado. Quando a gente espera que o amor torne a nossa vida mais agradável, em vez de sacrificar a vida por ele, a gente fica sem o amor e sem a vida. O amor é o mais temível dos desafios, porém, quando você o conhece, não quer outra coisa nunca mais.

 

Querer estar limpo diante de Deus é inútil, porque só Ele pode nos limpar. [Isto é equivalente ao dogma católico, que diz: O homem caído não pode se redimir a si próprio; somente um ato livre por parte do amor divino pode restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado. Ora, por que alguém quereria estar limpo diante de Deus ou de quem quer que seja? Com relação a essa tal limpeza, nós devemos, sim, estar (ou, pelo menos, tentar estar) moralmente limpos perante nós mesmos. Deus não entra nesta cogitação e, muito menos, tem alguma coisa com isto. Deveríamos fazer um esforcinho, sim, e passar a nos preocupar mais com O-QUE-É, e não com aquilo que achamos que seja, normalmente a nós impingido, e, de modo geral, nos fazendo tomar uma coisa por outra. Não há nada mais dramático do que passar a vida inteira trocando seis por meia dúzia!]

 

 

Miralusão
(The Picture of Dorian Gray – Oscar Wilde)

 

 

Não sei se alguém lhes avisou, mas, o fato é este: haja o que houver, esta vida sempre terminará mal. A próxima é que é o negócio. Tudo o que fazemos neste mundo não deve ser movido pela esperança de dias melhores, mas, exclusivamente, pelo amor a Deus e ao próximo. Isto é toda a Lei e os profetas. [Isso é uma besteira que não tem mais tamanho. Nem o Joselino Barbacena nem o Nerso da Capitinga seriam capazes de inventar um treco tão xexéu como este! Ora, a nossa vida não tem que terminar mal. Ela terminará exatamente do jeito que nós programarmos para que ela termine (). Isto é toda e Lei, sem profeta nenhum, até porque eu não sou nem quero ser profeta de nada. Seja como for, tudo se resume a: CAUSA —› EFEITO. Fora disto, é crendice sem sentido e sem AMPARO LEGISLACIONAL. Quanto à próxima vida, ela não será no céu nem no inferno, como muitos delirantes pensam. Será aqui mesmo ou em um outro sistema que esteja de acordo com a tal programação que aludi mais acima. Nós somos os timoneiros do barco em que navegamos. Em outras palavras: nossa próxima existência, onde quer que seja, será uma conseqüência direta desta existência. Agora, só não haverá próxima existência, se formos parar na 8ª Esfera. Aí, não tem jeito!]

 

 

 

 

Antes de brilharmos em ações espetaculares teremos de vencer a mentira interior e pagar, com a solidão moral extrema, o preço da sinceridade. [Por que brilhar em ações espetaculares? Vencer a nossa mentira interior sistemática (mistura de miragem com ilusão) é o que basta. Basta... Só para começar.]

 

O que há de mais belo, nobre e elevado no ser humano é justamente o processo no qual, por transmutações sucessivas, o mais egoísta dos instintos se transfigura em bondade, generosidade, perdão e auto-sacrifício. [Mais do que perdão, precisaremos adquirir Compreensão (que é anterior à TransCompreensão). Se não Compreendermos, não TransCompreenderemos, e ficaremos apenas perdoando religiosamente. E isto não resolve nada e não adianta nada.]

 

Aquele que não dá O MELHOR DE SI para adquirir conhecimento e se aprimorar intelectualmente não tem NENHUM DIREITO de opinar em público sobre O QUE QUER QUE SEJA. Nem sua fé religiosa, nem suas virtudes morais, se existem, nem os cargos que porventura ocupe, nem o prestígio de que, talvez, desfrute em tais ou quais ambientes lhe conferem esse direito. Discussão pública não é mera troca de opiniões pessoais nem torneio de auto-imagens embelezadas: é eminentemente intercâmbio de altos valores culturais válidos para toda uma comunidade humana, considerada na totalidade da sua herança histórica, e não só num momento e lugar. O direito de cada um à atenção pública é proporcional ao seu esforço de dialogar com essa herança, de falar em nome dela e de lhe acrescentar, com as palavras que dirige à audiência, alguma contribuição significativa. O resto, por "bem-intencionado" que pareça, é presunção vaidosa e vigarice. TODOS os males do Brasil provêm da ignorância destes princípios. Políticos, empresários, juízes, generais e clérigos incultos, desprezadores do conhecimento e usurpadores do seu prestígio, são os culpados de TUDO o que está acontecendo de mau neste País, e que, se esses charlatães não forem expelidos da vida pública, continuarão aumentando, com ou sem PT, com ou sem "impeachment", com ou sem "intervenção militar", com ou sem Smartmatic, com ou sem Mensalão e Petrolão. Desprezo pelo conhecimento e amor à fama que dele usurpa mediante o uso de chavões e macaquices são os pecados originais da "classe falante" no Brasil.

 

Quando penso nos meus amigos e familiares que continuam suportando no Brasil uma vida só de pequenos obstáculos e impossibilidades, esmagados sob milhões de probleminhas insignificantes e insolúveis, como que assediados por exércitos inumeráveis de mosquitos de ferro, sinto que não há em todos os olhos do mundo lágrimas suficientes para chorar tamanho desperdício de energia humana, tamanha celebração do insensato e do absurdo. [O Brasil não é isto.]

 

Só preste atenção nos defeitos das pessoas se elas vierem pedir, rogar e implorar para você ajudar a corrigi-los.

 

Após adquirir os critérios e os métodos fundamentais da vida intelectual, o passo seguinte é se abrir, sem prevenções nem medo, não a todos os “argumentos”, o que seria mergulhar numa tagarelice sem fim, mas, a todos os fatos. Leia e ouça tudo, pouco importando se vai contra a sua igreja, contra o seu partido, contra os judeus, contra os católicos ou contra a sua mãe. Durante alguns anos você vai ficar numa confusão dos diabos, mas, se permanecer calmo e paciente, observando a confusão com honesto interesse e com compaixão, no fim, algumas linhas de força acabarão sugerindo a forma do conjunto. [Isto está absolutamente correto.]

 

Desde a adolescência, o meu interesse pelas coisas mais elevadas do espírito foi recebido pelos ambientes social e familiar em torno com desprezo, chacotas e tentativas de intimidação. Parecia que ir além do círculo do imediato, do banal e do mesquinho era o pior dos pecados. Estímulos, só recebi negativos. Mas, não posso dizer que esta experiência tenha sido de todo prejudicial ou mesmo inútil. Com ela aprendi a guardar meus pensamentos para mim mesmo, evitando bate-bocas dispersantes, e, graças a isto, desenvolvi não só o poder de concentração, mas, a capacidade de conservar minhas idéias na memória muito tempo antes de ter a oportunidade de escrevê-las. Posso dizer que tinha uma filosofia secreta bem antes de que alguém em volta pudesse desconfiar da sua existência. Só comecei a falar dela em público quando me senti seguro de que não precisava mais da aprovação ou da simpatia de quem quer que fosse. É por isso que vejo bem claro o ridículo de toda afetação de independência. Qualquer moleque fracote pode se vangloriar de que “pensa com os próprios miolos”, precisamente porque não tem a menor idéia do preço da independência genuína.

 

A maior parte dos seres humanos não tem um pingo de interesse por um treco chamado “realidade”. [O que dizer, então, da ATUALIDADE, ou seja, de O-QUE-É?]

 

O tipo mais desprezível que existe é aquele que esconde a própria sujeira por trás de versículos da Bíblia. [E estes Sujismundos demoníacos vão, por exemplo, da pedofilia eclesial à venda de feijões mágicos e água consagrada, que curam a COVID-19.]

 

Nada irrita mais um desesperado do que forçá-lo a uma longa espera na ante-sala de uma pura incerteza.

 

Quem não crê na MATERIALIDADE dos milagres de Nosso Senhor e vê neles apenas metáforas pedagógicas não é cristão nem mesmo no sentido metafórico do termo. [Já disse e repito, o que não adianta mesmo nada, pois, cada um deverá comprovar pessoalmente: milagres não existem. Admitir a existência de milagres é o tributo que a ignorância genuflexa tem que pagar por recusar a Illuminação Interior, e preferir crer nos dogmas religiosos indiscutíveis, escalafobéticos e desengonçados. Um milagre, se acontecesse de fato, seria uma violação das Leis Cósmicas, o que é impossível e inacontecível. Em todos os aparentes milagres há uma Lei Cósmica em operação, geralmente, desconhecida pelo crente entusiasmado.]

 

A verdade só existe na intuição da realidade concreta e viva por um ser humano concreto e vivo, no momento em que esta intuição acontece. Tudo o que está escrito é apenas o registro de atos de intuição já acontecidos, que têm de ser REVIVIDOS para se tornarem verdades de novo. A verdade é uma PRESENÇA, não uma proposição, uma coisa dita ou escrita. Isto mesmo que estou escrevendo, expressando uma intuição que tenho, e que no momento é verdade na minha consciência, só será verdade de novo quando você, depois de ler o que escrevi, intuir a mesma coisa que intuí, com a mesma evidência gritante que tem para mim agora. [Se a vida é uma experiência progressiva e ascensional, não existem verdades definitivas. Qualquer verdade observada ou percebida é relativa, e, um dia, será substituída (atualizada) por outra mais concertada.]

 

 

 

 

Quando, durante a oração, percebo a minha miséria diante de Deus, acontece uma coisa extraordinária: meu pensamento se torna mais claro, episódios mal compreendidos adquirem, de repente, todo o seu sentido, e áreas inteiras da minha inteligência, que estavam adormecidas, voltam a funcionar. Conclusão que me parece bastante razoável: o sentimento adequado da nossa miséria é o centro da nossa consciência, a chave do nosso senso das proporções, a única via eficiente para um ser humano se instalar na realidade da sua vida com uma perspectiva correta. [O que precisamos compreender é que não existe um Zeus, no céu, sentado num trono de ouro, julgando e anotando os nossos atos, para, depois, nos premiar ou punir. Isto é uma história da carochinha muito mal bolada pelos teólogos das trevas. Os responsáveis por tudo somos nós. Somos nós que escolhe(re)mos as experiências que vivencia(re)mos. E assim, até nos tornarmos Deuses Conscientes, até nos fundirmos e nos amalgamarmos com o nosso Cristo Interno, quebraremos a cara, choraremos e, de sofrimento em sofrimento, nasceremos e morreremos, encarcerados na caverna das nossas miralusões.]

 

 

Zeus

 

 

A característica mais proeminente do imbecil é a incapacidade de sair fora da sua esfera de interesses e perceber que a do interlocutor pode ser outra. [Mas, para perceber que a esfera de interesses do interlocutor pode ser outra, é necessário haver um caminho entre as idéias (Dialética, do grego: ), e, para isto, é preciso haver cultura e ilustração. Como é possível explicar a alguém a Teoria da Relatividade, se a pessoa nem sequer sabe quem foi Albert Einstein? Então, a questão não é de maior ou menor imbecilidade, mas, sim, apenas de cultura. E, quanto a esta questão de cultura, quem é o próprio Einstein perante o Unimultiverso ilimitado? Humildade! Humildade! Humildade!]

 

 

 

 

Assim como o homem tem por natureza o poder de aterrorizar uma mulher com um simples olhar de fúria, a mulher tem, com um mero olhar de desprezo ou de indiferença, o poder de jogar um homem no mais fundo da depressão, destruir todo o seu respeito por si mesmo e induzi-lo até ao suicídio. A beleza feminina é inseparavelmente uma promessa e uma ameaça. É um símbolo condensado de todas as ambigüidades da existência.

 

É claro que, para cada domínio especial do conhecimento e da vida, uma faculdade em particular se destaca, ainda que sem se desligar das outras: o raciocínio lógico nas ciências, a imaginação na arte, o sentimento e a memória no conhecimento de si, a fé e a vontade na busca de Deus. [Fé é uma coisa; vontade é outra.] Que é uma imaginação que não intelige o que concebe, um sentimento que não se enxerga a si mesmo, uma razão que raciocina sem compreender, uma fé que aposta às cegas, sem a visão clara dos motivos de crer? São cacos de humanidade jogados num porão escuro onde cegos tateiam em busca de vestígios de si mesmos. Toda “cultura” que se construa em cima disso não será jamais senão um monumento à miséria humana, um macabro sacrifício diante dos ídolos.

 

Fórmula infalível: antes de julgar quem quer que seja, sobretudo negativamente, certifique-se de que você já se tornou, de maneira mais ou menos estável e geral, alguém BONDOSO, VALENTE, HUMILDE e CAPAZ. Exija de si essas qualidades básicas e, quando as alcançar porque ninguém tem as quatro de nascença seus julgamentos sobre os demais seres humanos serão razoavelmente justos, na medida do possível. Até chegar lá, contenha seu impulso de julgar. Praticamente todos os males do mundo vêm de que as pessoas exigem mais dos outros que de si mesmas. [Na verdade, ninguém deve julgar ninguém – o que é muito difícil. Sempre que formamos um conceito ou estabelecemos uma opinião sobre alguém, fazemos isto com as categorias do nosso cabedal de conhecimentos pessoal, que é sempre falho, incompleto, imperfeito, defeituoso, inconcluso, vago, inconciso e truncado. Humildade! Humildade! Humildade!]

 

No Brasil, é preciso explicar, desenhar, depois, explicar o desenho e desenhar a explicação. [E no resto do mundo, como é? Passamos por 1, 2, 3 e 4, estamos no 5, faltam o 6 e o 7. Não sabemos nada!]

 

 

 

 

Rebeldia do adolescente: amor ao mais forte que o despreza; desprezo pelo mais fraco que o ama.

 

O homem que vive da própria imagem projetada não suporta o isolamento, o confronto solitário com a própria miséria (que é a experiência diária do fiel cristão). Isolem-no, e ele ruirá como um castelo de areia. [É por isto que os teólogos das trevas sabidões e sacanocratas inventaram essa coisa de ter que ir à igreja (qualquer igreja), como gado que vai para o matadouro. Juntinhas, as pessoas, ilusoriamente, se sentem mais protegidas. Mas, só no Silêncio, sozinhos e em Silêncio ouviremos a Voz do Silêncio, que nos Libertará.]

 

O xingamento serve precisamente para aquelas ocasiões onde responder delicadamente é compactuar com o intolerável. Os palavrões, segundo entendo, foram inventados precisamente para as situações em que uma resposta delicada seria cumplicidade com o intolerável. [Sei não.]

 

Ao contrário dos líderes políticos, que fazem muito barulho, mas que, raramente, modificam alguma coisa de substantivo, o escritor, se quiser, tem o privilégio de ser um dinamitador discreto, que derruba muitos prédios em torno sem que ninguém ouça a explosão.

 

 

 

 

A atenção é a substância da identidade humana. Dominá-la, segundo uma ordem de prioridades, é dominar o destino, até o extremo limite das nossas forças. A principal função da mídia é impedir que isso aconteça. [Ora, ora, ora, qualquer pessoa razoavelmente razoavelmente, por menos razoavelmente que seja, não pode concordar com isto. Democracia sem imprensa livre não é Democracia. No Brasil, particularmente, no curso desta PanCOVIDmia mortal, se não fosse a mídia, o povão estaria mais por fora do que umbigo de vedete, seguindo cegamente o negacionismo federal e, provavelmente, fazendo muito mais besteira do faz atualmente. E pior: talvez, achasse que a história do jacaré fosse verdade. Com todos os defeitos midiáticos e com algum eventual truncamento na difusão das informações, é muitíssimo melhor com imprensa livre do que com imprensa amordaçada. Obrigado à imprensa brasileira e obrigado aos jornalistas brasileiros.]

 

 

 

 

O Brasil é isso: uma engenhoca construída pelo diabo, entre orgasmos de humorismo sádico, para frustrar todas as esperanças humanas e assegurar que nenhum problema, grande ou pequeno, coletivo ou individual, terá jamais solução. [Como brasileiro, repilo isto veementemente. Como cidadão do Unimultiverso, rechaço isto intensamente. Como Rodolfo, cago em cima disto descerimoniosamente. Nasci aqui conscientemente, porque quis e não me arrependo.]

 

A impotência gera o sonho de onipotência. Todo idealismo subjetivo sobretudo os disfarçados, tão comuns na modernidade reflete um desejo de fugir para um mundinho da nossa própria invenção. [Ora, meu bom Olavo, quando você afirma que o critério infalível para identificar um idiota é que ele fala da espécie humana com ares de superior desprezo olímpico, coisa que você fez sistematicamente durante a sua vida, isto foi ou não foi um sonho de onipotência?]

 

Conhecer a realidade não é espremê-la no pensável: é se integrar nela conscientemente e de todo o coração, como o nadador que conhece o mar, se jogando nele sem medo das ondas. [Conhecer a realidade até que é fácil; o busílis é conhecer a ATUALIDADE CÓSMICA!]

 

Não estudei o assunto da terra plana. Só assisti a uns vídeos de experimentos que mostram a planicidade das superfícies aquáticas. Não consegui encontrar, até agora, nada que os refute. [Então, a Terra é plana? Tenha a santa paciência!]

 

Ter um Eu é a mais alta dignidade que Deus concedeu ao ser humano. Os animais têm uma identidade, mas, não uma consciência moral autobiográfica. Eles não podem contar sua história, confessar seus pecados e responder pelas suas ações. [Ora, Deus não concedeu nada ao ser humano nem concede nada a nenhum ente do Unimultiverso. No Unimultiverso não há concessões; há conquistas. Por esforço e mérito. A nossa consciência moral autobiográfica, aos trancos e barrancos – sem pecados, mas, repleta de ignorâncias vem sendo construída por nós, desde a Primeira Ronda (---› 7 —› 49 —› 343 ---). O problema é que esquecemos (de) tudo, e, a cada nova (re)encarnação, parece que começamos do zero. Mas, se houve um zero, ele já se dissolveu no Tempo (que não é tempo). Mas, zero não significa nada, porque o nada não existe, e, por isto, não pode dar origem a coisa alguma. No máximo, zero pode significar um novo começo, a partir de uma continuação-sem-princípio-já-existente. O fato é que o Unimultiverso está em permanente mudança e movimento, e isto quer dizer uma seqüência ilimitada de agoras.]

 

 

 

 

Cigarro não faz mal, isto tudo é uma empulhação da indústria farmacêutica, que vende remédios que matam a população. Cigarro faz bem para a atividade cerebral e diminui o colesterol. Quantas pessoas com Alzheimer fumantes você já viu?

 

Nosso próprio ideal de perfeição é o grande instrumento do diabo, que com ele nos acusa, nos humilha, nos castiga e faz de nós, a título de miserável compensação psíquica, acusadores do próximo, da Humanidade, do Universo inteiro pequenos diabos intoxicados de angelismo. A única Perfeição real que existe, em contrapartida, é o perdão universal oferecido com sacrifício da própria vida não uma vez, mas, infinitas vezes, até o Juízo Final. [Isto tudo é mesmo um delírio sem-termo. Resumindo: o diabo não existe e o inferno não são os outros.]

 

 

Manipura

 

 

Algumas divulgações tenebrosas de Olavo sobre a PanCOVIDmia, que fizeram escola:

1ª) O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel.

2ª) Dúvida cruel: o Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?

3ª) O Brasil não quer vacina chinesa obrigatória, o STF quer. Quem manda mais? O Brasil não quer ideologia de gênero nas escolas infantis. O STF quer. Quem manda mais? O BRASIL NÃO MANDA NADA.

4ª) Na França, o Primeiro-ministro e o Ministro da Saúde, que vetaram a Cloroquina, perderam os cargos e respondem a processo. No Brasil, xingado de genocida é o Presidente [Bolsonaro] que, liberando a Cloroquina, salvou milhares de vidas. Esse País é o paraíso da ignorância.

5ª) Conselhos de saúde matam mais que o Coronavírus.

6ª) Paralisar a atividade econômica mundial para debelar uma epidemia que mata menos de 0,1 por cento DOS CONTAMINADOS (não da população inteira) é uma vigarice tão óbvia, que o mero fato de aceitar essa proposta como hipótese para discussão já prova deficiência mental.

7ª) Essa campanha para nos 'proteger da pandemia' é o mais vasto e mais sórdido crime já cometido contra a espécie humana inteira.

8ª) O nível de cura é imenso. No Brasil, o sucesso da Cloroquina está mais do que comprovado.

9ª) O número de mortes dessa suposta epidemia não aumentou em nem um único caso o número habitual de mortos por gripe no mundo. Nem um único caso, gente! Essa Pandemia simplesmente não existe.

10ª) A Pandemia é a mais vasta manipulação de opinião pública que já aconteceu na história humana.

11ª) Essa pandemia simplesmente não existe. Na verdade, você não tem um único caso confirmado de morte por Coronavírus.

12ª) Não sei se as vacinas funcionam ou não, mas, quem cuidará da saúde dos meus filhos não é a medicina estatal, mas, sim, Nosso Senhor Jesus Cristo.

13ª) Vacinas matam ou endoidam. Nunca dê uma a um filho seu.

14ª) Só um perfeito idiota pode imaginar que a disseminação do vírus chinês no mundo foi um acidente. Mas, o Ocidente está repleto de perfeitos idiotas, diante dos quais os chineses têm um justificado senso de superioridade.

15ª) Quando é que os ditos “conservadores” vão parar de usar o termo “pandemia”?

 

 

Fonte: https://twitter.com/Carvalho_A_Helo/status/

 

 

 

 

É próprio da idiotice tomar posição pelo valor nominal das causas defendidas ou atacadas, sem saber sua origem histórica, as forças políticas e econômicas que as sustentam e os planos estratégicos de maior escala que as abrangem e utilizam. [É exatamente isto o que acontece quando você, Olavo, afirma que o brasileiro não entende a diferença entre feiúra e beleza; só entre miséria e luxo, pois, isto, nem de longe, é verdade, e é, sim, antes, uma baita idiotice. E esta idiotice deriva do cacoete literário de maximizar o que é mínimo e de minimizar o que é máximo, cacoete do qual você foi um expert. Enfim, saber o que é feio e o que é belo todo mundo sabe; o que normalmente nós não sabemos é o porquê de uma coisa ser feia ou ser bonita. Agora, para o Unimultiverso e para a Consciência Cósmica não há feiúme nem beleza; tudo é UM! Enfim, Olavo, sem julgá-lo, percebo que no seu discurso há mais crateras do que montanhas, e você, com a rapidez do raio, tanto sobe as crateras quanto desce as montanhas.]

 

 

Quem ama o feio, bonito lhe parece!

 

 

 

Para concluir:

 

 

 

Até quando cuspiremos
no prato que comemos?
Até quando criticaremos
aquilo que nos libertará?
Até quando enfearemos
a Beleza que nos adorna?
Até quando não seremos
o que deveremos ser?

 

 

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Os Protocolos dos Sábios de Sião (ou Os Protocolos de Sião) é um texto anti-semita que descreve um alegado projeto de conspiração por parte dos judeus e dos maçons, de modo a atingirem a dominação mundial através da destruição do mundo ocidental. De acordo com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, o texto influenciou o Nazismo e permanece em circulação até os dias atuais, sobretudo na Internet.

 

 

 

 

Música de fundo:

Zorba, the Greek
Compositor: Mikis Theodorakis

Fonte:

http://www.kairatos.com.gr/midiellinika.htm

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/olavo
-de-carvalho-minimizou-covid-pandemia/

https://www.folhape.com.br/politica/controverso-e-nega
cionista-como-a-imprensa-estrangeira-noticiou-a/213479/

https://visao.sapo.pt/atualidade/mundo/

https://twitter.com/opropriolavo/status/

https://catracalivre.com.br/cidadania/olavo-de-carvalho
-guru-de-bolsonaro-e-contra-vacinacao-infantil/

https://www.poder360.com.br/midia/essa-epidemia-
simplesmente-nao-existe-diz-olavo-de-carvalho/

https://www.dn.pt/mundo/para-guru-de-bolsonaro-esta-
pandemia-simplesmente-nao-existe--11972751.html

https://www.em.com.br/app/

https://blog.vitrinezen.com.br

https://unsplash.com/s/photos/ugly-doll

https://www.marxismo.org.br/ifsc-da-intervencao-a-censura/

https://professorcavalcante.wordpress.com

https://icon-library.com/icon/skull-png-icon-6.html

https://gfycat.com/stickers/search/black+dynamite

https://pt.dreamstime.com

https://www.researchgate.net/

https://mitologia-lendas-urbanas.fandom.com/pt-br/wiki/Zeus

https://twitter.com/dorianlovers

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https://www.pensador.com/autor/olavo_de_carvalho/

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https://www.plural.jor.br/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Protocolos_dos_Sábios_de_Sião

http://myfunnymemes.com/7-headed-hydra-
monster-wiggle-stereoscopy-gif-art/

https://www.bbc.com/portuguese/geral-54532598

https://pt.wikiquote.org/wiki/Olavo_de_Carvalho

https://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_de_Carvalho

 

Direitos autorais:

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