ONTEM,
HOJE, DEVENIR
(Aonde iremos parar?)
Rodolfo Domenico
Pizzinga
—
Ah! Eu gostcho
muitcho!
coisa continuará cara,
enquanto-não-der-de-haver
a lícita vergonha
na cara.
rimeiro foi o mensalão.
Então, se reestruturaram,
e pimba-em-nós
o petrolão.
O que virá na seqüência?
odavia, o mar de lama
é antigo e vem
de longe.
Cá, nossa primeira
dama
é D. Zona dos Costumes.1
a Economia brasileira?
Anda ±
desgorgomilada,
que nem caca na carreira.
Metemos o pau à
matroca!
só tráfico de influência:
tudo é interesse
pessoal.
Prevalece a excrescência:
lixe-se o que é
republicano.
gora, Levy2
é o Ministro.
O que nos dará
em 2.015?
Dará pepino? Será
rapistro?
Se der um nabo, eu vomito!
poder só
tem cabimento
como Serviço Filantrópico.
O contrário é
só tormento;
é muito pior que
temporal.
oderá não ser já, agora;
entretanto, o cuco cucará,
e soará a Primeira
Hora,3
e eles perderão
a malícia!
ambém perderão
a fúria.
Igualmente, outas-coisinhas:
crueldade, má-fé
e incúria,
si-mesmo,
avarícia e salácia.
... Tornar-se-ão
Dignos!
E... Tornar-se-ão
confiáveis!
E... Serão todos
fidedignos!
E... Um dia, serão
Deuses!
______
Notas:
1. Zona
dos costumes
corrupção dos costumes. Corrupção, como
todo mundo sabe, é
a decadência dos valores, especialmente das mais altas virtudes dos
cidadãos da polis. Por
esta concepção, diferentes historiadores do mundo antigo narram
o mundo dos vícios em suas diferentes comunidades como o elemento
primordial para a decadência política. Por esta maneira é
que Cícero se torna cético com o futuro de Roma, descrevendo
a corrupção da República como a ascensão da
injustiça e de um povo desobediente à lei. Ou ao modo como
Salústio descreve a corrupção da República romana
por uma decadência de virtudes, tais como a honestidade. Ou mesmo,
mais tardiamente, Santo Agostinho descrevendo a corrupção
como o processo da decadência da própria condição
humana. Enfim, a corrupção, desde sempre, é
quando a passagem
do privado ao público ocorre de maneira ilegal. Ou seja, quando o
interesse privado se sobrepõe ao interesse público.
E o Brasil, nisto, é campeão. Confira Corrupção,
Cultura Política e Reformas no Brasil no endereço eletrônico:
http://www.cch.ufv.br/revista/pdfs/vol10/artigo7vol10-2.pdf
2. Joaquim
Vieira Ferreira Levy (Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1961) é
um engenheiro e economista brasileiro, PhD em Economia pela Universidade
de Chicago (1992). Em 27 de novembro de 2014, foi anunciado oficialmente
como o futuro Ministro da Fazenda do Governo Dilma Rousseff, em substituição
a Guido Mantega, que não é Guido, mas, Güido, que, para
descansar, deverá tirar umas férias em Gênova. Se eu
tivesse que dar um conselho amigo ao novo Ministro, que, na realidade, não
precisa de conselho de Pizzinga nenhum, eu recomendaria que ele estabelecesse
um superavit
primário para 2.015 (resultado positivo de todas as receitas e despesas
do Governo, excetuando gastos com o pagamento de juros e a correção
monetária da dívida pública) de, no mínimo,
2,5 %. Para os outros três anos, eu elevaria o superavit
para, no mínimo, 3%. E doa o que tiver de doer e a quem doer. Para
mim, tanto a dívida como os gastos governamentais patropinianos
são uma vergonha escalafobética, e essa coisa de gastar mais
do que é arrecadado é o motivo exclusivo – o porquê
– de a Economia Brasileira não sair de cima dos patins, enquanto
a China, por exemplo, que é um dos Cinco Grandes (BRICS – Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul), tem um crescimento
econômico de fazer inveja em Pérola Negra (que queria ser Pelé),
e que, atualmente, anda na faixa dos 7,5% ao ano, e poderá chegar
a 7,7% em 2.014. Eu gostaria de saber o que a China tem que o Brasil não
tem, para que o Patropi também possa crescer economicamente a taxas
mais civilizadas. E não me venham com essa de que quem nasceu pra
ser freguês nunca chega a ser chinês. Freguês é
o cacete!