O GRANDE BUSÍLIS

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Sempre haverá algo de completamente desconhecido, e que sempre assim permanecerá. [Por isto, em nossa eterna peregrinação espiritual, talvez, a HUMILDADE seja o que há de mais importante.] [In: Prolegômenos a Toda Metafísica Futura (em alemão, Prolegomena zu Einer Jeden Künftigen Metaphysik, die als Wissenschaft Wird Auftreten Können), de autoria do filósofo Immanuel Kant.]

 

 

 

 

Se pensarmos o Ser Supremo unicamente através dos conceitos puros do entendimento, nada pensaremos verdadeiramente de determinado, e, por conseguinte, o nosso conceito será sem significado, pois, se o Ser Supremo for pensado por meio de propriedades tiradas do mundo sensível, então, Ele deixará de ser um Ser Supremo, sendo concebido apenas como mais um dos fenômenos pertencentes ao mundo sensível. [Ibidem.]

 

 

 

 

Se, de fato, houver um Ser Supremo,
como poderemos apelidá-Lo
de bom?
De justo?
De fiel?
De benevolente?
De magnânimo?

De misericordioso?
De sábio?
De onipotente?
De et cetera
e de outras tantas coisas mais?
Ora, estes conceitos pertencem
ao mundo sensível
e à nossa (in)cultura individual,
e caracterizá-Lo destas formas
é antropomorfizá-Lo,
limitá-Lo,
minimizá-Lo,
amesquinhá-Lo,
reduzi-Lo à Humanidade

e, definitivamente, mortalizá-Lo.
Convenhamos: é muita impertinência
nossa fazer isto. Ou não?

Ora, nós não temos que viver
dependendo e acreditando
na existência de um Ser Supremo,
qualificando-O e classificando-O,
pois, isto não muda nem facilita nada
– absolutamente nada –
no que precisaremos Compreender para
nos tornarmos Deuses Conscientes.
Precisaremos, sim, sem alternativa,
aprender a Dignamente ,
para, enfim, podermos I
lluminadamente .
Nada mais além disto. Nada diferente disto.

 

 

 

O grande busílis é que,
enquanto dependermos e acreditarmos
na existência hipotética de um Ser Supremo,
de milagres, de perdão, de salvação etc.,
não daremos um passo real
na Estrada da Illuminação,
pois, continuaremos restringidos
à uma caliginosa monorritmia acachapante,
não Compreendendo bulhufas,
não nos libertando (de nós mesmos),
não Ascensionando zero vírgula,
não nos Unificando
e não nos Divinizando.
Nem filme de horror do Boris Karloff
poderá ser mais horrorífico do que isto!

 

 

Boris Karloff

 

 

A Estrada da Illuminação
é inteiramente incompatível
com imperativos hipotéticos.

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Swan Lake
Composição: Pyotr Ilyich Tchaikovsky

Fonte:

https://pixabay.com/pt/music/piano-classico-swan-lake-147751/

 

 

Páginas da Internet consultadas:

https://vsgif.com/gif/3193943

https://makeagif.com/

https://www.artstation.com/artwork/oRxQL

https://gifer.com/pt/s/eye-rub

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:079-clown-face.svg

https://www.istockphoto.com/br/vetor/pinguim-gm492814851-40243340

 

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