OCULTISMO PRÁTICO

(3ª Parte)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução

 

 

 

Este estudo é a 3ª e última parte de uma coletânea de fragmentos selecionados na obra clássica de Helena Petrovna Blavatsky O Ocultismo Prático. O método de ler uma série de citações a cada manhã, tentando viver durante o dia segundo as citações lidas, e meditando sobre as mesmas nos momentos livres, será extremamente proveitoso, estimulante e modificador para o estudante sério e sincero. Todavia, precisamos ter cuidado para não irmos além do que podemos, porque, se assim fizermos, o que era para ser bom se torna um desastre. Todo exagero é contraprodutivo e adoecedor!

 

 

 

Todo exagero é contraprodutivo e adoecedor!

 

 

 

Fragmentos

 

 

 

Se nós verdadeiramente quisermos avançar espiritualmente, todas as coisas materiais têm de cessar de se tornar uma necessidade. O ardente desejo e o desperdício de pensamento, visando o aumento dos prazeres da vida inferior, impedem o ser-humano-aí-no-mundo de entrar na Vida Superior.

 

Ocultismo = Ciência Oculta.

 

Ciências Ocultas = Artes Ocultas.

 

Ocultismo Prático = Raja-Ioga.1

 

O Ocultismo Prático é um estudo demasiado sério e perigoso para ser realizado sem a mais extrema dedicação, e sem que se esteja pronto a sacrificar tudo, e a si mesmo em primeiro lugar, para atingir seu objetivo.

 

Há muito, muito tempo,
quis dar uma de Ocultista,
mas, derrapei na pista.
Um baita contratempo!

Por isto, recomendo:
1º) Vontade para o Bem;
2º) Humildade também;
e 3º) proceder verendo.

 

 

 

 

O Ocultismo, segundo Charles Webster Leadbeater (Londres, Inglaterra, 16 de fevereiro de 1847 – Perth, Austrália, 1º de março de 1934), treinado por Helena Petrovna Blavatsky, é o estudo do lado oculto da Natureza, ou melhor, é o estudo da Natureza em sua totalidade, e não apenas o estudo daquela parte mínima que é objeto de investigação da ciência moderna... Uma grande quantidade de conhecimento se enquadra nesta categoria, pois, existem forças em a Natureza que só podem ser manejadas com segurança por seres-humanos-aí-no-mundo que passaram por um longo curso de cuidadoso preparo. Ninguém largaria dinamite nas mãos de uma criança, contudo, isto seria um assunto trivial, se for comparado à responsabilidade de colocar o conhecimento das grandes forças ocultas em mãos destreinadas ou indignas. Exemplos deste perigo não faltam, embora, felizmente, sejam superficiais e insignificantes. As pessoas que aprenderam um pequeno fragmento de conhecimento interno com relação ao Fogo Serpentino [Kundalini], ou mesmo que aprenderam alguns exercícios respiratórios elementares, freqüentemente, conseguem arruinar sua saúde ou sua sanidade mental. E as que foram infelizes o suficiente ao entrar em contato com o mundo abaixo do Plano Físico, raramente viveram o bastante para lamentar a indiscrição que as conduziu aos domínios onde o ser-humano-aí-no-mundo não deve ingressar. Indubitavelmente, para a maioria da Humanidade, este é um dos casos em que a ignorância é felicidade, pois, o ser-humano-aí-no-mundo que se mantiver fora disto estará razoavelmente protegido dos seus perigos.

 

 

 

 

Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for canalha.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for bandalha.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for indecoroso.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for abominoso.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for desacautelado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for descuidado.

Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for bestiola.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for parvajola.
Perigo de perigo iminente?

Sim, se o cara for degenerado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for depravado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for pamonha.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for sem-vergonha.
Perigo de perigo iminente?

Sim, se o cara for inabituado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for destreinado.

Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for sei-lá-o-quê.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for lá-sei-o-quê.

 

 

Em Aos Pes do Mestre, o filósofo, escritor, orador e educador indiano Jiddu Krishnamurti (Madanapalle, 11 de maio de 1895 – Ojai, 17 de fevereiro de 1986) afirmou: Não desejes os poderes psíquicos; eles virão quando o Mestre entender ser melhor para ti possuí-los. Forçá-los muito cedo traz em seu treinamento, freqüentemente, muitas perturbações, e seu possuidor, muitas vezes, é desorientado por enganosos Espíritos da Natureza ou se torna vaidoso e se julga isento de cometer erros, Em qualquer caso, o tempo e a energia despendidos em adquiri-los poderiam ser utilizados em trabalho para os outros. Os poderes psíquicos virão no decurso do teu desenvolvimento, e se o Mestre entender que seria útil para ti possuí-los mais cedo, Ele te ensinará como desenvolvê-los com segurança. Até então, estarás melhor sem eles.

 

Segundo Iqbal Kishen Taimni (1898 – 1978), qualquer pessoa familiarizada com o objetivo da vida do Yoga e com o tipo de esforço necessário para alcançá-lo, compreenderá que não é possível nem recomendável para alguém absorvido pela vida mundana e completamente sob a influência dos kleshas [aflições da vida] se lançar de uma só vez na prática regular do Yoga. A diferença entre a perspectiva da vida do ser-humano-aí-no-mundo mundano comum e da vida que se requer que o iogue viva é tão grande, que uma súbita mudança de uma para a outra não é possível, e, se tentada, pode produzir uma reação violenta na mente do aspirante, lançando-o de volta à vida mundana com uma força ainda maior. Um período preparatório de autotreinamento, no qual ele vai gradualmente assimilando a Filosofia da Ioga e sua técnica e se acostumando à autodisciplina, torna a transição de uma vida para outra mais fácil e mais segura. Conseqüentemente, também, habilita o simples estudante a verificar se está suficientemente preparado para adotar a vida da Ioga e tentar seriamente realizar o ideal da Ioga.

 

 

 

 

Para alcançar o Nirvana, é mister alcançar o Autoconhecimento, e o Autoconhecimento é filho de ações amorosas.

 

É a intenção, somente a intenção, que faz com que qualquer exercício de poder se torne Magia Negra e maligna ou Magia Branca e benéfica.

 

A não ser que a intenção seja totalmente pura, a Vontade Espiritual se converterá em psíquica, agindo sobre o Plano Astral e podendo produzir resultados terríveis.

 

Os Poderes e as Forças Espirituais são concedidos somente àqueles que são perfeitamente puros de Coração e isto é Magia Divina (Divina Sapientia).

 

 

 

 

Aqueles que desejarem adquirir o Conhecimento que leva aos Siddhis (Poderes Ocultos) têm que renunciar a todas as vaidades da vida e do mundo.

 

Todo pensamento hostil a qualquer ser vivente precisa ser afastado. O Coração deve estar pleno do sentimento de não-separatividade em relação a todos os seres, bem como a tudo em a Natureza. De outro modo, não poderá haver sucesso.

 

Ela era muito chata,
e eu não gostava dela.
Caminhei... Caminhei...
E ficou fechada a Janela.

Ela era muito chata,
mas, eu gostava dela.
Caminhei... Caminhei...
Um dia, se abriu a Janela.

 

Um Discípulo tem que viver, por assim dizer, em sua própria atmosfera, de modo a individualizá-la para propósitos ocultos.

 

A mente deve permanecer impassível a tudo o que não sejam as Verdades Universais da Natureza, para que a Doutrina do Coração não se torne apenas a Doutrina do Olho (isto é, ritualismo exotérico vazio).

 

Nenhum alimento animal, de qualquer espécie, nada que contenha vida em si, deve ser consumido pelo Discípulo. Não devem ser usados vinho, álcool ou ópio, pois, estes são como os lhamaym (maus espíritos), que grudam no incauto e devoram sua compreensão. (Presume-se que o vinho e o álcool contenham e preservem o mau magnetismo de todos os homens que participaram da sua fabricação, e se presume que a carne de cada animal preserve as características psíquicas de sua espécie.)

 

Mas, é melhor carne comer,
do que ter vontade e não comer.
É melhor vinho beber,

do que ter vontade e não beber.
É melhor um charutinho fumar,
do que ter vontade e não fumar.
É melhor no carnaval brincar,
do que ter vontade e não brincar.
É melhor na porta da Colombo saçaricar,
do que ter vontade e não saçaricar.
É melhor em Pasárgada passear,
do que ter vontade e não passear.
É melhor um joguinho jogar,
do que ter vontade e não jogar.
É melhor no bicho apostar,
do que ter vontade e não apostar.
É melhor rosetar e desfrutar,
do que ter vontade e se privar.
É melhor seja lá o que for fazer,
do que ter vontade e não fazer.
O que não derivar da Compreensão
não mudará a Cor do Coração.
Celibatos, jejuns e sacrifícios
são apenas inúteis artifícios.
Autoflagelações, autotorturas e privações
são apenas fúteis miralusões.
2
Dízimos, ajoelhações e promessas
são apenas meras compressas.
Rituais, altares e confissões auriculares
não mudam coisismos cavalares.
1º Requisito: Vontade para o Bem.
2º Requisito: Sempre e só fazer o Bem.
Ninguém se tornará um Iniciado
perfumando o Quadrado.
Ninguém se tornará um Iniciado
crucificando o Quadrado.
Navegar é preciso.
Compreender é preciso.
Só mudaremos, se compreendermos.
Só Viveremos, se Morrermos.
Há, de fato, tempo para tudo:
de ângulo obtuso e de ângulo agudo.
Mas, a Lei da Causa e do Efeito
corrijustará3 cada malfeito.

 

 

 

 

A meditação, a abstinência, a observação dos deveres morais, os pensamentos gentis, as boas ações e as palavras amáveis, assim como a boa vontade com todos e um total esquecimento do eu são os meios mais efetivos de obtermos conhecimento e nos prepararmos para a recepção da Sabedoria Superior [ShOPhIa].

 

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era egoísta.
Claro, não obtive.

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era agressivo.
Claro, não obtive.

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era criticador.
Claro, não obtive.

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era amoral.
Claro, não obtive.

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era parcial.
Claro, não obtive.

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era egocentrado.
Claro, não obtive.

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era xenófobo + outros 'ófobos'.
Claro, não obtive.

Eu queria obter
a
Sabedoria Superior,
mas, era um cocozão.
Claro, não obtive.

 

 

Eu-cocozão

 

 

Nada pode ser mais difícil para um aspirante, que tenha nascido e crescido no Ocidente, se tornar um Discípulo Aceito. Aquele que desejar se tornar um aprendiz deverá, primeiramente, ser forte o bastante para matar em seu Coração todos os sentimentos de aversão e de antipatia com os outros.

 

Atenção senhores pais e educadores: Quando a criança como uma terra naturalmente boa que é cultivada de modo apropriado, cresce e se torna um ser-humano-aí-no-mundo no qual o hábito de subordinação do ego inferior ao Eu Superior é forte e poderoso.

 

A chave de cada estágio é o próprio aspirante. Não é o temor a Deus que é o começo da Sabedoria, mas, sim, o conhecimento do Eu, que é a Sabedoria em si mesma.

 

A resposta dada pelo Oráculo de Delfos a todos os que vinham em busca da Sabedoria Oculta palavras repetidas e enfatizadas tantas vezes pelo sábio Sócrates era: HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO!

 

A todos, cuidado! Muito cuidado! Os prismas através dos quais o Ocultismo aparece, para aqueles inocentes da Filosofia, são tão multicoloridos e tão variados, quanto lhes pode tornar a fantasia humana. Com umas poucas exceções, a maioria dos seres-humanos-aí-no-mundo ainda está percorrendo o caminho que leva à feitiçaria.

 

 

 

 

De maneira geral, as interpretações teológicas ensinam a transgressão das Leis da Natureza pelo ser-humano-aí-no-mundo, por Deus ou pelo diabo.

 

Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava na ira de Deus.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em milagre.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em castigo.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em pecado mortal.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em indulgência plenária.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava na remissão das penas temporais.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava na confissão individual.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava no Sacrifício Vicário.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em recompensa.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em perdão.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em arrebatamento.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em povo escolhido.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em povo rejeitado.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em paraíso.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em inferno.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em demônios.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -

Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava que Jesus era o único Deus.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava que Jesus me salvaria.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em uma besteirada sem fim.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
mas, não acreditava em mim!
Eu era religioso, limitado, estreito e bronco.
Empacotei, e vi que era tudo !

 

 

 

 

Ocultismo = Conhecimento Secreto.4

 

Atma-Vidya [o Conhecimento do Eu ou do Espírito – a Suprema Sabedoria Espiritual] é o único tipo de Ocultismo que qualquer ser-humano-aí-no-mundo, que admire Luz no Caminho e que seja sábio e altruísta, deve se esforçar para alcançar.

 

O hipnotismo e a vivissecção são simples e pura feitiçaria.

 

Um Coração Vão, vazio e cheio de paixão e de desejo impede que o ser-humano-aí-no-mundo atravesse o Portal de Ouro.

 

Aquele que cai na feitiçaria e descamba para a Magia Negra, acumulará para si, através de muitas encarnações, um karma terrível!

 

Uma coisa que devemos aprender: Não devemos aspirar mais do que aquilo que sentimos que somos capazes de realizar. Não devemos escolher carregar um fardo pesado demais para nós. Portanto, não devemos exigir de nós mesmos que nos tornemos um Mahatma, um Buddha ou um Grande Santo. [Exigir de nós mesmos essas coisas é pura vaidade.]

 

 

 

Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Mahatma.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Buddha.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Grande Santo.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Illuminado.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar o maior entre os Maiores.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria... Mas, morri querendo!
Consciente, humilde e já sem vaidade,
me manquei, reencarnei e me tornei
um modesto benfeitor da Humanidade
sem qualquer poder super-humano.

 

O Verdadeiro Ocultismo (ou Teosofia) é a Grande Renúncia incondicional e absoluta ao ego, tanto em pensamento, quanto em palavras, como em ação. Isto significa viver para o mundo, não para si, ou seja, é um compromisso inarredável e permanente com a Obra.

 

Feita a escolha, só há dois pólos opostos perante nós, duas sendas e nenhum lugar intermediário para descanso. Ou ascendemos trabalhando com afinco, degrau por degrau, geralmente através de numerosas encarnações e sem intervalo para repouso no Devachan, à Escada de Ouro que leva à condição de Mahatma (a condição de Arhat ou Bodhisattva), ou escorregamos escada abaixo ao primeiro passo dado em falso, e despencamos até a condição de Dugpa [Mago Negro, membro direto da Grande Loja Negra].

 

 

Dugpa

Dugpa

 

 

Como poderá vencer e prevalecer a harmonia quando a [personalidade-]alma está maculada e distraída pelo turbilhão das paixões e pelos desejos terrenos dos sentidos do corpo ou mesmo pelo Homem Astral? [Isto é uma pergunta, logo, precisa de uma resposta. A resposta é: nunca jamais, enquanto prevalecerem estas condições.]

 

 

Homem Astral (ou Plexo-solarizado)
[Animação Meramente Simbólica]

 

Este Astral o duplo sombrio (tanto do e no animal como do e no ser-humano-aí-no-mundo) não é o companheiro do Eu Divino, mas, do Corpo Terrestre. É o vínculo entre o ego pessoal (a consciência inferior de Manas) e o Corpo, sendo o veículo da vida transitória, não da Vida Imortal. Somente quando o poder das paixões estiver totalmente morto, e elas tiverem sido esmagadas e aniquiladas na retorta de uma vontade inquebrantável, quando não apenas toda luxúria e os desejos da carne estiverem mortos, mas, também, quando o reconhecimento do ego pessoal tiver sido aniquilado e o Astral, conseqüentemente, tiver sido reduzido a zero, é que poderá ocorrer a União com o Eu Superior – o Augoeides ou Eu Divino – o Cristo dos Gnósticos Místicos, congraçado, imerso e unido conosco para sempre. [Nem mamão com açúcar pode ser melhor do que isto!]

 

 

Mamão já unido com o seu Eu Superior!

 

 

Mesmo o amor pela esposa e pela família a mais pura e a mais altruísta das afeições humanas é uma barreira ao Verdadeiro Ocultismo, pois, se tomarmos como exemplo o sagrado amor de uma mãe por seu filho ou o de um marido por sua esposa, mesmo nestes sentimentos, quando analisados em profundidade e examinados criteriosamente, ainda há egoísmo no primeiro exemplo e um 'égoïsme à deux' no segundo exemplo. Mas, isto é natural, dirão. Certamente, do ponto de vista das afeições humanas, mas, não à luz do princípio daquele Amor Divino Universal. Então, ficam as perguntas: enquanto o Coração estiver cheio de pensamentos voltados para um pequeno grupo de eus, que nos são próximos e caros, que valor terá o resto da Humanidade em nossas [personalidades-]alma? Que percentagem de amor e de cuidado permanecerá para dispensar à Grande Órfã [a Humanidade]? E como a ainda pequenina voz far-se-á ouvida em uma [personalidade-]alma totalmente ocupada por seus próprios inquilinos privilegiados? Que espaço resta ali onde possam as necessidades da Humanidade se imprimir em bloco ou mesmo receber uma rápida resposta?

 

É o altruísmo e não o egoísmo, mesmo em sua concepção mais nobre e legal, que pode levar o indivíduo a fundir o seu pequeno Eu no Eu Universal. É para as necessidades da Humanidade e para a Obra de Libertação desta mesma Humanidade que o Verdadeiro Discípulo do Verdadeiro Ocultismo tem que se devotar, se quiser alcançar a Teosofia, a Sabedoria e o Conhecimento Divinos.

 

A autogratificação sensual ou mesmo mental envolvem a perda imediata dos poderes de Discernimento Espiritual.

 

Mesmo a feitiçaria involuntária e inconsciente não deixará de produzir mau carma, que tendem a produzir círculos cada vez mais amplos, que se expandem mais e mais, quase ad infinitum. Tais causas, uma vez produzidas, terão de gerar efeitos, e estes se evidenciam na justa Lei de Retribuição.

 

 

 

 

Estreita é a Porta e apertado é o Caminho que conduz à Vida Eterna, e, portanto, poucos são Os que os encontram.

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Raja-ioga é uma modalidade de Ioga cujo foco é o desenvolvimento da mente, utilizando para tal uma sucessão de etapas, como a meditação e a contemplação. Seu objeto é conhecer a realidade (viveka), alcançar o despertar (moksha) e, eventualmente, a Illuminação (Kaivalya). A Raja-ioga foi inicialmente descrita como um Caminho Óctuplo nos Yoga Sutras de Patanjali, sendo parte da tradição Samkhya.

2. Miralusões = Miragens + Ilusões.

3. Corrijustará = Corrigirá + Ajustará.

4. Secreto porque só pode ser adquirido e alcançado através da Iniciação.

 

Música de fundo:

Natural Mystic
Compositores: John Blackburn (letra) & Karl Suessdorf (música)
Interpretação: Bob Marley

Fonte:

http://mp3ormp4s.online/?url=http://youtu.be/PWoDSGfSu6o

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.gnosisonline.org/mestres
-da-senda/cla-dos-dag-dugpas/

http://www.actonmagic.com/#/

https://commaful.com/

https://gfycat.com/

http://portugues.christianpost.com/

https://icons8.com.br/

http://www.pngall.com/gold-png

https://www.vectorstock.com/

http://travelpedia.com.br/

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