Se
nós verdadeiramente quisermos avançar espiritualmente, todas
as coisas materiais têm de cessar de se tornar uma necessidade.
O ardente desejo e o desperdício de pensamento, visando o aumento
dos prazeres da vida inferior, impedem o ser-humano-aí-no-mundo
de entrar na Vida Superior.
Ocultismo
= Ciência
Oculta.
Ciências
Ocultas = Artes
Ocultas.
Ocultismo
Prático =
Raja-Ioga.1
O
Ocultismo Prático é um estudo demasiado sério e perigoso
para ser realizado sem a mais extrema dedicação, e sem que
se esteja pronto a sacrificar tudo, e a si mesmo em primeiro lugar, para
atingir seu objetivo.
—
Há muito, muito tempo,
quis dar uma de Ocultista,
mas, derrapei na pista.
Um baita contratempo!
—
Por isto, recomendo:
1º) Vontade para o Bem;
2º) Humildade também;
e 3º) proceder verendo.
O
Ocultismo, segundo Charles Webster Leadbeater (Londres, Inglaterra, 16
de fevereiro de 1847 – Perth, Austrália, 1º de março
de 1934), treinado por Helena Petrovna Blavatsky, é o
estudo do lado oculto da Natureza, ou melhor, é o estudo da Natureza
em sua totalidade, e não apenas o estudo daquela parte mínima
que é objeto de investigação da ciência moderna...
Uma grande quantidade de conhecimento se enquadra nesta categoria, pois,
existem forças em a Natureza que só podem ser manejadas
com segurança por seres-humanos-aí-no-mundo que passaram
por um longo curso de cuidadoso preparo. Ninguém largaria dinamite
nas mãos de uma criança, contudo, isto seria um assunto
trivial, se for comparado à responsabilidade de colocar o conhecimento
das grandes forças ocultas em mãos destreinadas ou indignas.
Exemplos deste perigo não faltam, embora, felizmente, sejam superficiais
e insignificantes. As pessoas que aprenderam um pequeno fragmento de conhecimento
interno com relação ao Fogo Serpentino [Kundalini],
ou mesmo que aprenderam alguns exercícios respiratórios
elementares, freqüentemente, conseguem arruinar sua saúde
ou sua sanidade mental. E as que foram infelizes o suficiente ao entrar
em contato com o mundo abaixo do Plano Físico, raramente viveram
o bastante para lamentar a indiscrição que as conduziu aos
domínios onde o ser-humano-aí-no-mundo não deve ingressar.
Indubitavelmente, para a maioria da Humanidade, este é um dos casos
em que a ignorância é felicidade, pois, o ser-humano-aí-no-mundo
que se mantiver fora disto estará razoavelmente protegido dos seus
perigos.
—
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for canalha.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for bandalha.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for indecoroso.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for abominoso.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for desacautelado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for descuidado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for bestiola.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for parvajola.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for degenerado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for depravado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for pamonha.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for sem-vergonha.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for inabituado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for destreinado.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for sei-lá-o-quê.
Perigo de perigo iminente?
Sim, se o cara for lá-sei-o-quê.
Em
Aos Pes do Mestre,
o filósofo, escritor, orador e educador indiano Jiddu Krishnamurti
(Madanapalle, 11 de maio de 1895 – Ojai, 17 de fevereiro de 1986)
afirmou:
Não desejes os poderes psíquicos; eles virão
quando o Mestre entender ser melhor para ti possuí-los. Forçá-los
muito cedo traz em seu treinamento, freqüentemente, muitas perturbações,
e seu possuidor, muitas vezes, é desorientado por enganosos Espíritos
da Natureza ou se torna vaidoso e se julga isento de cometer erros, Em
qualquer caso, o tempo e a energia despendidos em adquiri-los poderiam
ser utilizados em trabalho para os outros. Os poderes psíquicos
virão no decurso do teu desenvolvimento, e se o Mestre entender
que seria útil para ti possuí-los mais cedo, Ele te ensinará
como desenvolvê-los com segurança. Até então,
estarás melhor sem eles.
Segundo
Iqbal Kishen Taimni (1898 – 1978),
qualquer pessoa familiarizada
com o objetivo da vida do Yoga e com o tipo de esforço necessário
para alcançá-lo, compreenderá que não é
possível nem recomendável para alguém absorvido pela
vida mundana e completamente sob a influência dos kleshas
[aflições da vida] se
lançar de uma só vez na prática regular do Yoga.
A diferença entre a perspectiva da vida do ser-humano-aí-no-mundo
mundano comum e da vida que se requer que o iogue viva é tão
grande, que uma súbita mudança de uma para a outra não
é possível, e, se tentada, pode produzir uma reação
violenta na mente do aspirante, lançando-o de volta à vida
mundana com uma força ainda maior. Um período preparatório
de autotreinamento, no qual ele vai gradualmente assimilando a Filosofia
da Ioga e sua técnica e se acostumando à autodisciplina,
torna a transição de uma vida para outra mais fácil
e mais segura. Conseqüentemente, também, habilita o simples
estudante a verificar se está suficientemente preparado para adotar
a vida da Ioga e tentar seriamente realizar o ideal da Ioga.
Para
alcançar o Nirvana, é mister alcançar o Autoconhecimento,
e o Autoconhecimento é filho de ações amorosas.
É
a intenção, somente a intenção, que faz com
que qualquer exercício de poder se torne Magia Negra e maligna
ou Magia Branca e benéfica.
A
não ser que a intenção seja totalmente pura, a Vontade
Espiritual se converterá em psíquica, agindo sobre o Plano
Astral e podendo produzir resultados terríveis.
Os
Poderes e as Forças Espirituais são concedidos somente àqueles
que são perfeitamente puros de Coração –
e isto é Magia Divina (Divina Sapientia).
Aqueles
que desejarem adquirir o Conhecimento que leva aos Siddhis (Poderes Ocultos)
têm que renunciar a todas as vaidades da vida e do mundo.
Todo
pensamento hostil a qualquer ser vivente precisa ser afastado. O Coração
deve estar pleno do sentimento de não-separatividade em relação
a todos os seres, bem como a tudo em a Natureza. De outro modo, não
poderá haver sucesso.
—
Ela era muito chata,
e eu não gostava dela.
Caminhei... Caminhei...
E ficou fechada a Janela.
—
Ela era muito chata,
mas, eu gostava dela.
Caminhei... Caminhei...
Um dia, se abriu a Janela.
Um
Discípulo tem que viver, por assim dizer, em sua própria
atmosfera, de modo a individualizá-la para propósitos ocultos.
A
mente deve permanecer impassível a tudo o que não sejam
as Verdades Universais da Natureza, para que a Doutrina do Coração
não se torne apenas a Doutrina do Olho (isto é, ritualismo
exotérico vazio).
Nenhum
alimento animal, de qualquer espécie, nada que contenha vida em
si, deve ser consumido pelo Discípulo. Não devem ser usados
vinho, álcool ou ópio, pois, estes são como os lhamaym
(maus espíritos), que grudam no incauto e devoram sua compreensão.
(Presume-se que o vinho e o álcool contenham e preservem o mau
magnetismo de todos os homens que participaram da sua fabricação,
e se presume que a carne de cada animal preserve as características
psíquicas de sua espécie.)
Mas,
é melhor carne comer,
do que ter vontade e não comer.
É melhor vinho beber,
do que ter vontade e não beber.
É melhor um charutinho fumar,
do que ter vontade e não fumar.
É melhor no carnaval brincar,
do que ter vontade e não brincar.
É melhor na porta da Colombo saçaricar,
do que ter vontade e não saçaricar.
É melhor em Pasárgada passear,
do que ter vontade e não passear.
É melhor um joguinho jogar,
do que ter vontade e não jogar.
É melhor no bicho apostar,
do que ter vontade e não apostar.
É melhor rosetar e desfrutar,
do que ter vontade e se privar.
É melhor seja lá o que for fazer,
do que ter vontade e não fazer.
O que não derivar da Compreensão
não mudará a Cor do Coração.
Celibatos, jejuns e sacrifícios
são apenas inúteis artifícios.
Autoflagelações, autotorturas e privações
são apenas fúteis
miralusões.2
Dízimos, ajoelhações e promessas
são apenas meras compressas.
Rituais,
altares e confissões auriculares
não mudam
coisismos cavalares.
1º Requisito: Vontade para o Bem.
2º Requisito: Sempre e só fazer o Bem.
Ninguém se tornará um Iniciado
perfumando o Quadrado.
Ninguém se tornará um Iniciado
crucificando o Quadrado.
Navegar
é preciso.
Compreender é preciso.
Só mudaremos, se compreendermos.
Só Viveremos, se Morrermos.
Há, de fato, tempo para tudo:
de ângulo obtuso e de ângulo agudo.
Mas, a Lei da Causa e do Efeito
corrijustará3
cada malfeito.
A
meditação, a abstinência, a observação
dos deveres morais, os pensamentos gentis, as boas ações
e as palavras amáveis, assim como a boa vontade com todos e um
total esquecimento do eu são os meios mais efetivos de obtermos
conhecimento e nos prepararmos para a recepção da Sabedoria
Superior [ShOPhIa].
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era egoísta.
Claro, não obtive.
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era agressivo.
Claro, não obtive.
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era criticador.
Claro, não obtive.
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era amoral.
Claro, não obtive.
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era parcial.
Claro, não obtive.
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era egocentrado.
Claro, não obtive.
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era xenófobo + outros 'ófobos'.
Claro, não obtive.
—
Eu queria obter
a Sabedoria
Superior,
mas, era um cocozão.
Claro, não obtive.
Eu-cocozão
Nada
pode ser mais difícil para um aspirante, que tenha nascido e crescido
no Ocidente, se tornar um Discípulo Aceito. Aquele que desejar
se tornar um aprendiz deverá, primeiramente, ser forte o bastante
para matar em seu Coração todos os sentimentos de aversão
e de antipatia com os outros.
Atenção
senhores pais e educadores:
Quando a criança como uma terra naturalmente boa que é cultivada
de modo apropriado, cresce e se torna um ser-humano-aí-no-mundo
no qual o hábito de subordinação do ego inferior
ao Eu Superior é forte e poderoso.
A
chave de cada estágio é o próprio aspirante. Não
é o temor a Deus que é o começo da Sabedoria, mas,
sim, o conhecimento do Eu, que é a Sabedoria em si mesma.
A
resposta dada pelo Oráculo de Delfos a todos os que vinham em busca
da Sabedoria Oculta –
palavras repetidas e enfatizadas tantas vezes pelo sábio Sócrates
– era:
HOMEM, CONHECE-TE A TI
MESMO!
A
todos, cuidado! Muito cuidado! Os
prismas através dos quais o Ocultismo aparece, para aqueles inocentes
da Filosofia, são tão multicoloridos e tão variados,
quanto lhes pode tornar a fantasia humana. Com umas poucas exceções,
a maioria dos seres-humanos-aí-no-mundo ainda está percorrendo
o caminho que leva à feitiçaria.
De
maneira geral, as interpretações teológicas ensinam
a transgressão das Leis da Natureza pelo ser-humano-aí-no-mundo,
por Deus ou pelo diabo.
—
Eu era religioso - limitado, estreito
e bronco -
e acreditava na ira de Deus.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em milagre.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em castigo.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em pecado mortal.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em indulgência plenária.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava na remissão das penas temporais.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava na confissão individual.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava no Sacrifício Vicário.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em recompensa.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em perdão.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em arrebatamento.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em povo escolhido.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em povo rejeitado.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em paraíso.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em inferno.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em demônios.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava que Jesus era o único Deus.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava que Jesus me salvaria.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
e acreditava em uma besteirada sem fim.
Eu era religioso - limitado, estreito e bronco -
mas, não acreditava em mim!
Eu era religioso, limitado, estreito e bronco.
Empacotei, e vi que era tudo !
Ocultismo
= Conhecimento
Secreto.4
Atma-Vidya
[o Conhecimento
do Eu ou do Espírito – a Suprema Sabedoria Espiritual]
é o único tipo de Ocultismo que qualquer ser-humano-aí-no-mundo,
que admire Luz no Caminho e que seja sábio e altruísta,
deve se esforçar para alcançar.
O
hipnotismo
e a vivissecção são simples e pura feitiçaria.
Um
Coração Vão, vazio e cheio de paixão e de desejo impede que o
ser-humano-aí-no-mundo atravesse o Portal de Ouro.
Aquele
que cai na feitiçaria e descamba para a Magia Negra, acumulará
para si, através de muitas encarnações, um karma
terrível!
Uma
coisa que devemos aprender:
Não devemos aspirar mais do que aquilo que sentimos que somos capazes
de realizar. Não devemos escolher carregar um fardo pesado demais
para nós. Portanto, não devemos exigir de nós mesmos
que nos tornemos um Mahatma, um Buddha ou um Grande Santo.
[Exigir de nós mesmos essas coisas é pura vaidade.]
—
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Mahatma.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Buddha.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Grande Santo.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar um Illuminado.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria me tornar o maior entre os Maiores.
Vão, vazio e cheio de vaidade,
eu queria... Mas, morri querendo!
Consciente, humilde e já sem vaidade,
me manquei, reencarnei e me tornei
um modesto benfeitor da Humanidade
– sem qualquer poder super-humano.
O
Verdadeiro
Ocultismo (ou Teosofia) é a Grande Renúncia –
incondicional e absoluta –
ao ego, tanto em pensamento, quanto em palavras, como em ação.
Isto significa viver para o mundo, não para si, ou seja, é
um compromisso inarredável e permanente com a Obra.
Feita
a escolha, só há dois pólos opostos perante nós,
duas sendas e nenhum lugar intermediário para descanso. Ou ascendemos
trabalhando com afinco, degrau por degrau, geralmente através de
numerosas encarnações e sem intervalo para repouso no Devachan,
à Escada de Ouro que leva à condição de Mahatma
(a condição de Arhat ou Bodhisattva), ou escorregamos escada
abaixo ao primeiro passo dado em falso, e despencamos até a condição
de Dugpa [Mago Negro, membro
direto da Grande Loja Negra].
Dugpa
Como
poderá vencer e prevalecer a harmonia quando a
[personalidade-]alma está maculada e distraída
pelo turbilhão das paixões e pelos desejos terrenos dos
sentidos do corpo ou mesmo pelo Homem Astral? [Isto
é uma pergunta, logo, precisa de uma resposta. A resposta é:
nunca jamais, enquanto prevalecerem estas condições.]
Homem
Astral (ou Plexo-solarizado)
[Animação Meramente Simbólica]
Este
Astral –
o duplo sombrio (tanto do e no animal como do e no ser-humano-aí-no-mundo)
– não
é o companheiro do Eu Divino, mas, do Corpo Terrestre. É
o vínculo entre o ego pessoal (a consciência inferior de
Manas) e o Corpo, sendo o veículo da vida transitória, não
da Vida Imortal. Somente quando o poder das paixões estiver totalmente
morto, e elas tiverem sido esmagadas e aniquiladas na retorta de uma vontade
inquebrantável, quando não apenas toda luxúria e
os desejos da carne estiverem mortos, mas, também, quando o reconhecimento
do ego pessoal tiver sido aniquilado e o Astral, conseqüentemente,
tiver sido reduzido a zero, é que poderá ocorrer a União
com o Eu Superior – o Augoeides ou Eu Divino – o Cristo dos
Gnósticos Místicos, congraçado, imerso e unido conosco
para sempre. [Nem mamão
com açúcar pode ser melhor do que isto!]
Mamão
já unido com o seu Eu Superior!
Mesmo
o amor pela esposa e pela família –
a mais pura e a mais altruísta das afeições humanas
– é
uma barreira ao Verdadeiro Ocultismo, pois, se tomarmos como exemplo o
sagrado amor de uma mãe por seu filho ou o de um marido por sua
esposa, mesmo nestes sentimentos, quando analisados em profundidade e
examinados criteriosamente, ainda há egoísmo no primeiro
exemplo e um 'égoïsme à deux' no segundo exemplo. Mas,
isto é natural, dirão. Certamente, do ponto de vista das
afeições humanas, mas, não à luz do princípio
daquele Amor Divino Universal. Então, ficam as perguntas: enquanto
o Coração estiver cheio de pensamentos voltados para um
pequeno grupo de eus, que nos são próximos e caros, que
valor terá o resto da Humanidade em nossas [personalidades-]alma?
Que percentagem de amor e de cuidado permanecerá para dispensar
à Grande Órfã [a
Humanidade]? E como a ainda pequenina voz far-se-á ouvida
em uma [personalidade-]alma
totalmente ocupada por seus próprios inquilinos privilegiados?
Que espaço resta ali onde possam as necessidades da Humanidade
se imprimir em bloco ou mesmo receber uma rápida resposta?
É
o altruísmo e não o egoísmo, mesmo em sua concepção
mais nobre e legal, que pode levar o indivíduo a fundir o seu pequeno
Eu no Eu Universal. É para as necessidades da Humanidade e para
a Obra de Libertação desta mesma Humanidade que o Verdadeiro
Discípulo do Verdadeiro Ocultismo tem que se devotar, se quiser
alcançar a Teosofia, a Sabedoria e o Conhecimento Divinos.
A
autogratificação sensual ou mesmo mental envolvem a perda
imediata dos poderes de Discernimento Espiritual.
Mesmo
a feitiçaria involuntária e inconsciente não deixará
de produzir mau carma, que tendem a produzir círculos cada vez
mais amplos, que se expandem mais e mais, quase ad infinitum. Tais causas,
uma vez produzidas, terão de gerar efeitos, e estes se evidenciam
na justa Lei de Retribuição.
Estreita
é a Porta e apertado é o Caminho que conduz à Vida
Eterna, e, portanto, poucos são Os que os encontram.