Deseja
Deus, e não algo que Ele possa te proporcionar.
Pensam
que o Ocultismo
seja um abracadabrismo.
Não. Primeiro Ele Desperta,
e, posteriormente, Liberta.
Precisamos
fazer tudo o que deve ser feito, mas, não com o propósito
hipotético de nos satisfazermos [ou
nos locupletarmos] com o fruto da nossa ação.
Nem
a alegria nem a dor devem nos afastar do nosso firme propósito
de Servir e de Compreender.
Até
que o Mestre te escolha para ires a Ele, fica com a Humanidade, trabalhando
de modo altruísta pelo seu progresso e evolução.
[E, se e quando isto vier
a acontecer, aí, sim, é que o Verdadeiro Trabalho começará.]
—
Sempre trabalhei muito
pela Alforria dos entes-aí.
Um dia, o Mestre me chamou.
Foi aí, então, que percebi
o quão pouquinho era o muito!
O
Conhecimento aumenta na proporção de seu uso, isto é,
quanto mais ensinamos mais aprendemos. Portanto, Buscador da Verdade,
com a fé de uma criancinha e a Vontade de um Iniciado, compartilha
aquilo que souberes com aqueles que nada sabem, para confortá-los
e Illuminá-los em suas jornadas.
Maledíctus
será
o que souber e não ensinar.
Maledíctus
será
o que souber e desensinar.
Maledíctus
será
o que souber e se omitir.
Maledíctus
será
o que souber e tergiversar.
Maledíctus
será
o que souber e falsificar.
Maledíctus
será
o que souber e dissimular.
Maledíctus
será
o que souber e desvirtuar.
Maledíctus
será
o que souber e apocopar.
Maledíctus
será
o que souber e boicotar.
Maledíctus
será
o que souber e não libertar.
A
idéia de direitos individuais nada mais é do que a manifestação
da natureza venenosa da serpente do ego. Um Discípulo jamais deverá
considerar outro ser-humano-aí-no-mundo como alguém passível
de ser criticado ou condenado, nem tampouco poderá o Discípulo
elevar sua voz em autodefesa ou desculpa.
Não
temos amigos nem inimigos. Todos são igualmente nossos instrutores.
Não
vivas nem no passado, nem no presente, nem no futuro, mas, sim, no eterno.
A
pureza do Coração é uma condição necessária
para que possamos atingir o Conhecimento do Espírito. No Reto Caminho,
o primeiro passo é purificar o Coração.
A
palavra Céu não pode significar outra coisa a não
ser um estado no qual a liberdade e a felicidade existam.
A
primeira Categoria
é a Liberdade.
Sem Liberdade
tudo é banho-maria.
Aquele
que se considera mais santo do que os outros, que tem qualquer orgulho
por estar isento do vício ou da insensatez, que se crê sábio
ou, de qualquer maneira, superior ao seu próximo está incapacitado
para o Discipulado.
A
Virtude e a Sabedoria são coisas sublimes, mas, se elas criarem
orgulho e uma consciência de separatividade em relação
ao restante da Humanidade, então, serão, apenas, as serpentes
do ego reaparecendo de uma forma mais sutil.
Aquele
que não pratica o altruísmo, aquele que não está
preparado para dividir sua última porção com alguém
mais pobre ou mais fraco do que ele, aquele que negligencia em ajudar
seu próximo, qualquer que seja sua raça, sua nação
ou seu credo, quando e onde quer que encontre sofrimento, e que faz ouvidos
moucos ao clamor da miséria humana, aquele, enfim, que ouve uma
pessoa inocente ser caluniada e que não toma a sua defesa como
defenderia a si mesmo, não é um teósofo.
A
Verdadeira Vida do homem é paz em identidade com o Supremo Espírito.
As
dúvidas são geradas pela ignorância. Portanto, devemos
ser capazes de dispersar a dúvida pela Espada do Conhecimento.
[Sabedoria = ShOPhIa.]
Um
ser-humano-aí-no-mundo que seja perfeito em devoção
(ou que persista em seu cultivo) espontaneamente descobre, com o passar
do tempo, o Conhecimento Espiritual em si mesmo.
Um
ser-humano-aí-no-mundo com a mente cheia de dúvidas não
desfrutará nem deste mundo, nem do outro (o Mundo dos Devas), nem
da beatitude final. Isto significa que, se, de fato, há em nós
esse Eu Superior, se formos indolentes e cheios de dúvidas, ele
não nos fará triunfar sobre a necessidade de conhecimento,
nem nos conduzirá à beatitude final junto com o fluxo evolutivo
de toda a Humanidade.
—
Eu tinha a minha religião,
era devoto, acreditava em Deus
e achava que estava salvo.
E chegou o tempo da dissolução.
Não apareceu nenhum Deus,
e de neca de pitibiriba fui salvo.
Foi uma sesquipedal decepção.
Por toda parte procurei Deus.
E, de cabeludo, fiquei calvo!
A
meditação é a cessação do pensamento
ativo externo. A concentração é a orientação
de toda a vida para um determinado fim.
É
uma Lei Eterna que nenhum ser-humano-aí-no-mundo poderá
ser redimido por um poder exterior a si mesmo.
Aquele
que se curva diante de falsos credos e que submete sua consciência
às imposições de qualquer instituição,
blasfema contra sua própria [personalidade-]alma
divina e, portanto, toma o Nome de Deus em vão.
James
Warren "Jim" Jones
(Massacre em Jonestown, Guiana)
—
Eu acreditei,
e me estropiei.
Eu patrocinei,
e me desfigurei.
Eu concordei,
e me apaguei.
Agora, não sei.
Voltarei. Mudarei?
Aquele
que priva quaisquer de seus companheiros da LLuz, do Bem, da ajuda e da
assistência que ele possa sabiamente lhes oferecer, e que vive para
o acúmulo de coisas materiais, para sua própria gratificação
pessoal, é o verdadeiro ladrão. E aquele que rouba de seus
companheiros a preciosa posse do caráter pela difamação
ou por qualquer tipo de falsidade não passa de um ladrão,
e da pior espécie.
O
surgimento de pensamentos maus é menos injurioso do que o de pensamentos
ociosos e indiferentes, porque quanto aos pensamentos maus tu estás
sempre em guarda e, tendo tu mesmo te determinado a lutar e vencê-los,
esta determinação ajuda a desenvolver o poder da vontade.
Pensamentos indiferentes, no entanto, servem apenas para distrair a atenção
e desperdiçar energia.
A
primeira grande e fundamental ilusão que tu tens de vencer é
a identificação e ti mesmo com o Corpo Físico.
Considera
todas as circunstâncias [da
vida] com a gratidão de um aprendiz. Toda queixa é
uma rebelião contra a Lei do Progresso.
—
Se doía,
eu me queixava.
Se não doía,
eu me queixava.
Se coçava,
eu me queixava.
Se não coçava,
eu me queixava.
Se fazia Sol,
eu me queixava.
Se não fazia Sol,
eu me queixava.
Se chovia,
eu me queixava.
Se não chovia,
eu me queixava.
Se esfriasse,
eu me queixava.
Se esquentasse,
eu me queixava.
Se 2 + 2 = 4,
eu me queixava.
Se 4 – 2 = 2,
eu me queixava.
Se 1 US$ = R$ 3,50,
eu me queixava.
Se 1 US$ = R$ 3,51,
eu me queixava.
Se = 3,1415,
eu me queixava.
Se = 3,1416,
eu me queixava.
Se fosse hipotenusa,
eu me queixava.
Se fosse cateto,
eu me queixava.
Se fosse borbonhoca,
eu me queixava.
Se fosse minholeta,
eu me queixava.
Se fosse quebra-bunda,
eu me queixava.
Se fosse puxa-puxa,
eu me queixava.
Se fosse bole-bole,
eu me queixava.
Se fosse bunda-mole,
eu me queixava.
Se fosse acutângulo,
eu me queixava.
Se fosse obtusângulo,
eu me queixava.
Se fosse mudança,
eu me queixava.
Se fosse imutabilidade,
eu me queixava.
Se fosse verão,
eu me queixava.
Se fosse inverno,
eu me queixava.
Se desse galo,
eu me queixava.
Se desse gato,
eu me queixava.
Se fosse lhufas,
eu me queixava.
Se fosse xongas,
eu me queixava.
Se fosse arranca-rabo,
eu me queixava.
Se fosse burro-sem-rabo,
eu me queixava.
Se... Morri!
Eu me queixei.
Se... Renasci!
Eu me queixei.
Se... Remorri!
Eu me queixei.
Breve
observação:
Não
sei quantas vezes já comentei que o que Mâ Ananda Moyî
(1896 – 1982) mais gostava de ensinar a seus discípulos era:
Jo Ho jâye.
O que acontece é desejado e bom.
E por que isto é assim? Porque, na imensa
maioria das vezes, inconscientemente, queremos avançar, porém,
só avançaremos, se pusermos o nosso barraco sem trinco em
ordem. E, normalmente, isto dói! Dói, sim, muito; mas, é
bom, porque nos modifica (para melhor). Quando olho para o meu passado,
reconheço que, se não fossem as aflições e
os desesperos pelos quais passei, eu não teria alcançado
o grau de compreensão relativa que tenho hoje. Bem, não
sou nenhuma Mirabilis
jalapa, todavia, sou-estou bem melhor do que o cocô
que eu era. Precisamos compreender que tudo o que nos acontece deriva
de duas fontes: ou porque permitimos que determinada coisa indesejável
nos afete ou porque estamos fazendo um ajuste necessário e impreterível
por pensamentos, palavras e/ou atos anteriormente postos, por nós
mesmos, em movimento (Lei da Causa e do Efeito), e que precisam ser compensados,
para que, um dia, nossa Libertação possa ser possível.
Não há uma terceira hipótese. Mas, seja como for,
tudo nos modifica e nos educa. Ainda bem! Já pensou ficar na mesma
e na mesma ficar?
Mâ
Ananda Moyî
Maravilha
(Mirabilis
jalapa)
O
passado não pode ser modificado ou corrigido. Aquilo que pertence
às experiências do presente não pode e não
deve ser afastado. Mas, o que deve ser evitado são as preocupações
antecipadas ou temores pelo futuro e cada ato ou impulso que possam causar
sofrimentos no presente ou no futuro, seja a nós mesmos, seja aos
outros
—
Eu quis acabar
com a dor que eu sentia.
Nada a fez mixar,
até que pintou a Alegria.
—
Alegria de saber
que eu havia compensado
e domado o não-ser.
E brilhou o meu Quadrado!
—
Aí, pude avançar
e ver o Sol nascer em mim!
Então, pude ajudar
cada não a se tornar Sim!
Precisamos
nos tornar; não apenas parecer! Mas, para isto, precisamos lutar
o Bom Combate! E, nesta luta, a primeira batalha deverá ser contra
a presunção.
—
Indícios...
Aparências...
Precipícios...
Indolências...
—
Presunções...
Arremedos...
Compensações...
Medos e ledos...
—
Bom Combate...
Compreensão...
'Up-to-date'...
Libertação.
Precisamos
transformar a apatia em alegria de viver.
Para
a nossa missão na vida se tornar clara e efetiva, precisamos aprender
a cultivar o princípio do altruísmo, tanto em pensamento
quanto na vida diária.
Enquanto
a nossa [personalidade-]alma
estiver autolimitada, é impossível que concebamos qualquer
ideal elevado ou que nos aproximemos de qualquer Plano mais elevado da
Vida.
Se
acreditarmos que o objetivo da vida é meramente satisfazer nosso
ego material e mantê-lo confortavelmente, e que o conforto material
confere o mais elevado estado de felicidade possível, nós
estaremos tomando erroneamente o inferior pelo superior e a ilusão
pela verdade. [Aí,
o fudelhufas de cagahouse será inevitável!]
Se,
um dia, pudermos transferir nossa consciência com a velocidade do
pensamento de uma parte do globo à outra, os atuais meios de comunicação
não serão mais necessários. [Agora,
troque se por quando, e releia esta sentença.]
Todas
as necessidades são somente consideradas como tais na medida em
que nós próprios as criamos e delas passamos a depender.
E assim, para um certo indivíduo, uma dúzia de castelos
pode parecer uma necessidade indispensável, para outro um carro,
para um terceiro, quem sabe, um cachimbo.
—
Quantas coisas desnecessárias
fui amontanhando na minha vida!
Jóias, CDs, moedas, alicárias...
Na personalidade-alma, feridas!
—
Quantas coisas desnecessárias
me cativaram e me fizeram sofrer!
A maioria porcarias ordinárias,
que só felicitavam o meu não-ser.
—
Quantas coisas desnecessárias
me impuseram doridas compensações!
Até sonhei com as Catilinárias1:
– Quousque
tandem as conspirações?2
Continua...