Levanta
cedo, logo que tenhas despertado, sem ficar deitado indolentemente na
cama, meio sonolento e meio desperto. Então, invoca com fervor
para que toda a Humanidade possa ser regenerada espiritualmente, que aqueles
que estão lutando no Caminho da Verdade possam ser encorajados,
que trabalhem com mais ardor e que obtenham sucesso, e que tu possas ser
fortalecido e não ceder às seduções dos sentidos.
Reflete
sobre as fraquezas do teu caráter. Compreende plenamente os males
e os prazeres passageiros que elas te proporcionam, e te compromete firmemente
fazer tudo quanto puderes para não ceder a elas da próxima
vez.
Quando
estiveres tomando banho, exercita, durante todo o tempo, a tua vontade,
para que as tuas impurezas morais sejam levadas pela água juntamente
com as demais impurezas do teu corpo.
Nunca
faças aquilo que não estejas comprometido a fazer como teu
dever, isto é, nunca faças qualquer coisa desnecessária.
Antes de fazer algo, pensa se é ou não teu dever fazê-lo.
O
Silêncio dos Inocentes
(Anthony Hannibal
Lecter Hopkins)
Nunca
digas uma palavra desnecessária. Pensa nos efeitos que tuas palavras
podem produzir antes de pronunciá-las. Nunca te permitas violar
teus princípios por força de tuas companhias.
Nunca
permitas que qualquer pensamento desnecessário ou vão ocupe
a tua mente.
Durante
as refeições, exercita a tua vontade, de modo a que o teu
alimento seja apropriadamente digerido, a fim de que possa formar para
ti um corpo em harmonia com tuas aspirações espirituais,
que não gere paixões maléficas e maus pensamentos.
Come apenas quando tiveres fome e bebe apenas quando tiveres sede, nunca
de outro modo.
Habitua-te
à solidão e a permanecer só com os teus pensamentos.
Acostuma-te
ao pensamento de que ninguém, além de ti, poderá
te dar assistência, e, gradualmente, te desapega de tuas afeições
em relação a todas as coisas. Antes de dormir, faz uma revisão
das ações do dia, vê onde tu falhaste, e resolve,
então, que não falharás nas mesmas coisas amanhã.
O
motivo
correto para a busca do autoconhecimento é aquele que pertence
ao conhecimento e não ao ego. O principal requisito para a aquisição
do autoconhecimento é o amor puro.
O
Deus-em-nós, [o
Deus de nossos Corações ] – isto é,
o Espírito de Amor, de Verdade, de Justiça, de Sabedoria,
de Bondade e de Poder –
deve ser o nosso único, verdadeiro e permanente Amor, a nossa única
confiança em tudo e para tudo, a nossa única fé,
em que, permanecendo tão firme como uma rocha, podemos confiar
para sempre e a nossa única Esperança, que nunca nos abandonará,
mesmo que tudo o mais pereça. E a Porta através da qual
poderemos entrar e O conhecemos é o Contentamento [Alegria],
pois, aquele que está descontente consigo mesmo está
descontente com a Lei que o fez tal como ele é. [Lei
da qual o arquiteto-mor somos nós.]
—
Eu sempre fui
baixinho e careca,
e vivia descontente.
Eu sempre fui
pé-frio e mal-amado,
e vivia intermitente.
Eu sempre fui
enfermiço e moleirão,
e vivia acescente.
Minha vida era
uma noite tenebrosa
e gelada, nunca quente.
A Porta, fechada,
impedia meu Deus-em-mim
de se tornar aparecente.
A coisa só mudou
quando entendi, mudancei
e virei um cara contente.
Devagar, minha vida,
que era um filme de terror,
se tornou aurisplendente!
Então, passei a ajudar
cada ente-humano-aí-no-mundo
incompetente e sofrente.
Venho tentando ensinar
que há uma LLuz
Interior
inarredavelmente presente.
Por esta Santa LLuz,
– exclusivamente por esta LLuz –
cada um se tornará Gente!
IF
(Se)
(Joseph
Rudyard Kipling)
Joseph
Rudyard Kipling (1865 — 1936)
Se
és capaz de manter tua calma quando todo mundo ao redor
já a perdeu e te culpa...
Se
és capaz de crer em ti quando estão todos duvidando,
e, para estes, no entanto, achar uma desculpa...
Se
és capaz de esperar sem te desesperares, ou, enganado,
não mentir ao mentiroso, ou, sendo odiado, sempre ao ódio
te esquivares, e não parecer bom demais, nem pretensioso...
Se
és capaz de pensar e de sonhar –
sem que a isto só te atires –
sem fazer dos sonhos teus senhores...
Se
és capaz de, encontrando a desgraça e o triunfo,
conseguires tratar da mesma forma a estes dois impostores...
Se
és capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as
verdades que disseste e as coisas por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste...
Se
és capaz de arriscar, em uma única parada, tudo
quanto ganhaste em toda a tua vida, e perder, e, ao perder, sem
nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida...
Se
és capaz de forçar coração, nervos,
músculos, tudo, a dar, seja o que for que neles ainda exista,
e a persistir assim, quando, exausto, contudo, resta a vontade
em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se
és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre os reis não perderes a naturalidade, e de amigos,
quer bons, quer maus, te defenderes, se a todos podes ser de alguma
utilidade...
Se
és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo
valor e brilho...
Tua
é a Terra com tudo o que existe no mundo, e –
o que ainda é muito mais –
és um Homem, meu filho!
|
É
inútil tentar resistir a uma paixão que não podemos
controlar. Se a sua energia acumulada não for conduzida para outros
canais, crescerá, até que se torne mais forte do que a vontade,
e mais forte do que a razão. Para controlá-la, tu tens de
conduzi-la para um outro Canal Superior. Deste modo, o amor por alguma
coisa vulgar pode ser modificado, e ser transformado em amor por algo
elevado, e o vício pode ser transmutado em virtude, se o seu curso
for alterado.
Não
devemos, de forma alguma, tentar destruir o inferior sem pôr algo
em seu lugar, mas, de fato devemos substituir o inferior pelo Superior,
o vício pela Virtude, a superstição pelo Conhecimento
[e o medo pela Compreensão].
—
Eu me borrava todo
de medo do
,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo do Barco do ,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo de fantasmas,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo dos Pishachas,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo de 'homunculus',
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo de 'Sasquatch',
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo do ,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo do chupa-cabras,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo de lobisomem,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo de vampiro,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo do Boitatá,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo do Corpo-seco,
mas, nunca vi um.
Eu me borrava todo
de medo do o Mapinguari,
mas, nunca vi um.
Parei de me borrar todo
só quando me manquei
e deixei de ser brumbrum.
Entendi que o meu medo todo
era eu quem o produzia,
sem fundamento nenhum.
–
Yeti
– Caronte
Pishacha
Aprende
que não há cura para o desejo, que não há
cura para a busca de recompensa, que não há cura para o
sofrimento de estar ansioso por algo, a não ser fixando a Visão
e a Audição Interiores em Aquilo que é Invisível
e Inaudível [e que
só poderá ser encontrado em Silêncio, in
Corde.]
—
Lamentei, praguejei, chorei,
chiei, amaldiçoei, me desesperei...
Enquanto
fiquei na 1ª conjugação,
para neca de pitibiriba houve solução.
—
Amadureci, Combati, Acresci,
Compreendi, Alvoreci, Renasci...
Quando decidi mudar de Conjugação,
ouvi, enfim, a Voz em meu Coração.
—
Não há resposta do lado
de fora,
mas, ela pode ser encontrada agora.
Basta mudar discorde em concorde,
e mergulhar profundamente in
Corde.
As
dificuldades não devem servir de desculpa para o desânimo,
muito menos para o desespero.
Imperativo
Categórico:
Abstém-te porque é correto se abster, não para te
conservares limpo.
Fazer
para alcançar
é hipotético e fútil.
Entender e mudançar
é categórico e útil.
Não
resistas ao mal, isto é, não te queixes nem te irrites com
as vicissitudes inevitáveis da vida. Esquece de ti mesmo, servindo
aos outros.
O
melhor remédio para o mal não é a repressão,
mas, a eliminação do desejo, e isto poderá ser melhor
alcançado, se mantivermos a mente constantemente fixa em Coisas
Divinas.
Seremos
tentados até o fim, para que possamos conhecer a nós mesmos
e ser humildes. Sabe que a maior das tentações é
a de não ter tentação alguma. Por este motivo, alegra-te
quando elas te assaltarem, e com resignação, paz e constância
resiste a elas.
—
Meu Plexo Solar comandava,
meu demônio me inquietava,
e eu, dia-a-dia, esquerdeava.
—
Eu confessava e comungava,
jejuava e me autoflagelava,
me machucava e me cruciava.
—
Mas, nada disto adiantou,
bulhufas disto me ilustrou
e xongas disto me libertou.
—
Foi só quando Compreendi
que deixei de ser um saci.
Então, me tornei outro ser-aí.
O
Saci que desceu aos Infernos
e se tornou um Iniciado Perfeito.1