Este
pequeno conjunto de fragmentos foi garimpado no texto O
Número Sete, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky.
Fragmentos
Cientistas
alemães estão agora dando atenção à manifestação
da harmonia numérica e da periodicidade das operações
da Natureza.
Uma
série de observações estatísticas, abrangendo
alguns séculos de acontecimentos históricos, tende a mostrar
que os antigos deviam ter estado perfeitamente conscientes desta Lei [Lei
da Periodicidade ] ao construir os seus Sistemas de Filosofia.
Na verdade, quando a Ciência Estatística estiver completamente
desenvolvida, como parece provável que um dia estará, haverá
provas sempre mais numerosas de que a evolução dos heróis,
poetas, chefes militares, filósofos, teólogos, grandes mercadores
e todos os outros personagens notáveis pode ser avaliada com base
na potencialidade dos números, assim como o retorno de um cometa
pode ser calculado pelas regras de cálculos astronômicos. O
sistema relativamente moderno de seguros de vida, por exemplo, está
baseado sobre a expectativa de vida calculada a partir da média de
certas idades; e, ao mesmo tempo que nada parece ser tão incerto
quanto a longevidade provável de qualquer indivíduo isolado
em uma comunidade, nada é mais certo do que o fato de que a chance
de vida provável de qualquer pessoa, na massa da população,
pode ser conhecida com base na média geral da vida humana.
As
leis físicas e morais têm entre si pontos de contato tão
infinitamente numerosos que, se ainda não chegamos ao ponto de poder
demonstrar a sua identidade, é, pelo menos, seguro afirmar que há
entre elas uma grande analogia.
[de Cazeneuve, apud Helena
Petrovna Blavatsky.]
Uma
especial solenidade e um significado místico têm sido atribuídos
ao Número Sete por todos os povos, em todos os tempos.
Na
periodicidade regular de eventos sempre recorrentes há algo mais
do que mero acaso! [No Multiverso
não existem por
casualidade, por coincidência, por acaso, quiçá, talvez,
porventura, será que, eventualidade, acidente, desconexão,
milagre, milagrinho, milagrão, jeito, jeitinho, jeitão, tanto
quanto não existem essas coisas de destino predeterminado, de fado
engessado e de devenir, de antemão, grimpado. O que há, sempre,
sempre, sempre,
é(são)
causa(s) —› efeito(s). As danças e as contradanças
são por nossa conta.]
Os
egípcios, por exemplo, tinham sete deuses originais e mais elevados.
Os fenícios tinham sete kabiris. Os persas
tinham sete
cavalos sagrados de Mitra. Os parsis
tinham sete
anjos opostos a sete demônios, e sete moradas celestes em paralelo
com sete regiões inferiores. Para representar esta idéia mais
claramente em sua forma concreta, os sete deuses, freqüentemente, eram
descritos como uma divindade com sete cabeças. Todo o céu
estava sujeito aos sete planetas. Portanto, em quase todos os sistemas religiosos
nós encontramos sete céus. [Citação
de Helena Petrovna
Blavatsky.]
Se
o dogma egípcio da metempsicose ou transmigração da
alma ensinava que há sete estágios de purificação
e de progressiva perfeição, também é verdade
que os budistas tomaram dos arianos da Índia, e não do Egito,
a idéia de sete estágios de progressivo desenvolvimento da
[personalidade-]alma
desencarnada, o que é simbolizado pelos sete andares e guarda-chuvas,
que gradualmente diminuíam à medida que ficavam mais próximos
do topo dos seus templos.
No
misterioso culto a Mitra havia sete portões, sete altares e sete
mistérios. Os sacerdotes de muitas nações orientais
eram subdivididos em sete graus. Sete degraus levavam ao altar, e os templos
eram iluminados por candelabros de sete velas. Várias lojas maçônicas
têm, até hoje, sete e catorze passos.
O
famoso pagode de Churingham é rodeado por sete muros quadrados, pintados
em sete cores diferentes, e no meio de cada muro há uma pirâmide
de sete andares. Nos tempos antediluvianos o templo de Borsippa, agora o
Birs-Nimrud, tinha sete plataformas, que simbolizavam os sete círculos
concêntricos das sete esferas, cada uma construída com peças
de cerâmica e metal, que correspondiam à cor do planeta regente
da esfera simbolizada.
De
acordo com uma lenda árabe, sete anjos esfriam o Sol com gelo e neve,
para que ele não queime a Terra reduzindo-a a cinzas e brasas; e
sete mil anjos animam o Sol e o colocam em movimento a cada manhã.
As
sete esferas planetárias serviam como um modelo para divisões
e organizações nos Estados. A China, por exemplo, era dividida
em sete províncias, e a Pérsia antiga era dividida em sete
satrapias [território
governado por um sátrapa (governador)].
No
antigo cálculo astronômico e religioso dos romanos pagãos,
a semana era dividida em sete dias, e consideravam o sétimo dia como
o mais sagrado, o Sol, o Domingo ou Dia do Sol de Júpiter, para o
qual todos os povos cristãos –
e especialmente os protestantes –
fazem homenagens até o dia de hoje.
Constantinopla
tinha sete nomes –
Bizâncio, Antonia, Nova Roma, Cidade de Constantino, a Separadora
das Partes do Mundo, o Tesouro do Islam e Istambul –
e também era chamada de a Cidade das Sete Colinas e a Cidade
das Sete Torres.
A
beleza da mulher consiste, segundo as canções persas, de sete
encantos.
Sharbat Gula1
– A Menina Afegã
(Foto de Steve McCurry)
Os
pitagóricos consideravam o algarismo sete como a imagem e o modelo
da ordem e da Harmonia Divinas em a Natureza. Era o número que continha
duas vezes o Número Sagrado Três ou Tríade, ao qual
era somado o um ou a Divina Mônada: 3 + 1 + 3. Assim como a harmonia
da Natureza soa no Teclado do Espaço, entre os sete planetas, assim
também a harmonia dos sons audíveis ocorre em um plano menor
com a escala musical dos sempre recorrentes sete tons.
Teorema
de Pitágoras
Consistindo
de uma união entre o número três (o símbolo da
Tríade Divina para todos os povos, cristãos e pagãos)
e o número quatro (símbolo das forças ou elementos
cósmicos), o número sete aponta, simbolicamente, para a união
da Divindade com o Universo; esta idéia pitagórica foi aplicada
pelos cristãos –
(especialmente durante a Idade Média) –
que usaram amplamente o número sete no simbolismo da sua arquitetura
sagrada. Assim, por exemplo, a famosa Catedral de Colônia e a Igreja
Dominicana em Regensburg mostram este número até nos menores
detalhes arquitetônicos.
Se,
por um lado, a Grécia Antiga tinha sete sábios, por outro,
a Idade Média Cristã tinha sete artes livres (Gramática,
Retórica, Dialética, Aritmética, Geometria, Música
e Astronomia).
Na
Idade Média, um voto solene tinha que ser feito diante de sete testemunhas,
e aquele que o assumia era aspergido sete vezes com sangue. As procissões
ao redor dos templos eram feitas sete vezes, e os devotos tinham que se
ajoelhar sete vezes antes de pronunciar um voto. Os peregrinos muçulmanos
dão a volta ao redor de Kaaba sete vezes, quando chegam.
Na
região do demoníaco, de acordo com as autoridades nesse assunto,
um contrato com o diabo tinha que ter sete parágrafos, valia por
sete anos e era assinado sete vezes. Todas as bebidas mágicas preparadas
com ajuda do inimigo da Humanidade consistiam de sete ervas.
As
princesas, nos contos de fadas, permaneciam sete anos sob um feitiço,
e as botas do Famoso Gato –
o Marquês de Carabás –
eram de sete léguas.
Marquês
de Carabás2
Os
antigos dividiam o corpo humano em sete partes: a cabeça, o peito,
o estômago, duas mãos e dois pés; e a vida do homem
era dividida em sete períodos. Os dentes de um bebê começam
a nascer aos sete meses; uma criança começa a sentar após
catorze meses (2 x 7); começa a caminhar depois de vinte e um meses
(3 x 7); começa a falar depois de vinte e oito meses (4 x 7); deixa
de mamar no peito depois de trinta e cinco meses (5 x 7). Aos catorze anos
(2 x 7), começa, finalmente, a formar a si mesma. E aos vinte e um
anos (3 x 7) deixa de crescer.
Em
nenhum outro lugar o número sete exerceu um papel tão importante
como entre os antigos Árias, da Índia. Basta pensar nos Sapta
Rishis – os sete sábios; nos Sapta Loka – os sete mundos;
nos Sapta Pura – as sete cidades sagradas; nas Sapta Dvipa –
as sete ilhas sagradas; nos Sapta Samudra – os sete mares sagrados;
nas Sapta Parvatta – as sete montanhas sagradas; nos Sapta Arania
– os sete desertos; nas Sapta Vriksha – as sete árvores
sagradas... E assim por diante.
Enfim,
se os Árias nunca adotavam nada de outra cultura, nem tão-pouco
os brâmanes, que eram demasiado orgulhosos e exclusivistas para fazer
isso, fica a pergunta: de onde vem, então, o mistério e a
sacralidade do número sete?3
Eu
Acho que é ± Assim
Sete
e sete dão quatorze,
com
mais sete vinte e um,
e + 1
+ 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1
para
chegar ao vinte e oito.
Depois,
vem o trinta e cinco,
em seguida,
o quarenta e dois.
E, andando,
o quarenta e nove.
Logo
após, o cinqüenta e seis.
Então,
chega o sessenta e três:
conquista
de 9 ciclos de 7 anos.
Mas,
para ir até cento e quarenta
–
oh! – só na base da água-benta!
Mas,
cento e quarenta deve ser
o maior
filme de horror do mundo!
O que
dói até chega a não doer,
e nem
mais geme o 140-bundo!4
Morrer
é uma Grande
Aventura,
da qual
ninguém poderá escapar.
Nós
precisamos perder a paúra,
e –
com elegância – Aventurar!
Um
dia, nós nos alforriaremos.
Quando
será? Isso eu não sei.
Mas,
eu sei que avançaremos,
até
cada um se tornar seu Rei!
______
Notas:
1. A Menina Afegã,
Sharbat Gula, da etnia Pashtu, se tornou uma linda senhora. Ficou com um
leve bucinho, mas, mesmo assim, continua, ainda que sofrida, um pedaço
de mau caminho.
Sharbat
Gula
2. Marquês de
Carabás é o nome imaginário de um dos personagens do
conto O Gato de
Botas, do escritor e poeta francês Charles Perrault (Paris,
12 de janeiro de 1628 – Paris, 16 de maio de 1703), o Pai da Literatura
Infantil, publicado pela primeira vez em 1697.
3. Um outro mistério
interessante do número 7 é o que concerne ao seu Valor Secreto,
que é igual a 28, isto é: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7. Mas,
28 2 + 8 = 10, que, por sua
vez, é 1 + 0 = 1. Então,
não errará quem disser que 7
1. (Unidade). There
are more things in heaven and Earth, Horatio, than are dreamt of in your
philosophy. Há mais coisas no céu e na Terra,
Horácio, do que foram sonhadas na sua filosofia. (In: The
Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark, Ato I, cena 5, obra atribuída
a William Shakespeare.) Embora a filosofia e a racionalidade sejam essenciais
para o ser humano, elas não respondem a tudo. Há muito mais
coisas no mundo e no Universo, coisas que a razão não consegue
explicar, e que só poderão ser explicadas pela transrazão
ou transracionalidade. Por isto, é temerário legar todas as
soluções da existência ao nosso limitado e presumido
conhecimento.
4. 140-bundo
= 140 anos + gemebundo.
Música
de fundo:
Pai Francisco/Eu Entrei
na Roda/Caranguejo não é Peixe
Interpretação: Orquestra e Coro Carroussell
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=DumTeyKbObA
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.mercadolivre.com.br/
https://yandex.ru/
https://gifer.com/en/XbNp
http://gifanimadosyfrasescortas.blogspot.com/
https://blogdomaximus.com/2011/02/01/hamlet-
e-as-vas-citacoes-de-quem-nao-leu-shakespeare/
http://privatekgsmaths.weebly.com/
https://aforgrave.ca/
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Marqu%C3%AAs_de_Carab%C3%A1s
https://dailytimes.com.pk/
https://wsimag.com/
https://www.istockphoto.com/br
https://dribbble.com/
http://www.elc.udel.edu/
http://toons.artie.com/
https://giphy.com/
http://www.filosofiaesoterica.com/o-numero-sete/
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