UM POUQUINHO SOBRE O NÚMERO 7

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Informação Preliminar

 

 

 

Este pequeno conjunto de fragmentos foi garimpado no texto O Número Sete, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky.

 

 

 

Fragmentos

 

 

 

Cientistas alemães estão agora dando atenção à manifestação da harmonia numérica e da periodicidade das operações da Natureza.

 

 

 

 

Uma série de observações estatísticas, abrangendo alguns séculos de acontecimentos históricos, tende a mostrar que os antigos deviam ter estado perfeitamente conscientes desta Lei [Lei da Periodicidade ] ao construir os seus Sistemas de Filosofia. Na verdade, quando a Ciência Estatística estiver completamente desenvolvida, como parece provável que um dia estará, haverá provas sempre mais numerosas de que a evolução dos heróis, poetas, chefes militares, filósofos, teólogos, grandes mercadores e todos os outros personagens notáveis pode ser avaliada com base na potencialidade dos números, assim como o retorno de um cometa pode ser calculado pelas regras de cálculos astronômicos. O sistema relativamente moderno de seguros de vida, por exemplo, está baseado sobre a expectativa de vida calculada a partir da média de certas idades; e, ao mesmo tempo que nada parece ser tão incerto quanto a longevidade provável de qualquer indivíduo isolado em uma comunidade, nada é mais certo do que o fato de que a chance de vida provável de qualquer pessoa, na massa da população, pode ser conhecida com base na média geral da vida humana.

 

As leis físicas e morais têm entre si pontos de contato tão infinitamente numerosos que, se ainda não chegamos ao ponto de poder demonstrar a sua identidade, é, pelo menos, seguro afirmar que há entre elas uma grande analogia. [de Cazeneuve, apud Helena Petrovna Blavatsky.]

 

Uma especial solenidade e um significado místico têm sido atribuídos ao Número Sete por todos os povos, em todos os tempos.

 

 

 

 

Na periodicidade regular de eventos sempre recorrentes há algo mais do que mero acaso! [No Multiverso não existem por casualidade, por coincidência, por acaso, quiçá, talvez, porventura, será que, eventualidade, acidente, desconexão, milagre, milagrinho, milagrão, jeito, jeitinho, jeitão, tanto quanto não existem essas coisas de destino predeterminado, de fado engessado e de devenir, de antemão, grimpado. O que há, sempre, sempre, sempre, é(são) causa(s) —› efeito(s). As danças e as contradanças são por nossa conta.]

 

 

 

 

Os egípcios, por exemplo, tinham sete deuses originais e mais elevados. Os fenícios tinham sete kabiris. Os persas tinham sete cavalos sagrados de Mitra. Os parsis tinham sete anjos opostos a sete demônios, e sete moradas celestes em paralelo com sete regiões inferiores. Para representar esta idéia mais claramente em sua forma concreta, os sete deuses, freqüentemente, eram descritos como uma divindade com sete cabeças. Todo o céu estava sujeito aos sete planetas. Portanto, em quase todos os sistemas religiosos nós encontramos sete céus. [Citação de Helena Petrovna Blavatsky.]

 

Se o dogma egípcio da metempsicose ou transmigração da alma ensinava que há sete estágios de purificação e de progressiva perfeição, também é verdade que os budistas tomaram dos arianos da Índia, e não do Egito, a idéia de sete estágios de progressivo desenvolvimento da [personalidade-]alma desencarnada, o que é simbolizado pelos sete andares e guarda-chuvas, que gradualmente diminuíam à medida que ficavam mais próximos do topo dos seus templos.

 

No misterioso culto a Mitra havia sete portões, sete altares e sete mistérios. Os sacerdotes de muitas nações orientais eram subdivididos em sete graus. Sete degraus levavam ao altar, e os templos eram iluminados por candelabros de sete velas. Várias lojas maçônicas têm, até hoje, sete e catorze passos.

 

 

 

 

O famoso pagode de Churingham é rodeado por sete muros quadrados, pintados em sete cores diferentes, e no meio de cada muro há uma pirâmide de sete andares. Nos tempos antediluvianos o templo de Borsippa, agora o Birs-Nimrud, tinha sete plataformas, que simbolizavam os sete círculos concêntricos das sete esferas, cada uma construída com peças de cerâmica e metal, que correspondiam à cor do planeta regente da esfera simbolizada.

 

De acordo com uma lenda árabe, sete anjos esfriam o Sol com gelo e neve, para que ele não queime a Terra reduzindo-a a cinzas e brasas; e sete mil anjos animam o Sol e o colocam em movimento a cada manhã.

 

As sete esferas planetárias serviam como um modelo para divisões e organizações nos Estados. A China, por exemplo, era dividida em sete províncias, e a Pérsia antiga era dividida em sete satrapias [território governado por um sátrapa (governador)].

 

No antigo cálculo astronômico e religioso dos romanos pagãos, a semana era dividida em sete dias, e consideravam o sétimo dia como o mais sagrado, o Sol, o Domingo ou Dia do Sol de Júpiter, para o qual todos os povos cristãos e especialmente os protestantes fazem homenagens até o dia de hoje.

 

Constantinopla tinha sete nomes Bizâncio, Antonia, Nova Roma, Cidade de Constantino, a Separadora das Partes do Mundo, o Tesouro do Islam e Istambul e também era chamada de a Cidade das Sete Colinas e a Cidade das Sete Torres.

 

A beleza da mulher consiste, segundo as canções persas, de sete encantos.

 

 

Sharbat Gula

Sharbat Gula1 A Menina Afegã
(Foto de Steve McCurry)

 

 

Os pitagóricos consideravam o algarismo sete como a imagem e o modelo da ordem e da Harmonia Divinas em a Natureza. Era o número que continha duas vezes o Número Sagrado Três ou Tríade, ao qual era somado o um ou a Divina Mônada: 3 + 1 + 3. Assim como a harmonia da Natureza soa no Teclado do Espaço, entre os sete planetas, assim também a harmonia dos sons audíveis ocorre em um plano menor com a escala musical dos sempre recorrentes sete tons.

 

 

Teorema de Pitágoras

 

 

Consistindo de uma união entre o número três (o símbolo da Tríade Divina para todos os povos, cristãos e pagãos) e o número quatro (símbolo das forças ou elementos cósmicos), o número sete aponta, simbolicamente, para a união da Divindade com o Universo; esta idéia pitagórica foi aplicada pelos cristãos (especialmente durante a Idade Média) que usaram amplamente o número sete no simbolismo da sua arquitetura sagrada. Assim, por exemplo, a famosa Catedral de Colônia e a Igreja Dominicana em Regensburg mostram este número até nos menores detalhes arquitetônicos.

 

Se, por um lado, a Grécia Antiga tinha sete sábios, por outro, a Idade Média Cristã tinha sete artes livres (Gramática, Retórica, Dialética, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia).

 

Na Idade Média, um voto solene tinha que ser feito diante de sete testemunhas, e aquele que o assumia era aspergido sete vezes com sangue. As procissões ao redor dos templos eram feitas sete vezes, e os devotos tinham que se ajoelhar sete vezes antes de pronunciar um voto. Os peregrinos muçulmanos dão a volta ao redor de Kaaba sete vezes, quando chegam.

 

Na região do demoníaco, de acordo com as autoridades nesse assunto, um contrato com o diabo tinha que ter sete parágrafos, valia por sete anos e era assinado sete vezes. Todas as bebidas mágicas preparadas com ajuda do inimigo da Humanidade consistiam de sete ervas.

 

As princesas, nos contos de fadas, permaneciam sete anos sob um feitiço, e as botas do Famoso Gato o Marquês de Carabás eram de sete léguas.

 

 

Marquês de Carabás2

 

 

Os antigos dividiam o corpo humano em sete partes: a cabeça, o peito, o estômago, duas mãos e dois pés; e a vida do homem era dividida em sete períodos. Os dentes de um bebê começam a nascer aos sete meses; uma criança começa a sentar após catorze meses (2 x 7); começa a caminhar depois de vinte e um meses (3 x 7); começa a falar depois de vinte e oito meses (4 x 7); deixa de mamar no peito depois de trinta e cinco meses (5 x 7). Aos catorze anos (2 x 7), começa, finalmente, a formar a si mesma. E aos vinte e um anos (3 x 7) deixa de crescer.

 

Em nenhum outro lugar o número sete exerceu um papel tão importante como entre os antigos Árias, da Índia. Basta pensar nos Sapta Rishis – os sete sábios; nos Sapta Loka – os sete mundos; nos Sapta Pura – as sete cidades sagradas; nas Sapta Dvipa – as sete ilhas sagradas; nos Sapta Samudra – os sete mares sagrados; nas Sapta Parvatta – as sete montanhas sagradas; nos Sapta Arania – os sete desertos; nas Sapta Vriksha – as sete árvores sagradas... E assim por diante.

 

Enfim, se os Árias nunca adotavam nada de outra cultura, nem tão-pouco os brâmanes, que eram demasiado orgulhosos e exclusivistas para fazer isso, fica a pergunta: de onde vem, então, o mistério e a sacralidade do número sete?3

 

 

 

Eu Acho que é ± Assim

 

 

Sete e sete dão quatorze,

com mais sete vinte e um,

e + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1

para chegar ao vinte e oito.

 

Depois, vem o trinta e cinco,

em seguida, o quarenta e dois.

E, andando, o quarenta e nove.

Logo após, o cinqüenta e seis.

 

Então, chega o sessenta e três:

conquista de 9 ciclos de 7 anos.

Mas, para ir até cento e quarenta

– oh! – só na base da água-benta!

 

Mas, cento e quarenta deve ser

o maior filme de horror do mundo!

O que dói até chega a não doer,

e nem mais geme o 140-bundo!4

 

Morrer é uma Grande Aventura,

da qual ninguém poderá escapar.

Nós precisamos perder a paúra,

e – com elegância – Aventurar!

 

Um dia, nós nos alforriaremos.

Quando será? Isso eu não sei.

Mas, eu sei que avançaremos,

até cada um se tornar seu Rei!

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. A Menina Afegã, Sharbat Gula, da etnia Pashtu, se tornou uma linda senhora. Ficou com um leve bucinho, mas, mesmo assim, continua, ainda que sofrida, um pedaço de mau caminho.

 

 

Sharbat Gula

Sharbat Gula

 

 

2. Marquês de Carabás é o nome imaginário de um dos personagens do conto O Gato de Botas, do escritor e poeta francês Charles Perrault (Paris, 12 de janeiro de 1628 – Paris, 16 de maio de 1703), o Pai da Literatura Infantil, publicado pela primeira vez em 1697.

3. Um outro mistério interessante do número 7 é o que concerne ao seu Valor Secreto, que é igual a 28, isto é: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7. Mas, 28 2 + 8 = 10, que, por sua vez, é 1 + 0 = 1. Então, não errará quem disser que 7 1. (Unidade). There are more things in heaven and Earth, Horatio, than are dreamt of in your philosophy. Há mais coisas no céu e na Terra, Horácio, do que foram sonhadas na sua filosofia. (In: The Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark, Ato I, cena 5, obra atribuída a William Shakespeare.) Embora a filosofia e a racionalidade sejam essenciais para o ser humano, elas não respondem a tudo. Há muito mais coisas no mundo e no Universo, coisas que a razão não consegue explicar, e que só poderão ser explicadas pela transrazão ou transracionalidade. Por isto, é temerário legar todas as soluções da existência ao nosso limitado e presumido conhecimento.

4. 140-bundo = 140 anos + gemebundo.

 

Música de fundo:

Pai Francisco/Eu Entrei na Roda/Caranguejo não é Peixe
Interpretação: Orquestra e Coro Carroussell

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=DumTeyKbObA

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.mercadolivre.com.br/

https://yandex.ru/

https://gifer.com/en/XbNp

http://gifanimadosyfrasescortas.blogspot.com/

https://blogdomaximus.com/2011/02/01/hamlet-
e-as-vas-citacoes-de-quem-nao-leu-shakespeare/

http://privatekgsmaths.weebly.com/

https://aforgrave.ca/

https://pt.wikipedia.org/wiki/
Marqu%C3%AAs_de_Carab%C3%A1s

https://dailytimes.com.pk/

https://wsimag.com/

https://www.istockphoto.com/br

https://dribbble.com/

http://www.elc.udel.edu/

http://toons.artie.com/

https://giphy.com/

http://www.filosofiaesoterica.com/o-numero-sete/

 

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