ESPECULAÇÕES NUMÉRICO–CABALÍSTICAS SOBRE A UNIVERSALIDADE DOS NÚMEROS ( 2 )

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

http://www.rdpizzinga.pro.br

 

Música de fundo: New York, New York
Fonte: http://www.musicasmaq.com.br/
 


 

Observação: recomendo, preliminarmente, a leitura da 1ª parte deste trabalho. Clique no endereço abaixo para lê–lo agora.

 

http://www.rdpizzinga.pro.br/livros/numeros1/numeros1.html


  Rosa

 

 

       No apagar das luzes deste duplo trabalho–pensamento sobre a universalidade dos números, possivelmente pedindo o que não deveria ser pedido, reclama–se da atual geração de Filósofos, uma nova síntese ontognosiológica. Síntese essa, pensa–se, que, quando acontecer, deverá ter o cuidado de não prescindir da ciência e da tecnologia – ou seja da razão científica – pois como lamentou Leonardo Coimbra há quase um século, a Filosofia ainda faz hoje o papel secundário de correr atrás da ciência. Estivesse vivo Leonardo, lamentaria com mais veemência. Sem escravização de parte a parte, muito pelo contrário, uma nova síntese, ou uma síntese mais efetiva, mais real e mais atualizada só poderá ser bem sucedida e útil, se o binômio filosofia–ciência for equilibrado e harmonicamente contemplado, e ao mesmo tempo reciprocamente dependente. Na verdade, a prevalência de qualquer forma ou categoria de razão privilegiará apenas e ilusoriamente um estado momentâneo da cultura de um povo. E, ainda que se evoquem a unificação e a participação de todos os tipos de razão, mais se deve alcançar, pois, mesmo que possa contrariar o proposto, o resultado último do consenso racional poderá ser a irracionalidade mais abjeta e retrógrada. O ser está aprendendo a projetar sua consciência para além da faixa vibratória na qual atua. E, nesse processo, começa a valorizar, a compreender e a utilizar as sensações e experiências transracionais (transnoéticas) pelas quais tem passado. A decodificação – que só pode acontecer racionalmente – depende também de uma progressiva harmonização de todos os subsistemas que compõem o organismo humano. E como, hodiernamente, mais atenção tem sido dada às relações do ser consigo mesmo e com o Universo, compreende–se porque, no passado, tanto a Filosofia quanto a Ciência mantiveram suas especulações restritas exclusivamente dentro de limites noético–dianóicos. Ou, em outros termos: à medida que o ser se percebe integralmente (e isto vem acontecendo de maneira acelerada), novos campos experienciais se descortinam, e os limites da pura razão se rompem, para se atualizarem sucessivamente em um processo transunitário progressivo. Os conceitos de transcendência e de contingência começam a ruir, e o ser, ao vivenciar a Aurora Dourada Mental do novo milênio, passa a se compreender como IMANENTE e NECESSÁRIO, UNO e PERPÉTUO, ATO e POTÊNCIA de SI MESMO e da DIVINDADE que está em seu próprio interior. É o um iniciando a se sentir um com o UM. E a vergonha e o medo (das aleivosias) de testemunhar e de dar curso a esse entendimento estão se dissipando. Por que não ultrapassar a barreira da razão? Esta é a pergunta que a Humanidade começa a se fazer. Uma parte desta resposta pode ser encontrada no livro digital Macrocosmo Iluminado – O Livro Para a Nova Era, de Vicente Velado, e que esta disponível em:
 

http://www.svmmvmbonvm.org/macro/



       Esse novo estágio de pensamento haverá de ser estruturado em bases totalmente isentas de preconceitos e de idéias apriorísticas, que propendam para um lado ou para outro, sob pena de se enclaustrar em círculos, e de não avançar para um estado superior de compreensão metafísico–científica, que só poderá se verificar, como observou Leonardo, se e quando depurado dos cousismos de qualquer natureza. Que se tenha sempre em mente: PIOR DO QUE OS COUSISMOS DA FÉ, MAIS TEMERÁRIOS SÃO OS DA RAZÃO, QUALQUER QUE SEJA ELA. Se a fé tenta justificar e explicar o injustificável e o inexplicável, a razão, mal aplicada, geralmente, não justifica absolutamente nada. Só uma medonha, descabida e fratricida razão de estado(?) pôde implementar a invasão do Afeganistão e dar curso às barbaridades opressivas inconcebíveis que vêm acontecendo no Tibet, Iraque, e na Palestina. Bush qui tollis peccata mundi, misere nobis! Sharon qui tollis peccata Palestini, misere nobis! E estes são só quatro exemplos! Mas, quem esqueceu os horrores do Vietname? E do Kosovo? E a Guerra da Coréia? O White Castle terá muito que explicar.

 

Razão de Estado
(Jorge Palma)
http://www.jorgepalma.web.pt/letra0605.htm


Eu vigio os teu passos
Com toda a discrição.
Vejo o que fazes
És o objecto principal da minha atenção.

Eu sou o intruso
Que a todo o momento
Controla o teu pensamento.

Sou a razão de Estado.
Tenho o teu processo arquivado.
Sou a razão de Estado.
Posso proporcionar–te um mau bocado.

Eu conheço os segredos
Da tua intimidade.
Sei que livros te interessam.
E trabalho por conta da comunidade.

Sou eu quem escreve,
Dia após dia,
A tua biografia.

Sou a razão de Estado.
Tenho o teu processo arquivado.
Sou a razão de Estado.
Posso proporcionar–te um mau bocado.

Nós vivemos em crise.
E a nossa sociedade
Tem que ser protegida
Contra os malefícios da individualidade.

Imponho a ordem,
E repudio
O mais pequeno desvio.
Sou a razão de Estado.
Tenho o teu processo arquivado.
Sou a razão de Estado.
Posso proporcionar–te um mau bocado
.

 

       O entendimento anteriormente examinado é inquestionavelmente uma tarefa hercúlea, pois filosofar sem se estar atualizado científica e tecnologicamente, ou fazer Ciência sem se conhecer Filosofia, poderá produzir, no primeiro caso, equívocos inúteis e insustentáveis, e, no segundo, convulsões e sofrimentos irremediáveis. Se, no primeiro caso, a Humanidade avançar, avançará mal e claudicante, fato que se tem verificado sucessivamente desde os gregos (antes, nem é preciso comentar); no segundo, poderá comprometer–se e se desumanar, e até chegar ao limite de se autodestruir, evidências que caracterizaram a fúria, a cupidez, a progressão geométrica das sobrevalias, e a mentira e o egoísmo neoliberais observados no século XX. Sonda Near? Sonda Deep Impact? E o Projeto Guerra nas Estrelas (Stars War Project), que é basicamente um sistema de defesa antimísseis? Na verdade, esse Stars War adianta pouco, pois, dificilmente conseguiria defender totalmente os EUA de um maciço ataque nuclear, venha de onde vier. Alguns mísseis podem até ser destruídos, mas outros atingiriam os alvos. E aí? A utilidade real deste Projeto Escudo Antimísseis, que está associado ao SDI – Strategic Defense Initiative (Iniciativa Estratégica de Defesa) e que aglutinou várias indústrias de armamentos bélicos e as maiores e melhores mentes científicas disponíveis, foi apenas promover a aproximação entre a Rússia da China novamente. Isto foi até muito bom. Mas, a militarização do espaço é inaceitável. A Humanidade morre de sede e de fome, e os tubarões pensam em dominar o Universo. Talvez tenhamos problemas. A China e a Rússia não vão aceitar esse malabarismo americano como se fosse um simples passeio no jardim! Aliás, quem aceita? Os azuis americanos também são contra essa loucura. Os vermelhos adoraram. Eu detestei. Enfim, com Bush–2 — a antimissão — haverá uma Blue Red United States Secession? De tudo isso só me vem à cabeça um pensamento: a Humanidade, a cada dia que passa, morre mais desesperada de fome e de sede, e os poderosos gastam bilhões — BILHÕES — em armas e brinquedinhos tecnológicos para demonstrar quem é mais poderoso e mais sabido. Isso tudo é muito triste. Ou não é?

 

Olho Grande nas Artérias dos Outros

 

       Alguns tipos de experiências recentes no domínio da química, da genética molecular, da física nuclear e quântica e da pesquisa tecnológica de ponta confirmam esta convicção, isto é, uma possibilidade real de autodestruição da raça humana.

       Em outro sentido, meditar sobre determinadas categorias, como, por exemplo, matéria, tempo e espaço sem considerar a Teoria da Relatividade e os avanços da física contemporânea, é uma completa inutilidade. Como também é uma total perda de tempo e de esforço intelectual tecer considerações sobre a alma e sobre a vida, desconhecendo, no mínimo, as descobertas contemporâneas da Mecânica Ondulatória, do Princípio de Incerteza, da Psicotrônica, da Lei dos Fractais e da Projeciologia. Um místico deve estar atualizado e informado — o máximo possivel — sobre o que está acontecendo no mundo em todos os campos da humana experiência. Senão, nem argumentar adequadamente ele conseguirá. E se argumentar, não será ouvido. Ninguém quer mais ouvir pregação bíblica desprovida de sentido. Esse tempo esgotou–se. Estamos entrando na Era Aquariana Mental Místico–Ateísta. Deus no Céu acabou. Deus dentro — no Coração — começou.

       Verdadeiramente, especular sobre a alma humana – e sobre a Consciência Cósmica – demanda conhecimentos e labores que não se limitam apenas aos mencionados nestas reflexões. É por isso que se afirma que o esoterista que não se aplica ao estudo da KaBaLa Arqueométrica terá dificuldades em sua trajetória iniciática. É urgente revisitar também Moisés com outros olhos, porque Bereshith bara Elohim não é o que se pensa sobre Bereshith bara Elohim. Mas, um dia, certamente, ele prescindirá deste conhecimento. Ele será o próprio Conhecimento, melhor, Sabedoria (ShOPhIa). É claro, por outro lado, que também sem um substancial aprofundamento teosófico–antroposófico–esotérico–iniciático, qualquer esforço será frustro. Rosacrucianismo. Martinismo. Teosofia. Antroposofia. Minimamente. Mas a vera Sabedoria (ShOPhIa) só acontecerá no PLANO DO CORAÇÃO. IN CORDE.

       Penso, sem receio de qualquer crítica, que, no milênio que nasceu, uma nova classe de pesquisadores será constituída — os cientistas–filósofos. E a própria ALQUIMIA (operativa, mas, sobretudo e principalmente a Transcendental) será rediscutida em outras instâncias, porque fazer ciência e filosofar não se resumem a crer e a aceitar o que está posto, mas, sim, investigar (atualizando sempre) as causas de tudo que diga respeito ao ser humano, à Natureza e ao Universo. E a ALQUIMIA, baldados os mesquinhos esforços para desacreditá–la, é uma arte–ciência que se comporá com a TEOCIÊNCIA que se aproxima. Talvez o maior erro, ou, por assim dizer, o maior entrave que as religiões impuseram a seus seguidores (e a si mesmas), foi o fato de não se atualizarem. Não se pretende aqui ingenuamente afirmar que as Leis Universais devam ser atualizadas. Tais Leis (ou Decretos) são perenes. O que muda é a percepção do ser quanto a tais Leis ou tais Decretos. A consciência do ser percebe–se progressivamente como parte do SER TOTAL, e não pode aceitar a transcendência, religiosa ou filosófica, como coisa inalcançável ou impenetrável. Paralelamente, creditar à Providência fideisticamente uma hipotética salvação, é incorporar o pior das teologias tradicionais, e, ilusoriamente, sorver um leite inexistente. A Providência nada salva porque a Alma (Cósmica) não precisa ser salva de nada. Quem não deve ser devorada é a personalidade–alma de ente. Por isso, o verbo a ser conjugado diariamente é: CONSTRUIR. A transcendência, assim, está tão–só nas humanas e transitórias limitação e compreensão do ser em relação ao SER. E a aceitação do providencialismo denota incapacidade ou ausência de desejo de emancipação espiritual. Quando esta emancipação for desejada, terá início o Processo de Construção do Mestre–D'us Interior em cada peregrino. Mas, à medida que se percebe integrado na Consciência Cósmica e identifica que pode ter acesso às várias oitavas vibratórias superiores dessa mesma Consciência, o ser sente–se uno e Dela parte necessária e integrante. Membrana, citoplasma e núcleo fazem parte da mesma célula. Casca, clara e gema fazem parte do mesmo ovo. UM = UM.

       E, assim, as religiões organizadas como segmentos exotéricos de um conhecimento esotérico antiqüíssimo, acabam por, todas elas, cair em obsolescência, porque ainda que evolvam em um ritmo semelhante a uma progressão aritmética (quando evoluem), as consciências individuais progridem similarmente a uma progressão geométrica (se e quando evoluem). Tudo isso vem acontecendo porque a bazófia tomou lugar da singeleza e a vaidade e as contradições deslocaram os princípios espirituais e eternos. Os rituais e os cultos religiosos transfiguraram–se, e seus confrades foram instados a venerar simulacros de divindades inexistentes e a temer demônios também inexistentes, pelo menos da forma como são apresentados. O choque, a desesperança e a incompatibilidade entre os seres e tais agremiações acabam por se fazer insuperáveis e insuportáveis. Nova ordem pessoal e coletiva se impõe. E nessa nova ordem que se aproxima as palavras–chaves serão Fraternidade, Igualdade e Liberdade. Também Humildade e Caridade. Superlativamente JUSTIÇA. QUINT ESSENTIA.

       Salvo melhor interpretação e conhecimento, a afirmativa menos compreendida, mas irrecusavelmente uma das mais obscuras e herméticas pronunciadas (ou dita que foi pronunciada por quem escreveu o Documento) pela Rosa de Sharon para seus discípulos (Mateus, V, 13) tenha sido: Vós sois o Sal da Terra. Não estará aí uma das chaves da Alquimia Operativa e da Alquimia Transcendental? E se o Sal perder sua força, com que será salgado? Com que se nutrirão os lírios dos vales? Como será possível alcançar e comprrender a LLUZ?

       Não se considera oportuno, para os propósitos deste texto, fazer qualquer tipo de apreciação sobre a hermenêutica bíblica além do que já foi considerado. Aliás, já se avançou muito em outros ensaios. Mas, seria uma omissão injustificada – e até uma inadmissível lacuna – não se fazer uma breve referência à inscrição que encimou o corpo de Jesus, quando de seu martírio. Até porque ela possui, considerações teológicas e históricas à parte, um caráter eminentemente alquímico e transcendental. Preliminarmente, a tradução INRI deve ser lida I–NRI, como é feito em vattan, equivalente a Ele, a Humanidade; ou como em veda I–Na–Ra, que significa Ele, a Alma do Universo; ou, ainda, como dito em sânscrito I–Na–Ra–Ya, ou seja, Ele, Nara–Deva – o Homem–Deus. Por outro lado, o entendimento dado a essas quatro letras possui outro significado profundamente Esotérico e Alquímico, qual seja: IGNE NATURA RENOVATUR INTEGRA (É pelo fogo que se renova a natureza). Pode–se ainda aditar que a missão da PALAVRA ENCARNADA foi esquematizada tendo por base os números 12, 72 e 360, representativos das 12 constelações, dos 72 semi–decanos do Zodíaco e dos 360 graus do círculo. Por isso, como ensinou Saint–Yves D'Alveydre, escolheu 12 Apóstolos, 72 Adeptos e 360 Postulantes. Sobre a vida esotérica de Jesus – o AMeN DO MUNDO – recomenda–se a consulta a um texto apresentado neste site. Assim, pelo FOGO, com intermediação do LAPIS (a PEDRA), a OBRA se cumpre. Triângulo. Pitágoras. Alquimia. Verdade. LLUZ. Paz Perpétua. Ou, de forma mais hermética ainda, pode–se entender que há dois batismos: pela água e pelo fogo. Os estágios são distintos e ascensionais. Enquanto a água simbolicamente purifica, o fogo iniciaticamente transmuta. Mas, o verdadeiro FOGO é interior. Não queima nem calcina. Promove uma súbita alteração no ser, e o coloca em um plano vibratório (freqüencial) mais elevado. O FOGO CENTRAL... No Coração...
 

O FOGO CENTRAL...  NO CORAÇÃO...

 

       Raymond Bernard, na obra Novas Mensagens do Sanctum Celestial ensinou um procedimento místico–alquímico excepcional, que, se praticado regularmente, promoverá, paulatinamente, modificações vibratórias naquele que o executa, preparando suavemente a consciência para revelações transnoéticas e espirituais elevadas. As condições preliminares para a execução do experimento que será relatado (e ampliado) a seguir são individuais, e a cada um caberá escolher as que mais lhe aprouver. Deve–se ferver um pouco de água até o limite máximo de sua ebulição, sem, todavia, deixar o líquido ebulir. Se a água entrar em ebulição, deve ser agitada por alguns segundos para que seu teor em oxigênio e em Prana sejam restabelecidos. Transudar o líquido quente para um copo metálico. Fazer três inspirações profundas e manter o corpo relaxado e livre de quaisquer pressões. Então, sorver toda a água contida no copo metálico, lentamente, quase gota a gota, tomando o cuidado para não se queimar. Deitar, então, de costas, de maneira relaxada por quinze minutos ou meia hora. Nesse intervalo não se deve tentar racionalizar o que está acontecendo. O importante é ficar descontraído e permitir que a ALQUIMIA (transmutação) INTERNA se processe. Uma luz azul no ambiente e música apropriada serão de excepcional ajuda. Abandonar–se em paz e relaxação é o que demanda esta experiência.

 

AUM...  AUM...  AUM...  AUM...  AUM...  AUM...  AUM...  AUM...  AUM...  AUM...

 

 

STARLIGHT

STARLIGHT
Fonte: http://nmazca.com/fractalism/subseries/
Acesso: 6/3/2004

 

      Que interpretação físico–metafísica pode ser dada para a prática acima ensinada por Bernard? Pode–se admitir que a dupla energia das moléculas da água (quente) e do Prana é transferida para o corpo físico do experimentador, ativando e estimulando os centros psíquicos a vibrar em freqüências mais elevadas. Como as humanas percepções e sensações se passam em freqüências vibratórias mais baixas, a freqüências vibratórias mais elevadas outras devem ser (e são) as percepções e sensações que serão decodificadas pelo ente. A repetição sistemática deste simples experimento, amorosamente ensinado por Bernard, estimulará progressivamente e primordialmente a pituitária, a pineal, a tireóide, as paratireóides, o timo, as adrenais e o pâncreas. Outros centros psíquicos também paulatinamente serão estimulados. E o filósofo diligente acabará por realizar o sonho dos iniciados: VERÁ COM OUTROS OLHOS E OUVIRÁ COM OUTROS OUVIDOS. A Voz do Silêncio...Assim como ser e Ser são UM, física e metafísica também se constituem em uma unidade. Pelo batismo ígneo o ser realizará esse entendimento. Adverte–se, contudo, que o relato experiencial oferecido em nada se assemelha ao Batismo pelo Fogo. É tão–só um exercício indutor de possíveis intuições transracionais. Verdadeiramente, pode–se acrescentar um terceiro batismo anterior ao da água – o batismo doloroso – que se opera pelo nascimento, na encarnação. São três, assim, os batismos iniciáticos. Por último, a bem da verdade, um último batismo deve ser lembrado: a transição ou Grande Iniciação. Assim, por quatro batismos ou iniciações fundamentais o ser deve passar: NASCIMENTO, ÁGUA, FOGO e TRANSIÇÃO ou MORTE (GRANDE INICIAÇÃO). Entretanto, há outros Batismos... Outras Iniciações... Outros saberes... Por isso, peço Paz e LLUZ para toda a Humanidade.

       Como anteriormente fez–se referência ao fato de Jesus, esotericamente (e realmente), ser considerado o AMeN DO MUNDO, brevemente far–se–á um superficial comentário sobre a palavra amen (AMeN). Cabalisticamente, equivale a 91 (1 + 40 + 50), e é igual à soma de IEVE (ou YHVH) e ADoNaI (ou ADoNaY), que equivalem, respectivamente, a 26 (10 + 5 + 6 + 5) e 65 (1 + 4 + 50 + 10). IEVE e ADoNaI implicam arcaicamente na existência assexual do Senhor no interior de cada ser. Por outro lado, é importante ressaltar que o original de AMeN é AUM, e, no hebraico, tem estrutura similar ao vocábulo EMuNaH (1 – 40 – 50 – 5), que significa fé, confiança e, misticamente, experiência pessoal interior e intransferível. E, finalmente, o som AUM, pronunciado adequadamente, produz no vocalizador um certo tipo de harmonia, que só a experimentação pessoal poderá testemunhar. Este mantra universal é equivalente ao som vocálico OM. Entretanto, enquanto OM é monossilábico, AUM é composto de duas sílabas (A–UM). Contudo, pronunciar um som vocálico adequadamente ajuda muito, mas, mais importante são o PROPÓSITO e a BELEZA INTERIOR no momento da vocalização, que pode ser audível ou apenas mental. Então, ninguém deve ficar preocupado se está ou não cantando o som vocálico na nota correta. Em um certo sentido, isto acaba sendo absolutamente irrelevante. Repito didaticamente: o que importa verdadeiramente são o PROPÓSITO e a BELEZA INTERIOR.

       O que pretendeu Platão, no Timeu, transmitir com o seu quaternário e com o conceito trinitário do Misto Unitário? A tríade Uno–Nous–Alma, de Plotino, não estaria recôndita e alquimicamente relacionada ao ternário Enxofre–Mercúrio–Sal? E ALeF, MeM e ShIN? E os três irmãos da Casa de Salomão? Os Três Princípios (associados aos Três Reinos) de Jacob Boehme não estariam, por sua vez, dissimuladamente correlacionados à Arte Alquímica? Robert Fludd referiu–se a um Elemento Positivo, a uma Composição Negativa e a um Corpo Perfeito, enquanto John Heydon aludiu aos Três IníciosSol, Lua e Sal – princípios básicos de todas as coisas. Tomas Vaughan entendeu que cada elemento é três em um e um em três, e sua tríade fundamental (simbolizada pelo Triângulo) é: Espiritual, Natural e Composição Perfeita. Em Fludd, em Heydon e em Vaughan não estariam implícitos (veladamente) os princípios Alquímicos da Transmutação Interior? Ou os Três Degraus da Iniciação Interior? Como disse Vergílio (70–19 a.C.) na Éclogas VIII Numero Deus Impare Gaudet (Deus compraz–se com números ímpares). Isso não significa que os números pares não tenham seu lugar no Universo. Têm–no, no mesmo grau de importância, já que, sem o par o ímpar não poderia se mostrar. Da dualidade cósmica nasce o terceiro ponto – a Manifestação Perfeita.

 

1              2               3

 

       A Vergílio pode–se creditar o conhecimento que possuía da importância dos números um, três, sete e nove, sobressaindo, obviamente, o três. O próprio doze é um dos números mais esotéricos para que se possa fazer juízo de valor apenas com a consciência objetiva. Mais uma vez recorda–se que doze são os signos zodiacais. E não se pode esquecer, por exemplo, dos números 10, 22, 24, 36, 40, 42, 48, 72, 96, 108, 144, 216, 360, 444, 666, 720, 777 (que é ímpar), 888, 1000, 1440, 2160 e 25920. Particular interesse contêm os números pares 14 e 28. Em hebraico a palavra YaD significa mão e numericamente equivale a 14, designativo das catorze falanges de uma mão. Em duas mãos há, portanto, vinte e oito falanges. O número 28 cria a palavra KoaH, que significa poder. Nesse sentido, as mãos são complementares e ambas representam as polaridades (positiva e negativa) do ser humano. Por outro lado, 28 é o Valor Secreto de 7 (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7). E duas mãos unidas (oração) equivalem a UM. Sanctus, Sanctus, Sanctus... Dominus Deus... Pleni sunt Coeli et Terra. Gloria Tua. Hosanna in Excelsis. Benedictus qui Venit in Nomine Domine. Hosanna in Excelsis. DaLeT.

 

         


 

ORAÇÃO

 

       Mas, quando Vergílo afirmou que o Universo está alicerçado em números ímpares, mais um exemplo da insubstituível importância dos números deve ser apreciado. O triângulo baseado no número 37 (trinta e sete) apresenta a soma dos seus lados igual a 111 (cento e onze). Este número crístico – segundo Raymond Bernard – simboliza o limite que um ser humano pode alcançar ao longo da vida. É nesse sentido o NÚMERO DO CUMPRIMENTO. E, novamente, recorda–se que a adição teosófica de 111 é 3 (111 = 1 + 1 + 1 = 3). Mas o 7... E 7 x 111 = 777. 111, por outro lado, é a Cifra da Unidade, pois equivale ao valor total dos componentes da letra ALeF, ou seja: 1 + 30 + 80 = 111. 111, por último, é o valor da Constante Planetária do Sol. ABRACADABRA.

 

ALePh = 111 = 3 = 1


       Dois mil anos se passaram. A mensagem crístico–alquímica do AMOR foi ensinada e esquecida. A Humanidade dormiu sobre livros, teorias, sistemas, ideologias, preconceitos, disputas, ódios e falsos dogmas. Nunca se deu ao cuidado de avaliar criticamente o conteúdo das Atas do Segundo Concílio de Constantinopla1. As apócopes impostas por Justiniano instrumentalizaram o processo de restrição ao conhecimento e à verdadeira luz (LLUZ) do Cristianismo Gnóstico. Afirmaram seu egocêntrico e presumido poder pessoal e beneficiaram (se se puder pensar em algum tipo de benefício) tão–só o poder temporal da Igreja, já então em franco processo de catolicização e patente perda de cristicização. Isto, quanto à igreja exotérica, bem entendido. De concílio em concílio a Religião Católica Romana transformou seu conteúdo primordial (Iniciático e Esotérico) em um conjunto de dogmas absurdos, acachapantes e sesquipedais conduzindo seus confrades, infelizmente, a um limbo de ignorância e de privilégios presumidos. Já nem mais se conhece o Tantum Ergo2. E o Introibo ad altare Dei, ad Deum qui lætificat juventutem meum
se materializou e se transfigurou em introibo ad altare sanctæ ignorantia . Que dizer das escorchadoras indulgências plenárias? E dos escapulários? Todos saben o porquê de terem sido fabricados. O próprio dízimo (Lei de AMRA) é explorado grotescamente da forma mais vil. Alguém poderá criticar o nascimento do Protestantismo? Kyrie Eleison! Lamentavelmente ou impossibilitadamente, o Concílio Vaticano II não tocou no essencial, e os papas que sucederam a João XXIII nada fizeram para dilatar as propostas do Papa Iniciado. João Paulo I foi uma esperança que sorriu e desapareceu misteriosamente. Como se pronunciou Goethe não há nada mais terrível do que uma ignorância ativa! Mas que não se esqueça jamais: há uma IGREJA OCULTA. JOANITA. Ativa, Perpétua e Iniciática. Karl Von Eckartshausen (1743–1795) fez referência à ela: ... a IGREJA INTERNA é a ligação física e espiritual do Homem ao CRISTO.

       Nunca se apercebeu, por outro lado, essa mesma Humanidade, do conteúdo Alquímico e profundamente esotérico da Divina Comédia. Nunca compreendeu mesmo o aspecto iniciático da Doutrina transmitida por Jesus, ou transmitida em seu Nome. E em nome Dele e de Sua Doutrina (se Jesus existiu fisicamente ou não é irrelevante; relevantes são os aspectos doutrinários e puros do Cristianismo Gnóstico) produziu e creu (porque quis crer e quis produzir) em toda a sorte de infantilidades, falsos moralismos e quimeras. As abstrações metafísicas são realmente difíceis, e, para muitos, inalcançáveis. Enfim, dormiu por dois mil anos. Viveu em uma espécie de limbus insensibilis. Acabou por se tornar uma insensibilis creatura. A título de recordação: o limbo só nasceu teologicamente alguns séculos após a instalação do Catolicismo!

 

 

       Eu não posso continuar estas elucubrações sem transcrever a resposta que deu o senhor Orlando Fedeli a uma preocupada senhora — que diz possuir escolaridade superior completa — que lhe perguntou: GOSTARIA DE SABER O QUE SIGNIFICA A PALAVRA 'LIMBO', SE POSSÍVEL, COM DETALHES. O senhor Fedeli respondeu: Limbo é o nome do lugar para onde vão as almas das crianças que morrem sem Batismo e antes de ter o uso da razão. É claro que esses bebês – não tendo o uso da razão não têm pecados pessoais, e, portanto, não podem ir para o inferno. Mas, como não receberam o Batismo, suas almas não tiveram perdoado o pecado original com que todo homem nasce. Só quem é batizado tem a culpa original perdoada e, por isso, tem a possibilidade de ir para o céu. Pois disse Nosso Senhor Jesus Cristo: "Quem não renascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no reino de Deus" (Jo. III, 3 e 5). E renascer aí, só pode significar renascer espiritualmente na graça de Deus e não reecarnar–se (sic), pois está escrito na Bíblia: "Está decretado que os homens morrem uma só vez". (Heb. IX, 27). In Corde Jesu, semper, Orlando Fedeli. É claro que esses bebês... Pecado original com que todo homem nasce.... Culpa original perdoada... Inferno... Pode uma explicação dessas ter alguma consistência? O pior é que as pessoas acreditam nessas barbaridades prisionais. Pior, ainda, é porque vivem em um limbo de ignorância e não querem sair dele. Como esse próprio senhor Fedeli. Ai de quem quiser tirá–las de lá! Eu só gostaria de saber que detalhes essa bem–intencionada senhora gostaria de saber a respeito do limbo. Com o senhor Fedeli só aprenderá tolices. Se ela foi batizada, ela não vai para lá, segundo sua religião. Então, só pode ser por curiosidade que não leva a limbo nenhum, além de fixá–la cada vez mais naquele limbo desejado, amamentado e pessoal em que ela já está metida. Minha definição de limbo é: Lugar inexistente inventado para, autoritária e maldosamente, acorrentar os seres humanos que acreditam nessas tolices, ao despotismo teológico usurpador, mesquinho, vil, inquisitorial, retrógrado, estupidificante, esquizofrênico, fraudador da LLUZ e muito fedorento. Mas, não posso deixar de desejar Paz e Luz ao senhor Fedeli e a todos que, desconhecendo, querem Conhecer. PAZ e LLUZ.

 

 

       Destes comentários, o que parece ser incontestável, é que todos os moralismos são estéreis e hipócritas. A virtude pela virtude é inócua. MAIS VALE UM PECADOR ARREPENDIDO E CONVERSO DO QUE UM SANTO PRESUMIDO E INCONSCIENTE. Eu acredito piamente nisso. Entretanto, voltando a Constantinopla, foi nesta Cidade invadida pelos cruzados, que em 1096 d.C. foram lançadas as bases Daquilo que em 1118 (vinte e dois anos depois), tornar–se–ia, em Jerusalém, a Ordem do Templo, para morrer (dormir) em 1314. Três pontos devem ser apontados para reflexão: 1º) a adição teosófica de 1118 é igual a 11; 2º) a adição teosófica de 1314 é igual a 9; e 3º) a vida pública da Ordem do Templo foi de 196 anos, ou seja, 28 períodos (ou ciclos) de 7 anos. A Ordem do Templo viria a ser reinstalada em 1962. 1314 + (6 x 108). Crypta Ferrata... Raymond Bernard, um Companheiro, um Cardeal... A Ordem do Templo jamais morreu. Entretanto, muitas religiões que se pensam vivas, mortas estão. Bem–aventurados os que se libertaram, porque morrendo, nasceram... Arcano XIII do Tarô... Hoje, a ORDEM SAGRADA DO TEMPLO INICIÁTICO – OSTI...

       Por tudo que foi argumentado até esta linha, parece ficar evidente, smj, que nem a Filosofia pode continuar a pensar sozinha os desdobramentos da enteléquia, nem a Ciência pode dar a última palavra em relação a nada. E as duas já não podem mais desprezar nem a Alquimia nem a Tradição Iniciática. Pelo menos não devem. Não no milênio que chega. Não no Terceiro Milênio desta Era Mental de Aquarius. O conhecimento requer o acordo atual ou atualizável – como enfatizou Leonardo Coimbra – de todos os pensamentos. Os cientistas–filósofos do milênio que nasceu acabarão por apoiar suas pesquisas e conclusões filosófico–científicas em suportes estritamente éticos, não dispensando, como fizeram até hoje, os SEGREDOS da ARTE–CIÊNCIA e do ESOTERISMO INICIÁTICO, tendo como meta primacial, portanto insubstituível e inegociável, o BEM DA HUMANIDADE. Se estes vinte séculos que se concluíram recentemente, caracterizaram–se por um sono vanglorioso e pela produção de teorias tolas e de sistemas incompletos, e até, muitas vezes, inverossímeis, os próximos dois mil anos que se seguirão, talvez, venham, em um primeiro momento, a unificar as várias teodicéias, para, depois, compatibilizá–las com a ciência e com a Alquimia. Se isto é um sonho impossível, não importa, continuarei a sonhar.

       Mas, penso que enquanto prevalecerem tipos inconciliáveis de razão (razão filosófica, razão científica, razão alquímica, presumida razão teológica etc.), qualquer análise acabará por produzir sempre um absurdo – uma razão irracional – porque qualquer razão isolada, estanque, é incompleta e insubsistente. A Princesa Adormecida, entretanto, está acordando. E o Príncipe que já a está a beijar encontra–se nu e sem adornos. As mais belas jóias e os mais sagrados selos de sua autenticidade ele os traz em seu coração. Em sua mão direita há um pergaminho com uma espiral no centro da qual, em letras douradas, está inscrita a frase: EU SOU A LUZ. E, quando Príncipe e Princesa compreenderem e realizarem a UNIDADE, iluminados perceberão que o ser representa, neste Plano Terra, o Centrum & Miraculum Mundi, e que a VIDA escolheu o melhor para sua manifestação. Assim, deseja–se prever e propor para bem próximo:

a) Teodicéia1 + Teodicéia2 + ... + Teodicéian —› TEODICÉIA

b) TEODICÉIA + Ciência + Filosofia + Alquimia —› YN–RI —› TEOCIENTISMO DIALÓGICO (TEOCIÊNCIA DIALÓGICA ou TEOCIENTIFICISMO DIALÓGICO3)

       E assim nascerá uma nova classe de pensadores: os TEOCIENTISTAS. A salvaguarda da Humanidade acontecerá pela (re)aquisição de um conhecimento superior, percebido e difundido nesta diástole cósmica por MELQUISEDEQUE, do qual as fraternidades iniciáticas, os remanescentes dos atlantes e as igrejas ocultas foram e são fiéis depositários. E quando, descuidadamente, se pensa que determinada Ordem ou Agremiação Iniciática desapareceu ou foi extinta, muitas vezes, apenas, entrou em dormência ou se deixou publicamente apagar. A Ordem do Templo (Templários), anteriormente mencionada, é um exemplo marcante deste mistério. Nascida em 1118, morre (?) em 1314. Jacques de Molay – último Grande Mestre da Ordem – supliciado pela inconsistência de caráter de Felipe, o Formoso (que nada tinha de formoso), e com o covarde beneplácito de Clemente V, o Papa submisso, foi o 22º Hierofante de um Egrégore que se retirava pela segunda vez4. A primeira dormência ocorreu após a transição de Amenhotep IV — AKHNATON.
 

AKHNATON

 

     Seiscentos e quarenta e oito anos depois da segunda dormência – isto é, seis vezes cento e oito anos – a Ordem é reativada e reinstalada... Abadia de São Nilo... Grottaferrata... Raymond Bernard, um companheiro de jornada e... o Cardeal Branco. Três candelabros flamejantes... Oremus charessimi fratres... GRAAL... PALAVRA, LUZ e VIDA! Não se pode deixar de fazer referência ainda ao fato de que a Ordem do Templo sempre esteve identificada com a ORDEM do GRAAL, que é a expressão da ORDEM de MELQUISEDEQUE, sendo, esta última, permanência e universalidade.
 

Grottaferrata

 

       Por outro lado, o número 108 (cento e oito) oculta dois aspectos esotéricos únicos na Tradição. É quatro vezes o número 27 (4 x 27 = 108). E, por isso, deve–se reexaminar Platão. Já sua adição teosófica é igual a 9 (108 = 1 + 0 + 8 = 9). E, por isso, deve–se estudar o lado oculto da nona chapa do Tarô – o Eremita. 108 x 2 = 216 = 63. O S T I.

       Afinal, como e quando se poderia imaginar que um dia se chegaria a descobrir que a massa de uma partícula aumenta com a velocidade, que massa e energia (neste Plano) são intrinsecamente a mesma coisa, que a medida do tempo efetuada por dois observadores distintos, que se encontrem em movimento relativo um em relação ao outro, dependerá deste, mesmo no caso em que utilizem o mesmo relógio ou relógios idênticos para realizá–la (a medida), e que o comprimento medido de um objeto (por exemplo, uma vareta de aço) é menor, quando esta se desloca paralelamente ao seu comprimento relativamente a um observador, que esteja em repouso (dilatação espaço–tempo)? O fato inconteste é que, todos nós, somos absolutamente limitados pelo espaço ao qual estamos prisioneiros, e completamente ignorantes sobre o que possa ser o tempo que julgamos ter existência real. Hoje, por exemplo, é sabido que as árvores expressam seu próprio calendário e que os golfinhos e outras criaturas têm seus próprios meios de internalizar seus calendários como uma medida de tempo. Quem sabe o autoritarismo da Igreja Católica permita um dia que voltemos ao Calendário dos Antigos com 13 meses de 28 dias, ou seja, treze luas de 28 dias. TREZE. E mais: um verdadeiro calendário teria que levar em conta o relacionamento entre os seres vivos e a Terra, a Lua, o Sol e as galáxias, como era praticado na pré–história, já que o tempo é um processo de harmonização mental com todo o Cosmos. Haveremos de aprender e de realizar misticamente que não existe um lapso de tempo que possa ser entendido como atual e que considere passado, presente e futuro. TUDO É UM. Revisitando, então, com prazer, Santo Agostinho, recordo:

 

PRESENTE DO PASSADO  =  PRESENTE DO PRESENTE  =  PRESENTE DO FUTURO    TUDO É UM


 

28  x  13  =  364 dias
365  –  364  =  1 DIA
Este DIA  =  DIA fora do TEMPO
Este DIA  –›  Meditação e Agradecimento

 

       Se massa e energia são interconversíveis e se espaço, tempo, massa e energia não podem mais ser trabalhados isoladamente, ato e potência, como entidades distintas, individuais, contemplam um equívoco da compreensão noética. E a própria compreensão ilusória da transcendência de Deus é o mais pernicioso e entravante obstáculo à harmonização universal. É exatamente essa perniciosa (in)comprrensão que produziu e vem produzindo os horrores e os terrores que estamos assistindo no mundo contemporâneo. Deus–guerra, deus–petróleo, deus–neoliberalismo, deus–meu, deus–teu, deus–deles etc. Repetindo:
 

Deus–guerra, deus–petróleo, deus–neoliberalismo, deus–meu, deus–teu, deus–deles etc.  =  DEUS (IN)EXISTENTE como Atualidade Universal

 

       O que é ato em um instante poderá ser (e será) potência em outro. E vice–versa. Na verdade coexistem. E assim, ato e potência são uma unidade, só percebida como dualidade pelos instantes aparentemente isolados ou distintos que os sentidos produzem na consciência objetiva (Mânvântâra e Prâlâya ou Paranirvana). Daí derivam, sobremaneira, as categorias de mal e de bem, e todos os equívocos estabelecidos nos mais variados códigos. Daí, o escorregão de Sampaio Bruno. Daí as manias teológicas multifacetadas. Quando for realizado pelo ser que ele e Deus são UM (unidade cósmica), com humildade este ser sentirá e reproduzirá as palavras de Jesus: Eu e o Pai Somos Um. Perceberá de imediato a superlativa e intransferível responsabilidade deste Conhecimento, e se saberá senhor e responsável por suas alegrias e dores, debitando só a si as perdas e os erros cometidos, e passando a atuar em uma esfera de consciência cuja Lei exclusiva é a Justiça. GeBURaH. Desgraçados os que sabem, podem e devem, e não fazem. Mais desgraçados os que não aceitam ser auxiliados. A HUMILDADE é o primeiro passo na reconciliação do ser consigo, com o outro e com a Divindade in corde.

       Relativisticamente, espaço e tempo formam um contínuo espaço–tempo quadridimensional: comprimento, largura, altura (ou espessura) e uma dimensão do tempo (freqüência). De outro modo, espaço e tempo são relativos e formam uma conexão (x, y, z, t). Assim, sob o aspecto relativista, o exemplo dado ao na Parte I deste duplo trabalho (x, y, z) está, sob esta ótica, equivocado e ultrapassado, porque a dimensão freqüencial – que é a que permite as manifestações das outras três – não pode ser desprezada, e em realidade, deve, obrigatoriamente, ser considerada a primeira. Entretanto, é preciso ficar claro que não será possível medir a matéria e as manifestações do Plano Terra se não de três maneiras, enquanto os recursos cósmicos de medida forem os disponíveis e o homem for do jeito que é. Desde que a noção de medida surgiu na mente do homem – e esta noção prevalece até os dias de hoje – ela nunca pôde deixar de ser aplicada relativamente às três possibilidades percebidas ou sentidas: comprimento, largura e espessura.

       O século XX também foi o século, no qual, pela primeira vez, uma Experiência Alquímica foi demonstrada publicamente para tantas pessoas ao mesmo tempo, inclusive sob a vigilância da imprensa. O autor dessa proeza foi o 1° Imperator dos Rosacruzes (da AMORC) para este Ciclo de Atividades, Dr. Harvey Spencer LewisSâr Alden.



Harvey Spencer Lewis – Sâr Alden

Harvey Spencer Lewis – Sâr Alden

 

       O século XX, da mesma forma, assistiu aos efeitos benéficos (aplicações em medicina, química, engenharia, agricultura, pesquisa etc.) e aos maléficos (militarismo) da energia nuclear. Este último século do milênio, fronteira da Era de Peixes com a de Aquarius (5 de Fevereiro de 1962), foi o século das contradições, ou melhor, da síntese de todas as contradições. A dita e festejada razão irracionalizou–se ao limite do absurdo. Mas será deste lodo e desta lama que brotarão a rosa mais bela e o lótus mais esperado. Muito sucintamente – talvez se deva repetir – tudo se explica pelo fato de que seis signos zodiacais são preponderantemente negativos e seis são majoritariamente positivos. Pisces era um signo negativo, e assim a LUZ se ocultou. Aquarius é um signo positivo. Neste sentido, a LUZ está–se desocultando. A própria Internet está facilitando este desocultamento.

 

http://svmmvmbonvm.org

 

       Por tudo o que se viu, Alquimia, Física Nuclear e Relatividade têm muito em comum. Inclusive a própria dificuldade em serem compreendidas. Que aconteceria, por exemplo, na época prevalecente da infamíssima Inquisição, se um incauto afirmasse que massa e energia são interconversíveis, e que 1 (um) grama equivale a 9 x 1016 (nove vezes dez elevado a dezesseis) Joules? Ou que uma viagem de quinze minutos de ida e volta à Terra, a uma velocidade próxima da velocidade da luz (3 x 108 m.s1), equivale, mais ou menos, a 200 (duzentos) anos do tempo terreno? E que o Ilustre Santo Tomás, se estivesse viajando em um foguete intergaláctico a uma velocidade de 0,86c (oitenta e seis por cento da velocidade da luz), teria a massa do seu rotundo corpo duplicada, seu tamanho reduzido e sua silhueta deformada, se observado por um frade que estivesse em repouso, em uma abadia medieval, em relação à nave? Certamente, após acusação de heresia, prisão, constrangimentos, tortura e fogueira. Por aqueles tempos o simples ato de rir ou de sorrir era mal recebido no perímetro dos mosteiros. O filme O Nome da Rosa mostra isso muito bem! Mas, em realidade, o que aumenta com a velocidade é a massa inercial. Quanto maior a velocidade, maior será a inércia, ou seja, mais difícil se torna a variação de velocidade.

       Mas, se, por outro lado, algum sisudo cientista anunciasse que conhecia, por exemplo, as técnicas da gamagrafia, do transporte fotônico, da telefonia convencional ou celular (analógica ou digital) ou da marcação radioisotópica, não teria menos sorte. Cana e fogueira. O pensamento, tutelado por uma compreensão francamente teológico–autoritária, chumbou a Humanidade por séculos. Nunca houve escravidão pior do que essa. Queimou–se de tudo, menos a LLUZ. Conspirou–se contra tudo, mas a Tradição escapou ilesa, porque há uma verdade que pode surpreender aos mais sinceros e devotados buscadores: A TRADIÇÃO NÃO SE SERVE DE NENHUM VEÍCULO E NÃO SE MANIFESTA EM NENHUM. A TRADIÇÃO não pertence às organizações humanas (iniciáticas ou não), e, ainda que autênticas, são apenas vias que auxiliam o acesso à TRADIÇÃO PRIMORDIAL. A GRANDE LOJA BRANCA independe de Fraternidades. Quando as ampara é apenas para o BEM dos homens. Só isso. Agora, pensar ilusoriamente que os Mestres Ascensionados andam fazendo contatos com humanos aqui e ali, é uma toleima sem amparo cósmico e uma forma de iludir e de dominar os incautos. Devemos meditar muito sobre isso para não cairmos nessas esparrelas eletrônicas que pululam na Internet como uma represa colhada de peixes.


       Giordano Bruno conheceu de perto a dor e experimentou vergonha e suplício por contraditar o establishment teológico vigente. Joana d’Arc também. Ambos foram calcinados. Não abjuraram. Cunha Seixas, por causa do seu Pantiteísmo, por um lado sofreu o desprezo da Igreja Católica e de seus confrades, e por outro foi execrado e excluído pelos positivistas de plantão. Sempre os velhos preconceituosos positivistas. Leonardo Coimbra era criticado e alcunhado de filósofo do cousismo. E os heterônimos pessoanos nunca foram devidamente apreciados. Eros e Psique e O Encoberto ainda estão por ser decifrados e compreendidos. Camilo Castelo Branco, por não possuir argumentos consistentes para impugnar o Deísmo Racionalista da Amorim Vianna, humilhava–o com críticas irracionais, preconceituosas e perversas por causa de suas fraquezas etílicas. Eu não conheço nenhum português que não goste de um bom Porto e de uma bagaceira. Fraquezas etílicas? E Domingos Tarrozo, que aos vinte e um anos divulgou seu monismo existencialista através da obra Filosofia da Existência é, salvo mudanças muito recentes, considerado um filósofo menor em Portugal. De passagem: há filósofos menores? A atenção mais elogiosa que recebeu Tarrozo enquanto viveu foi de Cunha Seixas, que lhe dedicou quarenta e seis artigos. Foi um fala–só reconhecendo, ainda que discordando, o esforço intelectual de outro fala–sozinho. Mas, falaram... E, escreveram... Como eu, que sei que nada sei, mas que quero, com estes textos, auxiliar a minorar a ignorância e a dor da Humanidade. Pai... Pai... Pai. Perdai a todos. Não sabem o que estão fazendo.

Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco
(Passe o mouse em cima do Camilo)
 

       Galileu Galilei (1564–1642), acusado de heresia, mentiu (?!) e saldou seus débitos com a Inquisição, recebendo como compensação uma censura branda. Do site infracitado, reproduzem–se abaixo o retrato e a abjuração de Galileu, esta proferida de joelhos, por ordem do Papa Urbano VIII, em 1633. É preciso repetir e digitar em caixa alta e em negrito: DE JOELHOS.

 

Galileu versus Papa Urbano VIII

Galileu versus Papa Urbano VIII
http://www.internext.com.br/valois/pena/1633.htm
(Passe o mouse sobre Galileu e aparecerá em uma imagem cambiável o seu algoz)

   

       
ABJURAÇÃO DE GALILEU


       Eu, Galileu Galilei, filho do falecido Vicente Galilei, de Florença, com 70 anos de idade, tendo sido trazido pessoalmente ao julgamento e ajoelhando–me diante de vós, eminentíssimos e reverendíssimos Cardeais Inquisidores–Gerais da Comunidade Cristã Universal contra a depravação herética, tendo frente a meus olhos os Santos Evangelhos, que toco com minhas próprias mãos; juro que sempre acreditei e, com o auxílio de Deus, acreditarei ne futuro, em cada artigo que a sagrada Igreja Católica de Roma sustenta, ensina e prega. Mas, porque este Sagrado Ofício ordenou–me que abandonasse completamente a falsa opinião — a qual sustenta que o Sol é o centro do mundo e imóvel — e proíbe abraçar, defender ou ensinar de qualquer modo a dita falsa doutrina
[...] Eu desejo remover da mente de Vossas Eminências e da de cada cristão católico esta suspeita corretamente concebida contra mim; portanto, com sinceridade de coração e verdadeira fé, abjuro, maldigo e detesto os ditos erros e heresias, e em geral todos os outros erros e seitas contrários à dita Santa Igreja; e eu juro que nunca mais no futuro direi, ou afirmarei nada, verbalmente ou por escrito, que possa levantar semelhante suspeita contra mim; mas, se eu vier a conhecer qualquer herege ou qualquer suspeito de heresia, eu o denunciarei a este Santo Ofício ou ao Inquisidor Ordinário do lugar onde eu estiver. Juro, além disso, e prometo que cumprirei e observarei todas as penitências que me foram ou sejam impostas por este Santo Ofício. Entretanto, se, por acaso, eu vier a violar qualquer uma de minhas ditas promessas, juramentos e protestos (o que Deus não permitiria), sujeitar–me–ei a todas as penas e punições que forem decretadas e promulgadas pelos sagrados cânones e outras constituições gerais e particulares contra delinqüentes assim descritos. Portanto, com a ajuda de Deus e de seus Santos Evangelhos, que eu toco com minhas mãos, eu, abaixo assinado, Galileu Galilei, abjurei, jurei, prometi e me obriguei moralmente ao que está acima citado; e, em fé de que, com minha própria mão, assinei este manuscrito de minha abjuração, o qual eu recitei palavra por palavra.


      Ao se retirar do tribunal, pronunciou a conhecida e famosa frase: E pur si muove!, cuja tradução é:     Faleceu cego, abandonado e declarado maldito pela Igreja. Em 8 de Janeiro de 1642, cercado apenas de alguns amigos íntimos e de discípulos fiéis, partiu para a GRANDE INICIAÇÃO. Em 1980, o Papa João Paulo II, consciente dos absurdos histórico e científico praticados contra Galileu, determinou o reexame do processo fedorentíssimo que o silenciara. Em 1983, 341 anos depois de seu falecimento, a mesma Igreja que o calou, após reestudar os autos, declarou sua absolvição, eliminando, assim, os últimos traços de resistência, por parte da Cúria Romana, à Teoria Heliocêntrica. Galileu foi uma Luz que o tempo humano não conseguiu apagar.

 

E Pur Si Muove

Tema: E Pur Si Muove
http://jvotaw.tripod.com/taglines.html


       A princesa ainda ressona, mas, como se afirmou, um pouco atrás, o príncipe já está se avizinhando. Que surpresa não terá ao verificar que ela e o príncipe sempre foram um? E o próprio príncipe e a própria princesa, despojados, então, de suas vestes, sentir–se–ão, ainda que estranhos na nova condição de androginia universal, livres para especular em domínios que antes lhes eram vedados, dadas as suas condições pseudo–hetero–universais. O casamento alquímico, mais do que entre corpo e alma, é o do ser com sua contraparte cósmica presente em si mesmo. Assim Sol e Lua, Enxofre e Mercúrio, Príncipe e Princesa, têm na Alquimia Interna Transcendental a possibilidade última de plena expressão cósmica, cuja diplomação (e último estágio) é a UNIÃO COM O TODO, COM O SER, COM DEUS. Intra corde.

       Que não se pense ou interprete que tal experiência possa se dar no plano físico ou com os sentidos objetivos. Não poderá. Este é o plano da divisão. Este é o plano da manifestação individual e da entropia. Abelardo e Heloísa foram dois. Dante e Beatriz dois foram. Romeu e Julieta representam essa dupla polaridade. Suas respectivas princesas e seus príncipes respectivos haverão de ser encontrados em um estágio outro que não o da humana e singular manifestação. Mas o beijo é o sinal. O casamento é o selo. A androginia o princípio de um novo caminho. IeSOD. E O CAMINHO SÓ SERÁ TRILHADO NO PLANO OU DIMENSÃO DO INTELECTO PURO PELA VIA TRANSNOÉTICA DA MEDITAÇÃO E DA HARMONIZAÇÃO CÓSMICA. AUM... AUM... AUM... Em Atalanta Fugiens, emblema XXI, Michael Maier escreveu: Faze um círculo, de um homem e de uma mulher; daí um quadrado; daí um triângulo; depois um círculo, e terás a Pedra Filosofal. E Jung falou: Em alguma parte, alguma vez, houve uma Flor, uma Pedra, um Cristal; uma Rainha, um Rei, um Palácio; um Amado e uma Amada, há muito tempo, no Mar, numa Ilha, há cinco mil anos... É o Amor, é a Flor Mística da Alma, é o Centro, é o Si–Mesmo... (Maiúsculas e grifos meus) Qualquer interpretação, todavia, do que foi afirmado, que se incline para o esdrúxulo conceito de alma gêmea, constituiu–se em deturpação desta Lei. A propósito, Ralph Maxwell Lewis escreveu: a fantasia de uma ‘alma gêmea’ é um conceito contrário à religião instituída, à metafísica fundamental e à filosofia mística. O que não se pode denegar é que apenas em MaLKhUTh o ser é duplo. Duplo no sentido de partição – Adão do Mundo da Ação (WShIaH). O trabalho disponibilizado neste sitePerpetuando a Tadição – aborda esse tema de maneira um pouco mais ampliada.

       Por todas essas lucubrações, verberar contra a Relatividade, hoje, constitui–se um ato de insanidade. Vociferar contra a Alquimia, por outro lado, ato trevoso que nem sequer necessita de ousadia. Presentemente, a Alquimia é ainda considerada, não por todos, mas pelos cegos, como uma farsa antinocional ou antiintelectual. Mas, pergunta–se: quem condenaria hoje Giordano Bruno e Galileu? S. João da Cruz (1542–1591), trezentos anos depois de Santo António, referiu–se à noche oscura, e contemporaneamente, tem suscitado o interesse de diversos pensadores como H. Bergson e J. Maritain.

 

Noite Negra
 

       O que ontem era, muitas vezes, considerado nefelibatismo ou sacrilégio, brevemente poderá entrar na ordem do dia de interesses variados. O próprio entendimento da Humanidade do sentido da Hierarquia Celestial está saindo do domínio exclusivamente teológico para um plano de compreensão superior, já se podendo sentir (usufruir) as influências da tríade Netuno, Urano e Plutão, outra representação para o número TRÊS.

       E, assim, que seja lícito e tolerado contemplar a possibilidade de que esteja reservado à Humanidade um TEMPO TEOCIENTÍFICO, no qual o ser humano possa vir a ter domínio controlado e absoluto sobre os binômios massa–energia e espaço–tempo (realmente uma conexão quadridimensional), bem como sobre a tríade ENXOFRE–MERCÚRIO–SAL, para que possa realizar integralmente na Terra o PARAÍSO com o qual sempre sonhou. Os segredos da gravitação já estão quase todos descobertos. A Teoria das Cordas tem oferecido novidades. Mas, precisamos compreender intestinamente a Lei do Fractal.

 

FRACTAL


       Talvez, quem sabe, as chaves de todos os mistérios e segredos estejam na velha – mas eterna – LEI DO TRIÂNGULO, no multimilenar conhecimento MÍSTICO–ALQUÍMICO–TEOSÓFICO–ANTROPOSÓFICO e na recentemente desocultada expressão einsteiniana E = mc2. Em outras palvras: A energia produz um aumento na massa porque tem inércia, ou seja, a energia possui massa. Por isso, uma mola comprimida apresenta um aumento em sua massa, já que a energia não "desaparece" na compressão da mola.


  Mola

 

       As Fraternidades Iniciáticas Autênticas aguardam. Mas é necessário haver mérito! Não adiante tão–só bater na porta... Entretanto, no âmbito da Relatividade, por exemplo, em temperaturas diferentes, uma mesma quantidade de matéria possuirá massas diferentes. 1 kg de água a 3 º C e a 93 º C terá massas diversas. A variação de massa é de 0, 000000000004 kg. Haverá variação de massa no corpo físico de um ser em projeção psíquica? Qula será a importância desse Conhecimento?

       Talvez, o esforço para a compreensão–sensação de Deus (ou da Consciência Cósmica) oportunize ao ser humano a certeza de que contingência e necessidade só prosperam em sua equivocada dialética (!?), e de que ambas sejam uma só e a mesma coisa. O Universo é; não foi ou esteve, nem será ou estará. O que hoje se apresenta aparentemente como contingente, o faz apenas na forma, não na essência, e o que determina a variação das coisas é apenas o teor vibratório de cada coisa em si e a Lei da Entropia. A física reconhece presentemente que o Universo é homogêneo e isótropo, e as leis físicas hoje conhecidas parecem servi–lo em todos os seus quadrantes, desde que sejam semelhantes. Imaginar manifestações entrópicas no Plano da Luz Eterna é impensável. Este é mais um argumento em favor da UNIDADE, pois entropia e neguentropia não se anulam. O que tende à entropia hoje, amanhã poderá se neguentrópico, e depois de amanhã certamente será. Ainda que se possa argüir que a gravidade não é a mesma em todos os pontos, e que, por exemplo, os buracos negros contrariem todo e qualquer sentido de preservação, TUDO NO UNIVERSO FUNCIONA HARMONICAMENTE. Não existe fortuitidade no(s) universo(s); ainda que não esteja lá muito correta a afirmação seguinte, fortuita é nossa ignorância das Leis Universais. O Universo é como o próprio corpo humano no qual cada órgão tem uma função. E nem pelo fato de os olhos servirem como veículo para o sentido da visão e os ouvidos para a audição, este mesmo corpo, por isso, seja desarmônico ou desequilibrado. Assim, por exemplo, o ouvido esquerdo, o olho esquerdo e a narina esquerda equilibram–se harmoniosamente com o ouvido direito, o olho direito e a narina direita, e o fiel deste esotérico equilíbrio é a boca. E novamente o 7 se faz presente. Por outro lado, se alguma coisa entra no corpo, algo é anabolizado e o que sobra é catabolizado. Todo o(s) Universo(s) funciona(m) assim. O que não presta é reciclado, sem, todavia, haver perda ou diminuição do Todo Cósmico ou da Essência que O suporta. Os cientistas haverão de, muito brevemente, compatibilizar as leis físicas, e reduzi–las sucessivamente. Planck e Einstein – Teoria Quântica e Relatividade – serão entendidos como uma coisa só. Aliás, o Princípio de Analogia, que será examinado adiante, baseou–se nessas duas Teorias. O que está faltando é a aplicação consciente da LEI DO TRIÂNGULO a todas as questões que estimulam e desafiam a pesquisa humana. E a própria Teoria Atômica acabará por ser reduzida, conforme já se previu, a duas partículas: uma positiva e outra negativa, de tal sorte que a diferenciação estará apenas no número de vibrações por unidade de tempo. Repetir nunca é demais.

       E um dia (quem poderá dizer qual?) a ciência compreenderá que 144 (cento e quarenta e quatro) é o número de elementos químicos existentes no Universo: (7 + 5) x 12 = 144. Em outros termos: 122 = 144. E o elemento, cujo número atômico é 144, poderá estar localizado (considerando–se a Tabela Periódica atual) no grupo II B junto com o zinco, o cádmio, o mercúrio e o elemento de número atômico 112 (Unúmbio, Uub). Parece que o elemento mais recentemente descoberto, smj, é o Ununóctio, Uuo [descoberto em 1999; número atômico Z = 118; distribuição eletrônica por níveis 2)8)18)32)32)18)8)]. Há, todavia, um ponto de interrogação: será que as condições médias de temperatura e de pressão deste Planeta permitirão que se descubram e/ou se sintetizem todos os elementos? E se forem todos artificialmente sintetizados, quais serão suas vidas–médias e suas meias–vidas? E ainda: quais serão suas utilidades e suas aplicações? É preciso esperar, pesquisar e orar! Entretanto, os cientistas que pesquisam levando em consideração os multisseculares Princípios Rosacruzes estão cada vez mais convencidos de que, em a Natureza, existem 144 (cento e quarenta e quatro) átomos distintos. Isto significa que há 144 números atômicos diferentes, ou seja, átomos que podem, no limite, possuir 144 prótons e 144 elétrons. Este conhecimento está, minimamente, relacionado com o ciclo (completo) encarnação–desencarnação–reencarnação e com o número de oitavas existentes no Teclado Cósmico. Por outro lado, até a presente data, para a ciência contemporânea, apenas 92 (noventa e dois) elementos são considerados como naturais. Todos os outros foram obtidos artificialmente em laboratório, com meias–vidas, em geral, da ordem de frações do segundo. Uma pergunta se impõe: E os outros 52 (144 – 92) elementos universais? Quando se disse um pouco mais acima que o elemento cujo número atômico é 144 poderá estar localizado (considerando–se a Tabela Periódica atual) no grupo II B junto com o zinco, o cádmio, o mercúrio e o elemento de número atômico 112 (Unúmbio, Uub), pode–se pensar, alternativamente, na possibilidade de este elemento se localizar à direita da Tabela Periódica dos Elementos, junto com o Ununóctio, que possui Z = 118, isto é, no grupo dos gases nobres (grupo 18). Elementos de um mesmo grupo possuem propriedades físicas e químicas semelhantes. Outra pergunta se impõe: Será possível nesta 5ª Raça Raiz desta 4ª Ronda que esses outros elementos naturais possam se manifestar? É preciso não esquecer de que, por exemplo, os raios cósmicos não têm, ainda, da parte da ciência: (a) uma definição exata de sua fonte; (b) a precisa influência que exercem sobre minérios, minerais, vegetais, animais e seres humanos; (c) a delimitação irretocável de sua natureza eletrônica. A energia dos raios cósmicos oscila, aproximadamente, entre 106 eV e 1020 eV; quanto menor é a energia deste tipo de radiação maior é a freqüência com que esta atinge a Terra. Os telescópios atuais, ainda que bastante precisos na determinação das características dos raios cósmicos que conseguem detetar, cobrem uma modesta parte do espectro de energia do Teclado Cósmico. Por isso, só conseguem perceber raios cósmicos de baixa energia. Um detetor com 1 m2 permite observar cerca de um único raio cósmico de 1012 eV/s. (1 eV corresponde à energia que uma carga de 1 C adquire quando é submetida a uma diferença de potencial de 1 V. No Sistema Internacional 1 eV = 1,6 x 1019 J); e (d) a compreensão físico–metafísica que desempenham no espaço sideral. Os Rosacruzes sabem que a natureza exata dos raios cósmicos transcende a possibilidade de serem compreendidos pelas leis da física contemporânea, e que é no nível das oitavas em que se manifestam que é possível ao ente cruzar a fronteira da subconsciência (ou consciência de si e do mundo objetivo) para o plano da CONSCIÊNCIA CONSCIENTE DA ATUALIDADE UNIVERSAL. Isto, entretanto, não significa que jamais a física e as ciências a ela correlatas não possam, um dia, alcançar uma compreensão concertada das dificuldades que hodiernamente ainda não foram superadas. Muito pelo contrário. Todas as Fraternidades Iniciáticas esperam por esse dia, no qual todos os teologismos acachapantes e autoritários serão substituídos por um tipo de Ateísmo Místico.

 

Ateísmo Místico

(Passe o mouse sobre o átomo)


       Pode–se, em seqüência, ainda acrescentar que, ao se construir um triângulo isósceles de tal sorte que a altura seja igual ao raio de um círculo, e cujo perímetro equivalha a duas vezes o perímetro da circunferência desse círculo, o ângulo interno maior do triângulo mede 144 graus, ou seja:


 

144

 


       Sabendo–se que cos 18º = 0, 951 e que cos 72º = 0, 309, as seguintes relações podem ser inferidas:

r  =  a cos 72

b  =  a cos 18

2 a  +  2 b  =  2.2 r

a  +  b  =  2 r

a2   =  b2  +  r2

       A PORTA dos TEMPLOS INICIÁTICOS antigos, quando possuía sobre seu marco retangular um frontão triangular, cujo ângulo superior é igual a 144º, expressa a Tri–Unidade, vale dizer, Unidade na Trindade. A relação aproximada entre os lados desse frontão é: a = 3, 236, b = 3,077, c = 6, 154, e r = 1, 000. Esta relação pode ser obtida com o concurso da geometria e da trigonometria.

 

CASTELO DE TANAY
CASTELO DE TANAY
(O ROSACRUZ, Agosto, 1978, p. 123)
Observar o frontão triangular deste Castelo do século XI, construído antes da Primeira Cruzada.


JARDIM DE GETSÊMANE
O JARDIM DE GETSÊMANE
(O ROSACRUZ, Agosto, 1979, p. 123)
Este jardim está localizado no sopé do Monte das Oliveiras e é reputado como o refúgio de Jesus e seus discípulos. Observar o frontão triangular da construção.

       Observa–se, por outro lado, que os dois outros ângulos são iguais (já que o triângulo é isósceles), e valem 18º cada um, cuja soma é igual a 36º. Algumas observações adicionais podem ser implementadas: a) os ângulos (principais, secundários, associados, complementares, suplementares e replementares) que aparecem nessa figura geométrica são: 342º, 216º, 162º, 144º, 126º, 108º, 90º, 72º, 36º e 18º; b) 18 representa a Lua, cuja constante planetária é 369. Observa–se que a adição deste número é igual a 18 e a redução equivale a 9. Se se multiplica 18 por 72 obtém–se 1296, cifra da frase RUaH KaDIM HaRIShITh [(200 + 6 + 8) + (100 + 4 + 10 + 40) + (8 + 200 + 10 + 300 + 10 + 400)] – vento oriental penetrante, que procede da origem. 18 ainda pode ser entendido como [(3 x 3).2]. Também está associado à palavra JaI (8 + 10), que significa vida –› seguir vivendo; c) 36 = [(23 + 33) + 1], ou seja, 36 equivale à incorporação de 1 (um) à cifra 35 (trinta e cinco); d) 36 são os decanatos zodiacais (3 x 12); e) 36 são, segundo os Vedas, o número de Tattvas; f) 36 são os justos que se encontram em cada geração – 36 Tzadikim (pilares de cada geração); g) o triângulo isósceles do frontão é formado por dois triângulos retângulos cujos ângulos são: 90º, 72º e 18º; h) 90 está associado à palavra água – MaIM (40 + 10 + 40) – que possui as mesmas cifras para os Valores Externo e Oculto, desse modo expressando uma dualidade em todos os níveis. As águas por cima são masculinas, e as águas por baixo são femininas (Gênese I, 1–9); i) 72 está vinculado aos 72 nomes divinos, oriundos de IEVE (10 + 15 + 21 + 26). Também está associado à palavra HeSeD (8 + 60 + 4), graça ou bondade; j) 108 pode ser entendido como 2 x 54, 3 x 36, 4 x 27, 6 x 18 ou 9 x 12. Está associado aos ciclos de atividade e de inatividade das Fraternidades Iniciáticas (108 anos); l) 126 está associado à beleza da palavra hebraica IaFO. O Valor Externo de IaFO é 96 (10 + 80 + 6) e seu Valor Athbash é 126 (40 + 6 + 80). Ao se somarem estes dois valores encontra–se 222 (96 + 126), conceito que também expressa a dualidade em todos os níveis; m) 1, 6 e 2 são os algarismos associados à palavra AUR, cujo valor é 207 (1 + 6 + 200), que representa a LUZ do ILIMITADO. 207 é também o valor das palavras AIN SOPh, ou seja, [(1 + 10 + 50) + (60 + 6 + 80)]. Com a cifra 207 podem–se construir as palavras Torrente, Claridade e Secreto, vale dizer, GDR (3 + 4 + 200), BHR (2 + 5 + 200) e RZ (200 + 7). A secreta torrente de claridade no seio do Ilimitado. Os algarismos 1, 6 e 2 também aparecem na palavra AUB (serpente), simbólica de força ou de energia. Caduceu. Esotericamente, o bastão do caduceu representa o Eixo do Mundo. As duas Serpentes simbolizam a energia de Kundalini que permanece latentemente adormecida e comprimida como uma mola na base da coluna vertebral. O calor que conforta...; n) 216 é o dobro de 108 ou o cubo de 6. Representa o ciclo completo (atividade versus inatividade) das Ordens Iniciáticas Autênticas. Do nascimento ao novo nascimento de uma Loja 216 anos devem ser cumpridos; o) 342 é a Temura terciária de 432, que representa, segundo as antigas cronologias caldéia e hindu, a cifra–unidade dos ciclos cósmicos. Ao se dividir 342 por 9, obtém–se 38, correspondente ao número de palavras do relato da criação referente ao 'Segundo Dia'. O 'Quinto Dia' da criação contém 57 palavras. E assim, a relação entre ambos é de 2 : 3, pois 38 = 2 x 19 e 57 = 3 x 19. 19 está associado à palavra HaVaH (8 + 6 + 5) – a mãe da vida – ou seja, segundo Friedrich Weinreb, é um conceito típico do Absoluto: 19 = 1 + 9 = 10 = 1. Unidade. DEZENOVE PALAVRAS (Por favor, clique em DEZENOVE PALAVRAS. A Ilustre Mística que aparece na animação é Mestre Apis, Digna Fundadora da Ordem de Maat. A proposta reflexiva das DEZENOVE PALAVRAS é de sua inspiração). Há, finalmente, ainda a considerar o Mar Vermelho (IaM SUF) – o mar da fronteira entre a matéria e AQUILO que está mais além. O Valor Athbash para IaM SUF é: 144 (40 + 10 + 8 + 80 + 6). Alquimicamente, o Mar Vermelho é um nome codificado para a água mercurial divina e para o seu poder de tingir. 144 também é igual a 48 + 96. Cabe acrescentar que todos os ângulos mencionados são, por adição, obviamente, iguais a NOVE.

       Outro ponto interessante para reflexão são as palavras obtidas de ADM pela operação de Temura Primária (palavra derivada equivalente em valor absoluto), ou seja, por exemplo, QDM, AMaTh, IMM, AThMa:
 

A – 1 = 1
Q –100 = 1 A – 1 = 1 I – 10 = 1 A – 1000 = 1
D – 4 = 4 D – 4 = 4 M – 40 = 4 M – 40 = 4 Th – 400 = 4
M – 40 = 4 M – 40 = 4 Th – 400 = 4 M – 40 = 4 M – 40 = 4


       Por último, que mistério se esconde no produto 6 x 24 = 144?

       Outro ponto que merece atenção especial é aquele que se refere à Mecânica Ondulatória – que teve sua origem no Princípio de Analogia proposto por Louis Victor de Broglie (1892–1987). Esse físico francês e contemporâneo de Werner Heisenberg (1901–1976) e Erwin Schrödinger (1887–1961) postulou que o elétron (e qualquer partícula material) pode apresentar o mesmo dualismo que a radiação, de tal sorte que a Constante de Planck é o quantum de ação que permite passar das magnitudes corpusculares (energia e impulso) às ondulatórias (freqüência e comprimento de onda). Em termos mais simples: a uma partícula em movimento está associada uma onda, cujo comprimento é dado por = h.(m.v)–1, expressão na qual é o comprimento de onda, h é a Constante de Planck, m é a massa relativista do elétron e v é a sua velocidade. Assim, o comprimento de onda de um elétron que tem uma energia de 100 eV é de 1, 23 x 108 cm, ou seja, 1,23 Å. Se se ousar(!) aplicar este conceito para uma ínfima parcela da Consciência Cósmica (MENTE), observar–se–á, de pronto, que seu comprimento de onda associado é ilimitado, ou melhor, tende para o não–limitado. Não estará aqui outra chave esotérica para explicação da Unidade e para a possibilidade de comunhão de todos os seres entre si e com a própria Consciência Cósmica? O próprio VERBUM não será ele mesmo Ilimitado, de alcance ilimitado no tempo e no espaço, que só existem como percepções da consciência objetiva do ser (realidade)? A Lei do Triângulo – o ternário ímpar – só se manifesta verdadeira e profundamente no quaternário, penetrando, desse modo, o sensível, e se tornando inteligível, como realidade temporal e espacial. É este o devaneio da encarnação e da desencarnação (quando mantida meritocrática e conscientemente), que só será esgotado (?) quando da absorção assintótica no UM PRIMORDIAL sem perda da individualidade – ainda que tudo isto possa parecer paradoxal. Em outro sentido a Lei da Encarnação tem caráter místico e propulsor. É um ato volitivo e amoroso.
 

Lei da Assíntota
Lei da Assíntota (Passe o mouse sobre a Figura)


       Werner Heisenberg, seguindo os passos de Louis de Broglie, propôs que a incerteza x na medida da coordenada de uma partícula e a incerteza Px na medida simultânea de sua quantidade de movimento estão relacionadas pela expressão:

x.Px h,

na qual h é a Constante de Planck. Em outros termos, não se pode, com precisão, determinar, simultaneamente, a posição e a velocidade de um elétron. Isto se deve ao fato singular de que a onda associada a qualquer corpúsculo apresenta amplitudes diferentes ao longo de seu percurso. Assim, com a percepção irrefletida e equivocada da descontinuidade do universo atômico trazida pela nova física, tornou–se impossível, teórica e fisicamente, determinar a posição e o impulso, ou seja, a inter–relação tempo–energia simultânea e exatamente de um elétron. A Constante de Planck (h), como acuradamente percebeu Michael J. Kell, revela um aumento universal na escala de medida da natureza, que apesar de muito pequena, não é infinitesimal, nem pode ser desprezada (h = 6, 62 x 1027 erg.s). Nada no(s) Universo(s) é insignificante. Um mau pensamento desarmoniza o Universo inteiro. Que dirá uma guerra!

       Por outro lado, para efeito dialético e especulativo, pode–se admitir que D’US – o Absoluto – seja contínuo. Mas a continuidade do Ser Total revela–se descontínua em toda Natureza e na Criação (2–200). Em circunstâncias especiais, todavia, as manifestações psíquicas do ser podem assumir, em termos, natureza contínua, não explicáveis e ainda não compatíveis, portanto, com os métodos hodiernos de avaliação física. Na experiência mística, a noção de individualidade tende a desaparecer, dando lugar a uma sensação incipiente de ubiqüidade relativa e temporária. Um certo perigo, é obrigatório ressaltar–se, ronda esta sensação de onipresença relativa. Desgraçadamente, não se pode omitir este fato, alguns bobocas utilizaram (e continuam a utilizar) mal os frutos desta experiência e a presumida sabedoria dela colhida. Retardaram sua própria reintegração e impuseram a alguns (ou a muitos) desavisados e distraídos limites às suas próprias conquistas cósmicas. Não é o caso aqui, nem agora, de se fazer uma análise minuciosa de como ou porque esses fatos isolados se cristalizam, nem porque não são cosmicamente coibidos. Faz–se o registro e, mais uma vez, traz–se à lembrança as categorias universais de liberdade, de livre–arbítrio e de causalidade. Afortunados os que não resvalam para os desvãos de fantasias pirotécnico–esotérico–religiosas, e buscam — tão–somente no santuário sagrado de seu coração — a realização espiritual e mística a todos disponível. A LLUZ só poderá ser alcançada dentro; jamais fora. Como se disse, esta é a SENDA CARDÍACA MARTINISTA, mas é também a SENDA à qual aspiram trilhar todos os místicos sinceros de todas as Fraternidades. Mas, o fato é que o tempo, na experiência mística, passa a ser o agora, não havendo nenhuma realização de temporalidade. Esse agora pode ser (e realmente é) limitado, mas, ainda assim, é o agora possível para o místico sincero. Em tal estado (oitava) de consciência, a projeção é sentida (percebida) em todas as permutações e ramificações a ela inerentes. E, ainda que o fenômeno místico se passe em um nível transnoético, é ele decodificado nos correspondentes níveis da razão filosófica ou do entendimento científico. Esta é a chave principal de todo este processo ainda desconhecido fora dos portões das Escolas de Misticismo. Muito proximamente, eu desejo, a ciência comprovará este fato em toda a extensão das afirmações aqui proferidas. Entretanto, mâyâ sempre estará presente nas humanas conquistas. Aquele que pressupuser(ôs) que conhece(u) a VERDADE, deixa(ou)–se iludir por suas próprias experiências e realizações inacabadas e imperfeitas.

       A continuidade da experiência mística contrapondo–se à descontinuidade ilusória do Universo – esta distinção – tem ocasionado fora do âmbito esotérico–iniciático toda a sorte de preconceitos, de crendices e de equívocos. O ser sendo uno com a Consciência Cósmica, na sua dualidade de expressão, responde fisicamente às leis universais, assumindo descontinuamente sensações na consciência objetiva. E assim, no Plano Físico (Objetivo), tempo e consciência são inseparáveis. Mas, em oitavas superlativamente elevadas do Teclado Cósmico, o ser percebe, sente e realiza a experiência incipiente da UNIDADE de maneira una e tendente à continuidade, e, na esfera da ATUALIDADE MÍSTICA o produto x.Px –› zero (tende para zero). O espaço (campo) de atuação da consciência contemplativa na AURORA DE SUA ILUMINAÇÃO (como ensinou, religiosamente, António de Lisboa) é, iniciaticamente, o próprio Cósmico, a própria Consciência Universal (isto é equivalente a dizer que a onda cósmica do místico em estado extático, simbólica e alegoricamente, se transmuta temporariamente de prata em ouro). Tudo isto se passa em freqüências vibratórias da ordem de zilhões de pulsos por segundo (s1). Daí a óbvia necessidade de um organismo físico apropriado e regenerado para decodificar adequadamente em um aparelho biológico composto de partículas aparentemente descontínuas, manifestações psíquicas – superiores ao próprio estado vibratório do ser – de natureza perene e tendente à continuidade, e, como se disse, de altíssimo teor vibratório.

 

Continuidade (perene)
Crescente

Descontinuidade
(ilusória) Crescente


       Finalmente, não se poderia deixar de fazer uma rápida referência ao fato de que Erwin Schrödinger (1887–1961) reformulou o entendimento sobre o comportamento espacial das ondas de Louis de Broglie. As órbitas de Bohr–Sommerfeld (Niels Bohr, 1885–1962 e Arnold Sommerfeld, 1868–1951) são entendidas presentemente como orbitais (s, p, d, f), e a probabilidade de se encontrar um elétron em torno de um núcleo, é semelhante à de se encontrar uma consciência em estado místico (extático) no seio da Consciência Cósmica, isto é, tendente para 100 % (cem por cento), ou seja, a soma de todas as probabilidades desse êxtase em todo o Universo deve tender assintoticamente para a Unidade. Tanto em física atômica (quanto em misticismo) isto corresponde a uma Condição de Normalização. Interpretando a função de onda para um átomo de hidrogênio, tem–se

P = []2dV,

na qual P é a probabilidade de se encontrar um elétron em um átomo de hidrogênio de volume dV (volume da camada esférica de raio r e largura dr compreendido entre r e r + dr), e a função de onda unidimensional que deve ser unívoca e contínua para fornecer soluções com significado físico. Mas dV = 4r2dr, logo P = []2.4r2dr. No caso da experiência mística, dV pode ser entendido como a faixa vibratória limitada da mente projetada no Universo Ilimitado. O orbital que possivelmente represente este estado é o sesférico. A Mecânica Ondulatória, ainda que matematicamente complexa, reduziu o conhecimento global da física atômica em determinar a probabilidade de se encontrar uma partícula em um ponto concreto em um instante determinado. Misticamente, a concretude da unicidade do ser com o Ser (ou no Ser) será (e é) verificada pelo realizado, no instante determinadíssimo de sua indubitável, incomparável e inesquecível experiência extático–iniciática da COMUNHÃO CÓSMICA. Neste mágico acontecimento, a amplitude de onda () de seu ser manifesta–se pluridimensionalmente. Esta é a magia das magias e não existe magia maior do que esta. Qualquer outra forma de magia é completamente ilusória. O fato mais exuberante que será posto (está sendo) à disposição da Humanidade, no milênio que nasce, será a comprovação inalienável, de que além da Unidade Cósmica, qualquer micro–abalo em qualquer ponto do Universo afeta este próprio Universo no seu todo. Um dos exemplos é a maldita vivissecção. E a própria descontinuidade será sentida mais como aparente do que como verdadeira. É, portanto, real (própria do Plano Terra), não atual (cósmica e neguentrópica). O homem precisará, entre outros segredos, desvelar antes o mistério do seu próprio número. E este número é Seiscentos e Sessenta e Seis. E assim, mais uma vez, rediz–se: parece ter ficado evidente de que tudo no Universo é energia vibratória, cada oitava expressando um aspecto, mais ou menos diferenciado, desta mesma energia. Essa é a singela explicação da multiplicidade (entrópica) na Unidade, ou da descontinuidade na Unidade do Ser (negentrópica). Por isso, as transmutações arquímicas e Alquímicas (tanto operativas quanto transcendentais) são possíveis, cada uma, parece não haver dúvida, operando em sua particular esfera vibratória. O que acontece no cadinho acontece também no ser. Melhor: deve acontecer prioritariamente no ser. Assim, tanto é possível se modificar o teor vibratório de um leproso (metal inferior) e transmutá–lo em prata ou ouro, como é viável se alterar as vibrações nas quais se passam as humanas manifestações, para, neste último caso, serem sentidas e apreendidas experiências e compreensões transnoéticas iluminantes e indutoras de concepções mais avançadas quanto à percepção do funcionamento do Teclado Cósmico. Os sons vocálicos (mantras) constituem–se em auxiliares insubstituíveis nesta fantástica transmutação. O que saiu(?!) de D’US pode e deve n’Ele assintoticamente se reintegrar. AUM TAT SAT. OEAOHOOE. Desta forma, a barreira do oito deve ser ultrapassada (desde que a do sete tenha sido vencida), para que o UM seja relativamente alcançado, compreendido e realizado. Mas, isso só poderá acontecer quando a dualidade for compreendida, transmutada e superada, vale dizer, quando os critérios meramente terrenais forem renunciados em proveito do Mestre–Deus Interior – que deve ser construído no processo encarnativo . IEHOUA. Este é o insubstituível Caminho Para a Deificação Consciente de ADM (homem de baixo), com e em ELOHIM (homem de cima intra Corde), onde tudo é perpetuamente LUZ. Paz aos seres. Quando oito se reintegrar em UM pelo alcançamento do nove, pai e filho (ALeF e TaV) então voltarão a ser UM, pois o filho, após muito sofrimento e dor, ressuscitará redimido, puro e imaculado. Paz aos filhos. Neste acontecer, a transitoriedade e a morte já não prevalecerão sobre o filho, porque venceu todos os perigos e triunfou gloriosamente. OM... OM... OM... Mas acima do nove há o DOZE. A Lei que regula estas especulações é a LEI DA ASSÍNTOTA. E acima do DOZE há o Ilimitado... TREZE.

 

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ÊXTASE  MÍSTICO



       Há ainda que aditar que 48 (quarenta e oito) Leis governam a Terra, enquanto 96 (noventa e seis) regem a Lua. 48 + 96 = 144. Isso, talvez, explique o fato de a Cosmogênese Teosófica reconhecer que, no passado, a Lua enviou toda sua energia, vida e poderes à Terra, tornando–se, desta forma, um astro morto, no que tange aos seus princípios internos, e no qual quase cessou sua rotação. Que a Lua é o satélite da Terra, não há dúvida; entretanto, que ela deu tudo à Terra – mas que a vampiriza incessantemente – isto é algo que ainda está circunscrito à esfera iniciática. O que pode ser dito é que se alguém inadvertidamente dorme sob a luz (polarizada) de seus raios, perde uma parcela de sua energia vital. E os quatro ciclos (fases) lunares encerram mistérios e segredos ainda muito pouco compreendidos. O que é certo e passível de ser reproduzido, é que, por exemplo, o quarto minguante manifesta poderes completamente distintos do plenilúnio.

       Por isso, avançando desassombrada e corajosamente em toda essa especulação, ressalvados e respeitados entendimentos divergentes, tanto o homem quanto a mulher e tanto o zinco (chumbo ou prata) quanto o ouro, em essência (ou em espírito), são uma só e a mesma coisa, manifestando–se em freqüências vibratórias distintas. TUDO É UM. E o próprio espaço e o próprio tempo não têm significado cósmico como espaço ou como tempo. A Relatividade trouxe à luz esse conhecimento, na verdade DESDE SEMPRE conhecido pelos Iniciados de todas as épocas. Atlântida! O Sol! Tempo e espaço são realidades criadas pela mente objetiva do ser, enquanto há consciência dessa mesma realidade. A unidade cósmica é intemporal e inespacial. No Plano da Luz Eterna não há prevalência nem do tempo nem do espaço. Por esse motivo, os Rosacruzes de todos as épocas sempre perceberam que há uma nítida diferença entre os vocábulos REALIDADE e ATUALIDADE. A confusão que sempre se fez entre real e atual, acabou por oportunizar toda a sorte de mal–entendidos. E daí as inconciliáveis antinomias com as quais se debatem a Filosofia, a ciência e as religiões. Muito rapidamente, mas sintetizando todo um conhecimento arcano, entendem os Rosacruzes que a realidade é a lei e a ordem da consciência, representando, desta forma, a apreciação individual das diversas atualidades – ou da atualidade – vale dizer, da vibração manifesta. A realidade é, portanto, um processo pessoal e produto da recepção, assimilação e decodificação das vibrações do teclado vibratório universal. Assim, a interpretação dada a uma atualidade cósmica é o resultado último do estado pessoal de harmonia individual, e, no que concerne à própria evolução (reintegração como preferem os martinistas), nada pode ser mais impeditivo do que a fé injustificada ou a razão justificada, pois ambas são irmãs e originárias das mesmas vertentes: a ignorância noética e/ou a vaidade dianóica. Assim, antes de tudo, é preciso transmudar o corpo. Este, o corpo, para melhor servir à personalidade–alma que o utiliza, deve ser progressivamente purificado e respeitado; não adulado. Verdades verdadeiras só poderão ser apreendidas por um corpo são. A própria mente também deverá ser purgada. MENS SANA IN CORPORE SANO haverá de apreciar progressiva e devidamente a Verdade única e imutável. Alterar (maximizar) o teor vibratório de cada célula do corpo, impõe–se como condição insubstituível no sentido da apreensão de novos conhecimentos, novas experiências, novas manifestações e novo entendimento. Esta é a chave da Alquimia Interna (Transcendental), que, por assim dizer, permite uma progressiva aproximação com o Númeno dos fenômenos realizados e percebidos. Daí a importância da experiência anteriormente descrita proposta por Raymond Bernard. Daí a importância da meditação. Daí a importância de ações baseadas exclusivamente em IMPERATVOS CATAGÓRICOS. (Examinar o pensamento de Immanuel Kant).

 

 MENS SANA IN CORPORE SANO

MENS SANA IN CORPORE SANO
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       Vai daí que o ser humano existe e ainda atua em um mundo iludido pelos seus cinco + dois sentidos (tato, olfato, paladar, audição, visão + mente e entendimento) e pelas especulações exclusivamente científicas e/ou filosóficas, isto porque a mente e o entendimento não foram adequadamente desenvolvidos. Quando estas compreensões forem transmutadas experiencialmente, como o foram as Leis da Relatividade, por exemplo, a Humanidade vivenciará um tipo de paz, que embute um outro sentido, pois é de outra natureza. Antes não. Paz não é apenas paz, mas PAZ. E quando a PAZ PROFUNDA for alcançada e conquistada, o ser compreenderá que TEMPO é tão–somente a duração da consciência, e que o ESPAÇO depende das relações estabelecidas pela consciência objetiva do ser com as coisas que percebe. TEMPO e ESPAÇO, então, não serão valorizados como hoje o são. Ainda que no Universo tudo seja distinto, nada é separado. Isto também será compreendido. Mas, a verdadeira certeza de todas estas afirmações não pode ser demonstrada. Deve ser, sim, provada (experimentada) por cada um. Não se transferem experiências pessoais. E, aquele que acredita sem refletir naquilo que ouve ou que lê (como, por exemplo, o que está escrito neste artigo) está fadado a não sair do lugar em que sempre esteve, isto é, em lugar nenhum.

       Talvez, então, em um futuro não tão distante, os sonhos de Pitágoras, Platão, Plotino, Francis Bacon, Leibniz, Saint–Martin, La Ferrière, Harvey S. Lewis, Ralph M. Lewis, Raymond Bernard, João XXIII, Kant, Einstein, Vicente Velado, Fulcanelli, Christian Bernard e de todos aqueles que desinteressada, altruística e amorosamente ansiaram e anseiam para que a LLUZ se faça, possam ser efetivados. Talvez, então os sonhos de Zoroastro, AKHNATON, Buda, Sócrates, Moria, Kut–Hu–Mi e Jesus sejam realizados para concórdia e paz perpétua entre todos os seres. E por isso se recorda: UM (o Absoluto) TRÊS (Coroa, Sabedoria, Inteligência) – SETE (Misericórdia, Justiça, Beleza, Vitória, Glória, Fundamento, Reino) – DEZ (os Dez Sephiroth) – ONZE (é o número nupcial de que falou Platão. Onze simboliza o casamento alquímico do Iniciado com o conhecimento. No Tarô, 11 e sua adição teosófica 2 (dualidade) têm muito a ensinar.) – DOZE (Direções Oblíquas, Funções e Partes Principais do Corpo Humano, Signos Zodiacais e Meses Hebraicos) – VINTE E DOIS (Eu sou o ALeF e o TaV), que pretende significar o raio e a circunferência da Alma Divina do Divino Universo AThMa:
 

[(1000 + 400 + 40) x 100] = 144.000
 

TRINTA E DOIS (Caminhos da Sabedoria ou Poderes da Criação) CINQÜENTA (Portas da Inteligência) – SETENTA e DOIS (Gênios da KaBaLa) – CENTO e QUARENTA e QUATRO (Gérmen, Desenvolvimento, Nascimento, Crescimento, Maturidade, Decadência, Morte, Renascimento...) – CENTO e QUARENTA e QUATRO MIL (eleitos, segundo o Apocalipse). Mas, TODOS SÃO ELEITOS. Tudo cumpre a Lei da Reintegração sob a Unidade, que anima tudo, da qual tudo emana e tudo absorve. Tudo no Universo subsiste pelo e no Absoluto, e a Ele regressa, assim como são precisos 129.600 (cento e vinte e nove mil e seiscentos) anos para que os dois grandes eixos da órbita terrestre se reencontrem no ponto zero do Zodíaco das constelações (25.920 x 5 = 129.600). Esse encontro – como recordou Raymond Bernard – ocorre na décima primeira conjunção no Zodíaco das constelações. Nada é aleatório. NADA.

       O terceiro milênio d.C. não passará sem que uma compreensão superior desmonte e faça ruir velhos preconceitos, falsas ontologias e enganosas interpretações e aplicações científicas, que só têm secularmente oferecido à Humanidade desilusão, incerteza, dor, tristeza, solidão e viuvez. A Humanidade, paralelamente, já compreendeu também que não pode mais violentar a Terra e seus ecossistemas sob pena de se auto–extinguir. Várias espécies foram aniquiladas e muitas se encontram ameaçadas de extinção devido à ação predatória ignominiosa de alguns segmentos sovinas, irresponsáveis e criminosos desta mesma sociedade. Portanto, que se discorde do Pantiteísmo de Cunha Seixas ou do Existencialismo de Domingos Tarrozo é privilégio da consciência. Mas que se os alijem e os enterrem é puro preconceito. Que o luto seja respeitado, mesmo porque ele pode recobrir–se de preto ou de branco. Positivismos, Criacionismos e razões sensoriais, sozinhos, só produziram especulações inúteis em cadeia. E as múltiplas seitas religiosas também só alimentaram (e continuam a alimentar) a vaidade hipócrita (muitas vezes inconsciente) de seus aderentes. Mais uma vez se insiste: só pelo consórcio global do conhecimento estocado é que se vislumbrarão a libertação e a independência. E essa libertação e essa independência, no que concerne à dita espiritualidade de qualquer natureza ou confissão, são inapelavelmente dependentes também de um triângulo eqüilateral: amor, compreensão, justiça. E só pela plena realização dessa TRÍADE DE OURO poderá cada ser humano apresentar–se no santuário de sua consciência para postular mais LLUZ, mais conhecimento e maior reintegração. Enquanto cada um não se perdoar (compreender) e acusar e julgar seus semelhantes, não conhecerá nem sentirá o verdadeiro amor cósmico; e não perceberá o verdadeiro significado do que é a justiça. É tão–só pelo sentimento do Amor (solidariedade) que alguns Iluminados (Adeptos, Mestres, Santos e Avatares) ainda nascem nesta Terra–Escola. Jesus... Kut–Hu–Mi... Sâr Alden... Sâr Validivar... Max Heindel... Chico Xavier... Estas encarnações voluntárias são denominadas na Doutrina Teosófica de Nirmânakâyas – princípios espirituais que sobrevivem nos homens. Uns, contudo, já estão no Plano dos Sambogakâyas. Por último há os Darmakâyas.

       O entendimento por parte dos sábios contemporâneos de que a Alquimia é uma possibilidade teórica mas materialmente irrealizável, ruirá por terra como um castelo de cartas. Aliás, Fulcanelli pôs à disposição de todos a possibilidade de comprovação da inconsistência dessa teimosia, e H. S. Lewis transmutou, publicamente, zinco em ouro. E o que é transmutável in vitro pode acontecer (e acontece) também in vivo. Esta é a verdadeira e última reestruturação que o Iniciado consciente persegue, pois nem a glória nem a riqueza deste mundo o estimulam. O LICOR–COR–DE–ROSA...

       O milênio que brota não se exaurirá sem que a Filosofia, a Alquimia, as várias teodicéias e a ciência formem um consórcio universal, harmonioso e efetivo (entenda–se a palavra efetivo no sentido de efetividade, que sintetiza os conceitos de eficiência e eficácia). A radiação polarizada da Lua (luz lunar) continuará a ser apreciada e motivo de inspiração para casais enamorados, mas os teocientistas do futuro já terão encontrado para ela outra utilidade. O orvalho não molhará apenas o chapéu do compositor. E a rosa desabrochará internamente como nunca se viu. O braço horizontal da cruz encurtará até desaparecer. No sentido mais profundo desse processo homenageiam–se primeiro Pitágoras, depois Platão. Redescobrir Pitágoras (KH), no que couber e puder, é necessário. O espírito – como proclamou Fulcanelli no século passado – não pode, não quer e não ficará perpetuamente aprisionado nos laços de um Positivismo pueril e estéril. As positividades científica, sociocrática e política comprometeram–se já no berço que as embalou. Nada pode ser mais terrificante do que uma ditadura republicana e uma religião da Humanidade (nos moldes em que foram propostas). Talvez, salvo entendimento mais contundente e específico, pior só a apocrifia(?) de Os Protocolos dos Sábios do Sião e o averno católico. Absolutismo, Liberalismo, Comunismo, Fascismo, Nazismo e Democracia são também farinhas do mesmo saco. Os autoritarismos e os totalitarismos nasceram (e nascem) todos da mesma semente. De uma forma ou de outra, todos esses regimes são facetas de um mesmo diamante negro: a Tirania Esquerdizante e Obscurantista. (O vocábulo Esquerdizante deve, neste contexto, ser entendido como tendo conotação esotérica, não ideológica ou política. Obscurantista é obscurantista mesmo). O Teocientismo que se vislumbra incluirá também uma nova ordem nos campos político, jurídico, educacional, econômico e social. Nada poderá mudar se a Humanidade continuar a fabricar bombas, ao invés de flores. Nada mudará sem o concurso absoluto da Justiça. Nada mudará se as locupletações permanecerem. NADA mudará se TUDO não mudar. Talvez uma parte das respostas a todos estes questionamentos possa ser encontrada veladamente no Arqueômetro de Saint–Yves d’Alveydre, que ainda não pôde ser integralmente decifrado.

       A forma de Governo que se augura para o milênio que nasce será a Aristocracia Filosófica. Isto já foi dito antes. Apenas se acompanha a proposta. A Federação da Paz, de Kant, a Liga das Nações, a Organização dos Estados Americanos, a Organização das Nações Unidas, os diversos mercados comuns e a própria ALCA, que se encontra em gestação, têm se constituído em ensaios para o estabelecimento de uma organização mundial (estruturada sob a forma de um CONSELHO ARISTOCRÁTICO INTERNACIONAL), da qual todos os países serão membros natos, com direito a voz e voto unitário, e isento da existência de conselhos impugnativos, como é o caso, hoje, do mal–afamado e inócuo (mas nem tanto) Conselho de Segurança. Nenhum país terá direito a veto, e a classificação de informações – de qualquer teor, natureza ou procedência – será desterrada. A forma como será estabelecido este CONSELHO ARISTOCRÁTICO INTERNACIONAL é impossível de ser delineada por simples palavras. Presume–se que uma conferência mundial, no momento próprio e no lugar oportuno, examinará as diretivas fundamentais a serem seguidas pela Humanidade neste novo Ciclo. Ontem já morreu, mas amanhã ainda está por nascer. Quando acontecer o equilíbrio entre Pisces e Aquarius o Sol brilhará [1962 + 72(?) + 72(?)]. O fato é que não haverá dissensão Na composição deste CONSELHO ARISTOCRÁTICO INTERNACIONAL. Visualiza–se o CONSELHO como composto de VINTE E DOIS MEMBROS (INICIADOS) sendo um o Presidente. A Presidência reciclar–se–á em períodos definidos de tempo, e na falta de um dos VINTE E DOIS, este será substituído por alguém que já possa assumir a responsabilidade de tão alta incumbência. Em cada país haverá delegados deste CONSELHO, e, este Planeta, nesta fase, funcionará harmonicamente, ainda que as ascensões individual e coletiva não tenham sido completadas, ou seja, que MaLKhUTh ainda não tenha sido ultrapassado. Esta proposta, que foi inspirada na aristocracia platônica, contempla, sumariamente, apenas em parte, alguns princípios daquele sistema de governo. Como pensou Raymond Bernard e com quem se concorda, no plano da evolução planetária [tudo conduz] à união dos mundos, à união das galáxias... No LESTE... GALÁXIA

       Nenhuma teoria ou sistema (teológico, filosófico, científico, político etc.) poderão subsistir e proporcionar bons e duradouros frutos, se não se apoiarem corretamente – como se demonstrou à exaustão – no UM, no DOIS e no TRÊS. No Triângulo. Mas o SETE é a chave secreta que governa o Universo. Por outro lado, se não forem ultrapassados os limites dos quatro impedimentos mais ardilosos que hoje ainda agrilhoam a Humanidade, quais sejam, razão científica e razão filosófica (dianóica e noética) auto–suficientes, intolerantismo religioso e Positivismo obscurante, o pretensioso saber continuará a manter conceitos noéticos e noemáticos, cujos predicados continuarão a produzir ilusões e irracionalidades ultrajantes e simplórias do tipo: se a = b, b = c e a = c, então a = b = c ou imagens divinas, iluminadas e fabulosas, entre outras, que apenas desgovernam e entenebrecem. Em outros termos: deve ficar patente e registrado que, definitivamente, tanto a ciência quanto as teologias, já não podem mais fazer tábua rasa, nem dos ocultistas, nem dos cabalistas. Nem da Alquimia, nem da Tradição. Muito menos da Iniciação. O mundo não será, no futuro, comandado por quem possuir mais bombas. Aliás, no futuro, não haverá bombas. Infelizmente, o 11 de Setembro injustificadamente aconteceu(?), simbolicamente, também, em parte por causa das bombas. Os sistemas político–econômicos atuais haverão, obrigatoriamente, de fazer revisões em suas doutrinas. A Humanidade haverá de compreender que, quando alguém ganha, é porque alguém perde. A legalidade (jurisprudência) não poderá, no futuro, legitimar nem a mais–valia nem o lucro. Lucrar explorando desavergonhadamente a miséria, a ignorância, a boa–fé, a fragilidade, as diferenças, as doenças etc. é uma medonha e indébita usurpação e é, outrossim, um repulsivo crime de lesa–Humanidade. As compensações para esses crimes serão dolorosíssimas. Paz e LLUZ para os ignorantes.

       Só a dúvida metódica cartesiana e a epoquê husserliana mal–compreendidas, mal–adaptadas e mal–usadas é que poderão continuar a justificar o injustificável, e, particularmente, no caso da multissecular antinomia fé versus razão conciliar o inconciliável. Na verdade, esse tipo de conciliação (orquestrada em determinadas consciências) é um jogo dialético perverso e perigoso, no qual se misturam fantasmagoricamente ilusão, fé, razão discursiva e razão filosófica. Esse é o perigo de um fideísmo racional ou de uma razão fideísta (ao fim e ao cabo ambas as situações se equivalem), que não poderão ser implodidos, a menos que aconteça volitivamente no santuário interior – portanto sagrado – de cada consciência a experiência pessoal e irredutível da Comunhão Cósmica. Esse é o caso também dos múltiplos modelos econômicos e políticos, que só favorecem as locupletações de pequenos grupos em detrimento da imensa maioria dos seres humanos. Pela ILLUMINAÇÃO, o realizado aprenderá a não permitir que a razão se sobreponha à fé, nem que esta escravize aquela, ou ainda, que ambas conspirem para iludir a consciência iluminada. E assim, ou se extirpa a fé e se ultrapassa a própria razão, ou a uma ou a outra dependente se fica.

       Heresia filosófica? Heresia científica? Heresia teológica? Não. Certeza irrefragável de que a LLUZ jamais poderá se manifestar, se circunscrita aos limites de qualquer teodicéia particular, se adstrita aos limites de qualquer tipo de razão. Uma e outra acabam sempre por estrangular a atualidade universal para que as realidades (individuais e coletivas) prevaleçam, como sempre, turibuladas, festejadas e exaltadas. Justificar uma pela outra ou vice–versa, acaba, na maior parte das vezes, promovendo paroxismos filosóficos ou teológicos, e reduzindo o pensamento a algo semelhante a uma quarta–doença com insuperáveis peculiaridades autofágicas. Todos esses equívocos só prosperam em função da incompetência humana para compreender as abstrações metafísicas, consolando–se com ilusões de ordem teológica e ruminando prevaricações racionais, que utiliza para suas respectivas formulações pontos secundários e questões colaterais, na maior parte das vezes equivocados, fraudulentos e toleradamente distorcidos. Pergunta: como surgem as democracias? Resposta: por degeneração despótica das ditaduras. Pergunta: como surgem as ditaduras? Resposta: por degradação anárquica das democracias. Pergunta: como surgem as religiões? Resposta: pela normal obsolescência de antigas religiões. Entretanto, alguns governantes (REIS–ADEPTOS) foram, no passado, cosmicamente iluminados, desempenhando suas missões políticas da forma mais ilibada. Alguns desses foram: Osíris, Menés, Quéops, Ramsés, o Grande (Antigo Egito) e AKHNATON (Antigo Egito), Rainha Ana (Inglaterra), Luís XVI (França), Frederico, o Grande (Prússia), Imperatriz Catarina (Rússia), Rei Carlos III (Espanha) e Imperador Francisco José II (Áustria). Em um passado mais remoto todos os reis eram INICIADOS e HIEROFANTES. Na contemporaneidade, a Humanidade perdeu esse privilégio. Temporariamente. Mas a ARISTOCRACIA FILOSÓFICA reviverá.


 

 .'. AD  ROSAM  PER  CRUCEM .'.      .'. AD  CRUCEM  PER  ROSAM .'.   


 
 

PEACE PROFOUND TO ALL BEINGS

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       Em Hamlet, Ato I, Shakespeare (1564–1616) ensinou: There are more things in heaven and earth, Horatio,/Than are dreamt of in your philosophy. (Há mais coisas no céu e na terra, Horácio,/do que sonhou em sua filosofia). Montherlant (1896–1972) em Cadernos revelou: La religion est la maladie honteuse de l’humanité; la politique en est le cancer. (A religião é a doença vergonhosa da Humanidade; a política é o seu câncer). Em Pantagruel II, Rabelais (1490?–1553) deixou gravado: Science sans conscience n’est que ruine de l’âme. (Ciência sem consciência não passa de ruína da alma). Já Tolstoi (1829–1910) nas Confissões lamentou: A ciência, que deveria ter por fim o bem da Humanidade, infelizmente concorre na obra de destruição, e inventa constantemente novos meios de matar o maior número de homens no tempo mais curto. Diderot (1713–1784) em momento de rara inspiração, escreveu nos Acréscimos aos Pensamentos Filosóficos: Si ma raizon vient d’en haut, c’est la voix du ciel que mi parle par elle; il faut que je l’écoute. (Se minha razão vem do Alto, é a voz do Céu que me fala por ela; é preciso que eu a escute). E, por último, uma reflexão do Marquês de Maricá (1773–1848) em suas Máximas: A razão é escrava quando a fé e a autoridade são senhoras.

       Depois dessas reflexões, contrariando o senso linear acomodado e contraditando o incontestemente aceito, sob um ângulo ou um prisma que certamente poderá ser acusado de herético pelos racionalistas coléricos de sempre, todavia amplamente justificado (a meu juízo) pela aparente e inaudita metafísica que sustentou esta pesquisa, pensa–se com a mais firme convicção, que se equivalem e são interdependentes o Ser, a Manifestação e a Harmonia de Cunha Seixas, o Conticínio, a Meia–Noite e a Aurora de António de Lisboa (equivalente à Tristeza, à Solidão e à Tranqüilidade), as Idades do Pai, do Filho e do Espírito de Joaquim de Fiore, o Homogêneo e o Heterogêneo bruninos e a Alegria, a Dor e a Graça leonardinas. Tudo está associado porque tudo é UNIDADE. Presente do passado; presente do presente; presente do futuro. Santo Agostinho foi longe neste entendimento! Nesse sentido, KeTheR e MaLKhUTh também são um. 2–200–1. E há só um Deus! INTRACÓSMICO!

       Do um ao quatro, de Melquisedeque a Jesus, de Tales a Habermas, da funda à fissão nuclear, a Humanidade sorriu e chorou, amou e odiou, perdoou e condenou, nasceu e morreu tantas vezes, que o tempo da desarmonia, do subir e do descer e do levantar e do cair está, simbolicamente, a se exaurir. Em uma trajetória (superficialmente) evolutiva a Humanidade passou, paulatinamente, da caça e da pesca para a preocupação com a empregabilidade, desenvolvendo, erraticamente, os estágios relativos à agricultura, à indústria, à informática, e à qualidade, cuja ênfase, hoje, está ancorada nos conceitos (perversos) que orquestram a qualidade total. Essa aparente evolução, aparente porque é errática e hegemonicamente egoísta, deu como subprodutos básicos miséria, fome, subemprego e desemprego, aumentando, assustadoramente, a massa de excluídos, inclusive nos países do chamado Primeiro Mundo. Isso as sociedades estão timidamente repudiando, e não querem aceitar mais. Entretanto, ainda não encontraram o caminho concertado para solucionar estas questões e, infelizmente, não encontrarão nos modelos políticos e econômicos vigentes. As diferenças sociais jamais poderão ser sanadas se, por exemplo, o maior salário pago a um trabalhador for cem, duzentas ou trezentas vezes maior que o menor. Ou mais. As diferenças sociais jamais serão resolvidas, se alguém pode se locomover de avião, e descalço e à pé anda seu irmão. As diferenças sociais jamais serão eliminadas, se um come e seu irmão passa fome, se muitos têm aonde morar, e outros tantos são pobres sem–teto (na verdade sem-picas), se uma minoria privilegiada pode ser consultada por especialistas renomados, e a maioria morre nos corredores dos hospitais públicos (isto se consegue alcançar uma casa de saúde ainda com um pequeno alento de vida), se uma determinada classe tem acesso a tudo (ou quase tudo), e a quase totalidade pouco (ou nada) pode acessar. Só o TEOCIENTIFICISMO poderá por cobro às chagas que torturam o corpo e a mente dos seres humanos. Ainda que possa parecer utópico as mudanças já começaram. Os irmãos da África – berço da Humanidade – não podem continuar esquecidos. Ou será que o chamado Primeiro Mundo quer vê–los morrer à míngua e de AIDS? Será que a meta política do Estado de Israel, com apoio dos Estados Unidos, é dizimar os palestinos? Será que o Mestre Jesus dos Protestantes é diferente do dos Católicos? No que pretendem os aliados coalizados, mas comandados pelos EUA alucinados, transformar Bagdad? Até quando os cidadãos nortistas e nordestinos continuarão a ser espoliados pelas elites brasileiras? Pretendem fazer Cuba desaparecer do Globo? Vão massacrar o Afeganistão até quando? Até quando o Fundo Monetário Internacional continuará a destruir as economias dos países emergentes? E o Tibet? Quando os chineses vão dar o fora de lá? Eu, particularmente, tenho certeza de que em breve. O TEOCIENTISMO e a Aristocracia se imporão, não como via salvífica – porque seria apenas mais uma – mas simplesmente porque essa mesma Humanidade está saturada de tanta bobagem e concluindo que as teodicéias disponíveis, as correntes filosóficas existentes e as proposituras políticas, econômicas e científicas estabelecidas têm–se mostrado insuficientes, limitadas e inconsistentes, para proporcionar e sustentar o excelso bem do qual sempre almejou desfrutar e partilhar. E quando se fez referência a uma certa fome de Deus, o que há, mesmo, é uma genética, indefinida, metafísica, inconsciente e saudosa fome e sede de VERDADE. E por ser tão valiosa jamais poderá surdir de fora, de uma simples reflexão noético–noemática. Por outro lado, como disse G. B. Shaw (1856–1950) em Annajanska: Todas as grandes verdades começam como blasfêmias. Assim, a busca da verdade do lado de fora virá sempre maquilada e o conhecimento derivado será parcial, frustro ou falso. Por isso também, as pérolas entregues à Humanidade sempre foram apresentadas em parábolas, tropologias e símbolos. É dentro que o ser encontrará a LLUZ. Daí, como já foi afirmado, a Senda Cardíaca do Martinismo. Daí a contemplação dos antigos. Daí a meditação dos Rosacruzes. Daí porque, também, a OBRA não poder ser integralmente ensinada. E para que a PAZ seja alcançada a VERDADE (relativa) deve ser primeiro conhecida. A VERDADE é, em derradeiro grau, uma instância pessoal da consciência que não pode ser adquirida da experiência de outrem. Só na introspecção contemplativa e pela introspecção contemplativa a incipiente percepção numênica poderá ser alcançada.

       Por último, recordando uma frase atribuída a Aristóteles (384–322 a.C.) concluir–se–á definitivamente esta pesquisa: Platão é meu amigo, mas ainda mais minha amiga é a Verdade. E o limitado auxílio que um Iluminado poderá prestar a um irmão (e a todos os irmãos) será sempre metafórico, simbólico ou alegórico. Assim, fizeram os Mestres de todos os tempos. Aqueles que tiveram ouvidos para ouvir e olhos para enxergar, ouviram, enxergaram e se puseram em Caminho. A verdade aqui aludida é possibilidade. É, transnoeticamente, a possibilidade, melhor, a certeza de que é possível se alcançar um grau progressivo de conhecimento transnoético. Essa é a VERDADE aqui acreditada e desenhada. Entretanto, apesar de ser uma, imutável e insubstituível, a percepção da VERDADE, que é imperdível, só se dará por etapas de forma exclusivamente pessoal. A entrada na primeira porta da VERDADE cósmica é iluminante, irreversível e indutora de uma ascensão progressiva e ilimitada. Finita, porém, paradoxalmente ilimitada. A razão, da forma como é entendida, ensinada e praticada presentemente, impede completamente a iluminação da consciência. É possível mais. A própria educação do terceiro milênio terá que ser repensada e reformulada das classes de alfabetização às universidades. Esta – a educação – é a base de tudo. E assim, o mundo haverá de assistir a uma drástica mudança nos campos educacional, político, social e econômico. A própria Economia haverá de ser reestruturada em outras bases, nas quais o modelo resultante enterrará definitivamente as vertentes que hoje prevalecem, porque, inapelavelmente, as sobrevalias serão abortadas e desterradas. O TEOCIENTIFICISMO (MERITOCRÁTICO e DIALÓGICO) que se imporá, não poderá atender a nenhum dos postulados hoje prevalecentes, eis que são viciados na origem, impiedosos nas aplicações e infrutíferos nos resultados. Se se prestasse mais atenção a Platão e a Francis Bacon... se se entendesse um pouquinho a Cosmogonia Teosófica... Se o coração pudesse falar... GeBURaH ... GeBURaH ... GeBURaH ...

       Antes de se concluir esta pesquisa, uma vez mais se afirma: por tudo o que nesta monografia digital foi apresentado, fica evidentemente indiscutível e inconcusso, que a Filosofia Portuguesa e a esmagadora maioria de seus pensadores não foram (e não são) influenciados ou vinculados a qualquer vertente esotérica representante da Tradição Iniciática Autêntica. Incluo esta ponderação, porque há quem pense o contrário. Mas, há exceções: possivelmente Fernando Pessoa represente a maior delas. Mosteiro do Jerónimos... Enfim, é superlativamente enigmática e esclarecedora a afirmação de Fernando Pessoa lavrada no texto Hyram, Filosofia Religiosa e Ciências Ocultas, que a seguir se transcreve: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão–Mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda parte, os seus três assassinos – a ignorância, o fanatismo e a tirania. E o século XX, com todas as suas contradições e desencontros (não há quem possa denegar), lentamente, mas em especial no último quartel, começou timidamente a saciar essa sede de LUZ e essa fome de VERDADE em diversos campos (estanques ainda) do humano entendimento. Saciada a sede e cevada a fome, pelas novas leis do TEOCIENTISMO DIALÓGICO que está chegando, a VERDADE (ainda que relativa) se mostrará. A corrupção moral pela injustiça e a gangrena da miséria serão dissipadas. Fazendo–se a VERDADE, pela acessão ao segredo do GRAAL (Vida Universal), o ser iniciará a participar conscientemente do UM. E aquele que vive em MAAT, é um com a, vive de e pela e existe na LUZ, ainda que a VERDADE possa ser percebida de maneiras aparentemente contraditórias, e, às vezes, até mesmo propositalmente opostas. Esta afirmação, aparentemente desconexa, só será entendida e realizada in pectore. De qualquer maneira, a VERDADE – como disse MAHASABERÁ CHEGAR AO CORAÇÃO DAQUELE QUE A ESPERA. A compreensão última, todavia, haverá de ser fiel à fonte comum e berço insubstituível da Tradição Autêntica. Então, que a LLUZ seja alcançada! E que se compreenda com Espinosa que a Consciência Cósmica é causa de si mesma (Deus causa sui). E como neste trabalho eletrônico muitas vezes fez–se referência ao conceito multimilenar de Iniciação, a advertência de Raymond Bernard agora será incluída para que não seja olvidada: NA VIDA INICIÁTICA... AS TENTAÇÕES SÃO NUMEROSAS, AS QUEDAS OCASIONAIS, E, A DÚVIDA PERIÓDICA. Talvez o que o Iniciado possua em grau superior aos demais seja a convicção inabalável de que não está só nem abandonado. Por isso, e apesar disso, reconhece que, depois do egoísmo, o maior de todos os pecados é o suicídio. E no silêncio maravilhoso e na bendita solidão de seu santuário interior e sagrado, pratica altruisticamente a Lei da Assunção e a Lei de AMRA. Trabalho e serviço são seus lemas permanentes, porque compreendeu perfeitamente que tudo está no TODO e que o TODO está em tudo. Minerais, vegetais, animais e seus irmãos são UM no seio da Consciência Cósmica. Por isso, tem sempre em mente:

JAMAIS ABANDONAR.

NUNCA ESMORECER.

SEMPRE COMBATER.

HOJE ALCANÇAR.


       A LUZ ABSOLUTA ou o FOGO NEGRO de que fala o Zohar. O BEM e o AMOR INCONDICIONAIS. A FRATERNIDADE e a BELEZA. A LLUZ. Isto está feito e selado, mas sou o único responsável, com o aval da .'.G.'.L.'.B.'.


       A meta do Iniciado é alcançar a GNOSE–DAS–COISAS–QUE–SÃO, pela conquista do CASTELO VENTUROSO, no qual encontrará o CÁLICE SAGRADO, cujo LICOR acalmará sua sede de LLUZ. Esta sede será saciada definitivamente ao compreender totalmente o que está registrado no Divine Pymander: Deus não é uma Mente, mas a causa da existência da Mente; não é um Espírito, mas a causa do Espírito; não é a Luz, mas a causa da Luz. Preciso é, portanto, ultrapassar o mundo das três dimensões. O contraste entre Sujeito e Objeto, dependente e devedor dos sentidos, é o fator impeditivo para que o EU pessoal possa ultrapassar a barreira que o isola das vivências (conhecimento transnoético) das coisas em si, ainda que, se se considerar a Metafísica mais elevada, tudo no Universo (inclusive os Deuses), é ilusão (Mâyâ).

       O que é certo é que essa ilusão lentamente se desfaz, à medida que o ser é reintegrado e evoluciona em direção ao INEFÁVEL MISTÉRIO – diante do qual até os mais elevados Dhyân–Chohans prosternam–se silenciosos e ignorantes. Por isso, todos aqueles que, ao completarem o exame deste exercício esotérico–filosófico, entenderem que as presentes reflexões, não passam, talvez, de mera racionalização mâyâvica, estarão mais certos do que possam supor. A única experiência – a experiência atual – que cada um poderá colher ao longo da vida, é aquela que possa acontecer em seu próprio interior, ou seja, mais conhecimento das leis divinas do que na crença em Deus. Este conhecimento é, em verdade, SABEDORIA ADQUIRIDA PESSOALMENTE e SOLITARIAMENTE, pois, como ensinou Platão no Banquete, esta não pode passar por simples contato de quem a tem para quem não a tem, assim como a água que por um fio de lã corre de um cálice cheio para um cálice vazio.

       Todavia, quando (e não se) o tempo da PAZ PROFUNDA acontecer, a crucificação iniciática do ser estará cumprida neste Plano. A ROSA ESPIRITUAL terá se desprendido da CRUZ MÍSTICA, e o galo emudecerá, ficando impossibilitado de cantar, já que a mentira – contrariando Gorki (1868–1936) – não será mais a religião dos escravos e dos senhores, porque não mais haverá nem senhores nem escravos.

       E, também, não mais será repetido o Salmo XXI, 1. Pois não mais a Humanidade haverá de, chorando e se lamentando, bradar ALI, ALI, LMH HhZBTh–NI?

        Para em graça e júbilo, consoante a Fórmula Sacramental (final) dos Mistérios e Ritos das Escolas Iniciáticas do Antigo Egito, exclamar a insubstituível e enigmática revelação matemática: ALI, ALI, LMH ShBHhTh–NI!5 Em IeSOD novas experiências aguardam a todos. Em IeSOD serão integralmente conhecidos os significados de PAX ET BONUM. Em ThiPhAReTh...

       Enfim, a grande expectativa (ou grande ensinamento) que esta monografia eletrônica pretendeu hospedar, smj, foi na verdade pensada há mais de 2400 anos por Platão, e recordada recentemente na Positio Fraternitatis Rosæ Crucis:

 

A  UTOPIA  É  A  FORMA  DE  SOCIEDADE  IDEAL.  TALVEZ  SEJA  IMPOSSÍVEL  DE  SER  REALIZADA  NA  TERRA,   MAS  É  NELA  QUE  UM  SÁBIO  DEVERÁ  DEPOSITAR  TODAS  AS  SUAS  ESPERANÇAS    


       E todas as esperanças estão ocultas na geometria cósmica do Sagrado Iantra Hermético.

 

Sagrado Iantra Hermético

Sagrado Iantra Hermético
Faze um círculo, de um homem e de uma mulher; daí um quadrado; daí um triângulo; depois um círculo, e terás a Pedra Filosofal.


       Talvez uma última reflexão deva ser examinada. É a que pode e deve ser depreendida do número 343, ou seja, 7 x 7 x 7 (73). A leitura do Livro de Jonas será insuperavelmente inspiradora, assim como, por exemplo, a consulta ao pensamento antroposófico de Rudolf Steiner. Entretanto, talvez, pensa–se que uma das portas de entrada disponíveis para acesso ilimitado a todo o conhecimento iniciático estocado, seja a Ordem Rosacruz – AMORC, Fraternidade Iniciática da qual este autor é membro há 34 (trinta e quatro) anos. Para concluir afirma–se: o conteúdo destas reflexões é exclusivamente da responsabilidade deste pesquisador. Nenhum ônus pode (ou poderá) ser, em qualquer tempo, atribuído à AMORC ou à TOM, ou à OS+B ou à OM (Ordem de Maat, da qual este autor também tem o privilégio de ser membro). Por outro lado, peço perdão a todos pelos equívocos, lapsos, gralhas, omissões, incoerências e falhas que o possível mal arrumado das palavras e das reflexões possam, involuntariamente, ter abrigado. A intenção foi de compartilhar, amorosa e fraternalmente, o que foi aprendido em trinta e quatro anos de Iniciação, ainda que este autor tenha plena consciência de que é um neófito na Senda e sem mérito suficiente para trilhar esta Senda. Benção... Benção... Benção... Compreendeu–se, há muito tempo, de que inexiste vitória pessoal, iluminação pessoal e LUZ pessoal.

 

       TUDO É UM. NÃO EXISTIRÁ PLENAMENTE O UM SEM O OUTRO. E TODOS E TUDO — MINERAIS, VEGETAIS, ANIMAIS E O HOMEM SÃO PARTE DA CONSCIÊNCIA CÓSMICA PERPÉTUA, INCRIADA, IRREDUTÍVEL, HARMÔNICA E, DESDE SEMPRE, IDÊNTICA A SI MESMA. PAZ PROFUNDA A TODOS OS SERES DO UNIVERSO.

 

AUM  MANI ....... PADME  HUM


AUM TAT SAT


AUM RA MA


AUM    AUM    AUM

 

DADOS SOBRE O AUTOR

 

O autor é membro da Ordem Rosacruz– AMORC desde 1969. É, também, membro da Tradicional Ordem Martinista (TOM) e da Ordem de MAAT. Exatamente por isso, afirma enfaticamente que o conteúdo deste trabalho (e de todos os outros veiculados neste site) é de sua única e inteira responsabilidade, não cabendo às suas amadas Ordens qualquer gravame ou ônus pelas considerações e especulações nele apresentadas.

Mestre em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia, UGF, 1988. Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET–RJ. Consultor em Administração Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista Tecnologia & Cultura do CEFET–RJ. Professor de Metodologia da Ciência e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico do Instituto de Desenvolvimento Humano – IDHGE.

 

NOTAS


1. Flavius Petrus Sabbatius Justinianus nasceu em Taresium, em 482 d.C. Subiu ao trono em 527, tornando–se Imperador da porção oriental do Império Romano. Durante seu reinado, foi elaborada a codificação do direito romano, reunindo os princípios de toda a legislação vigente – Código Justiniano, promulgado em 534. Foi um grande incentivador das artes e sua obra maior foi a Igreja de Santa Sofia. Entretanto, foi Justiniano – influenciado por sua esposa Teodora – que através de um édito (todo aquele que ensinar a fantástica pré–existência da alma e sua monstruosa renovação será condenado) proibiu a Doutrina (Lei) da Reencarnação. O Concílio – do qual só participaram bispos orientais (ortodoxos) – acatou as imposições despóticas de Justiniano, e o Papa ratificou as conclusões do Concílio. O édito de Justiniano prevalece até hoje no seio do Catolicismo. O ano de 553 marcou o início da negação por parte da Igreja estabelecida de suas fontes originais. Por essa época, começou a conversão em fato histórico do que sempre foi considerado e sabido como alegoria espiritual. Morreu em Constantinopla em 565. Ainda que não se encontre o vocábulo reencarnação na Bíblia, o termo usado em aramaico foi traduzido como ressurreição, e este conceito cósmico encontra–se nos textos do Primeiro e do Segundo Testamentos. Explicitamente esta Lei ou Princípio está presente em vários pontos da Bíblia, a saber: Gênesis XXVIII: 10–13; Livro de Jó XIV: 7–9 e XIV: 14–15; Salmos XVI: 10–11, XXX: 3–4, XXX: 8, XXXIII: 18–19, XLIX: 15, LI: 10–12, LXXX: 18–19, LXXXV: 6–7, CII: 26, CVII: 10–14; Livro do Eclesíastes I: 7, 9 e 11 e III: 15; Profecia de Isaías XXVIII: 18 e LXVI: 9–14; Profecia de Jeremias XVIII: 1– 6 e XXXII: 27; Lamentação de Jeremias III: 31 e V: 21; Profecia de Ezequiel XI: 19, XVIII: 31–32, XXXVI: 26–27 e XXXVII: 1–14; Profecia de Daniel XII: 13; Profecia de Oséias XIII: 14; Profecia de Amós IX: 2; Profecia de Jonas II: 2–6; Profecia de Malaquias IV: 5–6; 4o Livro dos Reis I: 8; Mateus III: 4, III: 11, XI: 14 e XXII: 23–32; Marcos VI: 14–15, VIII: 27 e IX: 12; Lucas I: 17 e IX: 55; João I: 21–23, III: 3–4, III: 7–10 e IX: 1–2; 1 Coríntios XV: 35–38, 39–40, 50, 51–52 e 55; Efésios I:4; 1 Pedro III: 18–20. Finalmente, cabe lembrar que Orígenes (185–235 d.C.) em suas obras De Principiis e Contra Celsum reconheceu abertamente a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Como as leis cósmicas não podem, por evidente, ser abolidas por éditos, decretos ou bulas, a proibição teológica da Lei da Necessidade é um monstruoso erro histórico–autoritário sem qualquer validade iniciática e teosófica. Por esse motivo as Igrejas Gnósticas jamais acompanharam essa burla eclesiástica ridícula. Helena Blavatsky no volume II da sua Doutrina Secreta – Simbolismo Arcaico Universal – diz em nota de pé de página ao comentar a conferência Luniolatria Antiga e Moderna de Geraldo Massey: Quando as falsas teologias desaparecerem, encontrar–se–ão incontestáveis realidades pré–históricas, sobretudo na mitologia dos ários e dos antigos hindus, e até mesmo na dos helenos pré–homéricos. Por último, fica a pergunta: qual o destino do homem desencarnado? Para os materialistas e teólogos ignorantes haverá de ser um plano de surpresas, de decepções e de revelações inesperadas. A libertação do Ego do corpo material desmontará o ceticismo teológico–materialista do presumido êxito por ele então acreditado. Para o espiritualista sincero – particularmente o Iniciado – certamente a imantação ao plano vibratório de sua máxima compreensão e realização na encarnação que terminou. O tempo que faltar para que sejam completados 144 anos – da data de sua transição até este limite (em média) – será de Paz Profunda, Reavaliação, Preparação, Programação e Santa Espera. Esse é o cumprimento básico (mínimo) da LEI DA NECESSIDADE, parte integrante da Arcaica Ciência Sagrada da Sabedoria vigente cosmicamente nesta RONDA. Entretanto, a compreensão mais hermética desta Lei foge ao limite deste ensaio.

2. TANTUM ERGO, SACRAMENTUM
VENEREMUR CERNUI:
ET ANTIQUUM DOCUMENTUM
NOVO CEDAT RITUI;
PRAESTET FIDES SUPPLEMENTUM
SENSUUM DEFECTUI.
GENITORI, GENITOQUE, LAUS ET JUBILATIO;
SALUS, HONOR, VIRTUS QUOQUE
SIT ET BENEDICTIO:
PROCEDENTI AB UTROQUE
COMPAR SIT LAUDATIO.


3. A Alquimia deve ser entendida como símbolo e sinal de todo o conhecimento INICIÁTICO e TEOSÓFICO. Os INICIADOS se preocupam com a TRANSMUTAÇÃO INTERIOR.

4. É reconhecido como fato histórico que, antes de morrer, Jacques–Bernard de Molay predisse: Próximo está o final de vossas vidas: o Papa Clemente morrerá dentro de quarenta dias e o Rei Felipe antes de um ano. A profecia cumpriu–se fielmente. O Papa faleceu em 20 de Abril de 1314 e o Rei em 29 de Novembro do mesmo ano. Jacques de Molay subiu ao cadafalso em 19 de Março de 1314. Profecia ou antevisão dos fatos? Não se pode esquecer de que De Molay era um Templário, e, como tal, um INICIADO.

5. As Grandes Mensagens, Serge Raynaud de la Ferrière, p. 295. E que um dia possa a POMBA BRANCA descer na LLUZ, e pousar sobre a cabeça de todos os seres do Universo. AUM EHIM. Cs. também a Doutrina Secreta: Síntese de Ciência, Filosofia e Religião, Helena P. Blavatsky, pp. 142 a 160. Omnia ab Uno; Omnia ad Unum (Tudo parte do Um; tudo retorna ao Um), e O Dogma e Ritual da Alta Magia, pp. 227 e 228, de Éliphas Lèvi. Observe–se, particularmente, que a desinência NI equivale a (565) (10) = EVEI = IEVE. Como se disse no texto, na verdade, a Fórmula Sacramental pronunciada por Jesus no Golgotha é por inteiro uma revelação matemática. Acrescenta–se que a letra NUN quer dizer peixe – Jesus inaugurou a Era Pisciana. Enfim, a famosa frase ALI, ALI, LMH ShBHhTh–NI lida em forma circular e numérica apresenta–se como: 113, 113 (ou 113–311), 345 (equivalente a MoSheH), 710 (ou 710 ÷ 2 = 355 que equivale a 355–553) e 60 (ou 26). Estes números estão vinculados à cena da Transfiguração (Tiago = Água, Pedro = Terra, João = Ar e Jesus = Fogo, juntos INRI) que incluiu o profeta Elias (ALI ou 113) e Moisés (LMH ou 345). Tudo se resume a NI, ou seja, NUN–I, 5–6–5–10 (26 = 8), e ao Triângulo de Ouro de Pitágoras. A desinência NI também está associada à letra arqueométrica constitutiva S (SaMeK) de valor externo igual a 60. Por outro lado, deve–se examinar o porquê de as letras ZaIN (valor oculto = 60), HeT (valor athbash = 60) e AIN (valor oculto = 60) estarem esotericamente associadas à essa desinência. E tudo acaba por se resumir no número do Cristo: 888. Ou seja: AHIH ASheR AHIH = 21 + 501 + 21 = 543. Se se soma 543 (reverso) com 345 (face) obtém–se 888, que é o valor cabalístico e gnóstico do Nome do Cristo, ou seja, 888. OITOCENTOS E OITENTA E OITO oculta três HeT e três IEVE. Já a divisão de 888 por 26 e por 8 oculta leis imutáveis na noite da inexistente eviternidade. Finalmente, deseja–se acrescentar que, no alto da cruz que supliciou Jesus, Pilatus mandou escrever um letreiro em hebraico com a seguinte inscrição: IESCHUA HA–NOTZERI MELEK HA–IEHUDIM. A sigla INRI insere–se em outra dimensão e em outro contexto.

 

BIBLIOGRAFIA


Está disponibilizada nos livros digitais apresentados anteriormente.

 

SITES CONSULTADOS

 

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http://www.vertex.com.br/users/san/principios.htm

 

                         

 

PAZ PROFUNDA

PAZ PROFUNDA

PAZ PROFUNDA

 

 

 

 
PATRIMÔNIO INTANGÍVEL


 
Barco da Paz


Parábola Chinesa

 

       Dois homens caminham em sentido contrário por uma estrada. Cada um traz consigo um pão.

       Em uma curva da estrada os dois se encontram e, sem se falarem, apenas decidem trocar os pães... Depois, em silêncio, seguem seus caminhos, cada um levando na mão um único pão.
 
       Em outra estrada, não muito longe dali, dois homens também caminham em sentido contrário. Mas, cada um deles traz consigo uma idéia.
 
       Em determinado ponto da caminhada eles se encontram, conversam animadamente e fraternal e desinteressadamente dialogam sobre suas idéias.
 
        Depois, cumprimentam-se cordialmente, e cada um segue seu caminho, culturalmente mais ricos, pois, possuem agora DUAS IDÉIAS.
 
       É assim mesmo. Quando apenas trocamos coisas e bens materiais não acrescentamos muito ao nosso patrimônio pessoal nem ao patrimônio da Humanidade. Mas, quando compartilhamos amorosamente nossas idéias, transmutamos nossa mente e a mente daqueles com quem dividimos nossas reflexões em ferramentas fecundas capazes de serem transformadas em Conhecimento — um patrimônio intangível. E a Humanidade é automaticamente beneficiada com essa troca. Não podemos jamais nos esquecer de que o homem é um ser social. Paz.
PAZ  PROFUNDA  A  TODOS  OS  SERES  DO  UNIVERSO