1.
Bendito seja o Senhor, minha rocha,
que adestra as minhas mãos para a batalha e os meus dedos para a guerra;
2. minha
misericórdia e minha cidadela, meu presídio e meu libertador,
meu escudo e
meu refúgio, que me submete os povos.
3. Senhor,
que é o homem, para que cuides dele, o filho do homem, para que penses
nele?
4. O
homem é semelhante a um sopro da brisa; os seus dias à sombra
que passa.
5. Senhor,
inclina os teus céus, e desce, toca os montes, e fumegarão;
6. despede
um raio, e dispersa-os, lança as tuas setas, e conturba-os!
7. estende
a tua mão lá do alto, tira-me e livra-me das muitas águas
(da tribulação), da mão dos estranhos,
8. cuja
boca fala mentira, e cuja direita jura falso.
9. Ó
Deus, eu te cantarei um cântico novo, com o saltério de dez
cordas te entoarei salmos,
10.
a ti, que aos reis concedes vitória, que livraste Davi, teu servo.
11.
(da espada maligna) tira-me e livra-me da mão dos estranhos, cuja
boca fala mentira, e cuja direita jura falso.
12.
Sejam os nossos filhos como plantas, que crescem na sua juventude; as nossas
filhas sejam como colunas angulares, esculpidas como as colunas de um templo.
13.
Estejam cheios os nossos celeiros, abundantes em todos os frutos; as nossas
ovelhas, mil vezes fecundas, multipliquem-se por miríades em nossos
campos;
14.
os nossos jumentos andem carregados. Não haja brecha nas muralhas,
nem exílio, nem pranto nas suas praças.
15.
Ditoso o povo que goza tais coisas; ditoso o povo cujo Deus é o Senhor.
Comentários
O
número 144 é misterioso e mal compreendido. Mas, será
mesmo misterioso e mal compreendido o número 144? A seguir apresento
algumas (incompletas) especulações místico-cabalísticas
a respeito deste número, que, para desespero dos ameninados, nada
tem de misterioso, de sagrado, de poderoso ou de mágico. Ou compreendemos
as coisas ou continuaremos escravos.
1.
Há uma Lei Mística
oculta na Seqüência de Fibonacci (Leonardo de Pisa, 1170-1250):
[0],
1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144...
Na
Seqüência de Fibonacci, por exemplo, o número áureo
é retirado das sucessivas divisões a partir do terceiro número
desta sucessão numérica pelos seus antecessores. Os valores
de tais divisões ficam oscilando em volta do número de ouro,
porém, a cada nova divisão, os valores se tornam cada vez
mais próximos de 1,618, que é o valor da proporção
áurea, ou seja, os resultados destas divisões convergem para
o número áureo.
Exemplos:
2
÷ 1 = 2
3
÷ 2 = 1,5
5
÷ 3 = 1,666
8
÷ 5 = 1.6
13
÷ 8 = 1,625
144
÷ 89 1.618
2. Neste
Plano, um ciclo completo de vida dura, em média, 144 anos
solares. Por exemplo:
3.
Particularmente, a palavra AMaTh
produz, pela soma do valor numérico de suas letras, o número
1440, ou seja:
A + Ma
+ Th
= 1000 + 40 + 400 = 1440
AMaTh
= ThaMA + AThMa + MaThA
ThaMA
—› Milagre da Vida; Sua Manifestação
na Existência Universal.
AThMa
—› Existência Infinita da Essência Absoluta.
MaThA
—› Razão Suprema de todas as razões verdadeiras;
a Incidência de todas as reflexões; a Legislação
de todas as leis. É, em última instância, a raiz de
todas as doutrinas.
4.
Um dia (quem poderá dizer
qual?) a ciência compreenderá que 144 (cento e quarenta e quatro),
provavelmente, seja o número de elementos químicos existentes
no Universo: (7 + 5) x 12 = 144 ou 18 x 8. Em outros termos: 122
= 144. E o elemento, cujo número atômico é 144, poderá,
por hipótese, estar localizado (considerando–se a Tabela Periódica
atual) no grupo II B junto com o zinco, o cádmio, o mercúrio
e o elemento de número atômico 112 (Unúmbio, Uub). Salvo
melhor juízo, o último elemento químico anunciado por
pesquisadores da Lawrence Berkeley National Laboratory é o gás
nobre Ununóctio (eka-radônio) – nome adotado pela União
Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) – cuja descoberta
foi relatada em 1.999, porém não confirmada. Seu símbolo
químico provisório é Uuo, sua massa atômica é
supostamente 293 unidades de massa atômica, seu número atômico
Z = 118 e sua distribuição eletrônica é [Rn]
5f14 6d10 7s27p6 (previsão
baseada no radônio). Se, realmente, vier a ser confirmada sua existência,
será o primeiro gás a apresentar propriedades físico-químicas
de semicondutividade. Contudo, recentemente, em 10 de outubro de 2006, cientistas
do Instituto Conjunto para Pesquisa Nuclear da Rússia e do Laboratório
Lawrence Livermore anunciaram que, através de colisões de
átomos de califórnio e cálcio, indiretamente haviam
detectado o elemento 118. Há, todavia, para tudo isso, alguns pontos
de interrogação: será que as condições
médias de temperatura e de pressão deste Planeta permitirão
que se descubram e/ou que se sintetizem todos os elementos? E se forem todos
artificialmente sintetizados, quais serão suas vidas–médias
e suas meias–vidas? E ainda: quais serão suas utilidades e
suas aplicações? Serão utilizados e aplicados para
o bem da Humanidade? É preciso esperar, pesquisar e orar! Entretanto,
os cientistas que esquadrinham a Natureza levando em consideração
os multisseculares Princípios Rosacruzes estão cada vez mais
convencidos de que, em a Natureza, podem existir 144 (cento e quarenta e
quatro) átomos distintos. Isto significa que podem haver 144 números
atômicos diferentes, ou seja, átomos que podem, no limite,
possuir 144 prótons e 144 elétrons com diferentes números
de nêutrons. No limite? Ora, tudo isso ainda é pura especulação.
5.
Ao se construir um triângulo
isósceles – de tal sorte que a altura seja igual ao raio de
um círculo, e cujo perímetro equivalha a duas vezes o perímetro
da circunferência desse círculo – o ângulo interno
maior do triângulo mede 144 graus, ou seja:
A Porta dos Templos Iniciáticos
antigos, quando possuía sobre seu marco retangular um frontão
triangular, cujo ângulo superior é igual a 144º, expressa
a Tri–Unidade, vale dizer, Unidade na Trindade.
CASTELO
DE TANAY
(O Rosacruz, Agosto, 1978, p. 123)
Observar o frontão triangular deste Castelo do século XI,
construído antes da Primeira Cruzada.
JARDIM
DE GETSÊMANE
(O Rosacruz, Agosto, 1979, p. 123)
Este jardim está localizado no sopé do Monte das Oliveiras
e é reputado como o refúgio de Jesus e seus discípulos.
Observar o frontão triangular da construção.
Observa–se
que no triângulo isósceles, cujo ângulo superior é
igual a 144º, que os dois outros ângulos são iguais (já
que o triângulo é isósceles), e valem 18º cada
um, cuja soma é igual a 36º. Algumas observações
especulativas adicionais podem ser implementadas: a) os ângulos (principais,
secundários, associados, complementares, suplementares e replementares)
que aparecem nessa figura geométrica são: 342º, 216º,
162º, 144º, 126º, 108º, 90º, 72º, 36º
e 18º; b) 18 representa a Lua, cuja constante planetária é
369. Observa–se que a adição dos algarismos deste número
é igual a 18 (3 + 6 + 9) e a redução equivale a 9 (1
+ 8), como, obviamente, todas as outras reduções dos valores
angulares são iguais a 9. Se se multiplica 18 por 72 se obtém
1296, cifra da frase RUaH KaDIM HaRIShITh [(200 + 6 + 8) + (100
+ 4 + 10 + 40) + (8 + 200 + 10 + 300 + 10 + 400)] – vento oriental
penetrante, que procede da origem. 18 ainda pode ser entendido como
[(3 x 3).2]. Também está associado à palavra JaI
(8 + 10), que significa vida –› seguir vivendo; c) 36 = [(23
+ 33) + 1], ou seja, 36 equivale à incorporação de
1 (um) à cifra 35 (trinta e cinco); d) 36 são os decanatos
zodiacais (3 x 12); e) 36 são, segundo os Vedas, o número
de Tattvas; f) 36 são os justos que se encontram em cada
geração – 36 Tzadikim (pilares de cada geração);
g) o triângulo isósceles do frontão é formado
por dois triângulos retângulos cujos ângulos são:
90º, 72º e 18º; h) 90 está associado à palavra
água – MaIM (40 + 10 + 40) – que possui as mesmas
cifras para os Valores Externo e Oculto, desse modo expressando uma dualidade
em todos os níveis. As águas por cima são masculinas,
e as águas por baixo são femininas (Gênese
I, 1–9); i) 72 está vinculado aos 72 nomes divinos, oriundos
de IEVE (10 + 15 + 21 + 26). Também está associado
à palavra HeSeD (8 + 60 + 4), graça ou bondade; j)
108 pode ser entendido como 2 x 54, 3 x 36, 4 x 27, 6 x 18 ou 9 x 12. Está
associado aos ciclos de atividade e de inatividade das Fraternidades Iniciáticas
(108 anos); l) 126 está associado à beleza da palavra hebraica
IaFO. O Valor Externo de IaFO é 96 (10 + 80 + 6)
e seu Valor Athbash é 126 (40 + 6 + 80). Ao se somarem estes
dois valores encontra–se 222 (96 + 126), conceito que também
expressa a dualidade em todos os níveis; m) 1, 6 e 2 são os
algarismos associados à palavra AUR, cujo valor é
207 (1 + 6 + 200), que representa a LUZ do ILIMITADO. 207 é também
o valor das palavras AIN SOPh, ou seja, [(1 + 10 + 50) + (60 +
6 + 80)]. Com a cifra 207 podem–se construir as palavras Torrente,
Claridade e Secreto, vale dizer, GDR (3 + 4 + 200), BHR
(2 + 5 + 200) e RZ (200 + 7). A secreta torrente de claridade no
seio do Ilimitado. Os algarismos 1, 6 e 2 também aparecem na palavra
AUB (serpente), simbólica de força ou de energia.
Caduceu. Esotericamente, o bastão do caduceu representa o Eixo do
Mundo. As duas Serpentes simbolizam a energia de Kundalini, que
permanece latentemente adormecida e comprimida como uma mola na base da
coluna vertebral. O calor que conforta...; n) 216 é o dobro de 108
ou o cubo de 6. Representa o ciclo completo (atividade versus inatividade)
das Ordens Iniciáticas Autênticas. Do nascimento ao novo nascimento
de uma Loja, 216 anos (108 + 108) devem ser cumpridos; o) 342 é a
Temura terciária de 432, que representa, segundo as antigas
cronologias caldéia e hindu, a cifra–unidade dos ciclos cósmicos.
Ao se dividir 342 por 9, obtém–se 38, correspondente ao número
de palavras do relato da criação referente ao 'Segundo
Dia'. O 'Quinto Dia' da criação contém
57 palavras. E assim, a relação entre ambos é de 2
: 3, pois 38 = 2 x 19 e 57 = 3 x 19. 19 está associado
à palavra HaVaH (8 + 6 + 5) – a Mãe da vida
– ou seja, segundo Friedrich Weinreb, é um conceito típico
do Absoluto: 19 = 1 + 9 = 10 = 1. Unidade. DEZENOVE PALAVRAS.
A Ilustre Mística que aparece na animação em flash
abaixo é Mestre Apis, AWS, Digna Fundadora da Ordem
de Maat
e Hierofante da Ordo
Svmmvm Bonvm.
A proposta reflexiva das DEZENOVE PALAVRAS é de
sua inspiração. Há, finalmente, ainda a considerar
o Mar Vermelho (IaM SUF) – o mar da fronteira entre a matéria
e AQUILO que está mais além e em nosso interior.
O Valor Athbash para IaM SUF é: 144 (40 + 10 +
8 + 80 + 6). Alquimicamente, o Mar Vermelho é um nome codificado
para a água mercurial divina e para o seu poder de tingir. 144 também
é igual a 48 + 96. Cabe lembrar e repetir que todos os ângulos
mencionados são, por adição, obviamente, iguais a NOVE.
6.
Outro ponto interessante para reflexão
são as palavras obtidas de ADM pela operação
de Temura Primária (palavra derivada equivalente em valor
absoluto), ou seja, por exemplo, QDM, AMaTh, IMM e AThMa:
ADM |
QDM |
AMaTh |
IMM |
AThMa |
A
(1) = 1 |
Q
(100) = 1 |
A
(1) = 1 |
I
(10) = 1 |
A
(1) = 1 |
D
(4) = 4 |
D
(4) = 4 |
M
(40) = 4 |
M
(40) = 4 |
Th
(400) = 4 |
M
(40) = 4 |
M
(40) = 4 |
Th
(400) = 4 |
M
(40) = 4 |
M
(40) = 4 |
7. Há
ainda que ser aditado, segundo Raymond Bernard, que 48 (quarenta e oito)
Leis governam a Terra, enquanto 96 (noventa e seis) regem a Lua. 48 + 96
= 144. Isso, talvez, explique o fato de a Cosmogênese Teosófica
reconhecer que, no passado, a Lua enviou toda sua energia, vida e poderes
à Terra, tornando–se, desta forma, um astro morto, no que tange
aos seus princípios internos, e no qual quase cessou sua rotação.
Que a Lua é o satélite da Terra, não há dúvida;
entretanto, que ela deu tudo à Terra – mas que a vampiriza
incessantemente – isto é algo que está por ser descoberto
pois ainda está circunscrito à esfera iniciática. O
que pode ser dito é que se alguém, inadvertidamente, dorme
diretamente sob a luz (polarizada) de seus raios, perde uma parcela de sua
energia vital. Sim, a Lua é dos namorados... mas nem tanto! E os
quatro ciclos (fases) lunares encerram mistérios e segredos ainda
muito pouco compreendidos. O que é certo e passível de ser
reproduzido, é que, por exemplo, o quarto minguante manifesta poderes
e propriedades completamente distintos do plenilúnio.
Epílogo
O
que dizer do Salmo que abre estas especulações místico-filosóficas?
Bendito
seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a batalha
e os meus dedos para a guerra. Ainda que se compreenda os vocábulos
batalha e guerra como respeitantes à batalha e
à guerra interior contra as ilusões e os demônios por
nós fabricados, não há um Senhor Bendito que adestre
nossas mãos. Se houvesse, porque Ele adestraria apenas a sua e a
minha mão, e não as mãos de todos aqueles que têm
mãos? Porque nós pedimos e os outros não? Porque os
outros não O conhecem? Porque o Senhor é outro? Por que o
nosso Senhor é melhor do que o Senhor dos outros? Presumidamente,
poderá haver dois, três, quatro, cinco Senhores? Por quê
tudo isso? Eu realmente não entendo. Isso é simplesmente preconceito
– preconceito calidoscópico medieval. O único Bendito
Senhor plausível, razoável, é – ou poderá
vir-a-ser – Aquele que construirmos em nosso interior. In imo
Corde.
O
Calidoscópio
da Consentida Ignorância
Minha
misericórdia [e sua misericórdia], minha cidadela
[e sua cidadela], meu presídio [e seu presídio],
meu libertador [e seu libertador], meu escudo [e seu escudo]
e meu refúgio [e seu refúgio]... estão em
nossos Corações. Somos os criadores e os responsáveis
por tudo. Isto não admite qualquer exceção.
Estende
a tua mão lá do alto, tira-me e livra-me das muitas águas
(da tribulação)... Por que, neste século XXI,
ainda insistimos, como repete e aconselha sistematicamente o Primeiro Testamento,
em pedir, ao invés de nós próprios construirmos o que
desejamos e o que precisamos? Pedir por quê? Pedir a quem?
...
que aos reis concedes vitória...
Este absurdo eu não comentarei. Se eu tivesse que comentar,
coisa que não vou fazer, diria que este tipo de vitória só
poderá ser uma vitória de merda. Ora, acabei comentando!
Estejam
cheios os nossos celeiros... Este pedido é irracionalmente egoísta
e irracionalmente medonho. Eu me conformaria e aplaudiria se o pedido fosse:
Estejam cheios os celeiros do mundo e que não falte comida para ninguém.
Somos todos UM. A fome do outro é a fome do mesmo;
enquanto, neste Plano, um passar necessidade, todos nós estaremos
carentes e famintos. Ora bolas! Mil vezes ora bolas! Até hoje não
foi compreendido o significado do ensinamento crístico: AMAI-VOS.
O Homem, dizem, morreu crucificado para nos
ensinar, e nós continuamos tão ou mais analfabetos do que
naqueles tempos de traviata
inanidade.
Amar apenas na ventura é moleza; é preciso amar na adversidade,
na doença, na pobreza e no raio que o parta. Amar é preciso!
...
ditoso o povo cujo Deus é
o Senhor. Ditoso o povo cujo Deus é o Senhor? Ditoso? Venturoso?
E o resto? E os outros povos ou indivíduos isolados cujos deuses
não se conformam com esse imaginário modelo ou que o entendimento
de seus deuses seja outro? Serão desditosos? Os que servem a Deus
serão preservados? E os que não servem, como eu? Por acaso
serão fulminados? Iminência do castigo final? O triunfo dos
eleitos será no céu? Eleitos? Resgatados do Cordeiro? Eu que
não acredito e não aceito em céu e em inferno, irei
para onde? Essas coisas fazem lembrar a perícope dos 144.000 eleitos
ou assinalados, 12 x 12 x 1000 de cada tribo de Israel (Livro da Revelação
VII, 4-8) e coisas canhestras do tipo só nossa Igreja é
a dos eleitos... Enfim, ou tratamos de corrigir já nossos preconceitos,
nossas crendeirices e nossos pensamentos hipoteticamente privilegiados ou
daremos com a fucinhola na inexistente porta dourada que pensamos que existe
e que estará arreganhada quando morrermos. Ou aprendemos a olhar
com os olhos da alma e com os olhos do nosso Coração ou, por
literalmente interpretarmos o simbolismo dos livros ditos sagrados, iremos,
efetivamente, dar com a fucinhola na inexistente porta dourada que só
existe em nossas irracionais fantasias religiosas. Eu, ainda, poderia, ab
absurdo, usar o seguinte raciocínio infantil, simplório
e ingênuo para contraditar essas coisas malucas de salvação
e de eleitos ou assinalados: como foi visto mais acima, a Temura
Primária de ADM é 144; se somos, todos, filhos de
ADM ou se ADM é o nosso pai primigênio, o
que dá na mesma, então, somos todos assinalados e, de uma
forma ou de outra, a priori, somos todos eleitos e estamos todos
salvos. E ainda: por que um presumido Deus assinalaria alguns e outros não?
Se, no ato da suposta criação, Ele tivesse feito isso, Ele
não seria Deus, mas brincalhão ou demônio. Mas como
repilo tudo isso... É preciso que seja dito mais o quê? Por
tudo isso, enfim, o título deste desafetado ensaio foi elaborado
da forma que foi, e se você quiser acrescentar mais alguns zeros,
tudo bem.
Como
não resisto, só direi mais uma coisa: Quando afirmei, logo
no início dos Comentários, que o número 144 é
misterioso e mal compreendido, não fui fiel e tampouco sincero com
relação àquilo que, para mim, constitui a minha Verdade
Relativa. Ainda bem que corrigi logo em seguida! Verdadeiramente, penso
que não haja um número misterioso, sagrado, poderoso ou mágico,
ainda que o(s) universo(s) estejam magikamente
ancorados e estruturados em números, em ciclos e em perpétuo
movimento. A Magia Universal é uma só: SOMOS TODOS
UM. Só nos alforriaremos (de verdade) quando consciente
e progressivamente alterarmos a degenerescência do nosso DNA, volitivamente
aumentarmos o número de códons em funcionamento e nos libertarmos
das hipotéticas fantasmagorias que só servem aos interesses
de quem as fabricam. O pior é que em cima dessas fantasmagorias há
uma geométrica tropa de malucos colorindo cada uma delas ao seu bel-prazer.
Então, quem quiser ficar livre de tudo isso, para começar,
20 —› 24.
_____
Nota:
1. Na Vulgata Latina,
este Salmo é
o 143. A Vulgata é uma tradução
para o latim da Bíblia escrita em meados do Século
IV por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I. Nela,
o Primeiro Testamento foi vertido diretamente do hebraico e não
da tradução grega conhecida como Septuaginta. A Septuaginta
é a designação por que é conhecida a mais antiga
tradução em grego da Torá para o idioma grego,
feita por volta do século III a. C. Ela foi encomendada por Ptolomeu
II (287 a. C. - 247 a. C.), rei do Egito, para ilustrar a recém-inaugurada
Biblioteca de Alexandria. A tradução ficou conhecida como
a Versão dos Setenta ou Septuaginta, palavra latina
que significa setenta, ou LXX, pois setenta e dois rabinos trabalharam nela
e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta
e dois dias.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.projectpluto.com/update8b.htm
http://www.viafanzine.jor.br/
http://cidadaodomundo.weblog.com.
pt/arquivo/040747.html
http://www.amaluz.com.br/home.htm
http://cameronbarry.com/media/
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_ouro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulgata
http://pt.wikipedia.org/wiki/Septuaginta
Fundo
musical:
La Traviata
(Giuseppe Verdi)
Fonte:
http://members.tripod.com/
~rosemck1/jukebox-classical.html