Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

 

 

Salmo 1441

 

 

 

1. Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a batalha e os meus dedos para a guerra;

2. minha misericórdia e minha cidadela, meu presídio e meu libertador, meu escudo e meu refúgio, que me submete os povos.

3. Senhor, que é o homem, para que cuides dele, o filho do homem, para que penses nele?

4. O homem é semelhante a um sopro da brisa; os seus dias à sombra que passa.

5. Senhor, inclina os teus céus, e desce, toca os montes, e fumegarão;

6. despede um raio, e dispersa-os, lança as tuas setas, e conturba-os!

7. estende a tua mão lá do alto, tira-me e livra-me das muitas águas (da tribulação), da mão dos estranhos,

8. cuja boca fala mentira, e cuja direita jura falso.

9. Ó Deus, eu te cantarei um cântico novo, com o saltério de dez cordas te entoarei salmos,

10. a ti, que aos reis concedes vitória, que livraste Davi, teu servo.

11. (da espada maligna) tira-me e livra-me da mão dos estranhos, cuja boca fala mentira, e cuja direita jura falso.

12. Sejam os nossos filhos como plantas, que crescem na sua juventude; as nossas filhas sejam como colunas angulares, esculpidas como as colunas de um templo.

13. Estejam cheios os nossos celeiros, abundantes em todos os frutos; as nossas ovelhas, mil vezes fecundas, multipliquem-se por miríades em nossos campos;

14. os nossos jumentos andem carregados. Não haja brecha nas muralhas, nem exílio, nem pranto nas suas praças.

15. Ditoso o povo que goza tais coisas; ditoso o povo cujo Deus é o Senhor.

 

 

Comentários

 

 

O número 144 é misterioso e mal compreendido. Mas, será mesmo misterioso e mal compreendido o número 144? A seguir apresento algumas (incompletas) especulações místico-cabalísticas a respeito deste número, que, para desespero dos ameninados, nada tem de misterioso, de sagrado, de poderoso ou de mágico. Ou compreendemos as coisas ou continuaremos escravos.

 

1. Há uma Lei Mística oculta na Seqüência de Fibonacci (Leonardo de Pisa, 1170-1250):

 

[0], 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144...

 

 

 

 

Na Seqüência de Fibonacci, por exemplo, o número áureo é retirado das sucessivas divisões a partir do terceiro número desta sucessão numérica pelos seus antecessores. Os valores de tais divisões ficam oscilando em volta do número de ouro, porém, a cada nova divisão, os valores se tornam cada vez mais próximos de 1,618, que é o valor da proporção áurea, ou seja, os resultados destas divisões convergem para o número áureo.

 

Número Áureo

 

 

Exemplos:

2 ÷ 1 = 2

3 ÷ 2 = 1,5

5 ÷ 3 = 1,666

8 ÷ 5 = 1.6

13 ÷ 8 = 1,625

144 ÷ 89 1.618

 

2. Neste Plano, um ciclo completo de vida dura, em média, 144 anos solares. Por exemplo:

 

 

 

 

3. Particularmente, a palavra AMaTh produz, pela soma do valor numérico de suas letras, o número 1440, ou seja:

A + Ma  + Th = 1000 + 40 + 400 = 1440

AMaTh = ThaMA + AThMa + MaThA

ThaMA —› Milagre da Vida; Sua Manifestação na Existência Universal.

AThMa —› Existência Infinita da Essência Absoluta.

MaThA —› Razão Suprema de todas as razões verdadeiras; a Incidência de todas as reflexões; a Legislação de todas as leis. É, em última instância, a raiz de todas as doutrinas.

 

4. Um dia (quem poderá dizer qual?) a ciência compreenderá que 144 (cento e quarenta e quatro), provavelmente, seja o número de elementos químicos existentes no Universo: (7 + 5) x 12 = 144 ou 18 x 8. Em outros termos: 122 = 144. E o elemento, cujo número atômico é 144, poderá, por hipótese, estar localizado (considerando–se a Tabela Periódica atual) no grupo II B junto com o zinco, o cádmio, o mercúrio e o elemento de número atômico 112 (Unúmbio, Uub). Salvo melhor juízo, o último elemento químico anunciado por pesquisadores da Lawrence Berkeley National Laboratory é o gás nobre Ununóctio (eka-radônio) – nome adotado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) – cuja descoberta foi relatada em 1.999, porém não confirmada. Seu símbolo químico provisório é Uuo, sua massa atômica é supostamente 293 unidades de massa atômica, seu número atômico Z = 118 e sua distribuição eletrônica é [Rn] 5f14 6d10 7s27p6 (previsão baseada no radônio). Se, realmente, vier a ser confirmada sua existência, será o primeiro gás a apresentar propriedades físico-químicas de semicondutividade. Contudo, recentemente, em 10 de outubro de 2006, cientistas do Instituto Conjunto para Pesquisa Nuclear da Rússia e do Laboratório Lawrence Livermore anunciaram que, através de colisões de átomos de califórnio e cálcio, indiretamente haviam detectado o elemento 118. Há, todavia, para tudo isso, alguns pontos de interrogação: será que as condições médias de temperatura e de pressão deste Planeta permitirão que se descubram e/ou que se sintetizem todos os elementos? E se forem todos artificialmente sintetizados, quais serão suas vidas–médias e suas meias–vidas? E ainda: quais serão suas utilidades e suas aplicações? Serão utilizados e aplicados para o bem da Humanidade? É preciso esperar, pesquisar e orar! Entretanto, os cientistas que esquadrinham a Natureza levando em consideração os multisseculares Princípios Rosacruzes estão cada vez mais convencidos de que, em a Natureza, podem existir 144 (cento e quarenta e quatro) átomos distintos. Isto significa que podem haver 144 números atômicos diferentes, ou seja, átomos que podem, no limite, possuir 144 prótons e 144 elétrons com diferentes números de nêutrons. No limite? Ora, tudo isso ainda é pura especulação.

 

 

 

 

5. Ao se construir um triângulo isósceles – de tal sorte que a altura seja igual ao raio de um círculo, e cujo perímetro equivalha a duas vezes o perímetro da circunferência desse círculo – o ângulo interno maior do triângulo mede 144 graus, ou seja:

 

 

Triângulo Isósceles

 

 

A Porta dos Templos Iniciáticos antigos, quando possuía sobre seu marco retangular um frontão triangular, cujo ângulo superior é igual a 144º, expressa a Tri–Unidade, vale dizer, Unidade na Trindade.

 

 

CASTELO DE TANAY

CASTELO DE TANAY
(O Rosacruz, Agosto, 1978, p. 123)
Observar o frontão triangular deste Castelo do século XI,
construído antes da Primeira Cruzada.

 

 

JARDIM DE GETSÊMANE

JARDIM DE GETSÊMANE
(O Rosacruz, Agosto, 1979, p. 123)
Este jardim está localizado no sopé do Monte das Oliveiras
e é reputado como o refúgio de Jesus e seus discípulos.
Observar o frontão triangular da construção.

 

Observa–se que no triângulo isósceles, cujo ângulo superior é igual a 144º, que os dois outros ângulos são iguais (já que o triângulo é isósceles), e valem 18º cada um, cuja soma é igual a 36º. Algumas observações especulativas adicionais podem ser implementadas: a) os ângulos (principais, secundários, associados, complementares, suplementares e replementares) que aparecem nessa figura geométrica são: 342º, 216º, 162º, 144º, 126º, 108º, 90º, 72º, 36º e 18º; b) 18 representa a Lua, cuja constante planetária é 369. Observa–se que a adição dos algarismos deste número é igual a 18 (3 + 6 + 9) e a redução equivale a 9 (1 + 8), como, obviamente, todas as outras reduções dos valores angulares são iguais a 9. Se se multiplica 18 por 72 se obtém 1296, cifra da frase RUaH KaDIM HaRIShITh [(200 + 6 + 8) + (100 + 4 + 10 + 40) + (8 + 200 + 10 + 300 + 10 + 400)] – vento oriental penetrante, que procede da origem. 18 ainda pode ser entendido como [(3 x 3).2]. Também está associado à palavra JaI (8 + 10), que significa vida –› seguir vivendo; c) 36 = [(23 + 33) + 1], ou seja, 36 equivale à incorporação de 1 (um) à cifra 35 (trinta e cinco); d) 36 são os decanatos zodiacais (3 x 12); e) 36 são, segundo os Vedas, o número de Tattvas; f) 36 são os justos que se encontram em cada geração – 36 Tzadikim (pilares de cada geração); g) o triângulo isósceles do frontão é formado por dois triângulos retângulos cujos ângulos são: 90º, 72º e 18º; h) 90 está associado à palavra água – MaIM (40 + 10 + 40) – que possui as mesmas cifras para os Valores Externo e Oculto, desse modo expressando uma dualidade em todos os níveis. As águas por cima são masculinas, e as águas por baixo são femininas (Gênese I, 1–9); i) 72 está vinculado aos 72 nomes divinos, oriundos de IEVE (10 + 15 + 21 + 26). Também está associado à palavra HeSeD (8 + 60 + 4), graça ou bondade; j) 108 pode ser entendido como 2 x 54, 3 x 36, 4 x 27, 6 x 18 ou 9 x 12. Está associado aos ciclos de atividade e de inatividade das Fraternidades Iniciáticas (108 anos); l) 126 está associado à beleza da palavra hebraica IaFO. O Valor Externo de IaFO é 96 (10 + 80 + 6) e seu Valor Athbash é 126 (40 + 6 + 80). Ao se somarem estes dois valores encontra–se 222 (96 + 126), conceito que também expressa a dualidade em todos os níveis; m) 1, 6 e 2 são os algarismos associados à palavra AUR, cujo valor é 207 (1 + 6 + 200), que representa a LUZ do ILIMITADO. 207 é também o valor das palavras AIN SOPh, ou seja, [(1 + 10 + 50) + (60 + 6 + 80)]. Com a cifra 207 podem–se construir as palavras Torrente, Claridade e Secreto, vale dizer, GDR (3 + 4 + 200), BHR (2 + 5 + 200) e RZ (200 + 7). A secreta torrente de claridade no seio do Ilimitado. Os algarismos 1, 6 e 2 também aparecem na palavra AUB (serpente), simbólica de força ou de energia. Caduceu. Esotericamente, o bastão do caduceu representa o Eixo do Mundo. As duas Serpentes simbolizam a energia de Kundalini, que permanece latentemente adormecida e comprimida como uma mola na base da coluna vertebral. O calor que conforta...; n) 216 é o dobro de 108 ou o cubo de 6. Representa o ciclo completo (atividade versus inatividade) das Ordens Iniciáticas Autênticas. Do nascimento ao novo nascimento de uma Loja, 216 anos (108 + 108) devem ser cumpridos; o) 342 é a Temura terciária de 432, que representa, segundo as antigas cronologias caldéia e hindu, a cifra–unidade dos ciclos cósmicos. Ao se dividir 342 por 9, obtém–se 38, correspondente ao número de palavras do relato da criação referente ao 'Segundo Dia'. O 'Quinto Dia' da criação contém 57 palavras. E assim, a relação entre ambos é de 2 : 3, pois 38 = 2 x 19 e 57 = 3 x 19. 19 está associado à palavra HaVaH (8 + 6 + 5) – a Mãe da vida – ou seja, segundo Friedrich Weinreb, é um conceito típico do Absoluto: 19 = 1 + 9 = 10 = 1. Unidade. DEZENOVE PALAVRAS. A Ilustre Mística que aparece na animação em flash abaixo é Mestre Apis, AWS, Digna Fundadora da Ordem de Maat e Hierofante da Ordo Svmmvm Bonvm. A proposta reflexiva das DEZENOVE PALAVRAS é de sua inspiração. Há, finalmente, ainda a considerar o Mar Vermelho (IaM SUF) – o mar da fronteira entre a matéria e AQUILO que está mais além e em nosso interior. O Valor Athbash para IaM SUF é: 144 (40 + 10 + 8 + 80 + 6). Alquimicamente, o Mar Vermelho é um nome codificado para a água mercurial divina e para o seu poder de tingir. 144 também é igual a 48 + 96. Cabe lembrar e repetir que todos os ângulos mencionados são, por adição, obviamente, iguais a NOVE.

 


 

6. Outro ponto interessante para reflexão são as palavras obtidas de ADM pela operação de Temura Primária (palavra derivada equivalente em valor absoluto), ou seja, por exemplo, QDM, AMaTh, IMM e AThMa:

 

ADM
QDM
AMaTh
IMM
AThMa
A (1) = 1
Q (100) = 1
A (1) = 1
I (10) = 1
A (1) = 1
D (4) = 4
D (4) = 4
M (40) = 4
M (40) = 4
Th (400) = 4
M (40) = 4
M (40) = 4
Th (400) = 4
M (40) = 4
M (40) = 4


7. Há ainda que ser aditado, segundo Raymond Bernard, que 48 (quarenta e oito) Leis governam a Terra, enquanto 96 (noventa e seis) regem a Lua. 48 + 96 = 144. Isso, talvez, explique o fato de a Cosmogênese Teosófica reconhecer que, no passado, a Lua enviou toda sua energia, vida e poderes à Terra, tornando–se, desta forma, um astro morto, no que tange aos seus princípios internos, e no qual quase cessou sua rotação. Que a Lua é o satélite da Terra, não há dúvida; entretanto, que ela deu tudo à Terra – mas que a vampiriza incessantemente – isto é algo que está por ser descoberto pois ainda está circunscrito à esfera iniciática. O que pode ser dito é que se alguém, inadvertidamente, dorme diretamente sob a luz (polarizada) de seus raios, perde uma parcela de sua energia vital. Sim, a Lua é dos namorados... mas nem tanto! E os quatro ciclos (fases) lunares encerram mistérios e segredos ainda muito pouco compreendidos. O que é certo e passível de ser reproduzido, é que, por exemplo, o quarto minguante manifesta poderes e propriedades completamente distintos do plenilúnio.

 

 

 

 

 

 

Epílogo

 

 

O que dizer do Salmo que abre estas especulações místico-filosóficas?

Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a batalha e os meus dedos para a guerra. Ainda que se compreenda os vocábulos batalha e guerra como respeitantes à batalha e à guerra interior contra as ilusões e os demônios por nós fabricados, não há um Senhor Bendito que adestre nossas mãos. Se houvesse, porque Ele adestraria apenas a sua e a minha mão, e não as mãos de todos aqueles que têm mãos? Porque nós pedimos e os outros não? Porque os outros não O conhecem? Porque o Senhor é outro? Por que o nosso Senhor é melhor do que o Senhor dos outros? Presumidamente, poderá haver dois, três, quatro, cinco Senhores? Por quê tudo isso? Eu realmente não entendo. Isso é simplesmente preconceito – preconceito calidoscópico medieval. O único Bendito Senhor plausível, razoável, é – ou poderá vir-a-ser – Aquele que construirmos em nosso interior. In imo Corde.

 

 

O Calidoscópio
da Consentida Ignorância

 

 

Minha misericórdia [e sua misericórdia], minha cidadela [e sua cidadela], meu presídio [e seu presídio], meu libertador [e seu libertador], meu escudo [e seu escudo] e meu refúgio [e seu refúgio]... estão em nossos Corações. Somos os criadores e os responsáveis por tudo. Isto não admite qualquer exceção.

Estende a tua mão lá do alto, tira-me e livra-me das muitas águas (da tribulação)... Por que, neste século XXI, ainda insistimos, como repete e aconselha sistematicamente o Primeiro Testamento, em pedir, ao invés de nós próprios construirmos o que desejamos e o que precisamos? Pedir por quê? Pedir a quem?

... que aos reis concedes vitória... Este absurdo eu não comentarei. Se eu tivesse que comentar, coisa que não vou fazer, diria que este tipo de vitória só poderá ser uma vitória de merda. Ora, acabei comentando!

Estejam cheios os nossos celeiros... Este pedido é irracionalmente egoísta e irracionalmente medonho. Eu me conformaria e aplaudiria se o pedido fosse: Estejam cheios os celeiros do mundo e que não falte comida para ninguém. Somos todos UM. A fome do outro é a fome do mesmo; enquanto, neste Plano, um passar necessidade, todos nós estaremos carentes e famintos. Ora bolas! Mil vezes ora bolas! Até hoje não foi compreendido o significado do ensinamento crístico: AMAI-VOS. O Homem, dizem, morreu crucificado para nos ensinar, e nós continuamos tão ou mais analfabetos do que naqueles tempos de traviata inanidade. Amar apenas na ventura é moleza; é preciso amar na adversidade, na doença, na pobreza e no raio que o parta. Amar é preciso!

... ditoso o povo cujo Deus é o Senhor. Ditoso o povo cujo Deus é o Senhor? Ditoso? Venturoso? E o resto? E os outros povos ou indivíduos isolados cujos deuses não se conformam com esse imaginário modelo ou que o entendimento de seus deuses seja outro? Serão desditosos? Os que servem a Deus serão preservados? E os que não servem, como eu? Por acaso serão fulminados? Iminência do castigo final? O triunfo dos eleitos será no céu? Eleitos? Resgatados do Cordeiro? Eu que não acredito e não aceito em céu e em inferno, irei para onde? Essas coisas fazem lembrar a perícope dos 144.000 eleitos ou assinalados, 12 x 12 x 1000 de cada tribo de Israel (Livro da Revelação VII, 4-8) e coisas canhestras do tipo só nossa Igreja é a dos eleitos... Enfim, ou tratamos de corrigir já nossos preconceitos, nossas crendeirices e nossos pensamentos hipoteticamente privilegiados ou daremos com a fucinhola na inexistente porta dourada que pensamos que existe e que estará arreganhada quando morrermos. Ou aprendemos a olhar com os olhos da alma e com os olhos do nosso Coração ou, por literalmente interpretarmos o simbolismo dos livros ditos sagrados, iremos, efetivamente, dar com a fucinhola na inexistente porta dourada que só existe em nossas irracionais fantasias religiosas. Eu, ainda, poderia, ab absurdo, usar o seguinte raciocínio infantil, simplório e ingênuo para contraditar essas coisas malucas de salvação e de eleitos ou assinalados: como foi visto mais acima, a Temura Primária de ADM é 144; se somos, todos, filhos de ADM ou se ADM é o nosso pai primigênio, o que dá na mesma, então, somos todos assinalados e, de uma forma ou de outra, a priori, somos todos eleitos e estamos todos salvos. E ainda: por que um presumido Deus assinalaria alguns e outros não? Se, no ato da suposta criação, Ele tivesse feito isso, Ele não seria Deus, mas brincalhão ou demônio. Mas como repilo tudo isso... É preciso que seja dito mais o quê? Por tudo isso, enfim, o título deste desafetado ensaio foi elaborado da forma que foi, e se você quiser acrescentar mais alguns zeros, tudo bem.

Como não resisto, só direi mais uma coisa: Quando afirmei, logo no início dos Comentários, que o número 144 é misterioso e mal compreendido, não fui fiel e tampouco sincero com relação àquilo que, para mim, constitui a minha Verdade Relativa. Ainda bem que corrigi logo em seguida! Verdadeiramente, penso que não haja um número misterioso, sagrado, poderoso ou mágico, ainda que o(s) universo(s) estejam magikamente ancorados e estruturados em números, em ciclos e em perpétuo movimento. A Magia Universal é uma só: SOMOS TODOS UM. Só nos alforriaremos (de verdade) quando consciente e progressivamente alterarmos a degenerescência do nosso DNA, volitivamente aumentarmos o número de códons em funcionamento e nos libertarmos das hipotéticas fantasmagorias que só servem aos interesses de quem as fabricam. O pior é que em cima dessas fantasmagorias há uma geométrica tropa de malucos colorindo cada uma delas ao seu bel-prazer. Então, quem quiser ficar livre de tudo isso, para começar, 20 —› 24.

 

 

 

 

 

 


_____

Nota:

1. Na Vulgata Latina, este Salmo é o 143. A Vulgata é uma tradução para o latim da Bíblia escrita em meados do Século IV por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I. Nela, o Primeiro Testamento foi vertido diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. A Septuaginta é a designação por que é conhecida a mais antiga tradução em grego da Torá para o idioma grego, feita por volta do século III a. C. Ela foi encomendada por Ptolomeu II (287 a. C. - 247 a. C.), rei do Egito, para ilustrar a recém-inaugurada Biblioteca de Alexandria. A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou LXX, pois setenta e dois rabinos trabalharam nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.projectpluto.com/update8b.htm

http://www.viafanzine.jor.br/

http://cidadaodomundo.weblog.com.
pt/arquivo/040747.html

http://www.amaluz.com.br/home.htm

http://cameronbarry.com/media/

http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_ouro

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulgata

http://pt.wikipedia.org/wiki/Septuaginta

 

Fundo musical:

La Traviata (Giuseppe Verdi)

Fonte:

http://members.tripod.com/
~rosemck1/jukebox-classical.html