Três
Observações:
1ª) É
necessário que esta rubay
(ligeiramente editada por mim) seja lida esotericamente, para não
se cair em um niilismo estéril, o que, certamente, não
foi o caso do filósofo, poeta, matemático e astrônomo
persa dos séculos XI e XII Omar Khayyam (18 de maio de 1048
– 4 de dezembro de 1131), que foi um Iniciado Sufi. O poeminha
abaixo, nela inspirado, e as duas animações que se
seguem tentam explicar-decodificar o sentido místico-esotérico
desta rubay.
O Rubaiyat
(plural da palavra persa rubay
e que quer dizer quadras, quartetos) de Omar Khayyam, originariamente
escritos em persa, traduzido e publicado em 1859 pelo poeta inglês
Edward FitzGerald (31 de março de 1809 – 14 de junho
de 1883), mais esconde do que revela! Acho que aqui cabe uma confissão
importante: li o Rubaiyat,
de Omar Khayyam, pela primeira vez, mais ou menos com 10 anos de
idade. Não entendi xongas. Ao longo dos anos, de vez em quando,
eu o relia, e, lá um dia, achei que o compreendi. Qual o
quê! Efetivamente, só compreendi as entranhas do Rubaiyat
em não sei quando, depois dos 60 anos. Quer dizer: há
bem pouco tempo. Quantas coisas pensamos que sabemos, e as sabemos
esdruxulamente! Então, se você se interessar em ler
o Rubaiyat,
deverá levar em conta que, simbolicamente, por exemplo, taberna
Templo,
vinho
Divindade (em nós), cálice
Universo e embriaguez
Êxtase Místico.
2ª) Uma
curiosidade: Fernando Pessoa (13 de junho de 1888 – 30 de
novembro de 1935) foi fortemente influenciado pelo Rubaiyat.
3ª) Outra
curiosidade: em um determinado rubay,
está escrito: ... minha
alma, devagar, foi retornando a mim, e me disse: eu sou o céu
e o inferno também!
Eu
sou o céu e o inferno também!