NÃO TEMO A MORTE

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Omar Khayyam

 

 

Não temo a morte.
Prefiro este fato inelutável
ao outro que me foi imposto
no dia do meu nascimento.
Afinal, o que é a vida?
Um bem que me confiaram
sem me consultar,
e que retribuirei com indiferença.

 

Omar Khayyam

 

Três Observações:

1ª) É necessário que esta rubay (ligeiramente editada por mim) seja lida esotericamente, para não se cair em um niilismo estéril, o que, certamente, não foi o caso do filósofo, poeta, matemático e astrônomo persa dos séculos XI e XII Omar Khayyam (18 de maio de 1048 – 4 de dezembro de 1131), que foi um Iniciado Sufi. O poeminha abaixo, nela inspirado, e as duas animações que se seguem tentam explicar-decodificar o sentido místico-esotérico desta rubay. O Rubaiyat (plural da palavra persa rubay e que quer dizer quadras, quartetos) de Omar Khayyam, originariamente escritos em persa, traduzido e publicado em 1859 pelo poeta inglês Edward FitzGerald (31 de março de 1809 – 14 de junho de 1883), mais esconde do que revela! Acho que aqui cabe uma confissão importante: li o Rubaiyat, de Omar Khayyam, pela primeira vez, mais ou menos com 10 anos de idade. Não entendi xongas. Ao longo dos anos, de vez em quando, eu o relia, e, lá um dia, achei que o compreendi. Qual o quê! Efetivamente, só compreendi as entranhas do Rubaiyat em não sei quando, depois dos 60 anos. Quer dizer: há bem pouco tempo. Quantas coisas pensamos que sabemos, e as sabemos esdruxulamente! Então, se você se interessar em ler o Rubaiyat, deverá levar em conta que, simbolicamente, por exemplo, taberna Templo, vinho Divindade (em nós), cálice Universo e embriaguez Êxtase Místico.

2ª) Uma curiosidade: Fernando Pessoa (13 de junho de 1888 – 30 de novembro de 1935) foi fortemente influenciado pelo Rubaiyat.

3ª) Outra curiosidade: em um determinado rubay, está escrito: ... minha alma, devagar, foi retornando a mim, e me disse: eu sou o céu e o inferno também!

 

 

Eu sou o céu e o inferno também!

 

 

 

 

 

Peregrinar é preciso!

 

 

 

Não temo a morte,

porque não há morte.

Então, eu topei Viver,

para vencer o anti-ser.

 

 

E, o que é a vida?

Vida-transição-vida...

Causa-efeito-reação,

até haver Libertação...

 

 

Raça... 2ª Raça...

3ª Raça... 4ª Raça...

Raça... Restauração...

Depois? Interrogação!

 

 

Interrogação sem-termo,

no Universo-não-ermo!

Deuses velam por nós,

até desatarmos os nós!

 

 

Deuses velam por nós,

até desatarmos os nós,

porém, não existe grasa.

É nosso o dever de casa.

 

 

Até que a indiferença1

lustre o apego-ofensa.

Até que    o karma.

Até que    o dharma!

 

 

 

 

Realizei a indiferença! Venci o anti-ser!

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Indiferença no sentido de desprendimento, desapego.

 

Música de fundo:

Egyptian Nile (Sufi Meditation Song)

Fonte:

http://online-song.net/#/?song=Egyptian+Nile

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikiquote.org/wiki/Especial:Pesquisar/Rubaiyat

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rubaiyat

http://www.animatedimages.org/img-animated
-skull-image-0014-119109.htm

http://computergraphicslevel1.blogspot.com.br/
2012/12/animated-gif-tutorial.html

http://www.shutterstock.com/s/spiral+round/search.html

http://www.middle-east-online.com/english/?id=39123

 

Direitos autorais:

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