NOVO NORMAL DO CLIMA

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Há muito, muito tempo, já esquecido pelo tempo, no ilusório tempo,
mas, agravado com a Primeira Revolução Industrial,¹
e, depois, exacerbado pela Segunda Revolução Industrial,²
sistemática, acelerada e criminosamente,
por ignorância, aberrância e ganância,
temos estado a destruir o Planeta e a nós mesmos,
basicamente, devido a:
• despreocupação boçal com o meio ambiente;
• desmatamento irresponsável; e
• metas econômicas delirantes.

 

As principais conseqüências catastróficas disto são:
• prejuízos ao setor turístico e desemprego;
• problemas de saúde e sanitários;
• desestabilização da fauna e da flora;
• deslocamento de pessoas (refugiados + deslocados);
• fome, miséria e pessoas desabrigadas;
• incompatibilidades ideológicas —› guerras;
• destruição generalizada;
• oscilações econômicas; e
• prejuízos econômicos de variadas ordens.

 

 

Fudelhufas de Cagahouse + Fudehouse de Cagalhufas

 

 

Por ignorância, aberrância e ganância,
temos desarmonizado, degradado e poluído a Mãe Terra,
comprometendo o ar que respiramos,
a água que bebemos e a casa em que vivemos,
transformando o nosso jardim em um deserto,
a beleza e a simetria em um filme de horror anti-simétrico
e a nossa segurança em insegurança e periculosidade,
pois, no que concerne, particularmente, à poluição do ar, hoje,
se sabe que causa doenças crônicas, como a bronquite,
o enfisema e os cânceres de pulmão e de bexiga.

 

 

 

 

Com os transportes veicular e aéreo,
com o consumo doméstico de gás para aquecimento e cozinha,
com a atividade comercial e industrial, com a geração de energia
e com o uso de solventes e atividades agrícolas poluímos o ar.
Desde a Segunda Revolução Industrial, a Humanidade
começou a usar intensivamente o carbono em forma de carvão mineral,
petróleo e gás natural, nos veículos e para gerar energia nas indústrias.
As florestas, grandes depósitos de carbono, começaram
a ser destruídas e queimadas cada vez mais rápido.

 

 

Devastação Florestal

 

 

Ainda que, desde sempre, a Mãe Terra contribua para
a poluição atmosférica, através de emissões provenientes da vegetação,
do solo e dos oceanos, por meio de vulcões, de incêndios florestais,
de poeira levada pelo vento e de vapores naturais (poluição biogênica),
a imundície produzida pelo homem (poluição antropogênica)
é muito mais grave e daninha, e, por exemplo,
está diretamente relacionada com:
• os setores siderúrgico, químico, alimentício e petrolífero;
• o transporte rodoviário e não-rodoviário em terra;
• a energia a partir de pequenas fontes de combustão
para aquecimento de espaços e cozedura,
incluindo geradores a diesel e utilização de biocombustíveis;
• as centrais elétricas alimentadas por combustíveis fósseis;
• o desmatamento, os incêndios de savanas e de arbustos,
os fogos de pastagem e a queima de resíduos agrícolas;
• as emissões de amoníaco (NH3) e de metano (CH4)
associadas ao uso de fertilizantes e animais domesticados.

 

 

 

 

 

Causamos o desequilíbrio no ar, poluindo-o, principalmente,
com monóxido de carbono(CO)
– resultante da queima incompleta dos combustíveis –
dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx = NO + NO2 + N2O)
– resultantes da combustão do enxofre presente nos combustíveis fósseis –
dióxido de carbono (CO2), um dos causadores do efeito estufa
– resultante da queima de qualquer matéria orgânica –
Chumbo ()
– produto usado na gasolina para aumentar sua octanagem –
gás ozônio (O3) – causador da chuva ácida,
sendo prejudicial para as plantas e para a saúde humana –
clorofluorcarbonos (CFC) e material particulado
– resultado da queima de combustíveis fósseis
e que destroem a camada de ozônio.

 

 

Gases Causadores do Efeito Estufa

 

 

E a Mãe Terra, como um ser vivente que é, reage, e, mundialmente,
devolve as nossas ignorância, aberrância e ganância,
sob a forma de compensações educativas coletivas, por exemplo, com:
• mudanças negativas no meio ambiente;
• múltiplos efeitos do aquecimento global;
• ondas gigantes potencialmente mortais;
• derretimento de geleiras e das calotas polares;
• aumento do nível global dos oceanos;
• degradação ambiental;
• desastres naturais;
• deslizamentos de encostas;
• incêndios;
• desertificação;
• desequilíbrio da Natureza;
• calor extremo (recordes sucessivos de aumento de temperatura);
• frio extremo;
• estiagens prolongadas;
• falta de água;
• desestabilização da fauna e da flora;
• chuvas ácidas;
• tempestades;
• chuvaradas inesperadas;
• alagamentos e inundações;
• oscilações sísmicas;
• terremotos;
• dolinas de desmoronamento e dolinas de dissolução;
• furacões;
• tornados;
• ciclones;
• tsunamis;
• maremotos;
• perdas patrimoniais;
• epidemias e pandemias;
• morte e deslocamento de pessoas;
• et cetera.

 

 

Êxodo de Retirantes Nordestinos Durante a Seca de 1958

 

 

Em 17 de julho de 2023, Jukka Petteri Taalas,
secretário-geral da Organização Mundial de Meteorologia,
em nota, destacou que o clima planetário extremo – uma ocorrência
cada vez mais freqüente devido ao aquecimento global progressivo –
está tendo grande impacto na saúde humana,
nos ecossistemas, na Economia, na energia e no abastecimento de água.
Eu acrescento que também está impactando a psique humana,
tanto os processos psíquicos conscientes como os inconscientes.
Parece que o medo passou a fazer parte do dia-a-dia do ser humano.
O medo do daqui a pouco e o medo do não sei quando
– que nada mais são do que o medo de morrer de repente –
rondam, sem parar, as mentes humanas 24 horas, e acabamos
nos tornando escravos climáticos encagaçados de nós mesmos.
Petteri Taalas afirmou: Isso [o clima planetário extremo] destaca a
crescente urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa
o mais rápido e profundamente possível.
Além disso, temos que intensificar os esforços
para ajudar a sociedade a se adaptar
ao que, infelizmente, está se tornando o novo normal.
Eu só discordo desse conceito de novo normal do clima.
Para mim, isso é
E não temos que nos adaptar a nada.
Temos que inverter os pratos da balança.

 

 

                       

 

 

                                            

 

 

                                

 

 

                                    

 

 

                                             

 

A menos que a Humanidade aja rapidamente
para reduzir as emissões, os desastres naturais tendem a piorar.
Enfim, Steve Bowen, meteorologista e diretor de Catastrophe Insight da AON,
apontou que, no ano de 2021, foi a sexta vez que as catástrofes naturais
excederam o limite de perda, ultrapassando 100 bilhões de dólares.

 

 

 

 

O fato é que nós – por ignorância, aberrância e ganância –
parimos o Mateus, e, agora, querendo ou não, teremos que o embalar.
Isto é: nós criamos todos os problemas ambientais da atualidade,
e, agora, teremos que administrar suas conseqüências
e nos responsabilizar pela suas diversas soluções.
O estrago recorde nas inundações recentes no Rio Grande do Sul
se tornou um exemplo ímpar dos diversos Mateus, paridos por nós,
que o futuro tem guardado e reservado para nós-Humanidade embalarmos.

 

 

Estado do Rio Grande do Sul – 2024

 

 

Misericórdia, ajuda e proteção
para o povo-irmão gaúcho.
Misericórdia, ajuda e proteção
para o Estado-irmão do Rio Grande do Sul.
Misericórdia, ajuda e proteção
para toda a minha Humanidade-irmã.
Está feito. Está selado. A.'.  U.'.  M.'.

 

 

                     

O Estado-irmão do Rio Grande do Sul voltará a ser assim!