NOITE DE BRAHMA

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Os ensinos secretos – referentes à evolução do Cosmos Universal – não podem ser ministrados, já que não poderiam ser compreendidos pelas mais altas mentalidades desta época, e parece haver poucos Iniciados, mesmo entre os maiores, aos quais é permitido especular sobre este assunto... Os Instrutores dizem claramente que nem mesmo os Dhyan-Chohans jamais penetraram nos mistérios que se acham além dos limites que separam os bilhões de sistemas solares do Sol Central. Portanto, os ensinos transmitidos se referem apenas ao nosso Cosmos visível – após uma Noite de Brahma.

 

Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)

 

 

 

 

 

 

 

Denominação
Anos Mortais
1 Dia de Brahma (1 Kalpa)
4.320.000.000
1 Noite de Brahma (1 Kalpa)
4.320.000.000
1 Dia + 1 Noite de Brahma
8.640.000.000
I Ano de Brahma
3.110.400.000.000
Maha-Kalpa
311.040.000.000.000

 

 

 

 

E, por isto, cabe questionar outra vez:

por que tanta ansiedade?

Também cabe perguntar mais uma vez:

por que tanta majestade?

 

 

O Universo ilimitado, se foi feito,1

ainda não está acabado;

se não, não poderá ser desfeito,

e jamais será terminado.

 

 

Imagine zilhões de massinhas de modelar,2

todas se misturando...

A coisa toda é assim: não admite ultimar,

nem amanhã nem quando.

 

 

 

Universo-Massona-de-Modelar
sempre
manvatariando e pralayando.

 

 

 

______

Notas:

1. Este poema está mesmo totalmente amalucado. Madame Blavatsky deve estar teosoficamente furibunda, o que quer dizer: furibunda, mas nem tanto! Massinhas de modelar? Universo-Massona-de-Modelar? De onde eu fui tirar isto? O que eu penso que sei é que o Universo não foi feito por deus nenhum, e, como não foi feito por deus nenhum, é e será como sempre foi, existe e existirá como sempre existiu: manvatariando e pralayando. Enfim, na qualidade de Universo-Massona-de-Modelar, se auto-expressando mesmo como zilhões de quilhões de massinhas de modelar, fazendo e refazendo, mudando e remudando, dormindo e acordando, nascendo e renascendo, entropizando e neguentropizando, sendo sem poder deixar de ser, tudo, ciclo após ciclo, em perpétuo movimento, indo e vindo no mesmo lugar, porque o Universo, como foi dito, sendo sem poder deixar de ser, não pode ser nem mais nem menos do que é. Cabe a nós – como massinhas de modelar indissoluvelmente associadas ao desde sempre Universo-Massona-de-Modelar – deixar de dormir de touquinha de crochê. Agora, deixar de dormir de touca sem saber para quê e por quê, mesmo que seja só um pouquinho, que é o meu caso, não adianta nicas de lhufas ou xongas de bulhufas.

2. Em meio ao desde sempre uno e incriado Universo-Massona-de-Modelar.

 

Fundo musical:

I've Got the World on a String
Música: Harold Arlen
Letra: Ted Koehler

Fonte:

http://www.hamienet.com/midi15923
_IVe-Got-the-World-on-a-String.html