Quem
já não ouviu uma destas frases medonhas e preconceituosas?
Algumas são fortes e nojentas. Mas, hoje com cinqüenta e
oito anos, eu ouvi todas essas frases – e outras semelhantes ou
piores – não sei quantas vezes. A crueldade precisa ser
encarada de frente. Um místico não pode ficar chocado
com a podridão do mundo e fingir que não está vendo
ou ouvindo as coisas. Pode ficar chocado, sim, mas não pode se
omitir. A atitude canhestra de vestir uma capa de santidade e/ou de
invulnerabilidade e de se abster ou não se envolver é,
no mínimo, uma tremenda e cômoda covardia. As malditas
frases que todo mundo já ouviu (e que alguns já falaram):
—
O que aconteceu? Você engordou um pouquinho, né?
—
Você não tem a menor chance!
—
Você tá parecendo um velho!
—
Você não sabe nada, cara!
—
Se cuida! O chefe tá de olho em você!
—
Deixa de ser viado cara! Vê se arruma uma mulher!
—
Seu irmão é mais inteligente do que você!
—
Você não está vendo nem ouvindo nada meu filho!
É a sua imaginação!
—
Você tem que se acostumar a escrever com a mão direita.
Se você continuar a escrever com a mão esquerda você
não vai vencer na vida!
—
No seu caso, as chances são mínimas!
—
Aquela garota não vai namorar você nunca! Só se
o inferno congelar!
—
Com essa bimbinha você não vai comer uma mulher nunca!
—
Que pau enorme, cara! Você consegue comer alguém com
esse pau??
—
Deixa de ser boba. Diz que o filho é dele.
—
Desculpe! Mas sua xoxota é muito larga! Prá mim não
dá!
—
Com essa ejaculação precoce não vai dar!
—
Há quanto tempo você não toma banho, cara? Você
tá fedendo a podre!
—
Esse seu time é uma merda mesmo!
—
Voce tá com uma cor amarela! Tá doente?
—
Como você emagreceu! Que que tá acontecendo?
—
Como você dirige mal, cara!
—
Eu tenho vinte anos de estudos esotéricos. Então, não
discuta comigo! Você só está começando!
—
Como é que você pode ser vegetariano? As plantas também
sofrem! Você não tem pena delas? Não fica com remorso
de comer as plantinhas?
—
Vocês Rosacruzes são todos malucos!
—
Rosacruzes e Maçons são um bando de doidos!
—
Esse seu cachorro tá doente?
—
Se você continuar a fazer isso, vai morrer!
—
Você já leu a bula desse remédio? Isso pode te matar!
—
Eu conheço uma pessoa que tomou esse remédio e ficou paralítica!
—
Você está se tratando com homeopatia? Não adianta
nada! Esses homeopatas são todos uns embromadores!
—
Gordinho!
—
Piranha!
—
Brega!
—
Careca!
—
Puta!
—
Zarolho!
—
Você é roncolho? Benza Deus! Que horror!
—
Narigudo!
—Barrigudo!
—
Magrão!
—
Aquele crioulo só pode ser macumbeiro!
—
Qualquer dia vou chegar em casa e encontrar minha filha sentada no seu
colo.
—
Homem só presta até 55 anos!
—
Você está parecendo um velho decrépito.
—
Azar o seu!
—
Negro quando não caga na entrada, caga na saída!
—
Mulato quando não caga na entrada nem na saída, caga no
meio!
—
Seu negro de merda!
—
Tudo que é português é filho da puta!
—
Espanhol não vale nada!
—
Judeu filho da puta!
—
Árabe de merda!
—
Você ainda não está preparado! Tem que comer
muito feijão.
—
Não dá prá você ficar do lado de lá
porque aqui é um prédio residencial?
—
Seu corno!
—
Se depender de mim, você morre de fome!
—
O que eu estou vendo é que você vai sofrer um acidente
gravíssimo!
—
O que eu estou vendo é que a tua mulher está te chifrando!
—
O
que eu estou vendo é que você vai morrer dentro de um ano!
—
O que eu estou vendo é que sua filha é fanchona!
—
O que eu estou vendo é que você vai perder o emprego?
—
Teu filho é bicha?
—
Machona!
—
Paraíba!
—
Você tá com um encosto pesadíssimo, cara!
—
Vai ser azarado assim no inferno!
—
Vai pro inferno!
—
Vê se morre!
—
Tô com uma pena de você!
—
Como é que você não está entendendo? Deixa
de ser burro.
—
Vou te foder, cara!
—
Macumbeiro filho da puta!
—
Se você não aceitar Jesus, você não será
salvo! Vai direto pro inferno!
—
Só os filhos de Deus estão salvos!
—
Pois sim!
—
Você não batizou seus filhos? Se eles morrerem sem ser
batizados vão para o inferno!
—
Você mora aí!? Que lugar horrível!
—
Chincheiro escroto!
—
Se
sentir que vai vomitar, vomite no cesto ao lado para não sujar
a sala....
—
Se sentir tonturas, avise para eu chamar o médico... Se achar
que vai desmaiar, abaixe a cabeça junto aos joelhos.
—
Como você está pálida!
— Labirintite não tem cura!
—
Você
precisa se acostumar com seus zumbidos.
—
Problemas de coluna não têm cura.
—
O senhor não tem nada. Apenas um probleminha dos nervos! Só
precisa se controlar!
—
Quanta cárie! Você não escova seus dentes?
—
Você devia fazer terapia!
—
Isso é muita frescura sua!
E
por aí vai! E vai longe! A criatividade para magoar os outros
é ilimitada. E a ignorância parece ser ilimitada também,
inclusive em relacionamentos profissionais de saúde-paciente
quando, por exemplo, o médico ou o dentista são criminosos,
incompetentes e/ou idiotas. E, por aí, está cheio de médicos
e de dentistas idiotas, incompetentes, rasgadores e furadores! Arre!
Eu não tenho absolutamente nada contra os dentistas ou contra
os médicos (em minha próxima visita a este Planeta Querido
servirei – também – como médico), mas, curiosamente,
nos intervalos de trevas dolorosas, quem, muitas vezes, gerencia a tortura
e as experiências malditas são determinados 'profissionais
de saúde'. Bem, eu não precisava dizer o que vou
dizer, mas obviamente há muito mais médicos e dentistas
benditos do que charlatães. A esses rendo minhas homenagens e
meus sinceros agradecimentos. Um desses benditos foi o Dr. Maia Bittencourt
que fez o parto dos meus filhos. Eu, bênção entre
bênçãos, só conheci médicos benditos.
Mas sei que existem os malditos!
|
TORTURA
(Aponte o mouse para a animação) |
|
Não
se deve confundir nocebo com placebo. Placebo é uma substância
inerte, sem qualquer propriedade farmacológica, administrada
a uma única pessoa ou a um grupo-teste de pessoas, na suposição
de que possa produzir efeitos terapêuticos. O placebo também
pode ser entendido como preparação neutra, quanto
a efeitos farmacológicos, ministrado em substituição
a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou de controlar as reações,
geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento
terapêutico. Em medicina, os objetivos do placebo estão
vinculados, principalmente, à pesquisa científica, na
qual se deseja examinar a eficácia e a eficiência de medicamentos
através de comparações. O medicamento é
ministrado a um grupo de pacientes com um tipo específico de
doença, e o placebo é dado para outro grupo com exatamente
a mesma doença. Decorrido um tempo adequado e preestabelecido,
os resultados são comparados. No transcurso dessas pesquisas
– denominadas de duplo-cego –
nem os pacientes e nem os médicos que participam da experiência
têm conhecimento a quem foi administrado o medicamento, ou quais
pacientes estão fazendo uso do placebo. Concluído o período
de avaliação, o coordenador do projeto – o único
a saber quem tomou o placebo e quem tomou o medicamento –
compara os resultados.
É
necessário ter em mente que placebos não são apenas
inocentes pílulas de farinha de trigo ou injeções
de soro fisiológico. Crendices infundadas, certas práticas
alternativas e outras peripécias farisaicas e mal intencionadas
podem funcionar como placebos temporários, no entanto, muitas
vezes e a curto prazo, podem causar danos irreparáveis naqueles
que acreditam, ou são levados a acreditar que tais artimanhas
têm poder curativo. Na verdade, são nocebos travestidos
de placebos. Infelizmente, nessa matéria, o ser humano costuma
mais acreditar em presumidos poderes alheios e/ou sobrenaturais, do
que em seu próprio inesgotável manancial de Força
e Luz interiores. Os adivinhos e os embromadores, por exemplo, adoram
(e odeiam!) todos os pobres manquitolas mentais que os procuram. Eles,
os manquitolas
mentais, não
sabem que todos esses aproveitadores os desprezam, mas, o fato é
que os desprezam inteiramente. É mais ou menos como croupier
de cassino e malandro de sinuca: para eles, os 'clientes' e
os 'pregos' são todos uns benvindos-babacas. Feriado,
então, é dia de festa! Eu já vi trouxa perder uma
fortuna apostando em placa de carro (final par ou final ímpar).
O malandro havia alugado um táxi com placa com final ímpar
para ficar dando voltas no quarteirão. É claro que o otário
não percebeu. De madrugada, todos os gatos são pardos!
O
placebo, infelizmente, pode, em determinadas circunstâncias, além
de danos irreparáveis à saúde, determinar uma variada
lista de efeitos colaterais em pessoas que acabam se sentindo mal depois
de tomar as tais doses de nada, como, por exemplo, cansaço, obstrução
nasal, irritabilidade, dificuldade de concentração, urticária,
pesadelos e dor de cabeça. É preciso muito cuidado quando
nos entregamos a um indivíduo qualquer em quem acreditamos que
poderá nos curar de nossas mazelas (espirituais ou orgânicas),
porque quem tem a possibilidade presumida de curar um ser humano é
outro ser humano, e que, por isso, poderá adoecê-lo também.
Até matá-lo!
Eu
vivenciei (não pessoalmente, mas por tabela) alguns exemplos
dessa verdade suja. A mãe de meus filhos, por exemplo, há
mais ou menos 25 anos, um dia chegou transtornada
em
nossa casa, dizendo que seu ginecologista havia dito que ela tinha um
tumor no intestino e que precisava ser operada rapidamente, pois aquilo
poderia ser um câncer. Calmamente, disse-lhe
que
ela não iria operar nada, e que eu a levaria (como levei) a um
médico de minha confiança para que ouvíssemos uma
segunda opinião. Resultado: tumor nenhum. Era uma malformação
congênita (uma alça) sem qualquer perigo. Passaram-se 25
anos e ela continua com a sua malformaçãozinha sem qualquer
problema. Se tivesse aberto a barriga poderia ter complicações
seríssimas, e nunca iria realmente saber o que tinha, se tinha
ou se não tinha o que o tal ginecolomerda havia dito que ela
tinha mas não tinha, diagnosticando que ela tinha o que nunca
teve, porque ele achava que ela tinha o que não tinha.
Adentro
do mesmo tema, dentista malvado para furar dente sem necessidade é
um outro problemaço. Qualquer um que vá a dez dentistas
diferentes (incompetentes) poderá ter como dignóstico
do exame o mais variado e disparatado número de cáries
dentárias. Podem variar de não sei quantas a nenhuma!
Estou dizendo isso porque muitos dentistas confundem cárie
com sulco pigmentado. Sulco pigmentado pode ser cárie, mas
pode não ser. Pode ser causado também pela alça
do sutiã... mas não em dente! Por incrível que
pareça, há muitos dentistas que ignoram esta coisa elementar!
E vão anestesiando (aquela agulha parece que tem dez metros e
cinqüenta e três centímetros!), enfiando a broca (que
na mão deles parece mais um gigantesco berbequim) e fazendo um
fudehouse federal de cagahouse
local na boca do infeliz que está – como o seu profilático
odontologerda –
mais
por fora do que nariz de esquimó com relação ao
estado de seus dentes. Isso é muito triste, porque um dente furado
sem necessidade é um dente condenado a, um
dia, muito provavelmente, ter o canal tratado!
Depois, implantes, pontes, viadutos, pererecas e sei lá mais
o quê!
Minha
filha passou por isso. Ou melhor, quase passou. Todas as 5 ou 6 cáries
que uma determinada denterda disse que ela tinha não eram nada
mais nada menos do que sulcos pigmentados! Agora, se eu não tivesse
essa informação, ela teria hoje 5 ou 6 dentes furados
à-toa (ou 5
ou 6 dentes
à-toa
furados)!
Quando ela me apareceu com a estória das n cáries,
eu lhe disse para não deixar nenhum maluco furar seus dentes
nem obturar nada, e aconselhei que ela consultasse imediatamente a minha
Dentista – a Drª Úrsula Catarina Mika. Resultado:
ZERO CÁRIE(S)! Escapou de ser furada... pela outra denterda.
Eu gostaria de compreender por que essa gente gosta de transformar a
boca da gente em canteiro de obras! Não sei não. Suspeito
que haja também alguma coisa aí de faturar um dim-dim
às custas da ignorância dos pacientes. Suspeito coisa nenhuma.
É exatamente isso.
Outras
duas desgraças diabólicas são a contra-transferência
e a contra-identificação projetiva, esta última
também um aspecto sombrio da contra-transferência, só
que estimulada pelo analisando, que transforma o pobre do analista em
um objeto passivo de suas fantásticas projeções!
Mas eu não vou comentar isso agora. Discutirei essas
sofridas 'maluquices' em
outra oportunidade. Agora estou é louco para digitar um palavrãozito
para homenagear esses profissiomerdas da saúde, mas vou me comportar
e deixar para fazer isso em uma outra hora mais conveniente.
Será
que não ensinaram a esses caras que só se aplica um tratamento
para ajudar um doente, nunca para prejudicá-lo? Ensinaram, sim.
Só que eles não aprenderam. Ou aprenderam e esqueceram.
Ou cabularam a aula no dia em que esse tema foi discutido. Ou: —
Dane-se. Eu quero mesmo é me arrumar, e vou furar e cortar tudo
que eu puder cortar e furar! Azar de quem no meu 'esfolatório'
entrar! Todas essas coisas são totalmente contrárias
a qualquer princípio místico que se invoque. Quando não
se pode ou não se consegue fazer um bem, pelo menos, deve-se
PENSAR em fazer o bem. Fazer o mal?
Interessante
o número 21. No Tarô é O Louco —
uma passagem no processo de reconciliação. ShIN. 360
(Valor Pleno da letra). O Amor do Louco do Bem. Esta é
a ordem correta. O Louco não pode corresponder
à Lâmina XXII, nem O Mundo pode estar na Lâmina
XXI. Iniciaticamente esta é a ordem correta.
O
Julgamento —› O Louco (de Amor) —›
O Mundo
7
+ 7 + 7 = 21
21
= 1 + 2 = 3
TRIÂNGULO
= TETRAGRAMMATON
GuiMeL
—› LaMeD —› ShIN
360
= O BEM = O AMOR = O LOUCO
|
Mudando
de conversa:
Isso aí em cima...
é cárie mesmo! |
|
|
Com
relação ao binômio placebo/nocebo, G. J. Ballone
no e-book O Placebo e a Arte de Curar explica:
Em
relação aos efeitos colaterais negativos do placebo,
o nome correto é nocebo. Trata-se da expectativa que o paciente
traz consigo durante a pesquisa clínica. Se há uma expectativa
negativa, pessimista, ele terá uma reação nocebo,
ainda que saibamos que a substância é inerte. É
a mesma expectativa que, quando positiva, otimista, gerará
a reação placebo.
A expectativa do paciente, bem como de seus familiares, aumenta as
possibilidades do efeito placebo, caso sejam otimistas, enquanto a
expectativa pessimista desencadeia o fenômeno nocebo (efeitos
colaterais). Porém, o que confunde o leitor ou os pacientes
abalados com a idéia dos efeitos placebo ou nocebo, é
que essa expectativa é quase sempre inconsciente, em sua maior
parte, de tal forma que, mesmo os pessimistas se lhes atribuem o rótulo
de realistas...
Mas,
efetivamente, para concluir, desejo abordar um outro aspecto do efeito
nocebo (nocere = prejudicar). Falo ou não falo? Na dúvida,
o certo é não falar. Melhor: NÃO FALAR JAMAIS,
PRINCIPALMENTE SE FOR PARA OFENDER, PARA APOUCAR OU PARA DIZER ALGO
NEGATIVO. Da mesma forma que práticas religiosas e espirituais
podem provocar profundas e mensuráveis modificações
neurológicas e fisiológicas, reações
a medicamentos [e as verbalizações irresponsáveis]
podem não ser causadas diretamente pela ação
farmacológica [ou no exato momento em que a verbalização
foi proferida], mas por processo de condicionamento em que expectativas
são criadas a partir de vivências, e assim, os sintomas
[e as mazelas decorrentes das verbalizações] acabam
acontecendo. Nesse sentido, as palavras irresponsáveis,
as afirmações maledizentes e os comentários amesquinhadores
podem produzir efeitos maléficos e irreversíveis. Esta
é uma faceta pouco conhecida do efeito nocebo, que é quando
predomina em quem ouve (ou em quem não deve, não pode
e/ou não quer ouvir) a expectativa por um evento fortuito ou
mal sucedido. Este comportamento – conforme adverte o
Prof. Dr. Max Grinberg, membro da Comissão de Bioética
do Hospital das Clínicas de São Paulo e Diretor da Unidade
de Valvopatia do Instituto do Coração (InCor) –
pode ser conseqüência de expectativas, sugestões,
condicionamentos, ansiedade, depressão, somatização
ou situações próprias de momentos de um ser humano
reagindo biopsicossocialmente à adversidade nosológica.
Por isso, qualquer comunicação exige de quem fala
responsabilidade mística e equilíbrio entre a desnecessidade
da informação e a eventual potencialidade de instalação
biopsíquica do efeito nocebo. Se, em medicina, a palavra
será tanto mais útil e eficaz quanto mais o médico
empregá-la na relação médico-paciente preocupando-se
com a não-maleficência, nas relações
interpessoais isto é igualmente válido (ou muito mais).
Não temos direito de magoar quem quer que seja. Por nada. São
as nossas obsessões e onipotências que causam os maiores
estragos (nocebos) nas pessoas com quem nos relacionamos.
Eu
comecei este despretensioso texto perguntando: Quem já
não ouviu uma destas frases medonhas e preconceituosas?
O que poderá acontecer a uma pessoa pessimista quando
alguém lhe diz: — O que eu estou vendo é que
você vai sofrer um acidente gravíssimo! Ou, por exemplo:
— Você tá com um encosto pesadíssimo,
cara!
É
mais do que sabido que o indivíduo pessimista tenderia a ser
contaminado pelo chamado efeito nocebo (verbal) – o irmão
perverso do placebo (que, às vezes, também funciona como
nocebo) – por acreditar que iria sofrer um acidente qualquer,
ou por pensar que algum espírito maligno esteja grudado em suas
costas, e, provavelmente, adoeceria e acabaria desenvolvendo algum tipo
grave de desarmonia progressiva. Poderia, inclusive, morrer prematuramente,
ou fabricar psiquicamente as condições objetivas para
que uma desgraça pudesse vir a acontecer. Isso é simplesmente
medonho. Os otimistas, ao contrário, teriam mais condições
de superar essas provocações maledicentes e demolidoras.
Eu
não mereço... eu nunca poderia... eu não
tenho capacidade para isso... eu não vou conseguir...
eu não... são, por outro lado, verbalizações-comandos-nocebos
que põem em movimento ações que acabam se materializando.
Em outro sentido,
In principio erat Verbum... O Verbum...
Quem
acredita que vai fracassar, acabará fracassando mesmo. E quem
acredita que vai ter sucesso, a chance de não ter é muito
pequena. Toda essa coisa, em todos esses casos, funciona mais ou menos
como um ímã às avessas.
|
|
Acho
que não preciso explicar isso. Mas, penso que observar as animações
abaixo será muito ilustrativo. O fato é que, pensamos,
falamos ou agimos irresponsavelmente, e a coisa
toma forma sensível porque foi produzida por nós. E, depois
de a coisa adquirir forma sensível,
pode muito bem passar a agir (e é isso que geralmente ocorre)
sem que tenhamos consciência direta do que está acontecendo,
e nem mesmo qualquer poder sobre ela. Acontece um tipo de independência
entre o criador da coisa e a própria coisa
criada. Isso é um verdadeiro horror, pois essa coisa,
de forma invertida, vai se comprazer com o que lhe é semelhante,
ou com o que estiver fragilizado. Então, repito, acho que as
animações abaixo darão uma idéia deste tipo
de fenômeno, que em termos físicos é denominado
de eletromagnetismo (só que ao revés). Acho que, depois
de tudo que ponderei e das animações que se seguirão,
não precisarei dizer mais nada. Ou será que precisarei?
Por isso, observá-las atentamente e devagar será muito
educativo. Afinal, somos nós quem criamos nossos demônios,
que, além de nos atormentar, acabam caceteando a caixa óssea
que contém e protege o encéfalo dos outros!
Antes
de concluir, vou tangenciar muito rapidamente um assunto que um dia
discutirei em maior profundidade. Trata-se da masturbação.
Duplo nocebo: para quem se masturba e para aquele(a) que é
homenageado(a). Quando alguém se masturba, a imagem mental homenageadora
criada durante o ato é posta em andamento. A primeira pessoa
que poderá sofrer as conseqüências — depois
do masturbador(a) — é o(a) homenageado(a). O ser humano
não sabe o poder que a energia sexual possui, e derrama essa
energia das formas mais irresponsáveis. Agora, energia sexual
+ mentalização direcionada configuram uma bomba gigantesca!
Não fiz estes rápidos comentários para ofender
ou preocupar quem quer que seja, até porque já cometi
essas (e outras) injúrias. É tão-só um alerta
para reflexão. Vou repetir de novo: Nenhum místico
nasce feito. Pode até nascer. Mas, para se tornar um MÍSTICO
CONSCIENTE terá que comer muito arroz com feijão.
Olha só eu digitando o que os medíocres costumam falar.
Agora que já digitei, não vou deletar. Até porque,
eu, nessa matéria místico-gastronômica, como arroz
com feijão todos dias e à toda hora. Enfim, a Alquimia
Transcendental (interior) pode levar encarnações. Isso
eu também tenho certeza.
NIGREDO
ALBEDO
RUBREDO ILLUMINAÇÃO
Ora,
todas essas coisas que comentei neste rascunho são grossíssimas
e porcas sacanafadagens retardante-obliterantes abstruso-absurdosas
com implicações cósmicas horripilantes. Precisamos
todos nós (eu inclusive e principalmente) aprender a ter vergonha
na cara!!! O fato de geralmente não 'vermos' objetivamente
as conseqüências espirituais de nossos equívocos e
de nossas irresponsabilidades, ou de não associá-las (as
conseqüências) aos múltiplos e progressivos distúrbios
planetários, por exemplo, não significa que não
estejam correlacionados e que não embutam ajustamentos devastadores
adequados. AIDS. Epidemias. Pandemias. Desastres. Terremotos.
Tornados. Enchentes. Tsunamis. Et cetera. Sofrimento,
em um certo sentido, desnecessário. Observe as animações,
e queiram todos me desculpar se forem muitas. Certamente não
exagerei na elaboração dos exemplos; estão, em
verdade, minimizados.
|
|
|
|
|
|
|
|
TERREMOTO
Falha de San Andreas
10/12/2004 - 15h58: Cientistas norte-americanos detectaram misteriosos
abalos a grande profundidade na falha de San Andreas, na Califórnia.
Estudo publicado pela revista Science prevê que
tais movimentos possam estar associados a futuros terremotos.
Que isto não aconteça!
Mas,
se tiver que acontecer,
que possa ser amenizado!
Assim seja!
|
|
WEBSITES
CONSULTADOS