MISTICISMO E EFEITO NOCEBO

Rodolfo Domenico Pizzinga

http://paxprofundis.org

 

 

Música de fundo: Concierto de Aranjuez

Fonte:
http://www.angelfire.com/ct/of//midis.html

 

 

     Quem já não ouviu uma destas frases medonhas e preconceituosas? Algumas são fortes e nojentas. Mas, hoje com cinqüenta e oito anos, eu ouvi todas essas frases – e outras semelhantes ou piores – não sei quantas vezes. A crueldade precisa ser encarada de frente. Um místico não pode ficar chocado com a podridão do mundo e fingir que não está vendo ou ouvindo as coisas. Pode ficar chocado, sim, mas não pode se omitir. A atitude canhestra de vestir uma capa de santidade e/ou de invulnerabilidade e de se abster ou não se envolver é, no mínimo, uma tremenda e cômoda covardia. As malditas frases que todo mundo já ouviu (e que alguns já falaram):

 

POR  QUE?

 

O que aconteceu? Você engordou um pouquinho, né?

Você não tem a menor chance!

Você tá parecendo um velho!

Você não sabe nada, cara!

Se cuida! O chefe tá de olho em você!

Deixa de ser viado cara! Vê se arruma uma mulher!

Seu irmão é mais inteligente do que você!

Você não está vendo nem ouvindo nada meu filho! É a sua imaginação!

— Você tem que se acostumar a escrever com a mão direita. Se você continuar a escrever com a mão esquerda você não vai vencer na vida!

No seu caso, as chances são mínimas!

Aquela garota não vai namorar você nunca! Só se o inferno congelar!

Com essa bimbinha você não vai comer uma mulher nunca!

Que pau enorme, cara! Você consegue comer alguém com esse pau??

— Deixa de ser boba. Diz que o filho é dele.

Desculpe! Mas sua xoxota é muito larga! Prá mim não dá!

Com essa ejaculação precoce não vai dar!

Há quanto tempo você não toma banho, cara? Você tá fedendo a podre!

Esse seu time é uma merda mesmo!

Voce tá com uma cor amarela! Tá doente?

Como você emagreceu! Que que tá acontecendo?

Como você dirige mal, cara!

Eu tenho vinte anos de estudos esotéricos. Então, não discuta comigo! Você só está começando!

Como é que você pode ser vegetariano? As plantas também sofrem! Você não tem pena delas? Não fica com remorso de comer as plantinhas?

Vocês Rosacruzes são todos malucos!

Rosacruzes e Maçons são um bando de doidos!

Esse seu cachorro tá doente?

Se você continuar a fazer isso, vai morrer!

Você já leu a bula desse remédio? Isso pode te matar!

— Eu conheço uma pessoa que tomou esse remédio e ficou paralítica!

— Você está se tratando com homeopatia? Não adianta nada! Esses homeopatas são todos uns embromadores!

Gordinho!

Piranha!

Brega!

Careca!

Puta!

Zarolho!

Você é roncolho? Benza Deus! Que horror!

Narigudo!

Barrigudo!

Magrão!

— Aquele crioulo só pode ser macumbeiro!

— Qualquer dia vou chegar em casa e encontrar minha filha sentada no seu colo.

— Homem só presta até 55 anos!

— Você está parecendo um velho decrépito.

— Azar o seu!

Negro quando não caga na entrada, caga na saída!

Mulato quando não caga na entrada nem na saída, caga no meio!

Seu negro de merda!

Tudo que é português é filho da puta!

Espanhol não vale nada!

Judeu filho da puta!

Árabe de merda!

Você ainda não está preparado! Tem que comer muito feijão.

Não dá prá você ficar do lado de lá porque aqui é um prédio residencial?

Seu corno!

Se depender de mim, você morre de fome!

O que eu estou vendo é que você vai sofrer um acidente gravíssimo!

O que eu estou vendo é que a tua mulher está te chifrando!

O que eu estou vendo é que você vai morrer dentro de um ano!

O que eu estou vendo é que sua filha é fanchona!

O que eu estou vendo é que você vai perder o emprego?

Teu filho é bicha?

Machona!

Paraíba!

Você tá com um encosto pesadíssimo, cara!

Vai ser azarado assim no inferno!

Vai pro inferno!

— Vê se morre!

— Tô com uma pena de você!

Como é que você não está entendendo? Deixa de ser burro.

Vou te foder, cara!

Macumbeiro filho da puta!

Se você não aceitar Jesus, você não será salvo! Vai direto pro inferno!

Só os filhos de Deus estão salvos!

Pois sim!

Você não batizou seus filhos? Se eles morrerem sem ser batizados vão para o inferno!

Você mora aí!? Que lugar horrível!

Chincheiro escroto!

Se sentir que vai vomitar, vomite no cesto ao lado para não sujar a sala....

Se sentir tonturas, avise para eu chamar o médico... Se achar que vai desmaiar, abaixe a cabeça junto aos joelhos.

Como você está pálida!

— Labirintite não tem cura!

Você precisa se acostumar com seus zumbidos.

— Problemas de coluna não têm cura.

O senhor não tem nada. Apenas um probleminha dos nervos! Só precisa se controlar!

— Quanta cárie! Você não escova seus dentes?

— Você devia fazer terapia!

— Isso é muita frescura sua!

     E por aí vai! E vai longe! A criatividade para magoar os outros é ilimitada. E a ignorância parece ser ilimitada também, inclusive em relacionamentos profissionais de saúde-paciente quando, por exemplo, o médico ou o dentista são criminosos, incompetentes e/ou idiotas. E, por aí, está cheio de médicos e de dentistas idiotas, incompetentes, rasgadores e furadores! Arre! Eu não tenho absolutamente nada contra os dentistas ou contra os médicos (em minha próxima visita a este Planeta Querido servirei – também – como médico), mas, curiosamente, nos intervalos de trevas dolorosas, quem, muitas vezes, gerencia a tortura e as experiências malditas são determinados 'profissionais de saúde'. Bem, eu não precisava dizer o que vou dizer, mas obviamente há muito mais médicos e dentistas benditos do que charlatães. A esses rendo minhas homenagens e meus sinceros agradecimentos. Um desses benditos foi o Dr. Maia Bittencourt que fez o parto dos meus filhos. Eu, bênção entre bênçãos, só conheci médicos benditos. Mas sei que existem os malditos!

 

T O R T U R A
TORTURA
(Aponte o mouse para a animação)

 

 

Qualquer  cura  depende  da  intenção  curativa  do  próprio  paciente,  assessorado  sempre  pela  vontade  curadora  do  médico  que  o  assiste.

 

 

     Não se deve confundir nocebo com placebo. Placebo é uma substância inerte, sem qualquer propriedade farmacológica, administrada a uma única pessoa ou a um grupo-teste de pessoas, na suposição de que possa produzir efeitos terapêuticos. O placebo também pode ser entendido como preparação neutra, quanto a efeitos farmacológicos, ministrado em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou de controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico. Em medicina, os objetivos do placebo estão vinculados, principalmente, à pesquisa científica, na qual se deseja examinar a eficácia e a eficiência de medicamentos através de comparações. O medicamento é ministrado a um grupo de pacientes com um tipo específico de doença, e o placebo é dado para outro grupo com exatamente a mesma doença. Decorrido um tempo adequado e preestabelecido, os resultados são comparados. No transcurso dessas pesquisas – denominadas de duplo-cego nem os pacientes e nem os médicos que participam da experiência têm conhecimento a quem foi administrado o medicamento, ou quais pacientes estão fazendo uso do placebo. Concluído o período de avaliação, o coordenador do projeto – o único a saber quem tomou o placebo e quem tomou o medicamento compara os resultados.

     É necessário ter em mente que placebos não são apenas inocentes pílulas de farinha de trigo ou injeções de soro fisiológico. Crendices infundadas, certas práticas alternativas e outras peripécias farisaicas e mal intencionadas podem funcionar como placebos temporários, no entanto, muitas vezes e a curto prazo, podem causar danos irreparáveis naqueles que acreditam, ou são levados a acreditar que tais artimanhas têm poder curativo. Na verdade, são nocebos travestidos de placebos. Infelizmente, nessa matéria, o ser humano costuma mais acreditar em presumidos poderes alheios e/ou sobrenaturais, do que em seu próprio inesgotável manancial de Força e Luz interiores. Os adivinhos e os embromadores, por exemplo, adoram (e odeiam!) todos os pobres manquitolas mentais que os procuram. Eles, os manquitolas mentais, não sabem que todos esses aproveitadores os desprezam, mas, o fato é que os desprezam inteiramente. É mais ou menos como croupier de cassino e malandro de sinuca: para eles, os 'clientes' e os 'pregos' são todos uns benvindos-babacas. Feriado, então, é dia de festa! Eu já vi trouxa perder uma fortuna apostando em placa de carro (final par ou final ímpar). O malandro havia alugado um táxi com placa com final ímpar para ficar dando voltas no quarteirão. É claro que o otário não percebeu. De madrugada, todos os gatos são pardos!

     O placebo, infelizmente, pode, em determinadas circunstâncias, além de danos irreparáveis à saúde, determinar uma variada lista de efeitos colaterais em pessoas que acabam se sentindo mal depois de tomar as tais doses de nada, como, por exemplo, cansaço, obstrução nasal, irritabilidade, dificuldade de concentração, urticária, pesadelos e dor de cabeça. É preciso muito cuidado quando nos entregamos a um indivíduo qualquer em quem acreditamos que poderá nos curar de nossas mazelas (espirituais ou orgânicas), porque quem tem a possibilidade presumida de curar um ser humano é outro ser humano, e que, por isso, poderá adoecê-lo também. Até matá-lo!

     Eu vivenciei (não pessoalmente, mas por tabela) alguns exemplos dessa verdade suja. A mãe de meus filhos, por exemplo, há mais ou menos 25 anos, um dia chegou transtornada em nossa casa, dizendo que seu ginecologista havia dito que ela tinha um tumor no intestino e que precisava ser operada rapidamente, pois aquilo poderia ser um câncer. Calmamente, disse-lhe que ela não iria operar nada, e que eu a levaria (como levei) a um médico de minha confiança para que ouvíssemos uma segunda opinião. Resultado: tumor nenhum. Era uma malformação congênita (uma alça) sem qualquer perigo. Passaram-se 25 anos e ela continua com a sua malformaçãozinha sem qualquer problema. Se tivesse aberto a barriga poderia ter complicações seríssimas, e nunca iria realmente saber o que tinha, se tinha ou se não tinha o que o tal ginecolomerda havia dito que ela tinha mas não tinha, diagnosticando que ela tinha o que nunca teve, porque ele achava que ela tinha o que não tinha.

     Adentro do mesmo tema, dentista malvado para furar dente sem necessidade é um outro problemaço. Qualquer um que vá a dez dentistas diferentes (incompetentes) poderá ter como dignóstico do exame o mais variado e disparatado número de cáries dentárias. Podem variar de não sei quantas a nenhuma! Estou dizendo isso porque muitos dentistas confundem cárie com sulco pigmentado. Sulco pigmentado pode ser cárie, mas pode não ser. Pode ser causado também pela alça do sutiã... mas não em dente! Por incrível que pareça, há muitos dentistas que ignoram esta coisa elementar! E vão anestesiando (aquela agulha parece que tem dez metros e cinqüenta e três centímetros!), enfiando a broca (que na mão deles parece mais um gigantesco berbequim) e fazendo um fudehouse federal de cagahouse local na boca do infeliz que está – como o seu profilático odontologerda mais por fora do que nariz de esquimó com relação ao estado de seus dentes. Isso é muito triste, porque um dente furado sem necessidade é um dente condenado a, um dia, muito provavelmente, ter o canal tratado! Depois, implantes, pontes, viadutos, pererecas e sei lá mais o quê!

     Minha filha passou por isso. Ou melhor, quase passou. Todas as 5 ou 6 cáries que uma determinada denterda disse que ela tinha não eram nada mais nada menos do que sulcos pigmentados! Agora, se eu não tivesse essa informação, ela teria hoje 5 ou 6 dentes furados à-toa (ou 5 ou 6 dentes à-toa furados)! Quando ela me apareceu com a estória das n cáries, eu lhe disse para não deixar nenhum maluco furar seus dentes nem obturar nada, e aconselhei que ela consultasse imediatamente a minha Dentista – a Drª Úrsula Catarina Mika. Resultado: ZERO CÁRIE(S)! Escapou de ser furada... pela outra denterda. Eu gostaria de compreender por que essa gente gosta de transformar a boca da gente em canteiro de obras! Não sei não. Suspeito que haja também alguma coisa aí de faturar um dim-dim às custas da ignorância dos pacientes. Suspeito coisa nenhuma. É exatamente isso.

     Outras duas desgraças diabólicas são a contra-transferência e a contra-identificação projetiva, esta última também um aspecto sombrio da contra-transferência, só que estimulada pelo analisando, que transforma o pobre do analista em um objeto passivo de suas fantásticas projeções! Mas eu não vou comentar isso agora. Discutirei essas sofridas 'maluquices' em outra oportunidade. Agora estou é louco para digitar um palavrãozito para homenagear esses profissiomerdas da saúde, mas vou me comportar e deixar para fazer isso em uma outra hora mais conveniente.

     Será que não ensinaram a esses caras que só se aplica um tratamento para ajudar um doente, nunca para prejudicá-lo? Ensinaram, sim. Só que eles não aprenderam. Ou aprenderam e esqueceram. Ou cabularam a aula no dia em que esse tema foi discutido. Ou: — Dane-se. Eu quero mesmo é me arrumar, e vou furar e cortar tudo que eu puder cortar e furar! Azar de quem no meu 'esfolatório' entrar! Todas essas coisas são totalmente contrárias a qualquer princípio místico que se invoque. Quando não se pode ou não se consegue fazer um bem, pelo menos, deve-se PENSAR em fazer o bem. Fazer o mal?

     

     

     

    

          

     

          

 

     Interessante o número 21. No Tarô é O Louco — uma passagem no processo de reconciliação. ShIN. 360 (Valor Pleno da letra). O Amor do Louco do Bem. Esta é a ordem correta. O Louco não pode corresponder à Lâmina XXII, nem O Mundo pode estar na Lâmina XXI. Iniciaticamente esta é a ordem correta.

O Julgamento —› O Louco (de Amor) —› O Mundo

7 + 7 + 7  =  21

21  =  1 + 2  =  3

TRIÂNGULO  =  TETRAGRAMMATON

GuiMeL —› LaMeD —› ShIN

360  =  O BEM  =  O AMOR  =  O LOUCO

 

Cárie  mesmo!
Mudando de conversa:
Isso aí em cima...
é cárie mesmo!

 

 

 


Primum  non  nocere  —  Antes  de  tudo  é  necessário  NÃO  prejudicar  o  doente.     (Aforismo  hipocrático).

 

 

 

 

IMPERATIVO  CATEGÓRICO:  Antes  de  mais  é  necessário  melhorar  o  doente.

 

 

 

 

     Com relação ao binômio placebo/nocebo, G. J. Ballone no e-book O Placebo e a Arte de Curar explica:
 

Em relação aos efeitos colaterais negativos do placebo, o nome correto é nocebo. Trata-se da expectativa que o paciente traz consigo durante a pesquisa clínica. Se há uma expectativa negativa, pessimista, ele terá uma reação nocebo, ainda que saibamos que a substância é inerte. É a mesma expectativa que, quando positiva, otimista, gerará a reação placebo.

A expectativa do paciente, bem como de seus familiares, aumenta as possibilidades do efeito placebo, caso sejam otimistas, enquanto a expectativa pessimista desencadeia o fenômeno nocebo (efeitos colaterais). Porém, o que confunde o leitor ou os pacientes abalados com a idéia dos efeitos placebo ou nocebo, é que essa expectativa é quase sempre inconsciente, em sua maior parte, de tal forma que, mesmo os pessimistas se lhes atribuem o rótulo de realistas...
 

     Mas, efetivamente, para concluir, desejo abordar um outro aspecto do efeito nocebo (nocere = prejudicar). Falo ou não falo? Na dúvida, o certo é não falar. Melhor: NÃO FALAR JAMAIS, PRINCIPALMENTE SE FOR PARA OFENDER, PARA APOUCAR OU PARA DIZER ALGO NEGATIVO. Da mesma forma que práticas religiosas e espirituais podem provocar profundas e mensuráveis modificações neurológicas e fisiológicas, reações a medicamentos [e as verbalizações irresponsáveis] podem não ser causadas diretamente pela ação farmacológica [ou no exato momento em que a verbalização foi proferida], mas por processo de condicionamento em que expectativas são criadas a partir de vivências, e assim, os sintomas [e as mazelas decorrentes das verbalizações] acabam acontecendo. Nesse sentido, as palavras irresponsáveis, as afirmações maledizentes e os comentários amesquinhadores podem produzir efeitos maléficos e irreversíveis. Esta é uma faceta pouco conhecida do efeito nocebo, que é quando predomina em quem ouve (ou em quem não deve, não pode e/ou não quer ouvir) a expectativa por um evento fortuito ou mal sucedido. Este comportamento – conforme adverte o Prof. Dr. Max Grinberg, membro da Comissão de Bioética do Hospital das Clínicas de São Paulo e Diretor da Unidade de Valvopatia do Instituto do Coração (InCor) – pode ser conseqüência de expectativas, sugestões, condicionamentos, ansiedade, depressão, somatização ou situações próprias de momentos de um ser humano reagindo biopsicossocialmente à adversidade nosológica. Por isso, qualquer comunicação exige de quem fala responsabilidade mística e equilíbrio entre a desnecessidade da informação e a eventual potencialidade de instalação biopsíquica do efeito nocebo. Se, em medicina, a palavra será tanto mais útil e eficaz quanto mais o médico empregá-la na relação médico-paciente preocupando-se com a não-maleficência, nas relações interpessoais isto é igualmente válido (ou muito mais). Não temos direito de magoar quem quer que seja. Por nada. São as nossas obsessões e onipotências que causam os maiores estragos (nocebos) nas pessoas com quem nos relacionamos.

 

 

     Eu comecei este despretensioso texto perguntando: Quem já não ouviu uma destas frases medonhas e preconceituosas? O que poderá acontecer a uma pessoa pessimista quando alguém lhe diz: — O que eu estou vendo é que você vai sofrer um acidente gravíssimo! Ou, por exemplo: — Você tá com um encosto pesadíssimo, cara!

     É mais do que sabido que o indivíduo pessimista tenderia a ser contaminado pelo chamado efeito nocebo (verbal) – o irmão perverso do placebo (que, às vezes, também funciona como nocebo) – por acreditar que iria sofrer um acidente qualquer, ou por pensar que algum espírito maligno esteja grudado em suas costas, e, provavelmente, adoeceria e acabaria desenvolvendo algum tipo grave de desarmonia progressiva. Poderia, inclusive, morrer prematuramente, ou fabricar psiquicamente as condições objetivas para que uma desgraça pudesse vir a acontecer. Isso é simplesmente medonho. Os otimistas, ao contrário, teriam mais condições de superar essas provocações maledicentes e demolidoras.

     Eu não mereço... eu nunca poderia... eu não tenho capacidade para isso... eu não vou conseguir... eu não... são, por outro lado, verbalizações-comandos-nocebos que põem em movimento ações que acabam se materializando. Em outro sentido, In principio erat Verbum... O Verbum...

     Quem acredita que vai fracassar, acabará fracassando mesmo. E quem acredita que vai ter sucesso, a chance de não ter é muito pequena. Toda essa coisa, em todos esses casos, funciona mais ou menos como um ímã às avessas.

 

 

 

     Acho que não preciso explicar isso. Mas, penso que observar as animações abaixo será muito ilustrativo. O fato é que, pensamos, falamos ou agimos irresponsavelmente, e a coisa toma forma sensível porque foi produzida por nós. E, depois de a coisa adquirir forma sensível, pode muito bem passar a agir (e é isso que geralmente ocorre) sem que tenhamos consciência direta do que está acontecendo, e nem mesmo qualquer poder sobre ela. Acontece um tipo de independência entre o criador da coisa e a própria coisa criada. Isso é um verdadeiro horror, pois essa coisa, de forma invertida, vai se comprazer com o que lhe é semelhante, ou com o que estiver fragilizado. Então, repito, acho que as animações abaixo darão uma idéia deste tipo de fenômeno, que em termos físicos é denominado de eletromagnetismo (só que ao revés). Acho que, depois de tudo que ponderei e das animações que se seguirão, não precisarei dizer mais nada. Ou será que precisarei? Por isso, observá-las atentamente e devagar será muito educativo. Afinal, somos nós quem criamos nossos demônios, que, além de nos atormentar, acabam caceteando a caixa óssea que contém e protege o encéfalo dos outros!

     Antes de concluir, vou tangenciar muito rapidamente um assunto que um dia discutirei em maior profundidade. Trata-se da masturbação. Duplo nocebo: para quem se masturba e para aquele(a) que é homenageado(a). Quando alguém se masturba, a imagem mental homenageadora criada durante o ato é posta em andamento. A primeira pessoa que poderá sofrer as conseqüências — depois do masturbador(a) — é o(a) homenageado(a). O ser humano não sabe o poder que a energia sexual possui, e derrama essa energia das formas mais irresponsáveis. Agora, energia sexual + mentalização direcionada configuram uma bomba gigantesca! Não fiz estes rápidos comentários para ofender ou preocupar quem quer que seja, até porque já cometi essas (e outras) injúrias. É tão-só um alerta para reflexão. Vou repetir de novo: Nenhum místico nasce feito. Pode até nascer. Mas, para se tornar um MÍSTICO CONSCIENTE terá que comer muito arroz com feijão. Olha só eu digitando o que os medíocres costumam falar. Agora que já digitei, não vou deletar. Até porque, eu, nessa matéria místico-gastronômica, como arroz com feijão todos dias e à toda hora. Enfim, a Alquimia Transcendental (interior) pode levar encarnações. Isso eu também tenho certeza.

 

NIGREDO ALBEDO RUBREDO ILLUMINAÇÃO

 

ILLUMINAÇÃO

 

     Ora, todas essas coisas que comentei neste rascunho são grossíssimas e porcas sacanafadagens retardante-obliterantes abstruso-absurdosas com implicações cósmicas horripilantes. Precisamos todos nós (eu inclusive e principalmente) aprender a ter vergonha na cara!!! O fato de geralmente não 'vermos' objetivamente as conseqüências espirituais de nossos equívocos e de nossas irresponsabilidades, ou de não associá-las (as conseqüências) aos múltiplos e progressivos distúrbios planetários, por exemplo, não significa que não estejam correlacionados e que não embutam ajustamentos devastadores adequados. AIDS. Epidemias. Pandemias. Desastres. Terremotos. Tornados. Enchentes. Tsunamis. Et cetera. Sofrimento, em um certo sentido, desnecessário. Observe as animações, e queiram todos me desculpar se forem muitas. Certamente não exagerei na elaboração dos exemplos; estão, em verdade, minimizados.

 

 

DESESPERO

 

 

AIDS

 

 

DEPRESSÃO

 

 

VIVISSECÇÃO

 

 

ALUCINAÇÃO

 

 

IRRESPONSABILIDADE  -  TSUNAMI

 

 

MORTES  PREMATURAS!?

 

 

O  FOGO  ...

 

 

NOSSOS  DEMÔNIOS

 

 

Falha  de  San  Andreas

TERREMOTO
Falha de San Andreas
10/12/2004 - 15h58: Cientistas norte-americanos detectaram misteriosos abalos a grande profundidade na falha de San Andreas, na Califórnia. Estudo publicado pela revista Science prevê que tais movimentos possam estar associados a futuros terremotos.

Que isto não aconteça!

Mas, se tiver que acontecer,
que possa ser amenizado!
Assim seja!

 

 

ENFIM,    SOMOS    TODOS    RESPONSÁVEIS.

 

 

PACEM  IN  CORDE!

 

 

 

WEBSITES CONSULTADOS

 

http://www.jornaldomedico.hpg.ig.com.br

http://www.diariomedico.com

http://www.holorressonancia.com/artigo27_pt.html

http://www.elalmanaque.com/infantil/gifs3.htm

http://www.jornaldomedico.hpg.ig.com.br/falo_ou_nao.htm

http://www.aguilera.digiweb.com.br/gazeta/

http://atom.physics.calpoly.edu/Graphics/

http://www.shef.ac.uk/physics/teaching/phy311/fastanim.html

http://www.clawpaw.com/homepages/stormwolf/artwork/Artwork/

http://ideesnoires.free.fr/galerie/

http://www.hofesh.org.il/articles/god/al_lo_klum.html

http://www.directa.force9.co.uk/archive/da9-features.htm

http://growabrain.typepad.com/growabrain/drugs_lsd/

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12723.shtml